MELGAÇO: Padres, Monges e Frades.
Por Joaquim A. Rocha
// continuação de 11/08/2023.
LIMA, Joaquim
Ribeiro de Campos (Padre). // Nasceu na freguesia de Forjães, Esposende. // Paroquiou
a freguesia de Fiães, Melgaço, de onde, em Outubro de 1944, transitou para a da
Gave. // No jornal ia lembrando, ou pedindo. Leia-se o seu artigo publicado no
Notícias de Melgaço n.º 702, de 17/9/1944: «Lembrar
ou pedir? Sempre foi nossa intenção, é e será, fazer uma e outra coisa, como já
temos afirmado. Lembramos o que aos outros vai passando desapercebido, e
pedimos o que é de justiça pedir – uma estrada que ponha fim a tão maus
caminhos que ligam Fiães com a vila de Melgaço. Dizem-nos que ela já foi
marcada há uns sessenta anos. Se assim é, embora se prove mais uma vez
praticamente o atraso que não sei pelo que é atribuído aos portugueses, mostra
ao mesmo tempo que já está alguma coisa feita, e mais nos anima a insistir,
lembrando prudentemente a grande necessidade que temos de ver construída essa
estrada da vila de Melgaço para Fiães e quanto antes. E neste nosso pedido
supomos que não fazemos ofensa a ninguém, pois estamos convencidos do grande
benefício que da estrada todos vão tirar, a principiar pelo Estado Novo, como
já dissemos no último número que saiu. Benefício tira ainda Portugal, porque
sendo a única nação da Europa que se destaca de todas as outras pela dignidade
de sexo, é preciso que os seus melhoramentos estejam de harmonia com essa
dignidade, o que só se pode afirmar quando esses melhoramentos se estenderem a
todos os cantos do país. Por isso mesmo, imos pedindo sempre até vermos Fiães e
todas as aldeias sertanejas com as suas escolas, os seus fontenários de águas
limpas, e as suas estradas, para em coro uníssono esses habitantes das serras
dizerem numa só voz com os habitantes das vilas e cidades: “Portugal, quanto às
nações,/É modelo a imitar;/Isso se deve ao grande homem,/Oliveira Salazar.”
// Fiães, 13/9/1944. // No Notícias de Melgaço n.º 703, de 24/9/1944, publicou
a seguinte quadra: «Se tu morres de desgraça/Pecador, que andas perdido;/O
inferno há de ser/Para sempre o teu castigo.» // Nesse ano de 1944, no Notícias
de Melgaço n.º 705, de 8/10/1944, página 4, publicou um poema dedicado a São
Francisco de Assis e a Santa Teresinha do Menino Jesus. // Em 1947, 2 de Maio,
foi a Fátima, juntamente com o pároco da vila de Melgaço, padre Justino
Domingues, e com as raparigas da juventude católica melgacense; iam assistir à
Grande Peregrinação Internacional, além de outras pessoas (NM 816, de 4/5/1947). // No
jornal Notícias de Melgaço n.º 834, de 28/9/1947, Notícias de Melgaço n.º 835,
de 12/10/1947, e Notícias de Melgaço n.º 841, de 3/12/1947, aparecem artigos da
sua autoria, pedindo à Câmara Municipal, ou ao Estado Novo, uma estrada de
Pomares à Gave, pois o caminho que existia «é
estreito, e sempre cheio de água e lama.» Remata o 1.º artigo com uma
quadra: «Ó Virgem Santa Maria/Permiti
seja verdade;/A vinda desta estrada/De Pomares para a Gave.» E no 2.º:
«Ajudai, Virgem Maria/A nossa autoridade;/A conseguir a estrada/De Pomares para
a Gave.» E no 3.º: «Se Melgaço está dentro dos limites da pátria, tenham pois
os melgacenses estradas para todas as freguesias, como têm os outros povos.» E
remata com uma quadra: «E, então, a boa gente/Remediado este mal/Dirá, ao ver a
estrada:/Viva, viva, Portugal.» // - Só lhe faltou escrever: queremos uma
estrada: - De Pomares para a Gave, ou da
Gave pra Pomares; oxalá haja vontade, e milagre de avatares. // Depois da
estrada, pediu para a Gave um cemitério novo, pois aquele que existia não era
suficiente. No final do seu artigo, escreve: «Ó meu bom Deus, ajudai-me/A sair
bem desta vida;/Dar cemitério a cadáveres/Que hoje ainda tem vida» (NM 842, de 14/12/1947). // No
Notícias de Melgaço n.º 867, de 1/7/1948, publicou a seguinte quadra, à qual
deu o título de “Má-Língua”: «Cuidado com a má-língua/Que tem sempre por
feição/Dizer mal de quase tudo,/Tenha, ou não tenha, razão.» // No Notícias de
Melgaço n.º 874, de 3/10/1948, publica um longo poema, através do qual pede o
comboio para Melgaço. // Segundo me contou o Professor Dr. José Marques, o
padre Campos Lima percebia muito de plantas medicinais, chegando mesmo a curar
algumas pessoas; também disse que certo dia partiu, regressando anos depois de
África, indo residir na sua terra natal, onde provavelmente acabou seus dias. //
Graças à colaboração da freguesia de Forjães consegui os seguintes dados: «Joaquim
Ribeiro de Campos Lima, filho de Manuel José Ribeiro Lima e de Ana Alves de
Campos, neto paterno de José Dias Ribeiro Lima e de Maria Josefa Eiras de Meira
Torres e materno de Manuel Dias de Campos e de Ana Joaquina Alves. Nasceu a
16/10/1903, no lugar do Matinho, e faleceu em Forjães a 7/10/1980. Concluídos
os estudos nos Seminários de Braga, foi ordenado sacerdote a 18/9/1932 e cantou
missa nova no dia seguinte em Forjães. Foi pároco de São Martinho de Lago,
arciprestado de Amares, desde Setembro de 1932 a 30/6/1938. A seguir, de
Setembro de 1938 a 31/10/1941, paroquiou a freguesia de Santa Marinha de
Remelhe, arciprestado de Barcelos. De Dezembro de 1942 a Janeiro de 1944,
esteve na Galiza, Espanha. Em Janeiro de 1943 encontrava-se no então convento
franciscano de Vilariño de la Ramalhosa, concelho de Gondomar, diocese de Tui. De
Março a Outubro de 1944 trabalhou em Santa Maria de Fiães, arciprestado de
Melgaço. Em Outubro de 1944 tomou posse como pároco de Nossa Senhora da
Natividade de Gave, arciprestado de Melgaço, onde permaneceu até Agosto de
1948. De Outubro de 1948 a Outubro de 1949 reside em Forjães, ajudando os
párocos desta freguesia e de São Paio de Antas. Em finais de Abril de 1949,
durante a doença do pároco desta freguesia, padre António Dias Ferreira, assume
o trabalho paroquial até 30/6/1949. A 14/10/1949 parte para Angola, diocese de
Nova Lisboa (hoje Huambo). Aqui assume a
paróquia de Nossa Senhora de Fátima de Longoujo e a paróquia de São João
Batista de Lepi em Caála. Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 1425, de 4/2/1962:
«Recordando. I Ó Gave, tão linda terra/em
belezas naturais;/ És digna de tudo o que tens/e ainda de muito mais. // II Quando em ti trabalhei// disso estás bem
lembrada,/que de Pomares para a Gave/sempre pedi uma estrada. // III Se há quem guarde os jornais,/consultá-los já
deve ir;/para o que neles escrevi/ voltarem a repetir;/quando estive em
Fiães/no meu: Lembrar, ou pedir?... // IV Porque
não temos, se tanto precisamos?.../ já na Gave eu escrevia:/sempre a pedir a
estrada/para essa freguesia. // V Sem
estrada, e maus caminhos, /o mesmo assunto tratava;/no Jornal de Melgaço/ que
se imprimia em Braga. // VI Quando fomos as
esmolas/ao hospital levar/disse: não nos dando a estrada/não podemos cá voltar.
