MELGAÇO: PADRES, MONGES E FRADES
Por Joaquim A. Rocha
// Continuação de 19/11/2023.
MANUEL DA ANUNCIAÇÃO (Frei). // Foi o 18.º guardião do convento das Carvalhiças, SMP. Tomou posse do cargo no ano de 1788 (embora subsistam dúvidas), a 14 de Junho. // A 8 de Dezembro de 1794 voltou a desempenhar esse papel.
MANUEL
DA CONCEIÇÃO DE MARIA (Frei). Natural da freguesia de São Pedro de Sá, Arcos de
Valdevez. // Pregador. // Foi o 36.º guardião do convento das Carvalhiças, SMP.
Tomou posse a 14/1/1823. // Voltou a ocupar esse lugar, como 40.º guardião,
para o qual tomou posse a 14/1/1829. // Reeleito em 1833, tomando posse a 7 de
Junho, como 43.º guardião. A 19 de Abril de 1834, em sessão camarária, assinou
o Auto de Aclamação da rainha D. Maria II. // Quando tomou posse não lhe
passaria com certeza pela cabeça que iria ser o último, devido ao facto dos
conventos e mosteiros terem sido encerrados pelo governo liberal (decreto
de 30/5/1834). O apoio que os religiosos (na
sua maioria) concederam ao rei D. Miguel, e ao
regime absolutista, saiu-lhes bem caro.
MANUEL
DA ESCRAVIDÃO (Frei). Natural de São Pedro da Torre, Valença do Minho. // Foi o
42.º guardião do convento das Carvalhiças, SMP. Tomou posse a 29/12/1831 e
findou o seu mandato no ano de 1833.
MANUEL
DE JESUS (Frei). // Foi o 15.º guardião do convento das Carvalhiças, SMP. Tomou
posse a 24/7/1782 e terminou o mandato a 22/4/1785. // Nesta altura fundou-se a
livraria e mandaram-se fazer as estantes para colocar os livros e manuscritos,
além de se concretizarem outros pequenos projetos.
MANUEL
MARIA SANTÍSSIMA (Frei). // A 19/1834, em sessão camarária, assinou o Auto de
Aclamação da rainha D. Maria II.
MANUEL
DE SANTA ANA (Frei). Foi o 27.º guardião do convento das Carvalhiças, SMP.
Tomou posse a 25/2/1808.
MANUEL
DE SANTA MARGARIDA (Frei). // Natural da Vila da Barca. // Foi o 11.º guardião
do convento das Carvalhiças, SMP. Tomou posse a 13/6/1776 e cessou essas
funções a 13/12/1777. // Saldou uma dívida de 76.690 réis, mandou caiar o
convento, comprou roupa branca, etc. (Obras
Completas de Augusto César Esteves, volume I, tomo II, página 388).
MANUEL
DE SANTA TERESA DE JESUS (Frei). Nasceu em Afife, Viana do Castelo. // Foi o
23.º guardião do convento das Carvalhiças, SMP. Tomou posse a 20/8/1800. // No
seu mandato conseguiu arranjar dinheiro para comprar um sino para as horas do
relógio; colocaram-no no cimo do campanário, em quatro varões de ferro, com
suas guarnições e garimpa... (Obras Completas de
ACE, volume I, tomo II, página 390).
MARIM,
Luís António de Sousa (Padre). // A 29/4/1810 (?), na igreja de Paderne,
batizou Maria Rosa, nascida dois dias antes, filha de Francisco José Ferreira e
de Rosa Maria Alves.
MARINHO,
João Luís Pereira de Castro (Padre). Filho de Luís Manuel Pereira de Castro Marinho
e de Florinda Rosa Gomes Pinheiro, proprietários, moradores no lugar de
Crastos. Nasceu nesse lugar de Paderne a 22/5/1824. // Foi pároco na Gave e
também em Paderne. // A 15/9/1848 foi padrinho de Luís Manuel da Silva, que
nascera dois dias antes. // Em Maio de 1864 era encomendado da freguesia de
Cousso; fora substituir o padre Manuel Rodrigues. // A 18/7/1867, na igreja de
Paderne, foi padrinho de Delfina, nascida no dia anterior, filha de João Manuel
Domingues e de Maria José Lourenço. // Em finais de 1868 ainda se encontrava na
dita freguesia serrana. // Em Julho de 1873 veio paroquiar, na qualidade de
reitor, a freguesia da Gave. // A 9/2/1874, na igreja da Gave, batizou Justino
Domingues, nascido dois dias antes. // Em 1874 era presidente da Junta de
Paróquia (OJM, de ACE, p. 158). // Morou em Crastos. // A 24/12/1882, na igreja do
mosteiro de Paderne, foi padrinho de Rosalina Domingues, nascida dois dias
antes. // A 2/10/1883, na igreja de Paderne, foi padrinho de João Rodrigues,
nascido a 29 de Setembro desse dito ano. // A 28 de Fevereiro de 1884, na
igreja de Paderne, foi padrinho de Gaspar, nascido dois dias antes, filho de
Maria Rosa Martins, solteira, jornaleira, e neto materno de José Nepociano
Martins e de Cândida Rodrigues de Morais, lavradores. // A 28/2/1885, na igreja
de Paderne, onde era reitor, foi padrinho de Maria, nascida dois dias antes,
filha de Manuel Francisco Exposto, alfaiate, e de Rosa Domingues, costureira,
moradores no lugar de Crastos. // Morreu ali, no dito lugar de Crastos, a
8/12/1885, com sessenta e um anos de idade, e foi sepultado na igreja dois dias
depois.
MARINHO,
João Nepomuceno (Padre). Filho do Dr. João Nepomuceno de Castro Marinho, natural
de Paderne, e de Maria Joaquina Cerdeira Coutinho, natural da Vila (confirmar). Neto paterno de
Dionísio António Pereira de Castro Marinho e de Josefa Caetana Ribeiro Codesso;
neto materno de Domingos Coutinho e de Maria Joaquina Cerdeira. Nasceu em SMP
por volta de 1844. // Morreu nos campos de Galvão, a 19/11/1871, andando à caça
nos arrabaldes da Vila, repentinamente, com apenas vinte e sete anos de idade,
e foi sepultado na igreja do convento de Santo António, Carvalhiças.
MARIZ,
Abílio (Padre). // Ficou conhecido por José do Egipto. // No século XX foi
pároco da freguesia de Cristóval (ver A Voz de Melgaço de 1/2/2021).
MARQUES,
Elias de Jesus (Padre). Filho de Manuel José Marques e de Clara Maria Esteves,
lavradores. Nasceu em Prado a 18/12/1822. // Foi admitido na Confraria das
Almas de Prado a 6/1/1836. // A 1/3/1848, na igreja de Paderne, foi padrinho de
Aires de Jesus, nascido dois dias antes, filho de Manuel José Domingues e de
Maria Rita Soares. // A 19/2/1852, na igreja de Prado, foi padrinho de Maria
Carolina, nascida cinco dias antes, filha de José Joaquim Salgado e de Maria
Joaquina Monteiro. // A 9/10/1853, na igreja de Prado, foi padrinho de António
Joaquim Martins, nascido quatro dias antes. // Em Agosto de 1859 batizou Manuel
Joaquim Pereira. // A 19/2/1861, na igreja de Prado, foi padrinho de Maria das
Dores, nascida dois dias antes, filha de Rosa Maria, solteira, criada de
servir, moradora no lugar do Souto. // A 24/2/1863, na igreja de Prado, serviu
de testemunha no casamento de José António Lopes com Maria Inácia da Costa.
Foram também testemunhas: o padre Francisco Manuel
Soares Calheiros e o padre António Joaquim Soares Calheiros. // Em
Janeiro de 1864 era pároco da freguesia da Gave. // A 28/2/1864, na igreja de
Paderne, foi padrinho de Maria, nascida três dias antes, filha de Manuel
Joaquim Esteves e de Maria José Gonçalves. // A 14/1/1872, na igreja de
Paderne, foi padrinho de Maria da Glória, nascida no dia anterior, filha de
João Manuel Meixeiro e de Emília da Graça de Puga. // A 31/1/1872, na igreja de
Paderne, foi padrinho de Angelina de Jesus, nascida três dias antes, filha de
João Luís Domingues e de Filomena Domingues. // Em 1873 era cura na freguesia
de Paderne. // Em 1874 era presidente da Junta de Paróquia (OJM,
de ACE, página 158). // A 8/3/1875, na igreja de Paderne,
foi padrinho de João de Deus, nascido dois dias antes, filho de Manuel Joaquim
Esteves e de Maria José Gonçalves, rurais, residentes no lugar do Granjão. // A
27/10/1879, na igreja de Paderne, foi padrinho de Elias de Jesus, que nascera
cinco dias antes, filho de João Luís Domingues e de Filomena Domingues. // A
4/11/1879, na igreja de Prado, foi padrinho de Elias de Jesus, nascido três
dias antes, filho de Tomásia Joaquina do Val, residente no lugar do Coto. // A
13/2/1882, na igreja de Prado, foi padrinho de Elias de Jesus, nascido três
dias antes, filho de José Maria Domingues e de Ana Gonçalves. // A 29/3/1885,
na igreja de Prado, foi padrinho de José Maria de Sousa, nascido dois dias
antes. // Foi encomendado na freguesia da Vila de 4/7/1886 a 19/8/1888. // Foi
também pároco de Prado e em outras freguesias do concelho de Melgaço. // Morreu
no lugar da Corredoura, freguesia de Prado, a 14/10/1907, em consequência de um
ataque, que o privou da fala, apenas com a extrema-unção, com oitenta e quatro
anos de idade, com testamento, e foi sepultado no cemitério da sua freguesia de
nascimento.
