SONETOS
Por Joaquim A. Rocha
Regresso
da doença crua, vil,
Como
quem regressa da tempestade,
Dum
fogo eterno, que sempre arde,
Com
início no belo mês de Abril.
A
malvada, sem nome nem perfil,
Aumentou
dez anos à minha idade,
Apagou
em mim toda a mocidade,
Roubou-me
imensa seiva e ceitil.
Não
quero ouvir falar da tal ranhosa,
Mais
soez do que fera enraivecida;
Mais
satânica do que cão raivoso…
Tudo
farei pra matar a tinhosa,
Pisá-la,
mesmo depois de vencida,
Como
se fora lacrau venenoso.
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