// VII E ela foi prometida /bem disso a Gave
se lembra;/pelo presidente da Câmara/Doutor Elísio Pimenta. // VIII Não
pensem que é invenção/pois sempre falo a sério;/fez essa promessa junta/à do
novo cemitério. // IX Rematei alguns
artigos/pedindo que fosse verdade/ir depressa a estrada/de Pomares até à Gave.
// X Isso peço ainda agora/pois tu, linda
freguesia/és também, como as outras/terra de Santa Maria. // XI As autoridades locais/que representam o
povo/peçam com quem de direito/essa estrada ao Estado Novo. // XII Tenho por ti saudades/pelas belezas que tens/e
quero que tenhas estrada para dar-te os parabéns. // XIII
Que deus do céu não esqueça/perante o Estado Novo/que a Gave é das terras/onde
vive o melhor povo. // XIV Termino com uma
palavra/que tem maior embaraço/escrevia-a “É de justiça”/e repito-a sem
cansaço:/pois julgo ser de justiça/vir a linha de comboio/de Monção até
Melgaço.» // Longonja, Angola, 13/1/1962. // Do amigo da Gave e de Melgaço. //
Padre Joaquim Ribeiro de Campos Lima. // Regressa a Forjães depois do 25 de
Abril de 1974, auxiliando o pároco, padre Dr. Justino Moreira da Silva. Graças
à generosidade do padre Joaquim Campos Lima, a ele se deve o arranjo do adro (obras
terminadas a 16/7/1978) e da igreja, a construção do
escadório de Santa Marinha (obras concluídas a 16/7/1979), a construção das capelas do Senhor dos Passos e de Nossa
Senhora das Dores, no adro da igreja, em 1958 (!?), e a da Senhora das Curas,
no lugar do Matinho.
LIMA,
José Rodrigues (Padre). // Em 1966 era presidente da “Associação Mútua de
Seguros de Gado Bovino”, com sede na freguesia de Chaviães. // A ideia de criar
esta associação foi de Amadeu Abílio Lopes, emigrante no Brasil. // Ver
Notícias de Melgaço n.º 1610, de 25/9/1966.
LIMA,
Manuel Armindo (Padre). Filho de Manuel Luís de Lima, natural de Rouças, e de
Maria Esteves Calçada, natural da freguesia de Chaviães. Neto paterno de
Justiniano de Lima e de Albina Pinheiro; neto materno de Justino Esteves
Calçada e de Rosa Maria Alves. Nasceu em Chaviães a --/--/1938 (Notícias de Melgaço n.º 411).
// Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 1482, de 25/8/1963, página 5: (…) // Pertenceu
aos padres missionários da Boa Nova e foi
assassinado em Angola a 3/2/1982 (ver “A Voz de Melgaço” n.º 1140, de
15/6/2000).
LIMA,
Manuel Bento (Padre). // A 18 de Agosto de 1768 era encomendado na freguesia da
vila de Melgaço, SMP.
LIRA,
Luís António da Costa (Padre). Filho de Manuel Fernandes da Costa e de Maria
Angélica da Silva Lira, esta natural da freguesia de Santa Maria dos Anjos,
Monção. Nasceu no século XVIII (em Paderne ou Monção). // Pouco se sabe da sua
atividade religiosa.
LIRA,
Manuel da Cunha (Padre). // A 24/10/1713, na igreja de SMP, foi padrinho de
Manuel, que nascera cinco dias antes, filho de Manuel Lourenço e de Inês de
Araújo, moradores no lugar de Galvão. // Foi abade de Rouças, provedor da Santa
Casa da Misericórdia de Melgaço em 1714 e 1715. // Benzeu e cantou a 1.ª missa
na capela da Pastoriza a 17/8/1727. Idem, idem, na capela de São Mamede de
Cavaleiros, a 13/7/1740. Também benzera a capela de São Paio (mais
tarde de Santa Rita) da Eira de Vilela em 1738 (ver
artigo de José Marques em Diário do Minho n.º 32144, de 5/6/2019, no Suplemento
da Cultura). // Faleceu a 26/1/1752.
LIRA, Manuel Esteves Balanzuela (Padre). // A
28/7/1884, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de Ninfa, nascida quatro dias
antes, filha de João Esteves Lira e de Maria Benta Soares de Castro. // A
17/4/1889, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de Helena, nascida na freguesia
de Alvaredo a 14/4/1889, filha de João Esteves Lira e de Maria Benta Soares,
lavradores, residentes no lugar dos Esteves. A madrinha era a avó paterna da
neófita, Maria Joana Domingues de Araújo.
LOBARINHAS,
António Álvares (Padre). // Natural do Rio do Porto (!). // Foi escrivão da
Confraria das Almas de Prado a partir de 1736. // Diz o “Mário de Prado” acerca
dele: «… escrevia maravilhosamente;
dificilmente se encontra caligrafia mais perfeita (Padre
Júlio Vaz Apresenta Mário, página 227).
LOBARINHAS,
António Esteves (Padre). // Foi abade de São Miguel de Prado, em Pico de
Regalados, e provedor da Santa Casa da Misericórdia de Melgaço em 1680.
LOBARINHAS,
António Joaquim Marques (Padre). // A 3 de Abril de 1820, na igreja de Paços,
foi padrinho de Joaquim, nascido a 31/3/1820, filho de Avelina (ou Belina) Rosa Rodrigues, solteira.
Neto materno de António Rodrigues e de Caetana Gomes, todos de Sá. A madrinha
era Joaquina Luísa Esteves, solteira, também do lugar de Sá.
LOBARINHAS,
Domingos Gomes (Padre e Dr.) // Foi comissário do Santo Ofício e provedor da
SCMM em 1696. Lê-se em “Obras Completas” de ACE, volume I, tomo I, página 356:
«Morou na vila de Melgaço e isso mesmo se
diz neste requerimento – Diz o reverendo padre Domingos Gomes Lobarinhas,
Comissário do Santo Ofício, e morador na Calçada desta vila de Melgaço, que
pela santa (?) junta foram requeridos Madalena Pires e João Gonçalves, como
consta da notificação nas costas da dita santa para pagar a pensão de quatro
alqueires de pão, ou nomear bens e porque tem passado o termo da lei, e não tem
nomeado, nem satisfeito, pede a Vossa Senhoria seja servido dar licença para o
suplicante nomear bens a penhora que bastem para pagamento e custas. E.R.M.»
// Morreu na Quinta das Carvalheiras, Chaviães, a 17/10/1725. Nota: no livro “Padre Júlio Vaz
Apresenta Mário”, página 227, diz-se que ele morreu no Rio do Porto. // Era
irmão do padre António.
LOBARINHAS,
Francisco Alberto (Padre). // Foi reitor de Rio Seco e provedor da Santa Casa
da Misericórdia de Melgaço em 1818.
LOBARINHAS,
Joaquim José (Padre). // Foi pároco de Trute, Monção, e provedor da Santa Casa
da Misericórdia de Melgaço em 1802.
LOBARINHAS,
Salvador Gomes (Padre). // Sobrinho do padre Domingos Gomes Lobarinhas. // Foi
provedor da Santa Casa da Misericórdia de Melgaço em 1733.
LOBATO, António (Padre).