MARQUES,
José (Padre). Filho de José Joaquim Marques, natural de Fiães, e de Maria
Lourenço, natural de Rouças, lavradores, residentes no lugar de Lobiô. Neto
paterno de Manuel Marques e de Rosa Afonso; neto materno de António Joaquim
Lourenço e de Maria Rita Domingues. Nasceu em Rouças a 19/8/1907 e foi batizado
na igreja paroquial a 21 desse mês e ano. Padrinhos: os seus avós maternos,
rurais, do dito lugar de Lobiô, freguesia de Rouças. // Lê-se no Notícias de
Melgaço n.º 21, de 14/7/1929: «Em São
Bento (festa
do santo, realizada a 11/7/1929, em Fiães), abraçamos o nosso particular amigo
José Marques, de Lobiô, Rouças, que concluiu com brilho o sexto ano de
preparatórios.» // E lê-se no Notícias de Melgaço
n.º 22, de 21/7/1929: «Chegou a esta
ridente freguesia o seminarista José Marques, depois de ter feito os seus
exames de ciências naturais e filosofia, 1.ª parte. // Lê-se no Notícias de
Melgaço n.º 94, de 18/1/1931: «Prima
tonsura. Sua Ex.ª Reverendíssima, o senhor arcebispo primaz, conferiu no
domingo passado, 11 de Janeiro, a “prima tonsura” aos seminaristas da nossa
terra – José Marques, de Lobiô, Rouças, José Augusto Alves, de Eiriz, Gave, e
Hermenegildo de Araújo Esteves, da Carpinteira, São Paio. A todos três damos as
nossas felicitações, bem como ao senhor Constantino António Fernandes, que se
ordenou em exorcista e acólito.»
A 8/7/1934, na capela do Seminário
Conciliar de Braga, o arcebispo primaz conferiu-lhe a ordem de diácono (NM 239, de 22/7/1934). //
Ordenou-se sacerdote a 15/8/1934 e cantou missa nova no dia seguinte na igreja
do Sameiro, Braga; assistiu como presbítero o padre Raimundo Prieto, pároco de
São Paio (NM 244, de 9/9/1934). // Em Outubro de 1934 foi nomeado pároco encomendado para
a freguesia de Cubalhão e anexa Lamas de Mouro (Notícias
de Melgaço n.º 248, de 14/10/1934). // Em
1935 era pároco de Cubalhão, Gave, e Lamas de Mouro. // Por volta de 1938 abriu
uma lojita de produtos alimentares para os vender aos trabalhadores que andavam
a construir a estrada para Castro Laboreiro; tinha como seu ajudante um
rapazito de doze anos, chamado Carlos Pereira Lemos, nascido na vila em 1926. Nem
sequer lhe passou pela cabeça que esse moço quarenta anos depois seria o Dr.
Carlos Lemos, cônsul de Portugal na Austrália. // A 9/3/1944, no Cartório
Notarial da Vila de Melgaço, sito na Praça da República, perante o notário João
Luís Caldas, o padre José Marques vendeu a Maria Fernanda Lurdes de Carvalho,
natural da Vila de Melgaço, casada com Gaspar Magno Pereira de Castro, uma casa
de morada, sita em Cubalhão, no lugar de Baixo, com rossios, por dois mil e cem
escudos. // A partir de 8/8/1956 passou a ser pároco de São Paio de Melgaço. //
Morreu na freguesia de São Paio de Melgaço a 21/1/1981.
MARQUES,
José (Cónego e Prof. Dr.) Filho de Manuel António Marques e de Isalmira de
Jesus Meleiro. Neto paterno de José Joaquim Marques, natural de Fiães, e de
Maria Lourenço, natural de Rouças; neto materno de Manuel José Meleiro e de
Angelina Vaz. Nasceu em Lobiô, Rouças, a 12/8/1937. Depois da 4.ª classe, que
fez em 1948, ou 1949, ingressou no Seminário de Braga, onde se manteve até
Julho de 1961. // Cantou missa nova na igreja da sua freguesia a 27/8/1961. //
Em Setembro de 1961 foi nomeado prefeito do Seminário Conciliar de Braga, onde
esteve até 1970, tendo lecionado História Universal, Ciências Naturais, e
Religião, aos alunos do 5.º ano de Humanidades. // Em Outubro de 1969
matriculou-se no Curso de História da Faculdade de Letras do Porto, acabando o
curso em 1974 com a classificação final de 16 valores. // Em 1973, ainda como
finalista, foi contratado como monitor do 4.º grupo da 2.ª Secção da Faculdade
de Letras, coadjuvando o Prof. Doutor António Ferreira da Cruz na disciplina de
Paleografia e Diplomática. // A 14/11/1974 foi contratado como assistente eventual,
passando, nos prazos legais, para a situação de assistente. // Em 1975 e 1976
frequentou, e concluiu, o curso de Bibliotecário-Arquivista da Faculdade de
Letras de Coimbra. // Na igreja católica ascendeu a cónego. // Doutorou-se em
História Medieval em 1982. A sua tese de doutoramento foi publicada com o
título “A Arquidiocese de Braga no
século XV” e, como trabalho complementar “A Administração Municipal de Vila do Conde em 1466”, tendo ficado
aprovado por unanimidade com distinção e louvor. // Em Julho de 1989 prestou
provas de agregação, tendo apresentado como lição de síntese “A Assistência no Norte de Portugal nos
Finais da Idade Média”. // Em Abril de 1990, na sequência de concurso nacional,
foi provido como professor catedrático na Faculdade de Letras da Universidade
do Porto, tendo-se aposentado em Fevereiro de 2003. Dava aulas nas
licenciaturas de História, Ciências Documentais, e Mestrados em História
Medieval. // Ministrou cursos intensivos de Paleografia na Universidade de Niterói,
Brasil, e também na Faculdade de Filosofia de Braga, e na Pontifícia Biblioteca
Vaticana, de Roma, e dois cursos de Diplomática e um de Codicologia na
Universidade dos Açores. // «Pertence a
diversas associações científicas e culturais, portuguesas e estrangeiras, e
participou em numerosos congressos, colóquios e outras reuniões científicas, em
Portugal e no estrangeiro, nomeadamente em Espanha, França, Itália, Suíça,
Inglaterra, Bélgica, Alemanha, Áustria, Hungria, antiga União Soviética, e
Brasil. Como resultado da participação nestas reuniões científicas, da
colaboração em revistas nacionais e estrangeiras, em obras coletivas, livros de
homenagem, conferências, etc., o número de títulos publicados ascende,
atualmente (*), a 209, sem incluir a colaboração de natureza histórica na
imprensa diária e regional. Na sua investigação científica, apesar de ter
abordado diversas áreas, privilegiou sobretudo a história eclesiástica e
religiosa medieval da Arquidiocese de Braga.» // Tem vários livros
editados, entre eles “O Mosteiro de Fiães” (1990), “Limites de Rouças e Fiães”
(2005), e “A Origem da Capela de Alcobaça” (2010), e colaborou assiduamente no
Boletim Cultural da Câmara Municipal de Melgaço entre 2002 e 2009. // No dia
30/4/2011, no decorrer da Feira do Alvarinho e do Fumeiro de Melgaço, foi
entrevistado pelos jornalistas da RTP-1, que se encontravam presentes no local,
a fim de cobrirem o evento. // Em Dezembro de 2018 é publicado mais um livro da
sua autoria: «Confirmações de Tui (1352-1382) Aspetos do
episcopado de D. João de Castro.» // A
28/12/2018 foi internado no Hospital Particular de Braga, Rua do Raio, no
quarto n.º 318, onde, a 2/1/2019, quarta-feira, foi operado a uma perna, devido
a problemas com as veias. Passado mais de um mês (7/2/2019) ainda lá permanecia, agora já no quarto 317. // Morou na
capital do Minho desde jovem, na freguesia de São Vicente. Depois da saída do
hospital, em finais de Abril de 2019, passou a morar na residência paroquial,
sita na Rua de São Domingos, perto da igreja de São Vítor. // Morreu no seu
apartamento, sito na freguesia de São Vicente, Braga, na noite de 28 para 29 de
Janeiro de 2021 (ver A Voz de Melgaço de 1/2/2021). /// (*) Estávamos em 2006.
MARQUES,
José Cândido (Padre). Filho de António Marques e de Deolinda Meleiro. Neto paterno
de ------- Marques e de ----------------; neto materno de António Joaquim
Meleiro e de ---------------------. Nasceu em Cavaleiro Alvo, São Paio, a
--/--/1937. // Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 1035, de 3/8/1952: «No banco do
hospital da Misericórdia desta Vila foi socorrido pelo Dr. Gonçalves Ribeiro o
estudante José Cândido Marques, de quinze anos de idade, natural da freguesia
de São Paio, porque quando ajudava um seu irmão a carregar um carro de mato no
lugar de Cavaleiro Alvo, daquela freguesia, espetou um fueiro na axila direita.
Depois de socorrido, recolheu a sua casa.» // Foi ordenado diácono a
18/3/1961 e presbítero a 9/7/1961. // Cantou missa nova na igreja de São Paio a
23 de Julho desse ano. // Foi colocado no Diário do Minho em Setembro desse ano
de 1961. // Foi nomeado pároco de Cambeses a 16/8/1962, além de Sago e de
Trute, todas estas freguesias do concelho de Monção (ver A Voz de Melgaço n.º 929).
// Em 1990 ainda lá permanecia, pois a 16 de Novembro morria em sua casa
António Marques, seu pai, com oitenta e quatro anos de idade.
MARQUES,
José Joaquim (Padre). Filho de Domingos José Marques e de Rosa Gonçalves,
lavradores. Nasceu em Fiães por volta de 1821. // Em 1848 já era cura de Fiães.
