MELGAÇO: Padres, Monges e Frades.
Por Joaquim A. Rocha
«Venham até mim as criancinhas» |
// continuação de 6/12/2022.
ESTEVES, Manuel Joaquim (Padre). // Do lugar de Covelo.
// A 15/2/1843, na igreja de São Paio, foi padrinho de José António, nascido no
dia anterior, filho de Francisco José Alves de Macedo e de Maria Luísa de
Carvalho. // A 1/5/1845, também na igreja de São Paio, foi padrinho de Rosa
Maria, nascida a 29 de Abril daquele ano, filha de Francisco José Alves de
Macedo e de Maria Luísa de Carvalho, rurais, moradores no lugar de Sante. // A
6/3/1850, na igreja de Paderne, batizou (com
licença do padre Francisco António Soares Coutinho) e foi padrinho de
José Joaquim, nascido dois dias antes, filho de Lourenço José Fernandes e de
Joaquina Rosa Gonçalves.
ESTEVES,
Manuel José (Padre). // Morou no lugar de Queirão, freguesia de Paderne. // Em
Julho de 1823 era pároco da igreja de São Paio. // Ver, na Vila de Melgaço,
Teresa de Jesus Nunes. // A 3/8/1840, na igreja de Paderne, foi padrinho de
Manuel Joaquim, nascido no dia anterior, filho de Bento Rodrigues e de Rosa
Maria Fernandes. // A 17/3/1865, na igreja de Paderne, foi padrinho de Cândida
Durães, nascida no dia anterior. // A 28/6/1866, na igreja de Paderne, serviu
de testemunha no casamento de Manuel Joaquim Alves e de Maria Joaquina Alves.
ESTEVES,
--------- (Padre). // [ESTEVES, Maria Josefa. Nasceu no lugar do Paço. Neta paterna do padre Esteves e de Maria Gomes, viúva, de
Surribas, Rouças; neta materna de --------------- Marques e de Maria
Domingues. Nasceu em São Paio a 14/5/1803 e foi batizada no dia seguinte.
Padrinhos: os seus avós paternos. // Sem mais notícias.]
FAIÃO,
Pedro Alves (Padre). // Foi vigário da freguesia de Paços no século XVII (ver “Obras Completas” de Augusto César Esteves, volume I,
tomo I, página 309).
FALCÃO,
António Luís Rosa (Padre). // Morreu na Vila de Melgaço a 10/6/1744. // Foi avô de Francisco da Rosa Falcão, que casou na igreja
matriz de SMP com Maria Luísa Soares de Castro (ver O Meu Livro das Gerações Melgacenses, vol. I, página 124). // É provável que seja o padre António Soares Falcão, de
quem fala o Dr. Augusto Esteves nas suas “Obras Completas”, volume I, tomo I,
página 251: «A 26/8/1726 arrendou as
dízimas e premissas da sua igreja e da anexa de Prado, e em Fevereiro do ano
seguinte, na sua própria casa, se lavrou um contrato para se fazerem certas, e
determinadas obras na matriz da vila.» O padre António Soares Falcão
sucedera em Janeiro de 1724 ao padre João Dias Santos, na paróquia de SMP, o
qual morreu a 21/12/1723, e permaneceu nessa paróquia até 1727.
FARIA, Abílio Mariz (Padre). // Foi nomeado pároco de Cristóval a 3/9/1953. // A
4/9/1957 transitou para Barcelinhos, Barcelos. // No assento de casamento de
João Evangelista Pires com Teresa de Jesus Lobo Maia, realizado a 19/7/1959,
diz-se que ele morava em Cristóval, Melgaço!
FARIA, Luís José (Padre). // A 14/5/1821, na
igreja de SMP, foi padrinho de Rosa Teresa Gonçalves, nascida dois dias antes.
FARIA,
Manuel Pinheiro (Padre). // Lê-se em Obras Completas de Augusto César Esteves,
volume I, tomo I, página 250: «Era já
abade em 1631 e três vezes foi eleito provedor da Santa Casa da Misericórdia de
Melgaço: 1633 a 1640, e 1652. Foi também irmão fundador da Confraria das Almas
ereta na vila. Em 1648 fez uma transação em causa própria com António de Castro
de Sousa, da Casa e Quinta do Peso, e outra vez com João Lobato de Abreu e
mulher, D. Leonor de Sousa, intervindo aí como procurador de D. Briolanja de
Sousa Alvim, viúva de Dom João de Sousa, da Quinta do Fecho.»
FEIJÓ,
António Joaquim (Padre). Filho de Joaquim Tomaz Correia Pimenta Barbosa Feijó e
de Caetana Delfina Lima de Sousa e Castro. Nasceu em Rouças, na Casa da
Cordeira, a 15/4/1827, e foi batizado dois dias depois. Padrinhos: Jerónimo
José Ribeiro Codesso e Margarida Clementina de Sousa e Castro, da Casa da
Portela, couto de Paderne, termo de Valadares. // Em 1842 era ainda minorista. «Os bens do matrimónio para receber as ordens
sacras foram-lhe doados pelos pais em escritura de 7/12/1847 e era já
presbítero a 2 de Setembro de 1849 (Obras Completas
de Augusto César Esteves, volume I, tomo I, página 201). // Foi reitor da freguesia de São Miguel da Facha, Ponte de
Lima, cura de Vila Fria, Felgueiras, São Vicente de Sousa, Louzado, Famalicão…
// A 5/5/1860 comprou em Ponte de Lima, a Santiago Garcia Y Mendonza e sua
mulher, Emília Correia Leite Almada, a capela da Senhora da Graça, sita em
Eiró, Rouças, a qual quatro anos depois (6/3/1864) vendeu a
Manuel José Esteves “Melgaço”, natural de Chaviães. // Por escritura de 15/11/1885 foi-lhe
doada por seu irmão Manuel a Quinta da Boa Vista, a qual ele vendeu a
16/10/1905 a Gaspar José Alves e sua esposa, Ana Pureza Pereira de Castro Feijó,
pelo preço de seiscentos mil réis! (ver
O Meu Livro das Gerações Melgacenses, volume I, página 172). // A 9/8/1903, na
igreja de Rouças, foi padrinho de António Joaquim, nascido sete dias antes,
filho de Gaspar José Alves e de Ana da Pureza Pereira de Castro, proprietários.