Filho de Aires João de Sousa Lobato e de Florinda Gonçalves, moradores no lugar
de Rabosa. Neto paterno de António José de Sousa Lobato e de Ana Joaquina da
Rocha, da Casa do Rego, Alvaredo; neto materno de Manuel Joaquim Gonçalves e de
Ana Maria Esteves Cordeiro, de Rabosa. Nasceu em Penso a 22/3/1858 e foi
batizado na igreja no dia seguinte. Padrinhos: João José Pires e sua esposa,
Catarina Luísa Pires, de Rabosa. // Em 1891 era cura na freguesia de Penso. //
Passou a coadjutor. // A 17/2/1895, na igreja de Penso, foi padrinho de
Antonino, nascido quatro dias antes, filho de Manuel Joaquim Fernandes
“Capelas” e de Adelaide da Mota Bastos. // A 4/4/1901, na igreja de Paderne,
foi padrinho de Rosalina Gonçalves, nascida três dias antes. // Lê-se no
Notícias de Melgaço n.º 8, de 14/4/1929: «Anúncio. Comarca de Melgaço. Editos de 30
dias (1.ª publicação). Por este juízo de direito e cartório
do escrivão do 1.º ofício correm editos de trinta dias, a contar da 2.ª e
última publicação deste anúncio no jornal desta localidade, citando a ré,
Juliana [da Pureza] Esteves, solteira, maior, da freguesia de Penso, desta
comarca, e ausente em parte incerta, para todos os termos da ação de
paternidade ilegítima pelo processo ordinário, que neste juízo corre seus
termos, na qual é autor António Fernandes Dias, que também é conhecido por
Antonino F. Dias, empregado comercial, residente na cidade de Lisboa, e réus
José Torquato de Sousa Lobato, mulher e outros, todos herdeiros do falecido
António de Sousa Lobato, presbítero
que foi do lugar da Rabosa, Penso, na qual o autor pede que a referida ação seja julgada procedente e
provada, e por via dela ele julgado e declarado filho ilegítimo do
referido António de Sousa Lobato, pelo que correm editos de trinta dias, citando a mencionada ré, para no
prazo de vinte dias, findo que seja o dos editos, contestar o pedido sob pena
de se haverem por confessos todos os factos articulados na petição inicial da
mesma ação, devendo o prazo legal para a contestação principiar a contar-se
depois de decorridos cinco dias, da data em que findar o dos editos. //
Melgaço, 11/4/1929. // Verifiquei – o juiz de direito substituto, Augusto Lima.
// O escrivão do 1.º ofício, João Afonso.»
LOBATO, Manuel António de Sousa (Padre). Filho
de Bento Manuel Sousa Lobato e de Maria José Esteves, lavradores, padernenses,
a residirem no lugar de Vilar. Neto paterno de António José de Sousa Lobato e
de Ana Joaquina da Rocha, do lugar do Rego, Alvaredo; neto materno de João
Manuel Esteves e de Ana Fernandes, do lugar da Granja. Nasceu em Paderne a
28/1/1841 e foi batizado na igreja do mosteiro no dia seguinte. Padrinhos: os
tios paternos, padre António José de Sousa Lobato e sua irmã, Emília, do Rego,
Alvaredo. // Foi pároco em Alvaredo, etc. // A 1/8/1871, na igreja de Penso,
foi padrinho de Ana Maria, nascida a 30 de Julho desse ano, filha de Aires João
de Sousa Lobato e de Florinda Gonçalves, moradores no lugar da Rabosa,
freguesia de Penso. A madrinha, Ana de Sousa Lobato, era irmã do padrinho. // A
10/6/1872, na igreja de Paderne, foi padrinho de Feliciano, nascido dois dias
antes, filho de José Joaquim Alves e de Adelaide de Sousa. // A 21/11/1872, na
igreja de Alvaredo, foi padrinho de Manuel Gonçalves, nascido três dias antes.
// A 3/8/1874, na igreja de Paderne, foi padrinho de António Rodrigues, nascido
no dia anterior. // A 23/2/1876, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de Manuel,
nascido dois dias antes, filho de António de Abreu e de Maria Teresa Rodrigues.
// A 27/2/1876, na igreja de Alvaredo, onde era coadjutor do abade, foi
padrinho de José de Castro, nascido dois dias antes. // A 20/1/1877, na igreja
de Alvaredo, foi padrinho de José Lobato, nascido dois dias antes. // A
12/2/1877, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de Ilídio Magalhães, nascido
cinco dias antes. // A 5/4/1877, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de Manuel
Rodrigues, nascido seis dias antes. // A 19/9/1880, na igreja de Alvaredo, foi
padrinho de Angelina Rosa, nascida antes cinco dias, filha de António José
Rodrigues e de Brites Alves, rurais. // A 4/1/1882, na igreja de Paderne,
batizou e foi padrinho de Firmino de Carvalho, nascido a 31 de Dezembro de
1881. // A 16/2/1882, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de Manuel, nascido
dois dias antes, filho de António de Abreu e de Maria Rodrigues. // A
16/4/1883, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de Rosa Rodrigues, nascida dois
dias antes. // Em 1885 era encomendado da freguesia de Paderne; depois foi
coadjutor. // A 2/7/1885 foi padrinho de Manuel,
filho de António de Abreu e de Maria Rodrigues, lavradores, nascido no lugar do
Barbeito, Alvaredo, a 30/6/1885. // Também a 2/7/1885, na igreja de Alvaredo,
foi padrinho de Manuel, nascido nesse dito dia, filho de Luís Manuel Alves e de
Ana de Sousa Lobato. // A 2/12/1886, na igreja do mosteiro, foi padrinho de
António Alves, nascido no dia anterior. // A 28/4/1888, na igreja de Paderne,
foi padrinho de Juliana Rodrigues, nascida dois dias antes, filha de Maria
Rodrigues, solteira. // A 26 de Agosto de 1888, na igreja de Paderne, foi
padrinho de Ilídio, nascido nesse dito dia, filho de Joaquina Nóvoas, solteira.
// A 12/8/1889, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de Maria Alves, nascida
nesse mesmo dia. // A 4/5/1891, na igreja de Paderne, foi padrinho de
Felicidade Alves, nascida nesse dia, filha de Luís Manuel Alves e de Ana de
Sousa Lobato. // A 27/12/1891, na igreja de Paderne, foi padrinho de Filomena
Nóvoas, nascida no dia anterior. // Uns ladrões feriram-no gravemente em
sua casa de Vilar, a 2/7/1892, de madrugada. Cinco rufias da pior espécie,
entre os quais se encontrava António Fernandes (o Guerra, ou o Bera), de Casal Maninho, Penso,
conhecido do sacerdote e da sua família. O móbil do crime era o roubo. Outro
dos canalhas era galego, de Lugo. Havia um de Monção e outro de São João da
Pesqueira. Morreu em consequência desse crime, na sua casa, a 22/7/1892, às
seis horas da tarde. Não fizera testamento e foi sepultado dentro da igreja do mosteiro de Paderne. // Todos os
assassinos foram duramente condenados, à exceção de um, o Romão Lousada,
nascido na província de Pontevedra. No Jornal de Melgaço n.º 700, de 12/9/1907,
pode ler-se: «Éditos de 60 dias – citando
Romão Lousada, solteiro, de Verim, Espanha, para dentro de sessenta dias se
apresentar neste juízo a fim de responder pelo crime que praticou, com outros,
de tentar roubar na noite de 1 para 2/7/1892, os queixosos, padre Manuel
António de Sousa Lobato, seu irmão António de Sousa Lobato, e cunhado, Luís
Manuel Alves, de Vilar, Alvaredo, em sua própria casa, com escalamento,
e aí ferir gravemente os queixosos, resultando desses ferimentos a morte do
dito padre, pelo que se acha pronunciado, sem fiança, por despacho de
18/8/1892. A requerimento do Ministério Público e citado como residente em
parte incerta, para comparecer dentro dos prazos dos éditos, sob pena de ser
havido e julgado como revel sem mais formalidade alguma de processo, e de ser
preso por qualquer pessoa do povo, e o será por qualquer oficial público, a fim
de ser entregue à autoridade judicial mais próxima. Para os efeitos da lei de
18/2/1847 se passou o presente. Melgaço, 20/8/1907. S. Ribeiro (juiz); Miguel
Augusto Ferreira (escrivão).» // Na altura do crime tinha o Lousada 24 ou
25 anos. «Era baixo, delgado, com a cara
redonda…» e «… trazia sempre entre a
cinta e o colete uma boa navalha de ponta e mola. // Parece que nunca foi
castigado por este hediondo ato. // O julgamento dos criminosos tivera lugar no
tribunal de Melgaço a 3/8/1893. O “Guerra” foi condenado a oito anos de prisão
maior celular, seguido de doze anos de degredo (*). Alternativa: vinte anos de
degredo. // Santiago, Alfredo, António Pinto, e João, foram condenados a oito
anos de prisão maior celular, seguida de vinte anos de degredo. Alternativa:
vinte e oito anos de degredo. A 7/11/1893 foi confirmada a sentença. // A
24/1/1894 partiram da cadeia do Porto para a Penitenciária de Lisboa. // O
António Pinto faleceu a 21/12/1895. // O Santiago enlouqueceu e internaram-no
em Rilhafoles a 28/2/1897. // Dos outros nada se sabe, mas devem ter ido para
África, cumprir a pena de degredo, de onde certamente jamais voltaram. // Este
monstruoso crime ficou conhecido por “Drama de Alvaredo” ou “Crime de Melgaço”.
