GENTES DO CONCELHO DE MELGAÇO
Freguesia de Remoães
Por Joaquim A. Rocha
// continuação de 16/02/2022...
LOURENÇO,
Maria Fernanda. Filha de Eduardo José Lourenço, natural de Prado, e de Florinda
de Sousa e Castro, natural de Remoães, residentes em Remoães. // Lê-se no
Notícias de Melgaço n.º 1553, de 2/5/1965: «na
igreja paroquial de Remoães realizou-se no passado domingo, 25 de Abril, o
casamento de Carlos Alberto Ribeiro Antunes (…), desta vila, com Maria Fernanda
de Castro Lourenço (…). Ao ato, que foi presidido pelo reverendo padre Justino
Afonso, pároco da freguesia de Remoães, assistiram inúmeros convidados vindos
de vários pontos do país e da vizinha Espanha. Foram padrinhos o senhor José
Félix Igrejas Junior e sua esposa, Maria dos Prazeres Esteves. Findo o ato, na
magnífica e acolhedora Pensão Gomes [sita na freguesia de Remoães], e sob a
gerência do seu dinâmico proprietário, senhor Henrique de Castro Fernandes
Pinto, foi oferecido aos numerosos convidados um magnífico almoço, no qual
foram apreciados os variados pratos de magnífico paladar e o riquíssimo vinho
que foi servido. Ao partir o bolo, foi servido a todos os convidados charutos e
excelente champanhe, sendo feitos inúmeros brindes ao jovem casal. A seus pais
os nossos parabéns e aos nubentes as maiores felicidades com votos de um lar
muito venturoso.» // NOTA: o seu marido era emigrante no Canadá, para onde ela seguiu depois do casamento, filho de tendeiros, naturais de Cerdal, Valença do Minho; o Carlos, apesar de analfabeto, e depois de algumas tentativas falhadas, alguns meses de prisão, conseguiu emigrar, fugindo dessa maneira ao serviço militar e à terrível guerra colonial. Sem quaisquer habilitações literárias, teria sido difícil para ele arranjar emprego. // Não sei se o casal teve geração.
LOURENÇO,
Maria José. Filha de Manuel Lourenço e de Adelaide Monteiro, lavradores, residentes
em Remoães. Neta paterna de Francisco Lourenço e de Maria José Gomes; neta materna de Ana
Monteiro, solteira. Nasceu a 27/4/1880 e foi batizada a 29 desse mês e ano.
Padrinhos: a sua tia paterna, Mariana Lourenço, e José Severo de Carvalho, solteiros.
LOURENÇO,
Maria Júlia. Filha de João Manuel Lourenço e de Escolástica Teresa Marques. N.p.
de António Lourenço e de Maria Ventura, do Coto, Prado; n.m. de Joaquim
Marques e de Maria Antónia Alves, de Remoães. Nasceu a 3/11/1824 e foi batizada
três dias depois. Padrinhos: António de Castro (representado por seu filho, com
o mesmo nome) e esposa, Maria Júlia da (Ribeira?), da Quinta do Peso, Paderne
(representada por Maria Joaquina da Silva, sua criada). // Casou na igreja de
Remoães a 2/11/1867 com Eugénio Pires, de 37 anos, solteiro, lavrador, da freguesia
de Santiago da Vila de Ribadávia, Tui, filho de João Manuel e de Madalena
Pires, galegos. Testemunhas: padre Manuel António Gonçalves e João António Mendes.
LOURENÇO,
Mariana. Filha de Francisco Manuel Lourenço e de Maria José Gomes, moradores no
Rego, Remoães. N.p. de João Manuel Lourenço e de Escolástica Marques, do lugar
da Igreja, Remoães; n.m. de Francisco Gomes e de Luísa de Abreu, de Ferreiros, Alvaredo.
Nasceu a 14/4/1850 e foi batizada dois dias depois. Padrinhos: João Manuel Fernandes
e sua esposa, Mariana Gonçalves, do Cruzeiro, Remoães.
LOURENÇO,
Paulina Carlota. Filha de João Manuel Lourenço e de Escolástica Teresa Marques,
moradores no lugar da Igreja, Remoães. N.p. de António Lourenço e de Maria
Ventura Fernandes, do Coto, Prado; n.m. de Joaquim Marques e de Maria
Antónia Alves, de Remoães. Nasceu a 29/6/1819 e foi batizada a 3 de Julho desse
ano. Padrinhos: Luís de Sousa e esposa Rita, da Quinta da Torre, Paderne.