A madrinha foi Maria Pia Pereira de Castro, solteira, proprietária, da Casa e
Quinta de Galvão. Nota: o padrinho,
devido a ser pároco colado de uma freguesia do concelho de Felgueiras, foi
representado pelo padre Manuel Bento Gomes, abade de Rouças, Melgaço.
FEIJÓ, Manuel Correia Pimenta (Padre). // Morou
na Casa e Quinta da Cordeira, Rouças. // A 20/7/1843, na igreja de Remoães, foi
padrinho de Manuel Joaquim, nascido dez dias antes, filho de António Cândido de
Sousa e Castro e de Rita Emília Barbosa Correia Feijó. Também foi padrinho de Joaquim
Tomás Correia Pimenta Feijó, irmão do padrinho padre, ambos da Quinta da
Cordeira, sita na freguesia de Rouças.
FELGUEIRAS, Francisco António Domingues
(Padre). // Morou no lugar da Portela de Paderne, de onde era natural. // A
21/2/1801, na igreja de São Paio, foi padrinho de Josefa Luísa Rodrigues,
nascida três dias antes. // A 20/2/1803, na igreja de Paderne, serviu de
testemunha no casamento de Manuel Narciso Azevedo, natural de Chaviães, com
Francisca Luísa Esteves Ribeira, natural de Paderne. Além dele, também foram
testemunhas Francisco José Domingues Felgueiras e o padre
Domingues Gonçalves de Caldas Mogueimes, do lugar do Pinheiro, freguesia
de Paderne.
FERNANDES,
António (Padre). Filho de Adelino Fernandes, do lugar de Crastos, Paderne, e de
-----------------------. Nasceu a --/--/19--. // Cantou missa nova a 19/7/1959.
// Foi nomeado cura de Entre-os-Rios, Germil e Ermida, a 24/8/1959. // No verão
de 2000 foi nomeado pároco de Fontoura, Valença (VM
1144). Permaneceu nesse posto até 2018 (VM 1422, de 1/11/2018).
FERNANDES,
António Manuel (Padre). Filho de António Fernandes e de Luísa Fernandes. Nasceu
no lugar de Ferreiros, Alvaredo, por volta de 1790. // Foi pároco de Alvaredo
durante anos. // A 18/8/1825, na igreja de Remoães, foi padrinho de Maria Rosa,
nascida no dia anterior, filha de João Caetano Simões e de Joaquina Rosa
Gonçalves, residentes no lugar da Igreja, Remoães. A madrinha, Maria Fernandes,
era irmã do padrinho. // A 17/5/1827, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de
Maria Rosa de Sousa, nascida dois dias antes. // A 21/5/1827, na igreja de
Alvaredo, foi padrinho de seu sobrinho, José Joaquim Fernandes, nascido no dia
anterior. // A 2/7/1828, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de sua sobrinha,
Maria Luísa Fernandes, nascida nesse dito dia. // A 11/1/1831, na igreja de
Alvaredo, foi padrinho de sua sobrinha, Antónia Maria Domingues, nascida dois
dias antes. // A 1 de Novembro de 1831, na igreja de SMP, foi padrinho de
António Manuel, nascido no dia anterior, filho de João Manuel de Araújo e de
Maria Teresa Gomes Calheiros. // A 22/5/1833, na igreja de SMP, foi padrinho de
Emília da Ascensão da Cunha, que nascera três dias antes. // A 5/12/1835, na
igreja de Alvaredo, foi padrinho de António Rodrigues, nascido três dias antes.