/// (*) O António Fernandes teve uma pena menor
por ter colaborado com as autoridades.
LOBATO,
Manuel Joaquim (Padre). Filho de António de Sousa Lobato, natural de São Paio,
e de Maria Joaquina Martins, natural de Paços. Nasceu na freguesia de Paços a
20/1/1945. // Ordenou-se sacerdote no seminário de Braga no ano de 1969. // Em
2015 coadjuvava o pároco do Sameiro, Braga. // Em 2018 já estava internado na
Casa Sacerdotal de Braga. // Em 2019 dizia missas na capela dos Terceiros, sita
perto do Café do Viana, Braga. // Irmão de Rosa de Sousa Lobato.
LOBO,
Jácome Fernandes (Padre). // Foi abade da Vila de Melgaço de 1757 a 1766 (?).
// A 10/12/1758, na igreja de SMP, foi padrinho de Manuel, nascido a 30 de
Novembro desse ano, filho de Francisco Bento Pinto Cardoso e de Maria Xavier
Domingues Salgado, moradores no lugar de Galvão; a criança fora batizada pelo
padre Gregório Salgado, vigário da freguesia de Remoães. // A 19/4/1759, na
igreja de SMP, foi padrinho de Rosa Maria, nascida três dias antes, batizada
pelo padre Manuel António Pinheiro Figueiroa, filha de Manuel Vaz e de Isabel
Quintela, moradores na Rua de Baixo, vila de Melgaço. A madrinha era Rosa Maria
Teresa, da Quinta de Cavaleiros, Rouças. // A 30/9/1759, na igreja de SMP,
batizou Josefa Benta, nascida seis dias antes, filha do Dr. José Luís Pinto
Cardoso e de Inês Antónia Pereira da Rosa, moradores na Rua de Baixo, vila de
Melgaço. // Ensandeceu quase no fim da vida. // Finou-se em Braga a 20/3/1768 e
foi sepultado na igreja de São Vítor. Escreveu o Dr. Augusto César Esteves: «Em Melgaço não se lhe fez qualquer sufrágio
por ter as rendas sequestradas e não deixar bens alguns no termo» (Obras Completas, volume I, tomo I, página 252). // Sucederam-lhe no múnus, enquanto vivo, os padres encomendados
Manuel Álvares e Bento Lima; depois de morto, o sacerdote Manuel Esteves Costa
(1768-1775).
LOBO,
Manuel António Domingues Barbosa (Padre). // A 22 de Agosto de 1837, na igreja
de Alvaredo, foi padrinho de Maria Rosa Lobo, nascida cinco dias antes. // A 23
de Março de 1844, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de Benta Lobo, nascida
dois dias antes. // Em 1849 morava no lugar de Bouças, freguesia de Alvaredo;
colaborava com o reitor de Alvaredo, padre José de
Sousa Afonso. // A 8/8/1849, na
igreja de Alvaredo, batizou Maria Lourenço, nascida dois dias antes.
LONÉ,
Manuel Pedro (Padre). // A 2/3/1776 era pároco da igreja de SMP. // A 19/4/1777
(ou 1779)
representou como padrinho, ou madrinha, na igreja de SMP, Maria Vitória de
Meneses, de Viana do Castelo, no batismo de Gertrudes Joaquina da Costa,
nascida na vila de Melgaço sete dias antes. // A 31/7/1782, na igreja de SMP,
serviu de testemunha no batismo de Ana Maria Teresa, nascida quatro dias antes,
filha de Maria Vitória Fernandes Esteves, viúva, moradora na Vila de Melgaço.
// Lê-se em “Obras Completas” de Augusto César Esteves, volume I, tomo I,
página 252: «Deste abade tenho notícias
desde 2/3/1776 até à data do seu falecimento a 10/5/1796. Sobre a renda da
freguesia fez ele esta escritura a 4/9/1782 por estar “pactuado justo e
contratado com Sebastião Durães, do lugar de Surribas, freguesia de Rouças,
deste termo de Melgaço, de lhe arrendar a sua renda desta vila de Melgaço em
preço e quantia de trezentos e oitenta mil réis por tempo de dois anos, que
terão princípio… (…) Como dois anos mais tarde se viu sem fundos, contratou com
o juiz da Confraria do Rosário, António José de Abreu Magalhães, da Orada, e
demais mesários, receber a juro de 5% sessenta mil réis, e para garantia desse
dinheiro lhes hipotecou “a sua casa, sita na Rua de Baixo, que vai da Misericórdia
desta vila para as portas da vila (…)”, mas por último a escritura ficou sem
efeito por o padre a não querer assinar. Por sua morte ficou a freguesia da
vila, SMP, entregue aos cuidados do encomendado, padre Francisco Xavier Torres
Salgado.»
LOPES, Francisco (Padre). // Foi pároco da freguesia de Cristóval e provedor da
Santa Casa da Misericórdia de Melgaço em 1647. // Irmão do padre Manuel Lopes (ver).
LOPES,
João Manuel (Padre). // Parece que em 1845 era pároco de Paços.
LOPES,
José (Padre). // Faleceu em Paços a 24/6/1750.
LOPES,
José (Padre). Filho de António José Lopes e de --------------------. Neto paterno
de Francisco Lopes e de Madalena Marques. Nasceu no Outeiro Alto, Galvão, no
século XVIII. // Em 1781 teve de pagar à Confraria das Almas de Prado a quantia
de 12.000 réis, valor de um empréstimo contraído por seu pai a 21/8/1744, tendo
morrido sem o liquidar. // Foi aceite na dita Confraria a 25/8/1793, dando de
entrada 1.600 réis.
LOPES, José (Padre). Filho de Rafael Lopes,
galego, e da sua segunda esposa, Maria Gonçalves, do lugar dos Raposos,
freguesia de Prado de Melgaço. Nasceu a 29/3/1752. // Ordenou-se sacerdote aí por 1775. // A 15/4/1807, na igreja
de SMP, foi padrinho de José Luís, nascido na vila cinco dias antes, filho de
Justo Fontanes e de Maria Benta, galega, moradores no lugar do Outeiro Alto,
Melgaço. // Em 1815 exercia o seu múnus em Remoães, como encomendado. // Em 1826 morava no lugar
de Bouços, Prado. // A 29/6/1826, na igreja de Prado, serviu de testemunha no
casamento de Joaquim António de Araújo (Besteiro) com Ana Luísa Pinto,
do lugar de Galvão, SMP. // Em 1828 edificou, ou deu início, à
construção da capela de Santa Bárbara dos Bouços, Prado, que seu sobrinho e
herdeiro, Dr. José Manuel Durães, se comprometeu a reedificar em 1856. //
Mandou redigir o seu testamento a 23/11/1828 – escreveu-lho frei João de Nossa
Senhora da Peneda, no convento das Carvalhiças. // Morreu a 2/3/1830. // O seu
nome ficou registado nas Confrarias da Vila e de Prado. /// Gémeo de Luísa Lopes. ///
O
Dr. Augusto César Esteves diz-nos que não sabe onde ele foi buscar o apelido
Araújo, que por vezes usava (ver
Obras Completas de ACE, volume I, tomo II, página 508).
LOPES, José Manuel (Padre). Filho de Joaquim José Lopes e de Ana Maria Vaz,
moradores em Sá, Paços. Nasceu por volta de 1810. // A 8/12/1834, na igreja de
Paços, foi padrinho de José Joaquim, nascido dois dias antes, filho de João de
Sousa e de Ana Joaquina Pires, moradores no lugar de Sá. A madrinha era Ana
Joaquina da Ribeira, tia do padrinho. // Em 1838 era encomendado da freguesia
de Cristóval; em 1857 era já o abade. // A 7/1/1840, na igreja de Paços, foi
padrinho de Josefa Maria, nascida no dia anterior, filha de Caetano José Mendes
e de Maria Josefa Lopes. // A 31/7/1840, na igreja de Cristóval, foi padrinho
de José Manuel, nascido no Porto em 1839, filho de Maria Josefa Garcia, galega.