// A 24/12/1852, na igreja de Fiães, foi padrinho de José Maria, nascido doze
dias antes, filho de Manuel da Cunha Gonçalves e de Luísa Meleiro. // A 16/1/1853,
na igreja do mosteiro de Fiães, foi padrinho de Maria Albina, nascida seis dias
antes, filha de Manuel Gonçalves e de Maria Luísa Marques, moradores em
Soutomendo de Baixo. // A 4/3/1862, na igreja de Fiães, onde era cura, foi
padrinho de José Joaquim Domingues, nascido cinco dias antes. // A 15/9/1867,
na igreja de Fiães, foi padrinho de Maria Joaquina Domingues, nascida no seis
dias antes. // Em 1873 era pároco encomendado e presidente da Junta (ver Organização Judicial de Melgaço, de ACE, página 158). // Em 1882 continuava ativo. // Em Fevereiro de 1895
substituiu temporariamente o padre Custódio Esteves Cordeiro. // Morreu a
18/5/1902, em sua casa de morada, sita no lugar de A-da-velha, com oitenta e um
anos de idade, com testamento, e foi sepultado no cemitério paroquial da
freguesia.
MARQUES, Luís Manuel (Padre). Filho de Bento José Marques e de
Ana Esteves, moradores no lugar da Cela, freguesia de Cousso. // A 24/1/1845,
na igreja de Cristóval, foi padrinho de Claudina, nascida três dias antes,
filha de Caetano José Marques e de Albina Ventura de Barros. // Em 1856 era
pároco da freguesia da Gave. Nesse ano, no mês de Março, na igreja da Gave, foi
padrinho de Luís Manuel, nascido a 1/3/1856, filho de Tomás da Cunha e de Maria
Duque. // A 24/4/1863, na igreja da Gave, batizou Maria da Conceição Duque,
nascida no dia anterior. // Tio do padre Luís Manuel Marques.
MARQUES, Luís Manuel (Padre). Filho de Caetano José Marques, comerciante, e de
Albina Ventura de Barros, proprietária, moradores em São Gregório. Neto paterno
de Bento José Marques e de Ana Esteves, do lugar da Cela, freguesia de Cousso;
neto materno de José Bernardo de Barros e de Francisca Domingues, de São
Gregório, Cristóval. Nasceu na freguesia de Cristóval a 6/8/1848 e foi batizado
a 10 desse mês e ano. Padrinhos: a sua avó materna e o seu tio paterno, padre
Luís Manuel Marques, reitor da freguesia da Gave, na altura ainda concelho de
Valadares. // A 18/12/1884, na igreja de Cristóval, foi padrinho de
Diana, sua sobrinha materna, nascida na Rua Verde dois dias antes, filha de
Manuel José de Araújo e de Claudina Marques. A madrinha era a avó materna da
neófita, Albina de Barros, viúva. // A 27/12/1888, na igreja de Cristóval, foi
padrinho de Maria Luísa, nascida seis dias antes, filha de João Umbelino Coelho
e de Rosa Aires. // A 24/5/1890, na igreja de Cristóval, foi padrinho de
Albertina Rosa, nascida a 19 desse mês e ano, filha de João Umbelino Coelho (dos
Santos), guarda da alfândega, e de Rosa
Aires, doméstica. // A 30/12/1891, na igreja de Fiães, foi padrinho de Luís
Manuel, nascido cinco dias antes, filho de João Umbelino Coelho e de Rosa
Aires. // Tomou posse de pároco encomendado da freguesia de Parada do Monte em
Fevereiro de 1892. // Em 1895 era capelão da
freguesia de Parada do Monte. // A 16/4/1895, na igreja de Parada do
Monte, serviu de testemunha no casamento de José Pires com Maria Fernandes. // A
5/1/1896, na igreja de Fiães, foi padrinho de Luís Manuel, nascido dois dias
antes, filho de Manuel Joaquim Domingues e de Maria Joaquina Vaz, rurais. Nota: por não poder estar presente, foi
representado no ato pelo padre Francisco António Meleiro, de Fiães. // A partir de Outubro de 1896 passou a ser o cura da
freguesia de Cristóval, cujo pároco era o padre Manuel Vicente Pereira. // A
31/3/1897, na igreja de Cristóval, foi padrinho de Maria das Dores, nascida a
18 desse mês e ano, filha de António José Rodrigues e de Maria Amália de Sousa
Viana. // A 12/11/1899, na igreja de Cristóval, foi padrinho de António Carlos
Rodrigues, nascido cinco dias antes. // A 13/8/1903, na igreja de Cristóval,
foi padrinho de Carolina Augusta Coelho, nascida quatro dias antes. // A
19/11/1905, na igreja de Cristóval, foi padrinho de Luís António, nascido a 14
desse mês e ano, filho de Félix Dias Ribeiro e de Deolinda da Rocha. A madrinha
era Maria Alves, casada, lavradeira. // Morreu em São Gregório a 26/11/1914
(Correio de Melgaço n.º 127, de 1/12/1914). // Deixou bens e testamento.
MARQUES,
Manuel Joaquim (Padre). Filho de Manuel Marques (do Senhor) e de Maria Luísa Quintela, lavradores. Nasceu em Fiães por
volta de 1824. // A 27/4/1856, na igreja de Fiães, batizou e foi padrinho de
sua sobrinha, Maria Rosa Marques, nascida seis dias antes. // Morreu no lugar de
A-da-Velha a 3/3/1887, com sessenta e três anos de idade, com todos os sacramentos,
sem testamento, e foi sepultado na igreja.
MARTINHO
JOANES (Padre). // Em 1258, aquando das inquirições, ele era pároco de Rouças (ver “Melgaço Medieval”, de M.A. Bernardo Pintor, página 42).
MARTINS,
Carlos Alberto da Cruz Faria (Padre). // Filho de ------------------ Martins e
de ------------. Nasceu a 6/6/1989. // Ordenou-se sacerdote a 18/7/2015. // Em
Setembro de 2018 foi-lhe conferida posse para paroquiar algumas freguesias do
concelho de Melgaço. No ano anterior, 2017, «tinha sido nomeado vigário cooperador do padre João Paulo Torres Vieira»
(A Voz de Melgaço n.º 1421, de 1/10/2018). // Em Janeiro de 2019 assinou um contrato com uma empresa
de Braga a fim de esta reconstruir a capela, ou igreja, de Santa
Rita, sita na freguesia de Rouças (NM 1425,
de 1/2/2019). // Tel.: 967747995. // E-mail: pecacfm@gmail.com // «Padre Carlos Alberto da Cruz Faria Martins é nomeado vigário paroquial
das paróquias de São Miguel do Bárrio, São Tiago de Brandara, Santa Eufémia de
Calheiros, São Tiago de Cepões, São Cristóvão de Labruja, Santa Maria de
Labrujó, Divino Salvador de Rendufe, e São João Batista de Vilar do Monte,
arciprestado de Ponte de Lima.» // «Padre Carlos Alberto da Cruz Faria
Martins é dispensado de vigário paroquial das paróquias (acima
mencionadas) e nomeado vigário paroquial das
paróquias de São Martinho de Alvaredo, Santa Maria Madalena de Chaviães, São
Martinho de Cristóval, Santa Maria de Fiães, Santa Maria de Paços, São Tiago de
Penso, Santa Marinha de Rouças, São João Batista de Remoães, São Lourenço de
Prado, Santa Maria da Porta de Melgaço, arciprestado de Melgaço.» // «Cenáculo
– História. A 7/3/1946 é fundada a revista Cenáculo por um grupo de alunos do
Seminário Conciliar de Braga. Ainda mal tinha acabado a II Guerra Mundial.
Nasceu no seio da Associação dos Amigos da Boa Imprensa, criada no ano anterior
e sucedânea da Legião Académica, fundada em 1916. Ainda em finais de 1945, a 8
de Dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição, foi fundado à estampa o jornal
“Nos quoque”. “Nos quoque gens sumus” – Nós também somos gente, também queremos
afirmar a nossa presença no campo das letras”. A iniciativa teve êxito e no ano
seguinte já se procurava nome para batizar uma revista. – Talvez Lux, dizia um.
– Oh! Oh! Isso é pomada de calçado! – Veritas, sugeria outro. // – «Carlos
Alberto da Cruz Faria Martins, administrador. Ruben João Faria da Cruz,
assinaturas. Carlos Miguel Teixeira da Mota da Costa Leme, vogal.»
MARTINS,
Estêvão. // Foi pároco de Lamas de Mouro no século XIV. Foi lá colocado pela
Ordem do Hospital de São João de Jerusalém. Seria substituído pelo padre Estêvão
Eanes, natural de Ceivães, nela confirmado a 21/4/1355 (ver Prof. Dr. José Marques – Confirmações de Tui n.º 28).
MARTINS,
Manuel Joaquim (Padre). Filho de Manuel António Martins e de Maria Domingas da
Cunha, lavradores. Nasceu em Fiães por volta de 1811. // Morreu no Campinho,
Soutomendo de Baixo, com setenta e oito anos de idade, a 18/4/1889, apenas com
os sacramentos da penitência e da extrema-unção, com testamento, e foi
sepultado na igreja.
MARTINS,
Pedro (Padre). // Em 1241 era pároco de Chaviães. Tinha como seu capelão João
Joanes. Nesse ano assistiram ambos à venda de uma propriedade outorgada por frei
Lopo Pires de Santa Maria da Orada (ver
“Melgaço Medieval”, de M.A. Bernardo Pintor, página 49).