// A 24/4/1836 foi padrinho da sua sobrinha Rosa, filha de Manuel José
Fernandes e de Violante da Gaia Torres. A madrinha era a sua irmã Maria Rosa
Fernandes. // A 14 de Março de 1837, na igreja do mosteiro de Paderne, foi
padrinho de seu sobrinho Manuel Joaquim Fernandes, nascido dois dias antes. // A
21/4/1842, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de António Esteves, nascido três
dias antes. // A 26/3/1845, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de Manuel
Gonçalves, nascido no dia anterior. // A 1/1/1846, na igreja de Alvaredo, foi
padrinho de Maria, nascida a 31/12/1845, filha de José Joaquim Rodrigues e de
Francisca Esteves, residentes no lugar de Ferreiros, Alvaredo. A madrinha era
Luísa Fernandes, solteira, do lugar de Ferreiros. // A 12/2/1851, na igreja de
Alvaredo, batizou e foi padrinho de Albina, nascida dois dias antes, filha de
João Besteiro e de Florinda Rosa de Araújo. // No dia 25/3/1852, na igreja de Alvaredo,
foi padrinho de António, nascido no dia anterior, filho de João Alves e de
Maria do Carmo, moradores no lugar do Padreiro. A madrinha foi a sua sobrinha,
Rosa Fernandes, solteira, do lugar de Ferreiros. // A 13/4/1853, na igreja de
Remoães, serviu de testemunha no casamento de António Joaquim Domingues com
Maria Rosa Simões. // A 20/8/1857, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de Mariana
Durães, nascida no dia anterior. // A 20/2/1858, na igreja de Alvaredo, foi
padrinho de Rosa Gonçalves, nascida dois dias antes. // A 30/11/1858 na igreja
de Alvaredo, foi padrinho de André, nascido quatro dias antes, filho de João
Domingues e de Joana Rodrigues, galegos. // A 8/1/1869, na igreja de Remoães,
foi padrinho da sua sobrinha Rita Joaquina, nascida no dia anterior, filha de
José Joaquim Fernandes, natural de Alvaredo, e de Maria Josefa Fernandes,
natural de Remoães (ou
galega),
lavradores, residentes no lugar do Cruzeiro, Remoães. // A 17/8/1869, na igreja
de Alvaredo, foi padrinho de Antónia, nascida no dia anterior, filha de Joaquim
Besteiro e de Camila Domingues, rurais. // A 29/9/1869 foi padrinho de
Jerónimo, nascido em Alvaredo dois dias antes, filho de Vitorino de Sousa
Lobato e de Maria Benedita Martins. // Morreu em
sua casa, sita no lugar de Ferreiros, com oitenta anos de idade, a 3 de
Novembro de 1870. // Deixou testamento.
FERNANDES,
Arnaldo Justino Rodrigues (Padre). // Nasceu na freguesia de Tangil, concelho
de Monção, a --/--/19--. // Foi ordenado sacerdote a 15/8/1958 e cantou missa
nova a 22 desse mês e ano. // Tomou posse como pároco da freguesia da Gave a
27/9/1958. // Transitou para a freguesia de Pias em Agosto de 1960.
FERNANDES,
Caetano (Padre). // Natural de Merufe, concelho de Monção. // Exerceu o seu
múnus na Vila de Melgaço de 6/1/1895 a 31/8/1898.
FERNANDES, Carlos. // A 11/8/1776, na igreja de
Remoães, com licença do cura da Vila, SMP, batizou Luís Caetano Rodrigues,
nascido três dias antes, filho de Ana Maria Rodrigues, solteira. // A
29/3/1779, na igreja de Remoães, onde ele era vigário, batizou Agostinho, filho
de Matias de Sousa e Castro Morais Sarmento (1750-1805), solteiro, fidalgo cavaleiro da Casa
Real, da Casa e Quinta do Pombal, e de Maria Josefa da Rosa, solteira, natural
de Prado. Os padrinhos da criança eram os seus tios paternos, Agostinho de
Sousa e Castro e sua irmã, Damiana Teresa, da dita Casa do Pombal.
FERNANDES,
Constantino António (Padre). Filho de Manuel José Fernandes, natural de Lamas
de Mouro, e de Maria do Carmo Domingues, natural de Fiães, camponeses, moradores
no lugar de Pousafoles. Neto paterno de Luís Fernandes e de Isabel Maria
Domingues; neto materno de Francisco Domingues e de Clara Domingues. Nasceu em
Fiães a 3/8/1908 e foi batizado na igreja católica local a 8 desse mês e ano.
Padrinhos: Constantino José Domingues e sua esposa, Rosa Marques, lavradores.
// Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 20, de 7/7/1929: «Fez ato do primeiro ano de teologia Constantino Fernandes, que obteve a
classificação de treze valores.» // O Notícias de Melgaço n.º 94, de
18/1/1931, informa-nos: «… A todos três
damos as nossas felicitações, bem como ao senhor Constantino António Fernandes,
que se ordenou como exorcista e acólito.» // Tornou-se sacerdote no
seminário de Braga a 15 e cantou missa nova na capela da Senhora do Alívio de
Pousafoles a 28/8/1932. // Em 1935 era pároco da freguesia de Cerdal, Valença (NM 296). // Na sobredita capela veio festejar
as suas bodas de prata sacerdotais a 25/8/1957. // Morreu na citada freguesia
de Cerdal, Valença do Minho, a 6/4/1977. // Tinha sete irmãos.
FERNANDES, Francisco (Padre). // Nasceu em Cristóval no século XVII e nessa freguesia
morreu a 8/4/1724.
FERNANDES, Francisco (Padre). // Morreu
na freguesia de Paços a 21 de Novembro de 1721. // Sem mais notícias.
FERNANDES,
Francisco (Padre). // Morreu na freguesia de Paderne a 18/7/1781. // Sem mais
notícias.
FERNANDES,
Francisco (Padre). Filho de José Fernandes e de Isabel Maria Fernandes, ela do
lugar de Cainheiras e ele do lugar de Mareco, onde moravam. Neto paterno de
Manuel Fernandes e de Ana Rosa Esteves; neto materno de Sebastião Fernandes e
de Anastácia Afonso. Nasceu em Castro Laboreiro a 28/3/1885 (*) e foi batizado
a 29 desse mês e ano. Padrinhos: Francisco Alves e sua mulher, Isabel
Gonçalves, de Dorna (assistiu ao ato, com procuração do
padrinho, o padre-cura José António Afonso). // A
18/7/1905, sendo estudante do 2.º ano do Curso Teológico, no seminário de
Braga, serviu de testemunha na boda de Bernardo António Pereira de Castro e de
Ludovina Rosa Domingues, realizada na casa do noivo, em Eiró, Rouças. // A
5/9/1907, na igreja de Lamas de Mouro, ainda era estudante minorista, foi
padrinho de Laura de Jesus Domingues (1907-1997). // Ainda em 1907 concluiu, em
Braga, o 3.º ano do dito Curso (Jornal de Melgaço
n.º 689). Tomou ordens de subdiácono nesse ano
(Jornal de Melgaço n.º 702).