// Em 1850, na igreja de Cristóval, batizou Caetano de Carvalho. // A
7/11/1852, na igreja de Paços, foi padrinho de Luís, nascido dois dias antes,
filho de João Manuel Durães e de Francisca Caetana Pires. // A 22 de Novembro
de 1854, na igreja de Paços, foi padrinho de José Manuel nascido dois dias
antes, filho de Francisca Caetana Pires. // A 7/6/1860, na igreja de Paços, foi
padrinho de Maria Caetana, nascida a 5/6/1860, filha de João Manuel
Durães e de Francisca Caetana Pires, lavradores, do lugar de Sá. A madrinha era
Maria Josefa Lopes, viúva, irmã do padrinho. // Em
Março de 1878 ficou doente e foi substituído temporariamente pelo padre José
Maria Mendes. // Morreu no lugar da Igreja a 24/10/1878, com sessenta e oito
anos de idade, sem sacramentos, por não dar tempo, sem testamento, e foi
sepultado na igreja de Cristóval.
LOPES,
Luís António (Padre). Filho de José Joaquim Lopes e de Maria Joaquina Gomes
Calheiros, moradores no lugar de Trás-do-Coto, Prado. Neto paterno de Diogo
Manuel Lopes e de Maria Joaquina Gomes; neto materno de Luís Manuel Gomes
Calheiros e de Maria Caetana Gonçalves. Nasceu em Prado a 19/7/1854 e foi
batizado na igreja paroquial a 23 desse mesmo mês e ano. Padrinhos: José Manuel
Gomes Calheiros, solteiro, e sua mãe, Maria Caetana Gonçalves, todos do lugar de
Bouços, Prado. // Em Junho de 1881, na igreja de
Prado, foi padrinho de Aníbal Amador (ou
Aníbal Amadeu), nascido a 14/6/1881,
filho de João José Lopes e de Angelina Perpétua Esteves, moradores no lugar dos
Bouços. A madrinha, Genoveva Augusta, era tia do batizando. // A 15/3/1884, na
igreja de Prado, foi padrinho de José Manuel, nascido quatro dias antes, filho
de João José Lopes e de Angelina Perpétua Esteves, moradores no lugar dos
Bouços. A madrinha era Palmira Augusta Camanho, residente no lugar do
Carvalhal. // A 29/5/1891 batizou, na igreja de Prado, Francisco António de
Barros, nascido três dias antes. // Foi
pároco encomendado de Vila do Conde. // Deixou de exercer a sua atividade
devido a ter ensandecido. // Finou-se a 14/6/1921 na sua casa de Trás-do-Coto,
Prado. // Lê-se no livro “Padre Júlio Apresenta Mário”, página 244: «Parece-me que estou a vê-lo: chapéu de coco,
muito coçado, botas-de-elástico, um tanto ou quanto estafadas pelo uso, e
sempre “fincado” no seu inseparável cajado de junco, no extremo do qual tinha enroscado,
numa união de tubo de ferro, um espigão do mesmo metal, que no seu dizer era
remédio santo para os cães desavergonhados. Muitos dos seus ditos, por
espirituosos, ficaram célebres. Nos momentos lúcidos, se alguém lhe pedia um
conselho, dava-o; e, pode-se crer, que era sempre bom. Se, porém, o consulente
lhe fizesse objeções, o bom do padre Luís rematava invariavelmente: - «Arre
burro!… Arre! … besta! Segue lá o teu caminho!» Voltava as costas e retirava
imperturbável. Como eu recordo os ditos e a figura simpática do padre Luís
“Manco”. Que Deus o tenha no Céu!»
LOPES, Manuel (Padre). // Lê-se em Obras Completas de Augusto
César Esteves, volume I, tomo I, página 250: «Em 25 de Junho de 1678 arrendou os frutos da sua igreja e os da anexa
São Lourenço de Prado, por 140$000 réis, a João Domingues, da Calçada, e ao
mercador da vila, Domingos Correia, reservando porém os dízimos da pesqueira da
Foz e do quarto da pesqueira dos Garrotes. Com a mesma reserva destes dízimos
arrendou ele a 27/12/1681, a seu parente José Pereira, da vila, metade dos
frutos, mas só da freguesia da vila, a começar em dia de São João desse ano,
por 60$000 réis limpos, por serem livres de todos os encargos, “assim de
visitas como de colheita do seminário e jantar da Câmara desta vila que se
costuma dar todos os anos pelo abade da vila…” Era irmão do padre Francisco
Lopes, pároco da freguesia de Cristóval. // A 22/12/1689 a Confraria das Almas
fez-lhe o primeiro ofício dos mortos.»
LOPES,
Manuel (Padre). // Faleceu na Vila de Melgaço a 14/1/1813.
LOPES, Pero (Padre). // Foi pároco de Cristóval e provedor da Santa Casa da
Misericórdia de Melgaço em 1625.
LOURENÇO,
António Joaquim (frei António Joaquim da Neiva).
Filho de Manuel José Lourenço e de Antónia Maria Afonso, lavradores, roucenses,
residentes no lugar do Crasto. Nasceu na freguesia de Rouças a 14/7/1813. //
Presbítero. // Morreu a 9/7/1898, no lugar do Crasto, da dita freguesia, com
todos os sacramentos, com 85 anos de idade, com testamento, e foi sepultado no
cemitério paroquial. // O jornal “Valenciano” n.º 1875, de 21/7/1898, dá-nos a
notícia da sua morte: «faleceu na sua
casa do Crasto, Rouças, o reverendo António Joaquim Neiva, último frade que
existia por aqueles sítios. Nasceu a 14/7/1813, contando por isso 85 anos.
Principiou os seus estudos no Convento de Santo António, da Vila de Melgaço,
passando a noviço da ordem para o Convento de Caminha, onde mais tarde
professou. Em 1834 – sendo expulsos os frades – dirigiu-se com outros a Lisboa,
tomando, perante o patriarca, ordens de subdiácono, diácono e missa em 1838.»
LOURENÇO,
António Luís (Padre). Filho de João Luís Lourenço e de Maria Joana Gonçalves
Romeu. Nasceu por volta de 1797. // Em 1842 era o reitor de Fiães. // Antes de
vir para esta freguesia, fora pároco colado em Ganfei, Valença. // A 7/7/1862
na igreja de SMP, foi padrinho de Vitorino Joaquim Esteves, nascido onze dias
antes. // A 10/9/1865, na igreja de Fiães, foi padrinho de Maria Rosa
Domingues, nascida seis dias antes. // A 30/1/1870, na igreja de Fiães, foi
padrinho de Maria Rosa Domingues, que nascera cinco dias antes. // Morreu a 2
de Maio de 1873, no lugar de Soutomendo de Cima, Fiães, com 76 anos de idade.
// Deixou testamento.
LOURENÇO,
Bento (Padre). // A 16/7/1774, na igreja de SMP, batizou João Manuel da Costa,
nascido três dias antes.
LOURENÇO,
Estêvão (Padre). // A 23/11/1354 era pároco de SMP (Padroado Medieval
Melgacense, página 96, de José Domingues, edição da CMM, 2004).
LOURENÇO,
João (Padre). Filho de Lourenço da Gaia e de Maria Rodrigues, moradores na
Quinta de Alote. // Deve ter terminado o curso de sacerdote nos anos quarenta
do século XVII. // Foi ele que mandou construir a capela de Barata, São Paio,
no século XVII, dedicada à “Virgem Nossa Senhora da Esperança”, mais tarde
conhecida por “São Bento de Barata”. A 11/3/1651 fez a escritura do dote a
favor da dita capela. A escritura foi feita na casa do dotador, situada no
lugar da Ponte de Alote, pelo notário Francisco Soares de Brito. // Ver o artigo do Professor José Marques
no Diário do Minho, de quarta-feira, 19/2/2020, Caderno Cultura.