MATIAS
DO ESPÍRITO SANTO (Frei). // Natural de São Miguel de Perre, termo de Viana. //
Foi o 5.º guardião do convento das Carvalhiças. Tomou posse a 12/2/1767 e nesse
cargo se manteve até 22/9/1768. Frei Paulo da Conceição ofereceu-lhe trinta e
dois mil réis para ele terminar o frontispício da igreja (Obras Completas de Augusto César Esteves, volume I, tomo II,
página 387). // Em 1776 tomou outra vez posse
desse cargo, que terminou a 20 de Maio do mesmo ano.
MELEIRO,
Domingos José (Padre). Filho de José Meleiro e de Ana Maria Soares, lavradores,
residentes no lugar da Carpinteira. Neto paterno de Domingos Meleiro e de Ana
Marques, de Cavaleiro Alvo; neto materno de Manuel Soares e de Rosa Domingues,
de Barreiros. Nasceu em São Paio a 27/8/1801 e foi batizado a 30 desse mês e
ano. Padrinhos: Domingos José e Joana, solteiros, filhos do dito Manuel Soares.
// Andou a estudar no Seminário (minorista em 1822). // A 18/5/1825, na igreja de São Paio, foi padrinho de Rosa
Joaquina, nascida dois dias antes, filha de António Meleiro e de Vitorina Clara
Esteves, mores no lugar dos Lourenços. // A 27/12/1829, na igreja de São Paio,
foi padrinho de Manuel Cândido, nascido três dias antes, filho de António Luís
Meleiro e de Teresa (!) Caetana Meleiro. // A 2/7/1837, na igreja de São Paio,
foi padrinho de sua sobrinha Joaquina, nascida a 28/6/1837, filha de Manuel
António Meixeiro e de Maria Rosa Meleiro. // A 25/3/1840, na igreja de
Cristóval, foi padrinho de Maria Luísa Alves, nascida três dias antes. // A
29/5/1942, na igreja de São Paio, foi padrinho de António, nascido no dia
anterior, filho de Manuel António Meixeiro e de Maria Rosa Meleiro. // A 12 de
Junho de 1844, na igreja de Cristóval, foi padrinho (embora
representado por António Lopes, tio da neófita)
de Teresa, nascida quatro dias antes, filha de Francisco Alves e de Ana Lopes.
// A 19/1/1845, na igreja de São Paio, foi padrinho de António José, nascido
quatro dias antes, filho de João Manuel Meleiro e de Maria José Meixeiro. // A
6/5/1847, na igreja de São Paio, foi padrinho de Ana Rosa, nascida no dia
anterior, filha de Manuel António Meixeiro e de Maria Rosa Meleiro. // Em 1851
era cura em SMP. A 31/8/1851, na igreja de SMP, batizou Manuel de Jesus,
nascido quatro dias antes, filho de Maria da Purificação Gaioso, solteira. // Em
1852 era coadjutor do pároco de SMP. // A 8/8/1855, na igreja de Rouças,
batizou-se a bebé Emília Domingues, cujas cerimónias foram organizadas por ele,
padre Meleiro. // Em 1858 era coadjutor e cura de São Paio. // Morreu no lugar
da Carpinteira, a 27/11/1864, com todos os sacramentos, e foi sepultado na
igreja paroquial. Não fizera testamento.
MELEIRO,
Firmino Augusto Gonçalves (Padre). Filho de António Joaquim Gonçalves Meleiro e
de Maria Rosa Esteves, lavradores, residentes no lugar de Lobiô, Rouças. Neto
paterno de Domingos José Meleiro e de Maria Joaquina Gonçalves; neto materno de
Manuel José Esteves e de Teresa Lourenço. Nasceu em Rouças a 7/5/1884 e foi
batizado na igreja a 11 desse mês e ano. Padrinhos: Manuel Fernandes, solteiro
(em
1898 já estava casado), e Teresa Lourenço, viúva, lavradores,
do lugar de Lobiô. // Frequentou o Seminário de Braga, onde em 1908 concluiu o
1.º ano do Curso Teológico. // Ordenou-se a 12/11/1912. // Tornou-se vigário
ecónomo das freguesias de Alvora e Louredo (Arcos de Valdevez) a 7/11/1913. // Em 1914 era pároco de Alvora, Arcos de
Valdevez; nesse ano visitou a família em Lobiô, Rouças (Correio de Melgaço n.º 91, de 15/3/1914). // Em 1915 passou uns dias na terra natal (Correio de Melgaço n.º 165, de 12/9/1915). // Foi nomeado pároco de Fiães a 30/6/1917 de onde, a
1/6/1920, transitou para Ermelo, e em seguida para Sabadim (Arcos), paroquiando ainda, como anexas a estas, as freguesias de
Aboim das Choças e Louredo. // A 25/9/1927, devido a estar doente, foi
dispensado do governo das freguesias que vinha pastoreando, mas em 1929 ainda
era pároco de Sabadim (ver Notícias de Melgaço n.º 33, de
6/10/1929). // Foi nomeado vigário ecónomo da
freguesia de Prado, concelho de Melgaço, a 30/10/1932, acumulando pouco depois
com a freguesia de Remoães. Durante algum tempo paroquiou a freguesia da Vila (ver NM 228, de 8/4/1934, e NM 230, de 22/4/1934). // Lê-se em “A Voz de Melgaço” n.º 1428, de 1/6/2019: «O padre Firmino, que paroquiava as
freguesias de Prado e da Vila, aparecia raramente para dar ênfase aos pecados e
ameaçar com o fogo do inferno; numa das preleções, quando frisava que o fogo do
inferno era eterno, o Manel do Jacob observou: - então
a gente acaba por se habituar…» // Lê-se no Notícias de Melgaço n.º
302, de 22/10/1933: «Na igreja matriz desta vila foi ontem batizada Adozinda
da Conceição Santos, de dezanove anos de idade, natural do concelho de Arruda
dos Vinhos, diocese de Lisboa, serviçal da família do senhor Conselheiro
Fernandes Pinto. Foram padrinhos os patrões da batizada, senhor Conselheiro
Manuel Fernandes Pinto e sua virtuosa esposa, senhora Dona Ludovina da Rocha
Fernandes Pinto. Em seguida foi rezada uma missa pelo reverendo pároco senhor
padre Firmino Augusto Gonçalves, que ministrou pela primeira vez à recém
batizada a sagrada comunhão.» // Em 1947 era pároco de Prado (NM 822, de 29/6/1947). // Lê-se
no Notícias de Melgaço n.º 893, de 27/3/1949: «A fim de tomarem parte na justa homenagem que um grupo de melgacenses
resolveu prestar ao senhor João Afonso, [antigo] escrivão de Direito nesta
comarca, foram aos Arcos de Valdevez, no passado dia catorze, os senhores padre
Firmino Gonçalves, João Cândido Calheiros, Manuel José Salgado, António Soares,
e outros.» // Ficou conhecido por “Queixadas”. Contam-se algumas anedotas a
seu respeito. Por exemplo: um dia, numa missa, disse ao povo que estava a assistir:
«eu não quero aqui misturas; por isso,
calças para baixo e saias para cima!» Queria dizer na sua que os homens
ficavam afastados das mulheres – estas ficariam mais perto dele, padre. Parece
que também foi ele que mandou cortar a Grila (tenho dúvidas entre
ele e o padre Justino Afonso, mais conhecido por Justininho). “Grila” era a alcunha de uma catequista. Como a rapariga
não se comportava de acordo com as regras impostas pelo pároco, este, na
igreja, falando ao povo cristão ali presente, disse: «Eu é que mando! Se não se portarem bem… risco tudo. Já cortei a Grila e
agora corto o resto!» A explicação é simples: riscava a tal “Grila” da
lista das catequistas. Se isto foi verdade, e há quem afirme que sim, das duas,
uma: ou era ingénuo ou parvo. // Morreu em Prado a 9/11/1957. // (ver Jornal de Melgaço n.º 738 e Notícias de Melgaço n.º 325). // Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 161, de 21/8/1932,
página 8: «Festividades e arraiais. (…)
Na freguesia de Prado o orago desta, São Lourenço, foi sempre muito festejado,
pela sua concorrência, visto ser uma freguesia atravessada por duas estradas,
perto da Vila e das Águas do Peso. Este ano, como de costume, foi
antecipadamente anunciada a festa, venderam-se rifas para um sorteio de um
animal, anunciou-se quermesse, foguetes e bombas e todas as demais diversões de
uso e costume, não faltando a música de tal, e mais a gaita-de-foles.
Consta-nos que não houve festa de igreja ao santo e que até o abade fora ao templo e consumira as sagradas
partículas. E mais nos consta, que para aqueles fregueses, em uma outra
freguesia, esse mesmo abade pedira ao povo
umas orações para a conversão dos de Prado. Será verdade? Estamos em pedir a
Sua Excelência Reverendíssima, o Senhor Arcebispo de Braga, que se porventura
proibiu a festividade sacra ordene a retirada de todas as imagens da igreja de
Prado e o templo seja entregue, porque então ali se irá falar a verdadeira
palavra de Deus, sem misticismo, mas num fervoroso apelo ao filho de Deus, e
onde se ensinará ao povo, em vernáculo português, o que dizem as escrituras
sagradas e o que é o Velho e Novo testamento, segundo as versões de Renau, na
Vie de Jesus, e Paul de Regia, no Jesus de Nazaré. Lutero e Calvino tiveram
razão quando protestaram contra a doutrina católica. Hoje, que estamos numa
época de evolução, com maior razão temos de fazer os nossos protestos, mandando
retirar das igrejas imagens, melhor ou pior esculturadas, e ensinarmos ao povo
as doutrinas de Jesus Cristo, o Nazareno, que foi o propagandista da boa
doutrina social.» // Nota: não tenho a certeza de que o
abade citado seja o padre Firmino Augusto.