Foram-lhe concedidas ordens sacras de presbítero em 1908 (Jornal de Melgaço n.º 753).
Cantou missa nova na igreja da sua terra a 4/10/1908. Assistiram à missa, além
de outros, o político João Pires Teixeira, da Vila de Melgaço, os párocos de
Fiães, Lamas de Mouro, Rouças, Prado, Cubalhão, o Dr. Manuel Gonçalves, o comendador
Matias de Sousa Lobato, os padres João Nepomuceno Vaz, Manuel José Rodrigues,
Manuel José Esteves, José António Alves e José António Afonso. // A 15/4/1911,
na igreja de SMP, foi padrinho de Lindalva, nascida a 8 de Janeiro desse ano,
filha de Euclides Pinto e de Beatriz Mendes. // A 21/7/1912 foi preso; morava
em Cavaleiros, Rouças. Informa-nos o Correio de Melgaço n.º 13, de 1 de
Setembro desse ano: «Em harmonia com o
disposto no § 1.º do art.º 337 do Código do Processo Criminal foi mandado constituir
o tribunal marcial de Braga, a fim de no mesmo serem julgados os presos
políticos, nossos conterrâneos, reverendos Francisco Fernandes, Manuel Joaquim
Domingues, ausente em parte incerta, e o seminarista João Evangelista Rodrigues…»
// Parece que tinham colaborado na intentona monárquica de Paiva Couceiro. Há
quem afirme que cantaram: «E viva Paiva
Couceiro/viva, viva, outra vez;/ele é que nos demonstra/ser um grande português.»
// Mas a sua luta, para derrubar o regime republicano, continuou. // Juntamente
com o seminarista João Evangelista Rodrigues, também de Castro Laboreiro, foi
julgado no tribunal marcial de Braga, tendo sido ambos condenados no tempo em
que permaneceram detidos; eram acusados de conspiração contra a República.
Chegaram à Vila de Melgaço no dia 24/9/1912, comemorando o evento com os amigos
no “Café Melgacense” (Correio de Melgaço n.º 17, de 29/9/1912). // O seu nome surgia de vez, em quando, nos jornais.
Lê-se no Correio de Melgaço n.º 119, de 6/10/1914: «Quando é que o Sr. administrador [Dr.] António Francisco Sousa Araújo,
oficia ao delegado do Procurador da República nesta comarca, acusando-se do
crime de prevaricação, previsto e punível pelo art.º 287 do Código Penal, visto
que, dolosamente, e a pedido do padre Francisco Fernandes, faltou às obrigações
de seu cargo, mandando sustar o andamento de um processo de liquidação de
legados pios, dando ao mesmo tempo ordem ao secretário (Maker), que agora enviou para juízo (acusado de peculato), para que dali em
diante se não instaurassem processos daqueles, pois era mais conveniente avisar
particularmente os devedores? Quando?»
Lê-se no Correio de Melgaço n.º 166, de
19/9/1915: «Pela autoridade
administrativa foram detidos dois indivíduos que deram os nomes de Manuel
Esteves e José Maria Pereira, o primeiro de Viana e o segundo de Roças, Vieira;
supõe-se que sejam conspiradores saídos das cadeias de Guimarães, ou pássaros
bisnaus de olho vivo, avaliando pelas declarações contraditórias que prestaram
ao administrador do concelho. Este, depois de inquirir também os reverendos
Francisco Fernandes, de Cavaleiros, e João Evangelista Rodrigues, de Castro
Laboreiro, que abonaram os presos numa hospedaria qualquer, requisitou dois
agentes da Polícia Judiciária, a fim de procederem a averiguações e custodiarem
os detidos até Viana, onde já se encontram de “perfeita saúde” e … sem
liberdade.»