LOURENÇO,
Manuel (Padre). Filho de Manuel Lourenço, lavrador, do lugar de Aldeia, Rouças,
e de Maria Rosa Fernandes, lavradeira, do lugar de Doma, Castro Laboreiro. Neto
paterno de Manuel Lourenço e de Ludovina Pires; neto materno de Manuel José
Fernandes e de Ana Rosa Fernandes. Nasceu em Cavaleiros, Rouças, a 17/10/1922.
// Estudou em Braga, ordenou-se a 8/7/1945, e cantou missa nova em Rouças a
22/7/1945. // Foi pároco de Fiães desde 1945, chegando a pastorear também as
freguesias de Chaviães e de Cristóval (esta última desde 1979). // Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 933, de 21/5/1950,
referindo à festa da Senhora de Fátima, realizada no Monte do Facho, Cristóval,
a 13/5/1950: «Ao meio dia teve início a
missa campal, cantada pelo reverendo padre Manuel Lourenço, abade de Fiães,
acolitada pelo nosso reverendo abade e pelo reverendo padre António Domingues,
pároco de Chaviães.» // Além de sacerdote, também se meteu na política; foi
vereador da Câmara Municipal de Melgaço na década de cinquenta, tendo sido suspenso
desse cargo por decisão do Conselho Municipal a 13/9/1957. // Em 1959, no palco
do Cine Pelicano, apresentou “Os Modestos”, que se estreavam «com uma espetaculosa revista local» «e em poucas e compreensivas palavras soube
concentrar e transmitir a beleza do espetáculo» (Obras
Completas de Augusto César Esteves, volume I, tomo I, página 106). // Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 1570, de 26/9/1965: «No passado dia 21 comemorou-se nesta vila o dia
da Guarda-Fiscal, com o seguinte programa – às oito horas foi hasteada a
bandeira nacional perante a formatura de todos os sargentos e praças da secção
desta vila. Pelas 9,30, na igreja matriz e pelo
reverendo abade de Fiães, senhor padre Manuel Lourenço, foi celebrada missa em
honra de São Mateus, padroeiro da corporação, assistindo, além de todo o
pessoal de folga, o distinto comandante da secção senhor tenente Júlio Aires
Crespo. Às 10,30 horas, na parada interior do quartel, o referido
comandante proferiu uma brilhante palestra alusiva ao ato, finda a qual foi
servido a todos os presentes um aperitivo.» // A fim de conseguir mais uns
escudos mensais, a partir de 1976 tornou-se professor de religião e moral na
Escola Secundária de Melgaço. // Foi diretor do jornal “União Raiana”, já
extinto. // Foi arcipreste de Melgaço, o 4.º, de 1987 até à sua morte a
17/9/1990. // Nota: segundo consta,
teria sido ideia sua a construção do monumento ao emigrante na avenida de
Fiães, perto do mosteiro, inaugurado em 1973. // (ver VM 925).
LOURENÇO,
Rui (Padre). A 2/6/1432 era pároco da igreja de Santa Maria do Campo. // A 24/3/1472
era pároco da igreja de SMP (ver Padroado Medieval Melgacense, de José
Domingues, páginas 97 e 103, edição da CMM, 2004).
LUÍS DE
JESUS (Frei). // Foi o 26.º guardião do convento das Carvalhiças, SMP. Tomou
posse a 13/7/1806.
LUÍS DE
JESUS MARIA JOSÉ (Frei). // Foi o 17.º guardião do convento das Carvalhiças,
SMP. Tomou posse a 17/12/1786 e terminou o mandato a 19/5/1788 «dia em que partiu [de Melgaço] para o Capítulo do padre-mestre frei Manuel
de Santa Ana, Provincial, a celebrar no convento de Viana (Obras Completas de ACE, volume I, tomo II, página 389).
MACHADO,
Luís José de Faria. // A 6/8/1821, na igreja matriz de SMP, foi testemunha no
casamento de Bento José Dias com Maria Josefa Monteiro Marques.
MACHADO,
Luís Manuel de Araújo (Padre). // Em 1827 era pároco da freguesia de Prado,
concelho de Melgaço.
MACHADO, Manuel Joaquim Domingues (Padre). Natural da Gave. // A 21/10/1867, na igreja da Gave, serviu de testemunha no casamento de Joaquim Alves, natural de Cousso, com Madalena Rodrigues, natural da Gave. // A 11/12/1870, na igreja de Cousso, batizou Manuel Francisco Pires, nascido no dia anterior. // A 29/9/1876, na igreja da Gave, serviu de testemunha no casamento de José Albino Caldas com Angelina Fontes Gonçalves. // A 13/8/1879, na igreja da Gave, foi padrinho de António Duque, nascido no dia anterior.
MACIEL,
César Manuel Araújo (Padre). Nasceu em Monserrate, Viana do Castelo (ver “A Voz
de Melgaço” de 1/5/2021), a 9/6/1982. Ordenou-se sacerdote a 27/7/2008. Logo a
seguir foi nomeado para exercer o seu múnus em Castro Laboreiro, Lamas de
Mouro, Gavieira e Peneda. Substituiu o padre Aventino Freitas (VM 1299, de 1/8/2008). // cesarmaciel82@gmail.com
// «Padre
César Manuel Araújo Maciel e padre Raul de Oliveira Fernandes são nomeados
párocos “In Solidum” das paróquias de Divino Salvador da Gavieira, incluindo a
capelania do Santuário (Arcos
de Valdevez),
Nossa Senhora da Visitação de Castro Laboreiro, Santa Maria de Cubalhão, São
Tomé de Cousso, Nossa Senhora da Natividade da Gave, São João Batista de Lamas
de Mouro, São Mamede de Parada do Monte, São Paio e Divino Salvador de Paderne,
Arciprestado de Melgaço, sendo moderador o padre Raul de Oliveiros Fernandes.
Agradecemos, aos sacerdotes que são dispensados dos serviços que têm prestado,
a generosidade e dedicação com que os realizaram, e àqueles que assumem novos
serviços, a disponibilidade com que os aceitaram. Viana do Castelo, 8/11/2017.
Anacleto Cordeiro Gonçalves de Oliveira, bispo de Viana do Castelo.»
MAGALHÃES, Abílio Augusto (Padre). Filho de Maria de Jesus de Magalhães, solteira, lavradora, a morar em companhia dos pais no lugar da Tapada. Neto materno de Manuel Tomaz de Magalhães e de Jerónima Luísa Alves. Nasceu em Chaviães a 9 de Fevereiro ou 9/3/1879 e foi batizado pelo pároco de Paços, padre António Esteves, a 19 desse mês e ano. Padrinhos: o dito padre António Esteves e Amélia Angelina de Magalhães, solteira. // Em 1908 concluiu, no Seminário de Braga, o 2.º ano do Curso Teológico. // Ordenou-se sacerdote em 1909 (VM 1398, de 1/11/2016). // A 9/7/1911, na igreja de Chaviães, foi padrinho de Alzira da Trindade, nascida a 27/6/1911, filha de Américo Augusto da Silva e de Trindade Marinha Domingues. // A 27 de Abril de 1912, na igreja de SMP, foi padrinho de Flora Jovita Ribeiro, nascida a 28 de Março desse dito ano. // O seu tio, António J. Alves de Magalhães, emigrante no Brasil, deixou-lhe, aquando da sua morte, algum dinheiro em testamento. // Em 1914 era pároco da freguesia de Barbeita; a sua irmã, Virgínia, devia residir com ele, pois casou com um jovem dessa freguesia monçanense (Correio de Melgaço n.º 123, de 3/11/1914). // Morreu em Barbeita, Monção, a 19/5/1942.
MAGALHÃES,
António (Padre). Filho de --------------- Gomes de Abreu Magalhães e de
-----------------------. // Foi capelão da SCMM muitos anos. // Instituiu um vínculo
para a capela de São Julião a 10/9/1755. // Faleceu a 9/3/1756. // Tio de
Boaventura Gomes de Abreu Magalhães.