MELEIRO,
Francisco António (Padre). Filho de Manuel Francisco Meleiro e de Teresa Vaz,
moradores no lugar do Faval. Neto paterno de Francisco Meleiro e de Rosa Alves;
neto materno Manuel Vaz e de Maria Luísa Domingues, do dito lugar do Faval.
Nasceu em Fiães a 12/2/1838. // A 21/1/1866, na igreja de Fiães, foi padrinho
de Maria Joaquina, nascida três dias antes, filha de António Luís Vaz e de Rosa
Maria Meleiro, lavradores. // A 5/5/1871, na igreja de Fiães, foi padrinho de
Francisco António Vaz, nascido no dia anterior. // Em 1880, além de sacerdote
era também professor do ensino primário em Fiães (primeira
categoria). // A 22/7/1897 recebeu um louvor
pelos distintos serviços prestados à instrução. // Na altura de se aposentar
trocou a cadeira do ensino com seu sobrinho, padre João Nepomuceno Vaz, que
regia então a de Rouças. // Morreu a 31/10/1918, devido, segundo se disse na
altura, à epidemia que grassou por toda a parte. À sua custa ordenou três
sobrinhos: padres Francisco, João, e Matias (Jornal
de Melgaço n.º1226, de 15/11/1918). //
Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 27, de 25/8/1929: «Melgaço
há quarenta anos. // A capelania de Portocarreiro era um dos lugares mais
privilegiados que de há muito o reverendo Francisco Meleiro tornara foco do seu
apostolado tão intenso, como fecundo, em resultados maravilhosos. Graças a ele,
e à cooperação do povo, o nível moral dos fiéis elevara-se a um grau até então
não atingido. Dentre as devoções que desde eras vetustas mais profundamente se
radicaram no coração dos fiéis a que mais grata lhe era e à qual devotavam um
amor entranhado era, sem contestação, a das “Almas do Purgatório”, aliás
genuinamente portuguesa com a do SS Sacramento e a da virgem, nossa rainha e
padroeira. Diariamente, mas em superior qualidade, aos domingos, os pequenos
óvulos dos fiéis entravam nos cofres a tal fim destinados para, em seguida,
atingida a soma precisa, ser entregue ao capelão para missas. Belos tempos!
Apenas em uma ou outra freguesia serrana, e consequentemente isolada do
convívio social, onde ainda não soprou, em borrasca desfeita, a ventania do
mal, é que essa devoção permanece intacta! Era ao sábado que em Portocarreiro
se recolhiam as moedas lançadas nos cofres. O reverendo Francisco notara,
surpreso, que embora os óvulos entrassem nos cofres, todavia escasseavam e não
raro desapareciam! Para com mais justificado motivo poder suportar (!) lançou
também ele uma libra, que desapareceu! Não há dúvida, pensou, temos aqui
ladrão. Embora ansioso por vir a conhecer o autor da proeza, todavia não o
conseguira ainda. Encontrando-se acidentalmente com Francisco Esteves e Joaquim
Domingues, hoje entrados em anos, mas então rapagões taludos, imberbes, em quem
o sangue fervilhava nas artérias em palpitações estuantes suspeitas, disse,
esboçando um pedido: - “Conseguireis, rapazes, lançar a mão a esse ratão.” –
“Vamos ver, senhor padre.” Retiraram. Na segunda dirigiram-se ao local da
aventura, dispostos a pernoitarem a oito dias seguidos. Tomaram a chave,
abriram a porta da sacristia, desatrancaram a principal. Fecharam em seguida
aquela, levando a chave ao primitivo lugar e vieram, depois de atrancarem de
novo esta, tomar posições no recinto da capela: o senhor Esteves a alguns
metros do cofre, mas de sorte que, levando o varapau, conseguisse descarrega-lo
com plena liberdade sobre o gatuno.» // continua… // L.V.
MELEIRO,
João Manuel (Padre). Filho de José Meleiro e de Rosa Domingues. Nasceu por
volta de 1795. // Penso que morou no lugar de Soutomendo de Cima (ver NM 31, de 22/9/1929, página 5). // Em 1833 já exercia o múnus em Fiães. Em 1835 era
pároco encomendado dessa igreja. // A 18/3/1838, na igreja de Fiães, foi
padrinho de João Batista Marques, nascido quatro dias antes. // A 27 de
Novembro de 1844, na igreja de Fiães, foi padrinho de Rosa Maria, nascida no
dia anterior, filha de Manuel Francisco Meleiro e de Teresa Vaz, moradores no
lugar do Faval. // A 10 de Agosto de 1848, na igreja de Fiães, batizou Manuel
Joaquim Esteves, filho de Ventura Esteves. // Castidade não era com ele. A
Ritinha devia ser uma moça bonita, atraente, e ele apaixona-se! Ela deixou de
ver nele o padre e vai daí nasce o Manuel Maria... // Morreu no lugar do
Porteiro, Fiães, a 14/12/1870, com 75 anos de idade. // Fizera testamento. //
Deixou dois filhos por perfilhação régia.
MELEIRO,
Rita. Filha de Francisco Meleiro e de Rosa Alves. Nasceu por volta de 1822. //
Lavradeira. // Foi namorada do padre João Manuel
Meleiro, de quem teve filhos – Manuel Maria e outros ---, dois deles
perfilhados pelo pai. // Faleceu no lugar de Soutomendo de Baixo, Fiães, a
22/12/1886, com 64 anos de idade, no estado de casada com Manuel Joaquim
Martins, com todos os sacramentos, sem testamento, e foi sepultada na igreja.
[MELEIRO,
Manuel Maria. Filho de Rita Meleiro. Neto materno de Francisco Meleiro e de
Rosa Alves. Nasceu a 6/4/1841 e foi batizado pelo padre António Afonso a 14
desse mês e ano. Padrinhos: Domingos José Meleiro e Maria Meleiro, tios do
batizando, todos de Pousafoles. // (À margem: «é filho do padre João Manuel Meleiro, por
perfilhação régia.» // Casou com Maria Joaquina, sua conterrânea,
filha de José Alves e de Maria Meleiro. // A sua esposa deve ter falecido por
volta de 1920 (Jornal de Melgaço n.º 1310, de 7/11/1920). // Com geração.]
[ALVES,
Maria Joaquina. Filha de José Alves e de Maria Meleiro, moradores em
Pousafoles, Fiães. Neta paterna de Inácio Alves e de Antónia Pires, de
Portelinha, Castro Laboreiro; neta materna de Francisco Meleiro e de
Rosa Alves, de Pousafoles. Nasceu a 13/5/1842 e foi batizada a 16 desse mês e
ano. Padrinhos: Manuel Gonçalves Rego e sua mulher, Maria Joaquina Gonçalves,
da Jugaria. // Casou com Manuel Maria Meleiro, filho
do padre João Manuel Meleiro e de Rita Meleiro, seu conterrâneo. // Deve
ter falecido por volta de 1920, pois nesse ano foi citado, pelo cartório do
escrivão Soares, seu filho João Manuel Meleiro, ausente em parte incerta, para
assistir a todos os termos do inventário orfanológico a que se estava
procedendo (Jornal de Melgaço n.º 1310, de 7/11/1920).]
[MELEIRO,
João Manuel. Filho de Manuel Maria Meleiro e de Maria Joaquina Alves, lavradores,
residentes no Porteiro. Neto paterno do padre João
Manuel Meleiro e de Rita Meleiro, solteira.]
[MELEIRO,
João Batista. Filho de Rita Meleiro, solteira, de Pousafoles, [e do padre João Manuel Meleiro]. Neto materno de
Francisco Meleiro e de Rosa Alves. Nasceu a 20/4/1844 e foi batizado a 28 desse
mês e ano. Padrinhos: Domingos Meleiro, solteiro, de Soutomendo, e Maria
Meleiro, tia do bebé, de Pousafoles.]
[MELEIRO,
Maria Joaquina. Filha de Rita Meleiro, solteira, natural de Pousafoles, Fiães.
Neta materna de Francisco Meleiro e de Rosa Alves, do dito lugar. Nasceu a
7/3/1846 e foi batizada na igreja do mosteiro a 12 desse mês e ano. Padrinhos:
Domingos José Meleiro, solteiro, de Soutomendo de Baixo, e Maria Joaquina
Meleiro, tia da criança, de Pousafoles. // Lavradeira. // Faleceu a 20/1/1907,
em sua casa de morada, sita no lugar dos Casais, Paços, com todos os
sacramentos da igreja católica, no estado de viúva de Francisco José Mendes,
sem testamento, com filhos, e foi sepultada no adro da igreja de Paços. //
Nota: é filha do padre João Manuel Meleiro (ver os seus irmãos João Batista Meleiro
e Manuel Maria Meleiro).]
[MENDES,
Adriano Augusto. Filho de Francisco José Mendes, natural de Paços, e de Maria
Joaquina Meleiro, natural de Fiães, lavradores, residentes nos Casais,
Paços. Neto paterno de Caetano José Mendes e de Josefa Lopes, de Paços; neto materno do padre João Manuel Meleiro e de Rita
Meleiro, de Fiães, moradores em Soutomendo. Nasceu a 29/9/1867 e
foi batizado no dia seguinte. Padrinhos: padre José
Maria Mendes, tio do bebé, e Josefa Lopes, avó paterna. // Camponês. //
Casou na igreja de Paços a 7/4/1892 com Maria do Carmo Lopes, de 23 anos de
idade, nascida na cidade de Lisboa e batizada na igreja de Paços, Melgaço,
solteira, filha de António Luís Lopes, natural de Paços, e de Maria do Carmo,
natural de Lisboa. Testemunhas presentes: António Luís Rodrigues, solteiro,
alfaiate, do lugar do Campo das Bouças, e Maria Veloso, solteira, do lugar do
Coto, ambos pacenses. // Faleceu em sua casa de morada, sita no lugar dos
Casais, Paços, a 1/3/1908, com todos os sacramentos da igreja católica, no
estado de casado, sem testamento, e foi sepultado no adro da igreja. // Pai de
Felicidade Augusta e de António Joaquim.]