No Correio de Melgaço n.º 192, de
26/3/1916, lemos: «No tribunal desta
comarca respondeu em audiência de polícia correcional, a 20/3/1916, o reverendo
Francisco Fernandes, de Cavaleiros, por ter promovido a tal reunião (política) do Peso, de que já nos ocupámos. Não
terminou, porém, em virtude da falta de tempo, sendo marcado o dia 27 para a
continuação.» // Concluiu-se na segunda-feira,
27/3/1916, a audiência referida. O réu foi condenado em 30 dias de multa a
$50/dia, e custas e selos do processo. O advogado de defesa, Dr. António
Francisco de Sousa Araújo, do lugar do Granjão, Paderne, apelou da sentença
para a Relação do Porto (Correio de Melgaço n.º 193, de 2/4/1916). // No Jornal de Melgaço n.º 1175, de 15/9/1917, lemos: «O (…) padre Francisco Fernandes, de
Cavaleiros, foi encarregado de pastorear a freguesia de Couto de Gondufe, Ponte
de Lima; sentimos a sua ausência, pois era capelão da Misericórdia de Melgaço,
cargo que sempre desempenhou com toda a correção.» // Em Abril de 1919 era
anunciada no jornal do concelho a sua visita à família e à terra natal. Morou
no lugar de Cavaleiros, freguesia de Rouças, na Quinta que o seu irmão Manuel
José ali comprara. Segundo consta, foi pai de três
filhos: uma rapariga e um rapaz, gerados numa mulher, e de mais um rapaz,
gerado noutra. Também consta que um certo dia foi apanhado por dois
homens, numas mimosas, com uma rapariga de 17 anos de idade, órfã de pai, e com
a mãe doente. Eles julgavam que era o “padre-nunca”
(João
Evangelista Rodrigues) e comentaram jocosamente: «Com que então, malandro!» Virou-se para
eles, furioso, e disse-lhes: «Se tivesse
aqui uma pistola matava-vos!» // No Jornal de Melgaço n.º 1298, de
25/7/1920, informava-se de que ele regressara de Braga. Deve lá ter ido falar
com o arcebispo! // Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 11, de 5/5/1929, página 3:
«Manifestos. (…) Ao mesmo tempo quero
manifestar o meu profundo reconhecimento ao reverendo padre Francisco
Fernandes, pároco de Castro Laboreiro, que tão bem soube encarnar os
sentimentos do pobre povo, e manifestá-los ao Excelentíssimo Governador Civil.
(…) a expressão do nosso profundo reconhecimento e um muito obrigado.» X - //
No mesmo número do Notícias de Melgaço, página 4, lemos: «O reverendo pároco da freguesia de Castro Laboreiro matou, um destes
dias, um lobo, que – segundo nos consta – era um belo exemplar. E não foi
necessário montaria. Esta, feita há pouco, não deu resultado, apesar de serem
vistos três.» E ainda na mesma página 4: «Regressou de Viana o reverendo padre Francisco Fernandes, digno pároco
de Castro Laboreiro, que ali foi expressamente agradecer ao senhor Governador
Civil o especial favor feito aos povos raianos, de acabar com os manifestos.»
Correspondente.
Adedela, Fiães, 24/4/1929. // Em 1929 (ver NM 25, de 11/8/1929), como
já se disse, e ainda em 1933, era pároco da freguesia de Castro Laboreiro (ver Notícias de Melgaço n.º 9, de 21/4/1929, e Notícias de Melgaço n.º 206, de
27/8/1933). Nesse ano de 1933 esteve em
exercícios espirituais em Braga; com ele estiveram também o padre de Paderne,
António Domingues “Amigo”, e o padre de Fiães, Manuel José Rodrigues (Notícias de Melgaço n.º 209, de 24/9/1933). // Morreu na vila de Castro Laboreiro a 20/2/1940. ///
(*) No seu registo de óbito está escrito
que ele morreu com 65 anos de idade; se estivesse correto, teria nascido em
1875.
FERNANDES, Francisco
António (Padre). Filho de João António Fernandes e de Ana Maria Pires. Nasceu
no lugar de Rabosa, freguesia de Penso, por volta de 1823. // A 7/5/1851, na
igreja de Penso, serviu de testemunha no casamento de Luís Manuel Fernandes com
Joaquina Rosa Rodrigues. // A 25/12/1855 batizou António Alves, nascido no dia
anterior. // A 3/8/1885, na igreja de Penso, serviu de testemunha, juntamente
com o padre António de Sousa Lobato, no casamento de Secundino Xavier Lima com Maria
Luísa da Rocha, de 33 anos de idade, solteira, camponesa. // A 30/5/1884, na
igreja de Penso, foi padrinho da sua sobrinha neta, Cecília, nascida nesse dito
dia, filha de Manuel Rodrigues e de Maria Teresa Fernandes, rurais. // A
26/10/1885, na igreja de Penso, foi padrinho de Evaristo, nascido no dia
anterior, filho de Francisco António Fernandes e de Maria Clemência Vilas,
rurais. // A 3/12/1886, na igreja de Penso, foi padrinho de Francisco Xavier,
nascido no dito dia, mês, e ano, filho de Manuel Rodrigues e de Maria Teresa
Fernandes, lavradores, residentes no lugar de Felgueiras. // Morreu a 11/4/1897,
no lugar de Canhotos, com todos os sacramentos da igreja católica, com setenta
e quatro anos de idade, sem testamento, sem filhos, e foi sepultado na igreja
paroquial.
FERNANDES,
Gonçalo (Padre). // Em 1609 era cura na freguesia de Rouças (Obras Completas de Augusto César Esteves, volume I, tomo II,
página 486).
FERNANDES,
Jerónimo José (Padre). Nasceu na freguesia de Paços. // A 8/2/1813, na igreja
de Paços, serviu de testemunha no casamento de Manuel José Alves com Maria
Luísa Rodrigues, moradores no lugar de Viladraque.
FERNANDES,
Joaquim (Padre). Filho de Diogo Fernandes e de Marcelina Alves, lavradores,
roucenses. Nasceu em Rouças por volta de 1795. // Presbítero secular. // A
21/3/1862, na igreja de Rouças, foi padrinho de Justiniano, nascido três dias
antes, filho de Vitorino Manuel Meleiro e de Ana Meleiro. // Morreu no lugar da
Corga, Rouças, a 26/3/1875, somente confessado e ungido, por não poder receber
os demais sacramentos, com 80 anos de idade, com testamento, e foi sepultado na
igreja.