MAGALHÃES,
António de Abreu (Padre). Filho de António Gomes de Abreu, tabelião da Vila e
termo de Melgaço, e de Jerónima Gomes de Magalhães. Deve ter nascido no início
do século XVIII. // A 8/11/1724 ingressou, como irmão, na Confraria das Almas,
com sede na vila de Melgaço (ver O Meu Livro das
Gerações Melgacenses, volume II, página 79). // Foi
pároco de Santa Cristina de Arões, Guimarães, e provedor da Santa Casa da
Misericórdia de Melgaço em 1765 e 1766. // Deve ter sido um dos que assinou o
pedido ao Ministro Provincial para que os franciscanos viessem para Melgaço (Obras Completas de ACE, volume I, tomo II, página 380). // Ordenou o seu testamento a 10/9/1775 e morreu a
15/12/1775. // Era tio de frei Jerónimo José Gomes de Magalhães, da Casa de
Julião de Baixo.
MAGALHÃES, Bernardino José de Caldas (Padre). Nasceu
em Alvaredo. // A 27/3/1836, na igreja de Prado, foi padrinho de Joaquim
Bernardino, nascido no dia anterior, filho do Dr. José Manuel de Araújo Durães
e de Teresa Aniceta de Caldas Magalhães, moradores no lugar dos Bouços, Prado.
A madrinha, Joaquina Rosa de Caldas Magalhães, era irmã do padrinho. // A
30/7/1836, na igreja de Paderne, foi padrinho de José Joaquim, nascido três
dias antes, filho de José Caetano Gomes e de Francisca Antónia Domingues, moradores
no lugar da Várzea. // A 21/2/1841, na igreja do mosteiro de Paderne, foi
padrinho de Bebiana, nascida dois dias antes, filha de Caetano José Pires e de
Francisca Antónia Domingues.
MAGALHÃES,
Daniel Augusto Gomes (Padre). Filho de Serafim Miranda de Magalhães e de Emília
Maciel Gomes. Nasceu em Barroselas, Viana do Castelo, a 15/5/1956. //
Frequentou três seminários arquidiocesanos de Braga: Senhora da Conceição,
Santiago, e Conciliar. // Foi ordenado a 12/7/1981 e nomeado pároco de Chaviães
e Paços. // Em 1985 aceitou o convite para ser professor de Religião e Moral na
Escola Secundária de Melgaço. // Em 1990 era pároco de Paços e de Cristóval
(interino) –> fora substituir o padre Manuel Lourenço, que morrera. // Deixou
Paços em 1991. Foi substituído pelo padre Manuel Batista Calçada Pombal.
MAGALHÃES,
Francisco Gomes de Abreu (Padre). Filho de António Gomes de Abreu, tabelião da
Vila e termo de Melgaço, e de Jerónima Gomes de Magalhães (ver
O Meu Livro das Gerações Melgacenses, de ACE, volume II, p.78). Nasceu (talvez em Rouças) nos finais do século XVII. // Em Dezembro de 1709 já era
clérigo «in minoribus». // Depois de
terminado o curso, ficou a residir em Cavaleiros. // Paroquiou Barbeita e foi
provedor da SCMM em 1732. // Justificou a sua nobreza em 1736, sendo-lhe
concedida carta de armas, cujo brasão se podia ver na casa que foi sua ao cimo
da Praça da República, Vila. // Foi ele que instituiu o morgadio dos Chãos. // Faleceu
a 10/1/1765. // Devia ter muito dinheiro, pois até o emprestava:
[SIMÕES,
António José. Filho de Sebastião Simões e de Catarina Alves, lavradores,
residentes no lugar do Outeiro, Chaviães. // Casou com Caetana Manuela Poderé,
filha de Francisco de Araújo Poderé e de Maria Rosa de Puga e Saavedra, esta da
Casa de Moreira, sita em Cecriños, Creciente, Galiza. Os parentes de Caetana
Manuela não gostaram desta união, visto o noivo ser de famílias humildes. As
coisas não estavam a correr de feição, pois em Agosto de 1761 tiveram de pedir
dinheiro emprestado ao padre Francisco Gomes de
Abreu Magalhães, residente na Quinta dos Chãos, pagando juros a 5%, e
para obterem o dito empréstimo (67$000 réis) hipotecaram um campo, latas e
casas do “Rodovalho”, tudo no lugar do Outeiro, onde moravam; o fiador, e principal
pagador, era o vizinho, António Alves da Ribeira.]
MAGALHÃES,
Francisco Leandro Álvares (Padre). Filho de Francisco António Álvares de Magalhães
e de Matildes Alves Caldas (*), proprietários, ambos de Riba de Mouro. Nasceu
nessa freguesia de Monção a --/--/1859. // Ordenou-se no Seminário de Braga. //
Em 1887 tornou-se pároco (reitor) de Alvaredo, substituindo o padre João Manuel Esteves Cordeiro. // Em 1890 foi
padrinho de seu sobrinho, Inocêncio Álvares de Magalhães, batizado na igreja de
São Paio a 6/1/1890. // De 10/11/1899 a 23/2/1901 foi pároco de Rouças. // Em
Abril de 1916 o correspondente do Correio de Melgaço escreveu: «Conhecem o reverendo Francisco Leandro
Álvares de Magalhães? Pois quem não conhece esta figura de destaque, já no
concelho, já no arciprestado, já no arcebispado até! É o reitor de Alvaredo. A
escória tentou feri-lo (…), denunciando-o à autoridade, contrário às
instituições. Claro, também, foi uma honra para sua reverência o depoimento
testemunhal: - (que haviam de dizer?), mas não perdoamos à autoridade
administrativa o haver procedido à inquirição, sem saber quem era o caluniador,
esses biltres de má fama e raça que, com baba ultra peçonhenta, tentaram
manchar um carácter ilibado: - como político, como pároco, e como homem. Nós já
depusemos aqui; mas se houvermos de fazê-lo no tribunal, ou mesmo no inferno,
falaremos com igual desassombro: - o reverendo reitor de Alvaredo nem um mícron
passa além da baliza que lhe indica o Dever.» // Tudo isto por causa da sua
ideologia monárquica, de acordo com os do “Jornal de Melgaço”. Queriam derrubar
o regime, mas os republicanos ainda estavam fortes. Nesse ano fez parte de uma
lista para governar a Câmara Municipal de Melgaço, como vereador; no topo constava
o nome do Dr. António Augusto Durães; ele vinha logo a seguir; as eleições
foram a 5/11/1916, mas perdeu-as. Na dita lista constavam os nomes de José
Barbosa Martins (substituto) e Matias de Sousa
Lobato (substituto para procurador à Junta Geral do Distrito). // Depois do sidonismo vingar (Dezembro
de 1917), viu os seus correligionários apoderar-se,
por nomeação do Governador Civil, do poder concelhio. Ele próprio foi presidente
da Comissão Administrativa, substituindo o padre António Domingues, de Fiães,
nessa altura reitor da freguesia de Paderne (ver
Jornal de Melgaço n.º 1205, de 4/5/1918, e Jornal de Melgaço n.º 1209, de
8/6/1918). O administrador do concelho era
Custódio da Costa Brito, escrivão de direito. // Nesse ano de 1918, servindo de
juiz, subscreveu uma sentença, num litígio que a empresa Águas Minerais de
Melgaço movia contra a viscondessa do Peso e outros. Lê-se no Jornal de Melgaço
n.º 1212, de 29/6/1918: [acaba de ser
resolvido o incidente da incompetência em razão da matéria que na ação com
processo ordinário que a Empresa das Águas Minerais de Melgaço neste juízo move
contra a viscondessa do Peso e outros, entre os quais sobressai a Empresa
Limitada, por ordem do senhor Governador Civil do distrito o delegado do
Procurador da República levantou ultimamente, julgando «incompetente este juízo
para se ocupar da causa, portanto dos seus incidentes e apensos, declinando-a
para a jurisdição administrativa.]» Subscreve esta sentença, escrita em dez
páginas, o presidente da Comissão Municipal Administrativa, servindo de juiz o padre Francisco Leandro Álvares de Magalhães! //
Apesar de ser presidente da Comissão Administrativa, pediu trinta dias de
licença (ver Jornal de Melgaço n.º 1214, de
13/7/1918). // Morreu a 20/11/1920, numa casa do
lugar da Igreja, Alvaredo, com sessenta e um anos de idade. Segundo a imprensa
local, no dia anterior à morte ainda jantara «com a melhor das disposições» (Jornal
de Melgaço n.º 1312, de 21/11/1920). Teve
um grande funeral, segundo o Jornal de Melgaço n.º 1313, de 28/11/1920. Diz-se
ali que «passou durante a vida fazendo
apenas o bem.» E a prova «vimo-la bem
clara no dia do seu funeral, na grande concorrência de clero e povo, coroas,
choros e lágrimas que o acompanharam até ao cemitério.» // Era irmão de
José Narciso, viúvo, e de Teresa... /// (*) Matildes
Alves Caldas era filha de Francisco Alves Caldas e de Teresa Martins de Castro;
faleceu a 17/11/1907, na residência paroquial de Alvaredo, com todos os
sacramentos, no estado de viúva, com setenta e sete anos de idade, sem
testamento, com filhos, e no dia 19 foi sepultada no cemitério de Alvaredo.