MELEIRO,
José Joaquim Domingues (Padre). // A 21/7/1878, na igreja de São Paio, foi
padrinho de Manuel António, nascido dois dias antes, filho de Simão António
Domingues e de Aurélia Maria Gonçalves, moradores no lugar da Carpinteira.
MELEIRO,
Manuel António (Padre). Filho de António Meleiro e de Maria Josefa Fernandes.
Nasceu no lugar da Corga, Rouças, por volta de 1825. // A 17/9/1854, na igreja
de Chaviães, batizou Guilherme José, nascido no dia anterior, filho de
Constantino José Meleiro e de Teresa Joaquina Fernandes, moradores no lugar do
Val. A madrinha era Ana Meleiro, do lugar da Corga, Rouças. // Foi admitido na
Confraria das Almas de Prado a 1/1/1862. // Morreu «quase repentinamente», a 15/1/1900, no dito lugar da Corga, com 75
anos de idade, sem testamento, e foi sepultado no cemitério da freguesia.
MELEIRO,
Manuel José (Padre). Filho de José Bernardino Meleiro e de Maria Luísa Lopes,
rurais, moradores no lugar da Rasa. Neto paterno de Manuel Meleiro e de Ana (ou
Teresa) de Castro, do lugar da Igreja, Rouças;
neto materno de Manuel Lopes e de Maria Esteves, do lugar da Rasa. Nasceu em
São Paio a 25/12/1800 e foi batizado a 28 desse mês e ano. Padrinhos: José António
Durães e sua mulher Maria Teresa Meleiro, do lugar da Igreja, Rouças. // Era
irmão do padre Simão António. // Foi cura na igreja de São Paio, sendo nessa
altura pároco da freguesia o padre António Bernardo Gomes da Cunha (Obras
Completas de ACE, volume I, tomo II, página 397).
// A 24 de Janeiro de 1838, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de José Luís
Rodrigues, dois dias antes. // A 6/1/1839, na igreja de São Paio, foi padrinho
de Ana Rosa, nascida três dias antes, filha de Manuel António Codesseira e de
Isabel Maria Vaz, moradores no lugar da Rasa. // A 12/2/1839, na igreja de São
Paio, foi padrinho de Manuel José, nascido dois dias antes, filho de Francisco
José de Caldas e de Ana Rosa Domingues, moradores no lugar da Carpinteira. // A
10/11/1841, na igreja de São Paio, foi padrinho de Manuel José, nascido dois
dias antes, filho de Manuel Joaquim Gonçalves e de Maria Joaquina Dias,
moradores no lugar de Baratas. // A 20/6/1842, na igreja de SMP, foi padrinho
de Manuel José Ferreira, nascido quatro dias antes. // A 11/7/1842, na igreja
de São Paio, foi padrinho de Rosa Maria, nascida dois dias antes, filha de
António Manuel de Carvalho e de Maria Joaquina dos Ramos, moradores no lugar de
Soutulho. // A 24/7/1847, na igreja de Paderne, foi padrinho de Manuel José,
nascido dois dias antes, filho de Manuel José Afonso e de Margarida Monteiro.
// A 16/7/1848, na igreja de SMP, foi padrinho de Manuel José, nascido dois
dias antes, filho de José Joaquim Pires e de Maria Angélica Soares Calheiros.
// A 26/8/1849, na igreja de Remoães, foi padrinho de José Bernardino, nascido
três dias antes, filho de Luís António Rodrigues e de Damiana Fernandes, moradores
no lugar de Canle, Remoães. A madrinha era Damiana Monteiro, solteira, do lugar
da Costa, Remoães. // A 31/7/1850, na igreja de Paderne, foi padrinho de Maria
Angélica, nascida no dia anterior, filha de João Manuel Domingues e de Maria
Luísa Gonçalves. // A 18/1/1854, na igreja de São Paio, foi padrinho de Maria
Florinda, nascida no dia anterior, filha de João Alves e de Joana Alves. // A
22/6/1856, na igreja de São Paio, foi padrinho de José Bernardino, nascido dois
dias antes, filho de José Codesseira e de Ana Rosa Vaz, rurais. // A 22/1/1868,
na igreja de Paderne, foi padrinho de Manuel José Gonçalves, nascido dois dias
antes. // A 5/10/1869, na igreja de Paderne, foi padrinho de Manuel José
Gonçalves, nascido três dias antes, filho de João Manuel Gonçalves e de Clara
Fernandes. // Morreu no lugar da Rasa a 6/1/1891, repentinamente, «apenas se confessou e recebeu a
extrema-unção», com testamento, e foi sepultado na igreja paroquial. Tinha noventa anos de idade.
MELEIRO,
Simão António (Padre). Filho de José Bernardino Meleiro e de Maria Luísa Lopes,
lavradores, residentes no lugar da Rasa de Baixo. Neto paterno de Manuel
Meleiro e de Teresa de Castro, do lugar da Igreja, Rouças; neto materno de
Manuel Lopes e de Maria Esteves, da Rasa de Baixo. Nasceu em São Paio a
13/12/1807 e foi batizado a 17 desse mês e ano. Padrinhos: José António Durães
e sua companheira Maria Teresa Meleiro, do lugar da Igreja, Rouças. // A
26/12/1844, na igreja de Paderne, foi padrinho de Albina do Nascimento, nascida
dois dias antes, filha de Luís Manuel Gonçalves de Almeida e de Maria Rita
Alves. // A 24/12/1845, na igreja de Cristóval, foi padrinho de Carlota do
Nascimento, nascida a 19 do dito mês e ano, filha natural de Maria Joaquina do
Outeiro e de Manuel José de Almeida, do lugar do Coto. Também foi padrinho da
irmã daquela, Joaquina Maria de Almeida, nascida no dito lugar do Coto a
19/2/1848 e batizada a 24 desse mês e ano; a madrinha era a irmã do padre,
Joaquina Maria, ambos da Rasa. // A 20/1/1846, na igreja de SMP, serviu de
madrinha no batismo de José Maria Solheiro, nascido cinco dias antes. // A 24/5/1848,
na igreja de São Paio, foi padrinho de Maria Luísa, nascida dois dias antes,
filha de Manuel Joaquim Esteves e de Rosa Maria Domingues. // A 9/4/1849, na
igreja de São Paio, foi padrinho de José António, nascido dois dias antes,
filho de Manuel Joaquim Esteves e de Rosa Maria Domingues, moradores no lugar
de Cavaleiro Alvo. // A 25/1/1850, na igreja de SMP, serviu de madrinha de
Antónia, nascida três dias antes, filha de Francisco José Domingues e de Maria
Rodrigues. Foi padrinho frei António Monteiro, de Rouças. // A 3 de Fevereiro
de 1853, na igreja de São Paio, foi padrinho de Inácio José de Oliveira,
nascido dois dias antes. // Morreu no lugar da Rasa a 10/5/1878, recebendo
todos os sacramentos. Não fez testamento e foi sepultado na igreja.
MELGAÇO,
António de Santa Maria dos Anjos (Frei). Nasceu no concelho de Melgaço a 17/6/1718. Foi frade
franciscano. Professou no Convento de São Francisco de Lisboa a 22/1/1731. Fez
os estudos de Filosofia e Teologia no Colégio de São Boaventura da Feira, em
Coimbra, entre 1731 e 1737. Foi professor nos Estudos de Mafra (fundados por D. João V) nos
anos de 1737 a 1752. Devia ser uma pessoa deveras inteligente e curiosa, pois o
próprio rei o incita a prosseguir os estudos. Segue os conselhos do monarca, e
em 1743 adquire um doutoramento em Teologia na Universidade de Coimbra, talvez
o primeiro melgacense a conseguir tal feito. Como escritor, deixou várias
obras, todas elas redigidas em latim. Uma delas tem por título «SCOTUS
ACADEMICUS, seu Philosophia Peripatetica ad commodiorem regalis Academiae
Mafrensis usum, juxta mentem venerabilis, subtilisque Magistri Joannis Duns
Scoti.» (Tomo I, Lisboa, 1747). Por ter sido eleito provincial «da sua província», em 1751, viu-se obrigado a suspender por algum
tempo a continuação da obra. O segundo volume estava em impressão apenas no ano
de 1755, o qual se queimou aquando do grande terramoto. No Convento de São
Francisco arderam também, nessa altura, outros escritos da sua autoria, que
tinha prontos para publicação. Em 1759 publicou, completamente revisto, o tomo
II do «SCOTUS ARISTOTELICUS». Os dois volumes debruçam-se sobre a «logica parva», ou seja, pequena lógica,
e a «logica magna», que significa
grande lógica, «e interessam para o
conhecimento do movimento de ideias em Portugal no século XVIII e dos estudos
na escola de Mafra». Morreu em Vila do Conde a 14/8/1780, com 62 anos de
idade. // Quem desejar consultar a bibliografia pode fazê-lo em {Frei António
do Sacramento, História Seráfica,
sexta parte, manuscrito 703, da Torre do Tombo. / Memória da forma com que Dom João o Quinto mandou para Mafra religiosos
para Lentes de Faculdade, manuscrito 801, folhas 682 e seguintes, do
arquivo da casa Cadaval (Muge). / A.
A. Andrade, A Orientação do Estudo da
Filosofia dos Franciscanos, in Brotéria 43 (1946), páginas 43 a 45.}
MELO, António (Frei). // Em 1809 era «dom abade e prelado ordinário do couto de
Fiães.» // A 5/8/1809, na igreja do mosteiro, batizou António José Afonso,
futuro sacerdote
(1809-1903).