LOURENÇO,
Recordino, ou Ricardino [Carlos]. Filho de -------- Lourenço e de -----------
Fernandes. Nasceu a --/--/19--. // Em 1914 frequentava a escola masculina de
Remoães; era seu professor José Caetano Gomes. Nesse ano, a 2 de Julho, fez
exame do 1.º grau na escola Conde de Ferreira, Vila, obtendo a classificação de
«ótimo» (Correio de Melgaço n.º 106, de 7/7/1914). // A 13/8/1915 fez exame do 2.º grau na dita escola Conde
de Ferreira, ficando distinto (ver Correio de
Melgaço n.º 161).
LOURENÇO,
Rita. Filha de Francisco Manuel Lourenço e de Maria José Gomes, lavradores,
residentes no lugar do Rego, freguesia de Remoães. Neta paterna de João Manuel
Lourenço e de Escolástica Marques; neta materna de Francisco Gomes e de Luísa
de Abreu. Nasceu na freguesia de Remoães a 9/11/1861 e foi batizada na igreja
paroquial a 11 desse mês e ano. Padrinhos: João de Sá Sotomaior de Abreu
Leones, morgado da Casa e Quinta do Reguengo, viúvo, e Rita Emília Barbosa
Correia Pinto Feijó, casada, da Quinta do Pombal, Remoães. // Faleceu no lugar
do Rego, Remoães, a 18/9/1940. // Com geração.
LOURENÇO,
Rita Luísa. Filha de Francisco Manuel Lourenço e de Maria José Gomes, moradores
no Rego, Remoães. N.p. de João Manuel Lourenço e de Escolástica Marques; n.m.
de Francisco Gomes e de Luísa de Abreu, de Ferreiros de Cima, Alvaredo.
Nasceu a 31/7/1852 e foi batizada a na igreja 1 de Agosto desse ano. Padrinhos:
João Manuel Fernandes e sua esposa, Mariana Gonçalves, do Cruzeiro de Remoães.
*
LUÍS
MANUEL. Filho de Pulquéria Exposta, solteira, jornaleira, moradora no lugar de
Cima de Vila. Neto paterno e materno de avós desconhecidos. Nasceu em Remoães a
9/4/1908 e nesse mesmo dia foi batizado na igreja paroquial. Padrinhos: Luís
Manuel Barreiros, solteiro, camponês, e Anaim do Carmo Esteves, solteira,
camponesa. // Casou na igreja de Valença a 15/11/1941 (confirmar) com Margarida
Barbosa ---------, natural da freguesia de Meinedo, concelho de Lousada. //
Morreu na freguesia de Santa Isabel, Lisboa, a 18 de Janeiro de 1959. // Gémeo
de Lícia. // Ver, na vila de Melgaço, SMP, Pulquéria do Patrocínio, exposta no
dia 7/7/1882.
MAGALHÃES
MAGALHÃES,
Eduardo José. Filho de Tomaz José de Magalhães, de Penso, e de Rosa
Ermelinda Fernandes, de Remoães, proprietários, moradores no lugar de Crasto,
Penso. N.p. de Caetano Manuel Alves de Magalhães e de Vitória Ventura de
Castro, ou Vitória da Costa Pinto; n.m. de João Batista Fernandes e de Rosa
Clara Vaz, lavradores, de Remoães. Nasceu em Cima de Vila, Remoães, a
17/1/1877, e foi batizado na igreja desta freguesia três dias depois, tendo por
padrinhos os avós maternos. // Casou a 12/7/1911 com Teresa de Jesus Lopes, de Prado.
// Faleceu na freguesia de Penso a 17 de Fevereiro de 1946.
MAGALHÃES,
Rosa Clara. Filha de José Joaquim de Magalhães e de Antónia Rodrigues, de São
Gregório, Cristóval. Nasceu por volta de 1825. // Camponesa. // Faleceu
solteira, a 16/4/1890, com 65 anos de idade, em sua casa de Cima de Vila,
Remoães, e foi sepultada no cemitério local. // Fizera testamento.
MALHEIRO
MALHEIRO,
Joana. // Faleceu no estado de viúva, a 26/4/1849, em Cima de Vila, Remoães, e
foi sepultada na igreja no dia seguinte, com ofício de corpo presente de
assistência de dez sacerdotes.
*
MANUEL
JOAQUIM. Filho de Ana Enjeitada, moradora no lugar da Igreja, Remoães. Nasceu a
10/1/1827 e foi batizado a 15 desse mês e ano. Padrinhos: João António Simões e
sua esposa, Rosa, do lugar da Corga, Remoães.
MANUEL
JOSÉ. // Era criado de José Fernandes, de Cima de Vila, Remoães, quando
faleceu; foi sepultado na igreja a 30/1/1817, amortalhado em vestido (branco?).