FERNANDES,
José Maria (Padre). Filho de Francisco José Fernandes e de Teresa Caetana
Gomes, rurais, sampaienses, moradores no lugar do Regueiro. Neto paterno de
António Fernandes e de Maria Domingues, do lugar dos Lourenços; neto materno de
Manuel José Gomes e de Ana Joaquina Freitas, lavradores. Nasceu em São Paio de
Melgaço a 14/1/1867 e foi batizado na igreja no dia seguinte. Padrinhos: Manuel
José Gomes, solteiro, e sua mãe Ana Joaquina de Freitas, ele tio e ela avó do
bebé. // A 7/10/1894, na igreja de São Paio, foi padrinho de José Maria
Fernandes, nascido nesse dito dia. // Em 1895 era encomendado da freguesia da
Gave. // Foi pároco encomendado da Vila de Melgaço de 31/8/1898 a 2/4/1899,
data em que faleceu, vitimado pela tuberculose. // Morreu a 2/4/1899, no lugar
do Regueiro, com todos os sacramentos, sem testamento, e foi sepultado no adro
da igreja paroquial. Tinha apenas trinta e dois anos de idade. // (ver “Valenciano” n.º 1912, de 27/11/1898).
FERNANDES, Manuel Caetano (Padre). // Lê-se em
“Obras Completas” de Augusto César Esteves, volume I, tomo I, página 254: «Natural de Merufe, Monção. À sua posse, em
31 de Dezembro de 1893, assistiram muitos cavalheiros e a junta da paróquia
solenizou o acto com música e foguetes. Aqui se conservou até princípios de
1898.»
FERNANDES, Manuel Joaquim (Padre). // Morou no
lugar do Rego, Cristóval. // A 3/2/1836, na igreja de Cristóval, foi padrinho
de Maria Joaquina, nascida três dias antes, filha de Luís Manuel de Abreu e de
Maria Teresa Benito de Puga, residentes em São Gregório. // A 3/12/1837, na
igreja de Cristóval, batizou Rosa Gonçalves, nascida dois dias antes. // A
5/8/1839, na igreja de Fiães, foi padrinho de Joaquim, nascido a 29 de Julho
daquele ano, filho de Francisco Alves e de Teresa Fernandes, moradores no lugar
de Candosa. // A 27/6/1844, na igreja de Cristóval, foi padrinho de Benta
Monteiro, nascida dois dias antes. // A 15/11/1847, na igreja daquela freguesia
de Cristóval, serviu de testemunha no casamento de Francisco Rodrigues com Rosa
Esteves Pires.
FERNANDES,
Manuel Magalhães (Padre). // Foi nomeado pároco da
freguesia de Paços a 4/9/1961; sucedeu ao padre Custódio José da Costa.
FERNANDES,
Prudêncio António (Padre). Pertencia ao bispado de Tui, mas residia no lugar da
Cela, freguesia de Cousso, concelho de Melgaço. // A 24/6/1873, na igreja de
Cousso, batizou Luís Rodrigues, nascido nesse dito dia.
FERNANDES, Raul de Oliveira (Padre). // Nasceu
na freguesia de Sampriz, Ponte da Barca. // «Padre César Manuel Araújo Maciel e
padre Raul de Oliveira Fernandes são nomeados párocos “In Solidum” das
paróquias de Divino Salvador da Gavieira, incluindo a capelania do Santuário (Arcos de Valdevez), Nossa Senhora da
Visitação de Castro Laboreiro, Santa Maria de Cubalhão, São Tomé de Cousso,
Nossa Senhora da Natividade da Gave, São João Batista de Lamas de Mouro, São
Mamede de Parada do Monte, São Paio e Divino Salvador de Paderne, Arciprestado
de Melgaço, sendo moderador o padre Raul de Oliveiros Fernandes. Agradecemos,
aos sacerdotes que são dispensados dos serviços que têm prestado, a
generosidade e dedicação com que os realizaram, e àqueles que assumem novos
serviços, a disponibilidade com que os aceitaram. Viana do Castelo, 8/11/2017.
Anacleto Cordeiro Gonçalves de Oliveira, bispo de Viana do Castelo.»
FERNANDES, Sebastião (Padre). // Em 1837 foi
ameaçado por João Ledo, do lugar dos Moinhos. Lê-se em Melgaço, Sentinela do
Alto Minho, II parte, 1.º volume, página 159: «… ultimamente se lançou a um
irmão do suplicante, por nome o reverendo Sebastião Fernandes, armado de uma
foice, com a qual certamente o mataria se ele se não retirasse, o que teve
lugar no dia de ontem, 12 do corrente, por três horas da tarde, pouco mais ou
menos…» // A 8/11/1846, na igreja do mosteiro de Paderne, foi padrinho de Maria
(confirmar), nascida dois dias
antes, filha de José Joaquim Gonçalves e de Marcelina Rosa Rodrigues, moradores
no lugar de Golães, Paderne. // Era irmão de Carlos Fernandes, do lugar de
Golães.
FERREIRA, José (Padre). Nasceu em Remoães. // A
8/2/1829, na igreja de Prado, foi padrinho de José Maria, nascido dois dias
antes, filho de Joaquim António de Sousa Araújo (Besteiro), natural de Prado, e de Ana Luísa Lopes Pinto, natural da
Vila. A madrinha, Maria Ferreira, solteira, era irmã do padrinho. // Morreu a 29/10/1830, no lugar da Costa, Remoães, e foi
sepultado na igreja. // Não deixou testamento.