MELO, António de Castro (Padre). Filho de
Antónia Maria de Castro e Sousa, melgacense, e de Manuel José de Castro Melo y
Barreto, galego. Neto paterno de Fernando Lobato de Castro, solteiro, da Quinta
da Boa Vista, Rouças, e de Maria Gonçalves, solteira, da vila de Melgaço.
Nasceu no século XVIII. // Paroquiou a freguesia de Couço, na Galiza (ver O Meu Livro das
Gerações Melgacenses, volume I, página 203).
MENDES, António (Padre). // Faleceu na freguesia de Cristóval, de onde era
natural, a 7/6/1762.
MENDES, Francisco José (Padre). // Residiu no lugar do Outeiro,
Paços, de onde seria natural. // A 22/5/1815, na igreja de Paços, foi padrinho
de Josefa, nascida dois dias antes, filha de António Rodrigues e de Maria
Isabel Pires, moradores no lugar do Outeiro. // A 30 de Novembro de 1817, na
igreja de Paços, foi padrinho de Teresa Esteves, nascida sete dias antes. // A
18/2/1820, na igreja de Paços, foi padrinho de Maria, nascida dois dias antes,
filha de Francisco José Domingues Salgado e de Ana Luísa Pires. // A --/4/1826,
na igreja de Paços, foi padrinho de Vitorina Salgado, nascida a 13 desse mês e
ano. // A 19/3/1829, na igreja de Paços, foi padrinho de sua sobrinha Francisca
Joaquina, nascida no dia anterior, filha de Bento Manuel Esteves e de Maria
Josefa Mendes, moradores no lugar do Outeiro. // A 5/9/1829, na igreja de
Paços, foi padrinho de Vitorina Salgado, nascida no dia anterior. // A
22/8/1846, na igreja de Cristóval, foi padrinho de Claudina Domingues, nascida
nessa freguesia dois dias antes. // A 28/7/1851, na igreja de Cristóval, foi
padrinho de Claudina Domingues, nascida três dias antes, irmã da anterior, por
essa ter falecido bebé.
MENDES,
José Maria (Padre). Filho de ------------ Mendes e de ------------------------------.
Nasceu no lugar dos Casais, Paços, a --/--/18--. // Depois da 4.ª classe ingressou
no Seminário; em Junho de 1858 era ainda minorista. // Em 1862 era diácono. //
A 2/7/1866, na igreja de Cristóval, foi padrinho de Manuel José Francisco,
nascido a 30 de Junho desse dito ano. // A 30 de Setembro de 1867, na igreja de
Paços, foi padrinho de Adriano Augusto, nascido no dia anterior, filho de
Francisco José Mendes e de Maria Joaquina Meleiro. // A 18/5/1868, na igreja
de Cristóval, batizou José Joaquim, nascido no dia anterior, filho de António
José Fernandes e de Rosa Salgado, moradores no lugar da Grova. // A 22/4/1869,
na igreja de Cristóval, batizou Rosa Gonçalves, nascida no dia anterior. // Em 1874 já era cura na freguesia de Cristóval (ver
«Organização Judicial de Melgaço», de Augusto César Esteves, página 158). // A 19/2/1874, na igreja de Paços, foi padrinho de Lina
Rosa, nascida dois dias antes, filha de Francisco Mendes e de Maria Joaquina
Meleiro. // A 20/4/1877, na igreja de Paços, foi padrinho de Júlia Augusta,
nascida no dia anterior, filha de Francisco Mendes e de Maria Joaquina Meleiro.
// Em 1878 era pároco encomendado da dita freguesia de Cristóval, substituindo
provisoriamente o padre José Manuel Lopes, que adoecera. // A 22/7/1879, na
igreja de Paços, foi padrinho de Olívia de Jesus, nascida quatro dias antes,
filha de Francisco Mendes e de Maria Joaquina Meleiro. // A 8/7/1880, na igreja
de Fiães, foi padrinho de José Albano, nascido três dias antes, filho de Manuel
Maria Meleiro e de Maria Joaquina Alves, moradores no lugar de Soutomendo. // Em
Outubro de 1880 é colocado em Cristóval o padre Manuel Vicente Pereira, que
permanecerá ali até morrer. // A 3/5/1886, na igreja de Paços, foi padrinho de
Alexandrina Rosa, nascida dois dias antes, filha de Francisco José Mendes e de
Maria Joaquina Meleiro.
MENDES,
Manuel (Padre). // Morreu no lugar da Gaia, freguesia de São Paio, a
10/10/1762.
MENDES,
Manuel de Jesus Maria (Frei - professo). Filho
de João Manuel Mendes, natural de Paços, e de Maria Rosa Gomes, natural de
Cristóval, lavradores. Nasceu em Paços por volta de 1793. // A 3/7/1859, na
igreja de Cristóval, foi padrinho de Rosa, nascida no dia anterior, filha de
Manuel António Pires e de Clara Rosa Esteves, residentes em São Gregório. // Morreu
no lugar do Outeiro, Paços, a 18/10/1866, com setenta e três anos de idade, com
todos os sacramentos da igreja católica, com testamento, e foi sepultado na
igreja paroquial.
MENDES,
Manuel Alves. // A 20/8/1806, na igreja de São Paio, foi padrinho de João Luís,
nascido três dias antes, filho de Manuel António de Carvalho e de Joana Luísa
Lourenço, moradores no lugar de Sante.
MENDES,
Rodrigo (Padre). // Em 1246 era pároco da freguesia de Chaviães (ver “Melgaço Medieval”, de M.A. Bernardo Pintor, página 25 e
página 49). // Lê-se em “Melgaço Medieval”, de
M.A. Bernardo Pintor, página 50: «Em
Fevereiro de 1247 o padre Rodrigo Mendes (possivelmente
pároco de Paços), outorgou na vila de Melgaço ao mosteiro de Fiães uma
doação de toda a herdade que tem por pai e mãe, contando-se entre as
testemunhas presentes Pedro Martins, reitor da igreja de Chaviães, e o capelão
João Joanes.» Na página 57, obra referida, lê-se:
«Entre as autoridades menciona reitor da
igreja de Santa Maria de Paços Rodrigo Mendes.»
MENDES,
Soeiro (Padre). // Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 909, de 28/8/1949: «Foi assim que uma tarde o bom do padre
Soeiro Mendes, que há dez anos deixara a tranquila capelania de Tangil pelas
agruras de um pastoreio de almas serranas, em Melgaço, batucara de rijo ao
portão da casa…»
MENESES, José de Castro Sousa (Padre). Filho de
Bernardino José de Castro e Sousa, sargento-mor da vila e termo de Paredes de
Coura e 4.º administrador do morgadio do Peso, e de Maria Antónia da Cunha
Antas Brandão, administradora do vínculo da Gândara, Paredes de Coura,
moradores no Peso de Melgaço e em Paredes de Coura. Nasceu no século XVIII. //
Deve ter sido ajudado a criar pela escrava “Ana Preta”. // Foi padrinho de sua
sobrinha Ana Rita Clara, nascida no Peso de Melgaço a 10/4/1782 (ver O Meu Livro das
Gerações Melgacenses, de Augusto César Esteves, volume I, páginas 351 e 352).
MENESES, Manuel da Silva (Padre).
[CASTRO,
António (António de Castro Sousa Lobato). Filho de António Lobato de Sousa e
Castro, sargento-mor, e de Antónia Barbosa Soares, proprietária. Neto paterno
de Lopo de Castro (o Moço) e de Francisca de Quevedo e Alarcão; neto materno de
Agostinho Soares Pereira Barbosa e de Maria Soares Felgueira. Nasceu no século
XVII. // Em 1654 era juiz dos órfãos e vereador mais velho (OJM, de ACE, página
121). // Foi capitão de cavalos, cavaleiro professo na Ordem de Cristo,
familiar do Santo Ofício, etc. // Casou a 14/8/1701 com Ana (ou Joana) Maria,
filha de António Cardoso de Menezes, morgado de Nespereira, Guimarães, e de
Mariana da Silva Teles e Meneses (filha bastarda do
padre Manuel da Silva de Meneses). // A 16/12/1703, conjuntamente com as
suas irmãs (as donas), fundou o vínculo de morgado de Galvão, tendo comprado
anteriormente alguns prédios rústicos. // Morreu na batalha de Almanza a
25/4/1707 (ver “O Meu Livro das Gerações
Melgacenses”, de ACE, vol. I, p.p. 359 a 368).]
MOGO, J. (Padre). // Em 1246 era pároco da
freguesia de Paços (ver
“Melgaço Medieval”, de M.A. Bernardo Pintor, página 58.»
MOGUEIMES,
Bento Lourenço (Padre). // Foi pároco encomendado da freguesia de Santa Maria
da Porta (“Memórias Paroquiais de 1758”, páginas
155, 175, 177). // A 24/10/1757, na igreja de
Rouças, serviu de padrinho na boda de António Alves com Caetana Maria da Silva
Fajardo, filha de Bernarda Correia e do padre Manuel da Silva. Foram
testemunhas do dito casamento os padres Manuel Gomes Ribeiro e António Gomes da
Ribeira. // A 27/12/1766, na igreja de SMP, serviu de testemunha no batismo de
Josefa Luísa Gomes, nascida quatro dias antes. // A 24/3/1778, na igreja de
SMP, foi padrinho de Bento José, nascido dois dias antes, filho de Maria
Rodrigues, solteira, natural de Desteriz, Tui, Galiza, moradora na Vila de
Melgaço. // Deve ter sido no seu tempo que se ergueu a capela da Senhora da
Lapa (ver “Obras Completas” de ACE, volume I,
tomo I, página 347). // Morreu a 10/1/1786.