MAGALHÃES,
José (Padre). Filho de Sebastião Gomes de Magalhães e de Jerónima Luísa de
Araújo Souto. Neto paterno de Sebastião Esteves e de Guiomar Gomes de Abreu, da
Quinta da Barqueira, Alvaredo; neto materno de António Álvares do Souto e de
Maria dos Santos Araújo, da Quinta de Soengas, Chaviães. Nasceu (em
Soengas, salvo erro) no século XVIII. // Foi para o
seminário de Braga estudar; seus pais, como vissem que ele aproveitava,
fizeram-lhe o património a 13/5/1784. // Morou em Chaviães. // A 11/8/1796, na
igreja de SMP, serviu de testemunha no batismo de João José da Silva, nascido
cinco dias antes. // Morreu na Pigarra, SMP, a 17/5/1803, de ataque cardíaco (flato), quando ia visitar a Quinta.
MAGALHÃES,
José Joaquim Caldas (Padre). Filho de Joaquim José Caldas Magalhães e de Maria
de Araújo, da Quinta da Barqueira. // Em 1827 já era padre (deve
ter nascido ainda no século XVIII). // A 8/7/1827, na igreja
de Alvaredo, foi padrinho do seu sobrinho Anselmo José, nascido três dias
antes, filho de Libório José de Caldas Magalhães e de Maria Joaquina Pereira
Caldas, naturais de Penso, moradores no lugar da Barqueira, Alvaredo. // Em
Maio de 1831 era pároco de Alvaredo. No dia 21 desse mês e ano, na igreja de
Alvaredo, batizou Maria Rosa Domingues. // A 22/11/1832, na igreja de Prado,
foi padrinho de Maria Justiniana, filha do Dr. José
Manuel de Araújo Durães e de Teresa Aniceta de Caldas Magalhães, moradores no
lugar dos Bouços, Prado. Neta paterna de João Caetano Durães e de Angélica
Maria Lopes, do dito lugar; neta materna de Joaquim José de Caldas Magalhães e
de Maria Gomes de Araújo, da Casa da Barqueira, Alvaredo, termo de Valadares, nascida
em Prado a 20/11/1832. A madrinha, Joaquina Rosa, natural de Alvaredo, era irmã
do padrinho. // A 29/12/1838, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de Rosa
Esteves, nascida no dia anterior. // A 10/10/1844, na igreja de Alvaredo, foi
padrinho de Balbina, exposta a 4 desse mesmo mês e ano. // Morreu a 26 de Outubro de 1854. // Tio de Anselmo José de Araújo
Magalhães. // Nota: não chegou a ser
melgacense, pois Alvaredo só começou a fazer parte do concelho de Melgaço a
partir do dia 24/10/1855.
MAGALHÃES,
Lucas Gomes de Abreu (Padre). Filho de Pedro Gomes de Abreu e de Ana Gomes. //
Morou no lugar do Viso, Chaviães, e prestou serviços à Santa Casa da
Misericórdia como capelão. // Morreu a 6/8/1737. // Escreveu o Dr. Augusto
César Esteves em «O Meu Livro das Gerações Melgacenses», volume II, página
101): «… ao
seu funeral anda ligada uma triste e flagrante prova da indisciplina clerical
desses tempos. Foi este um dos muitos padres melgacenses marcados com o ferrete
da imprudência, por à sombra da fragilidade humana sacrificar nos altares de
Afrodite como qualquer leigo. Assim ferreteado, decerto [que] não deixou de ser
vítima dos costumes sociais, por ter sido empurrado para o breviário, quando o
corpo lhe pedia matrimónio. De qualquer das formas, é certo não ter sido cauto
o padre, e como deste seu proceder deixou ficar provas no mundo melgacense,
aqui se invocam para ficarem conhecidos alguns dos seus descendentes. Embora no
seu testamento apenas refira duas amantes – Maria Fernandes, galega, e Camila
Rodrigues, portuguesa e de Paços – três foram os seus aconchegos de solteirão,
porquanto naquele número de amásias também se deve incluir a Maria Gomes,
solteira, [natural] da freguesia de Chaviães. Nesta mulher, a quem o padre não
invocou no momento propício para pagar ao filho a desonra da mãe…»
[GOMES, Francisco. Filho do padre Lucas de Abreu Magalhães e de Maria Gomes.
Nasceu em Chaviães no século XVIII. // Casou com Marta Vaz. // Moraram no lugar
de Soengas, freguesia de Chaviães. // Pai de Mariana Gomes.]
[GOMES, Mariana. Filha de Francisco Gomes
e de Marta Vaz. Neta paterna do padre Lucas de
Abreu Magalhães e de Maria Gomes. // Casou na igreja de Chaviães a
16/11/1778, com João Manuel da Costa, filho de Manuel da Costa e de Jerónima de
Moura, da referida freguesia, e neto paterno do
padre João da Costa, natural de Paços, e de Faviana, solteira, do lugar
de Vendas, Desteriz, Galiza, e neto materno de Pascoal de Moura e de Francisca,
galega, solteira, de Crecente, Galiza.]
[MAGALHÃES,
Ana. Filha do padre Lucas de Abreu Magalhães
e de Camila Rodrigues. Nasceu no século XVIII. // Foi perfilhada pelo pai e
dele herdou a meação dos bens livres. // Casou com Jerónimo Pereira. // Moraram
no lugar do Viso, Chaviães.]
[MAGALHÃES,
Diogo. Filho do padre Lucas de Abreu Magalhães,
morador no Viso, Chaviães, e de Maria Fernandes, galega. // Foi perfilhado pelo
pai e era o seu menino querido. Dele, padre, herdou a metade dos bens livres e
o prazo da Orada «embora com a obrigação
de ele, e irmã Ana, esportularem a esmola de trinta mil réis para Maria, filha
de Ana Vaz, de Gondufe.» (O Meu Livro das Gerações Melgacenses, de Augusto
César Esteves, volume II, página 103). // Casou na igreja de Chaviães a
28/5/1742, com Jerónima de Araújo Sarmento, irmã de Maria, casada com o capitão
Manuel Luís Pereira da Gama. Em uma escritura de 20/5/1742 lê-se: «que eles para haver de casar sua filha
Jerónima de Araújo com Diogo de Abreu, do Viso, lhe davam e doavam, para ajuda
de sustentar as cargas do matrimónio por sua morte do derradeiro cem mil réis
agregados ao terço de seus bens». // Morreu a 6/8/1769. // Pai de Manuel
António (1743-1750) e de Caetana (1744-?).]
MAGALHÃES,
Manuel António (Padre). Filho de Sebastião Gomes de Abreu Magalhães e de
Jerónima Luísa de Araújo Souto. Neto paterno de Sebastião Esteves e de Guiomar
Gomes de Abreu, da Quinta da Barqueira, Alvaredo; neto materno de António
Álvares do Souto e de Maria dos Santos Araújo, da Quinta de Soengas, Chaviães.
Nasceu (em Soengas, salvo erro) no
século XVIII. // O património, a fim de ele poder ser eclesiástico, foi feito
pelos pais a 21/10/1777. Hipotecaram, para o efeito, alguns bens de raiz. //
Sem mais notícias. // continua...
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