FERREIRA,
José Augusto (Padre). Filho de Justino Augusto Ferreira e de Francisca Maria
Teixeira, de Merufe, Monção. // Tomou posse de reitor de Parada do Monte a 8 de
Dezembro de 1874. Substituiu o padre Manuel Vicente Pereira. Foi ele que criou
nesta freguesia de Parada do Monte a escola primária. // Em Dezembro de 1879
era abade da freguesia de São Paio. // A 10/11/1887, na igreja de Cousso,
batizou Joaquim Daniel, nascido oito dias antes, filho de António José Pereira
de Araújo e de Felicidade Rodrigues Barreiros, moradores no lugar da Cela. // Em
1888 ainda era pároco de São Paio. // Era tio do escritor melgacense Miguel
Ângelo Ferreira, autor de «Maria dos Tojos» ou «Serra Brava».
FERREIRA,
Manuel (Padre). // Em 1902 era colado na freguesia de Chaviães; transitara de
Lamas de Mouro, onde exercera as mesmas funções.
FERREIRA,
Miguel José (Padre). // Nasceu em Remoães (confirmar). // A 11/4/1790, na igreja de SMP, foi padrinho de Vitória
Joaquina Pinto, nascida a 7 desse mês e ano. // A 27/12/1803, na igreja de São
Paio, batizou uma criança, filha de António José Lopes e de Maria Rosa Álvares,
residentes no lugar da Granja de Baixo. // A 27/6/1805, na igreja de Remoães,
batizou António Vicente, nascido no dia anterior, filho de Joaquim Leiras e de
Tomásia Maria Fernandes, moradores em Remoães. // A 2/1/1808, na igreja de
Remoães, batizou Luís Augusto, nascido a 25/12/1807, filho de Bernardo
Gonçalves e de Rita Joaquina de Sousa e Castro. // A 19/4/1810, na igreja de
Remoães, foi padrinho de Manuel, nascido a 6 do dito mês e ano, filho de Rosa
Conde, solteira. // Morreu a 1/1/1830, no lugar da Costa, Remoães, e foi
sepultado na igreja a três desse mês e ano, amortalhado em vestimenta adequada
à sua atividade religiosa. // Fizeram por sua alma três ofícios, cada um de
assistência de vinte padres.
FIGUEIREDO,
Celestino (Padre). Filho de José Oliveira de Figueiredo e de Rosa Gomes Vilarinho.
Nasceu em Barbeita, Monção, a --/--/18--. // Foi abade da Vila de Melgaço de
1921 a 1923. A 10/6/1923 já não paroquiava a freguesia de SMP, pois nesse dia
chegou a Melgaço D. Manuel Vieira de Matos, a fim de fazer uma visita pastoral
ao arciprestado melgacense, e ele já não esteve presente; tinha partido dias
antes. // Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 5, de 17/3/1929: «Têm sido muito concorridas as conferências
realizadas na Sé [de Braga] pelo digníssimo abade Celestino de Figueiredo,
ex-pároco dessa Vila.» // Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 26, de
18/8/1929: «Para celebrar este ato (batizado de Maria Ester, filha de José
Figueiroa, dono de um hotel no Peso, e de Maria Piano Figueiroa) veio
expressamente de Braga o reverendo padre C.F., muito digno abade da Sé
Primacial daquela cidade, que celebrou a missa e administrou a comunhão, não só
à menina indicada como à restante família e mais pessoas que se acercaram da
sagrada mesa. Pelo referido padre Celestino foi feita uma adequada alocução que
muito sensibilizou a numerosa assistência presente a este piedoso ato, tendo-se
visto lágrimas na totalidade dos assistentes, o que não é para admirar
atendendo às suas mais conhecidas qualidades de orador sagrado.»
FIGUEIREDO, Domingos (Padre). Filho de António Gonçalves de Figueiredo e de Maria
Rodrigues, naturais de Mozelos, concelho de Paredes de Coura. Nasceu no século
XVII. // Foi cura da freguesia de Cristóval e provedor da Santa Casa da
Misericórdia de Melgaço em 1702.
FIGUEIREDO,
Henrique Osório (Padre). Filho de Arnaldo Osório de Figueiredo e de Isaura da
Purificação Ribeiro. Nasceu em Requião, Famalicão, por volta de 1925. // Foi
pároco de Alvaredo, Melgaço, de 1947 a 1949 «… e desde 1958, por mais de quarenta anos, foi reitor do famoso Santuário
do Bom Jesus do Monte, em Braga.» // Morreu em São José de São Lázaro,
Braga, a 24/7/2007, com oitenta e dois anos de idade, e foi sepultado no
cemitério de Vermoim, Famalicão.
FIGUEIREDO, José (Padre). Filho de António Gonçalves de Figueiredo e de Maria Rodrigues,
naturais de Mozelos, Paredes de Coura. Nasceu no século XVII. // Tal como seu
irmão padre Domingos, também ele foi pároco de Cristóval, Melgaço. // Para que
sua irmã Guiomar casasse com o capitão Jerónimo Ribeiro, da Vila de Melgaço,
dotou-a com uns bons milhares de cruzados. No caso de os noivos aceitarem viver
com ele em Cristóval dar-lhes-ia, além do dinheiro, dois criados, uma criada e
um cavalo, tudo pago de seu bolso. // Lê-se em “O Meu Livro das Gerações
Melgacenses”, I volume, página 504: «… por
o benefício e abadia de que é abade ser de bastante rendimento, que passa de
trezentos e cinquenta mil réis…» // O
seu rendimento era tanto que se deu ao luxo de arranjar uma namorada, Maria do
Souto, solteira, filha de Francisco do Souto e de Antónia Pires, do lugar do
Ranhado, Cristóval, em quem gerou quatro filhos: Jerónimo, Agostinho, Narciso e
Francisco. // Como não podia casar com ela,
arranjou-lhe um marido, Manuel, filho de Domingos Marques, do lugar do
Sobreiro, e deu-lhe dinheiro suficiente para eles viverem sem grandes
preocupações financeiras. // (obra citada, página 505).