MOGUEIMES,
Manuel (Padre). // Nasceu em Prado. // Foi provedor da Santa Casa da
Misericórdia de Melgaço em 1755 e em 1772. // A 20/7/1775, na igreja de SMP,
foi padrinho de Maria Joaquina, nascida a 12 desse mês e ano, filha de
Silvestre Rodrigues e de Maria Gertrudes Gomes de Araújo. // Morreu a
17/4/1777. // (Também usava o apelido Silva Mogueimes).
MÓNACO,
João (Padre). // É o segundo abade da freguesia de SMP. O 1.º devia ter sido
Andreas (ver Padroado Medieval Melgacense, página 92, de José Domingues; edição
da CMM, 2004). // «Conservaram o nome
deste abade as Inquirições de D. Afonso III de 1258, porquanto entre as pessoas
chamadas a depor encontra-se “Johannes Monacus prelatus Sancte Marie.” Assim
o ordenara D. Afonso III: «que os
inquiridores chamem o juiz de cada um jugadeiro e o abade da igreja e todos os
fregueses de cada uma freguesia e conjurem-nos sobre santos evangelhos, cada um
per si, e recebam o testemunho de cada uma em puridade sobre todas as
devanditas coisas» (Obras Completas de Augusto César
Esteves, volume I, tomo I, páginas 247 e 248). //
Lê-se em “Melgaço Medieval”, de M.A. Bernardo Pintor, página 62: «Quando se fizeram as inquirições de 1258 era
pároco de Paços João Mónaco.» Quanto a mim, a confusão nasceu de ambas as
freguesias terem como padroeira Santa Maria: - de Paços e da Porta.
MONTEIRO,
Alexandre (Padre). // Morreu na freguesia de Paderne a 26/9/1748.
MONTEIRO, António Joaquim (Padre). Filho de Vitorino Monteiro e de Florinda Rosa Pires
Pereira, moradores no lugar da Grova, Cristóval. Neto paterno de João Manuel
Monteiro e de Josefa Valada, do Coto; neto materno de António Pereira,
solteiro, de Merelhe, Paços, e de Jerónima Pires, solteira, da Grova,
Cristóval. Nasceu a 14/4/1857 e foi batizado a 17 desse mês e ano. Padrinho:
Francisco Monteiro, tio paterno do bebé, de Doma. // Morou no lugar da Grova,
Cristóval. // A 24 de Setembro de 1887, na igreja de SMP, foi padrinho de
Ilídio, nascido seis dias antes, filho de Ilídio Vitorino de Sousa e de Maria
Miquelina Esteves, moradores no Campo da Feira. // A 9 de Janeiro de 1893, na
igreja de SMP, foi padrinho de Lúcia, nascida a 23/12/1892, filha de Manuel
Joaquim Fernandes e de Suzana Rodrigues de Azevedo. // Em 1915 encontrava-se
doente (ver Correio de Melgaço
n.º 164, de 5/9/1915). // Nota: perfilhou uma criança do sexo feminino, Maria Rufina da
Conceição, que gerara em Maria do Outeiro, solteira, moradora no lugar de Doma,
Cristóval, por testamento de 28/12/1926.
[Maria Rufina da
Conceição. Filha de Maria do Outeiro, solteira, camponesa, moradora no lugar de
Doma, e filha também, por
perfilhação (testamento de 28/12/1926) do padre António Joaquim Monteiro, natural de Cristóval. Neta materna de Joaquim do Outeiro e de Rosa Pires; neta paterna
de Vitorino Monteiro e de Florinda Rosa Pereira. Nasceu em Cristóval a
10/12/1897 e foi batizada na igreja a 13 desse mês e ano. Padrinhos: Joaquim do
Outeiro, casado, lavrador, e Rosa Pires, casada. // Casou a 18/10/1920, na Conservatória
do Registo Civil de Melgaço, com o seu conterrâneo Francisco Monteiro, de trinta
e sete anos de idade, filho de José Joaquim Monteiro e de Maria Teresa Moreda.
// Ambos os cônjuges morreram em Cristóval: o marido a 27/3/1965 e ela a
3/3/1976.]
MONTEIRO,
António Joaquim de Santa Isabel (Frei). // Filho de Manuel António Vaz Monteiro
e de Joana Maria Álvares, lavradores, roucenses. // Irmão de Maria Rita
Monteiro. // Nasceu em Rouças a --/--/1809. // Presbítero e egresso beneditino.
// Penso que teve mais afilhados do que qualquer outro religioso; talvez tenha
sido igualado pelo comerciante José Cândido Gomes de Abreu. // Em Outubro de
1838, na igreja de Rouças, batizou Ana Emília, nascida na Casa da Cordeira no
dia 20 desse mês e ano, filha de Joaquim Tomás Correia Pimenta Barbosa Feijó e
de Caetana Delfina de Lima e Azevedo Sousa e Castro. // A 22/9/1839, na igreja
de Chaviães, foi padrinho de António Justiniano Monteiro, nascido no dia
anterior. // A 27/6/1840, na igreja de SMP, foi padrinho de António Augusto,
nascido seis dias antes, filho de Luís Caetano Soares e de Ana Joaquina Gomes.
// A 11/10/1840, na igreja de SMP, foi padrinho de José António, nascido dois
dias antes, filho de Manuel José da Cunha e de Rosa Joaquina da Costa Coelho.
// A 28/12/1842, na igreja de São Paio, foi padrinho de Joaquim Maria, nascido
quatro dias antes, filho de Manuel António de Carvalho e de Joaquina Rosa da
Rosa, moradores no lugar da Costa. // A 5/11/1843, na igreja de SMP, foi
padrinho de Carolina Rosa, nascida dois dias antes, filha de José Joaquim de
Sousa e de Mariana Carolina Marques. // A 16/2/1845, na igreja de São Paio, foi
padrinho de António Joaquim, nascido três dias antes, filho de Maria Joaquina
Gonçalves, solteira, natural de Rouças, moradora no lugar de Sante. // Em 1849
morava no lugar de Cavaleiros, Rouças. // A 8/2/1849, na igreja de São Paio,
foi padrinho de António Joaquim, nascido cinco dias antes, filho de José
Joaquim Codesseira e de Inácia Joaquina Gonçalves, moradores no lugar de Sante.
// A 15/2/1849, na igreja de Prado, serviu de testemunha no casamento de João
Caetano Alves com Maria Teresa, filha natural de José Caetano de Magalhães, de
Chaviães, e de Ana Rosa do Souto, solteira, de Prado. // A 29 de Outubro de
1849, na igreja de Cristóval, foi padrinho de Clementina Rosa Domingues,
nascida seis dias antes. // A 25/1/1850, na igreja de SMP, foi padrinho de
Antónia, nascida três dias antes, filha de Francisco José Domingues e de Maria
Rodrigues, moradores no lugar da Calçada. Serviu de madrinha o padre Simão
António Meleiro, de São Paio. // A 15/12/1851, na igreja de Rouças, foi
padrinho de Maria, nascida dois dias antes, filha de Manuel António de Abreu e
de Carolina Joaquina de Oliveira, residentes no lugar de Cabreiros. // A
27/11/1952, na igreja de Rouças, foi padrinho de Rosa de Jesus Pinto, nascida
na Vila dois dias antes. // A 17/12/1854, na igreja de SMP, foi padrinho de
António Carlos, nascido quatro dias antes, filho de José Bento Esteves e de Ana
Emília Coelho. // A 8/8/1855, na igreja de Rouças, foi padrinho de Emília,
nascida três dias antes, filha de Maria Teresa Domingues, solteira. // A
30/1/1859, na igreja de Rouças, foi padrinho de Maria Alves, nascida três dias
antes. // Foi provedor da Santa Casa da Misericórdia de Melgaço de 1860 a 1863,
e de 1865 a 1867, sendo dele a ideia da
fundação do hospital. // A 21/10/1860, na igreja de Rouças, foi padrinho de
José, nascido três dias antes, filho de José Joaquim Cardoso e de Maria Justina
Gonçalves. // A 25/11/1860, na igreja de Rouças, foi padrinho de Maria Alves,
nascida cinco dias antes. // A 16/12/1861, na igreja de Rouças, foi padrinho de
António, nascido no dia anterior, filho de Francisco José Alves Salgado e de
Rosa Joaquina Simões. // A 16/3/1862, na igreja de SMP, foi padrinho de Germana
do Nascimento, nascida a 11 desse mês e ano, filha de José António Baleixo e de
Rosa Cândida Alves, moradores na Rua da Calçada. // A 11/2/1863, na igreja de
Rouças, foi padrinho de Florinda, nascida três dias antes, filha de João Afonso
e de Ana Rosa de Campos. // A 13/4/1864, na igreja de Chaviães, batizou, e foi padrinho
de Manuel António, nascido três dias antes, filho de António Manuel Meleiro e
de Maria Caetana Gomes, residentes no lugar da Bouça, Chaviães. // A
20/11/1864, na igreja de SMP, foi padrinho de José António, nascido sete dias
antes, filho de Joaquim Gonçalves e de Maria Miquelina Fernandes. Nota: ele foi representado por Manuel
Ventura da Costa Pinto, negociante na vila de Melgaço. // A 25/3/1865, na
igreja de SMP, foi padrinho de Emília da Graça Ribeiro, nascida a 16 desse mês
e ano. // A 5/5/1867, na igreja de Rouças, foi padrinho de António (ou António
Joaquim) Lourenço, nascido dois dias antes. // A 14/2/1869, na igreja de
Chaviães, foi padrinho de Antónia Maria Monteiro, nascida cinco dias antes. // Morreu no lugar de Cavaleiros, Rouças, a 19/6/1871, com todos os
sacramentos, com sessenta e dois (62) anos de idade, sem testamento, e foi
sepultado na igreja. // continua...
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