FIGUEIREDO, Lopo de Castro (Padre). Filho de João Figueiredo
Ferreira, senhor da Quinta de São Cibrão, no termo de Valadares, e de Gregória
de Castro, da Casa do Fecho, termo de Melgaço. Neto paterno de Bernardo de
Ataíde, comendatário do mosteiro de Fiães, descendente dos condes de
Castanheira, e de Catarina Figueiredo Ferreira Vale; neto materno de Lopo de
Castro (e Azevedo) e de Leonor Veloso Bacelar. Nasceu no século XVI. // Foi
durante anos presbítero e reitor de Tangil, termo de Valadares, e depois abade
de Monços, junto a Vila Real (ver O
Meu Livro das Gerações Melgacenses, de Augusto César Esteves, volume I, página
205). // Era irmão do padre
João de Figueiredo de Castro e tio dos padres Alberto de Castro e António de
Sousa de Castro.
FIGUEIROA, Francisco Aires (Padre). // Na primeira metade do
século XVIII residia no lugar do Louridal. A 12/12/1745 ia receber da
Confraria, por empréstimo, pagando juros, 10$000 réis; para isso teria de
hipotecar o seu campo de Babusães, sito nos limites da freguesia de Rouças (ver “Obras Completas” de ACE, volume I, tomo I, página 315).
FIGUEIROA,
Manuel António Pinheiro (Padre). Filho do sargento-mor Francisco Pinheiro
Figueiroa, de Cavaleiros, Rouças, e de Ângela Sarmento Falcão. Neto materno de
António Rosa Marinho e de Mariana Sarmento Quiroga. // A 1/8/1759, na igreja de
SMP, batizou e foi padrinho de Domingas da Silva, nascida a 29 de Julho desse
mês e ano. // Em 1761 era síndico apostólico da comunidade franciscana em
Melgaço (Obras Completas de ACE, volume I, tomo
II, página 372). // Foi cura da freguesia de Rouças (em
1759 já o era) e provedor da SCMM nos anos de 1763 e 1764. // Morreu a
14/6/1775. // Foi sua herdeira universal a prima, Luísa Caetana Nistroza Sotomaior,
casada com Agostinho, filho de Bernardo Pereira Sotomaior e de Maria Luísa de
Castro, da Casa de Eiró de Baixo, sita na freguesia de Rouças. // Nota: deve ter sido ele o principal
obreiro da capela de São Mamede de Cavaleiros.
FONSECA,
Raul (Padre). // Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 177, de 18/12/1932: «Realizou-se nesta freguesia (de Chaviães), no dia oito do
corrente, a festa do Sagrado Coração de Jesus. Foi precedida de um tríduo de
práticas, confiadas ao apostólico e ilustrado orador, reverendíssimo padre Raul
da Fonseca, digno pároco da freguesia de Rendufe, Amares. Iniciou-as no dia cinco,
às dezasseis horas, quando aqui chegou, apesar de vir cansado da viagem que fez
debaixo de chuva, pregando nos dias seguintes duas vezes por dia. // A todas as
pregações assistiu muito povo desta freguesia e limítrofes, que o ouviu com o
maior respeito e geral agrado. // No dia sete houve confessores, sendo grande o
número de pessoas que se aproximaram do tribunal da penitência, como se viu
pelas que se abeiraram da mesa eucarística, havendo mais de oitocentas
comunhões. // Teve lugar também a tocante cerimónia da comunhão solene das
crianças que se apresentaram lindamente vestidas, principalmente as meninas. //
A igreja limpa, os altares adornados e asseados a capricho pelas briosas
zeladoras que o nosso zelosíssimo pároco nomeou para cada um. // Ninguém diria
que em tão pequeno prazo de tempo esta freguesia passasse por tão grande
transformação espiritual. Há um ano havia aqui uma associação sem associados (trinta, apenas) e sem vida;
foi-nos dado um novo pároco e já conta algumas centenas, comungando alguns
diariamente, e a maior parte nas primeiras sextas-feiras de cada mês, o que fez
com que fosse levada a efeito esta festa tão encantadora, que a todos deixou as
mais gratas recordações. // Foi o primeiro tríduo que houve nesta freguesia; e
as pessoas idosas, que nele tomaram parte, com a alma a transbordar de alegria
e as lágrimas nos olhos, diziam nunca ter visto festa igual na sua igreja. //
Foi uma festa cheia, toda do céu, e muito do agrado do coração de Jesus. //
Merecem os maiores elogios e louvores, não só as dignas zeladoras da
associação, como as dos altares, que não se pouparam a trabalhar para que esta
festa revestisse tão grande brilhantismo, e - de um modo especial - o nosso bom
e exemplar pastor, que é incansável no cumprimento dos seus deveres, e que foi
a alma de tudo. Não devemos esquecer o ilustrado pregador, que aqui conquistou
geral simpatia, e a todos deixou as melhores impressões.» // Correspondente. // continua...
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