Teve ofício de seis padres.
MARIA
das DORES. // Apareceu à porta de Claudina Rosa, solteira, jornaleira, do lugar
da Costa, Remoães, a 31/3/1866, às 11 horas da noite, e foi batizada na igreja
a 1 de Abril desse ano. Madrinha: Maria Claudina Rodrigues, solteira,
lavradora, residente em Canle, Remoães.
MARIA
FRANCISCA. // «Faleceu da vida presente
com o sacramento da extrema-unção pelo tempo lhe não dar mais lugar, e lhe dar
um ataque de estupor em que ficou sem fala, e se lhe fez um ofício de corpo presente
com assistência de seis padres, de caridade, e foi sepultada pela tarde na
igreja desta mesma freguesia.» // Morreu solteira, a 3/1/1828. // Residia
em Remoães.
MARIA
JOANA. Nasceu na freguesia de Loeda, bispado de Tui, Galiza. // Faleceu em Remoães,
solteira, a 14/2/1850, e foi sepultada na igreja no dia seguinte, com ofício de
corpo presente de assistência de catorze sacerdotes, tudo de esmola.
MARIA
JOANA (?). Nasceu em Alveios, Tui. // Faleceu solteira, a 9/1/1858, na
freguesia de Remoães, Melgaço, onde residia há muitos anos, e foi sepultada na
igreja no dia seguinte, com missa cantada e ofício de sepultura.
MARIA
JOAQUINA. Filha de Ana Enjeitada, moradora em Canle, Remoães. Nasceu a
24/7/1822 e foi batizada no dia seguinte. Padrinhos: Mateus Fernandes e sua esposa,
Maria Luísa de Araújo, do dito lugar. // Lavradeira. // Faleceu a 2/2/1878, em
sua casa de Canle, Remoães, casada, e foi sepultada no cemitério da Vila de
Melgaço por ordem superior. // Deixou filhos. // Nota: o padre deixou escrito no assento de óbito que ela morrera
com 60 anos de idade incompletos!
MARIA
DOS PRAZERES. Filha de Aurélia dos Prazeres, solteira, camponesa, natural de
Remoães. Neta materna de Maria Claudina. Nasceu em Remoães a 17/11/1903 e nesse
mesmo dia foi batizada na igreja paroquial. Padrinhos: Adjuto Esteves Domingues
Barreiros e Anaim Esteves Domingues Barreiros, solteiros, lavradores. // Casou
na CRCM no dia 11/5/1924 com Gualdino Fernandes, de vinte e quatro anos de
idade, natural da vila e concelho de Monção, filho de Clara Fernandes. //
Enviuvou a 13/9/1953. // Faleceu em França a 25/4/1991.
MARIA
ROSA. Nasceu em São João de Alveios, Tui. // Faleceu solteira, em Cima de Vila,
Remoães, onde residia, a 21/10/1853, de repente, e foi sepultada na igreja no
dia seguinte, com ofício de corpo presente de assistência de nove sacerdotes,
tudo de caridade.
MARIA
TOMÁSIA. // Faleceu viúva, a 1/2/1842, em Cima de Vila, Remoães, e no dia
seguinte foi sepultada na igreja, com ofício de sepultura «em razão da solenidade que se costuma fazer a Nossa Senhora nesta
igreja.» // Era pobre miserável.
MARIA
VITÓRIA. Filha de Maria Josefa, solteira, natural de Rouças, residente
em Remoães, ao pé da igreja. Nasceu a 27/2/1815 e foi batizada pelo padre Luís Diogo de Sousa, natural de Prado,
que serviu de padrinho.
MARINHO
MARINHO,
Abílio José. // Natural de Celorico de Basto. // Foi fiscal na empresa das
Águas Minerais do Peso, Vidago, Melgaço & Pedras Salgadas. // Casou com
Irene dos Prazeres, natural de Melgaço. // Em 1935 trabalhava em Luanda. // Era
casado e com geração (Notícias de Melgaço n.º 295, de
22/12/1935). // Lê-se no Notícias de Melgaço
citado:
«Carta
de Luanda. Senhor Diretor do jornal Notícias de Melgaço –> se a carta, que
segue, lhe parecer digna de publicidade, à falta de assunto de melhor
interesse, e lhe possa evitar o dispêndio de uns momentos de trabalho para
preenchimento do seu conceituado jornal, muito gostaria que o fizesse, como
única afirmação de que em todos os cantos do mundo há filhos de Portugal que
lhe interessava a vida da sua pátria. Pois outro valor não tem a carta que vou
escrever, após a leitura dos três números do jornal a que nela me refiro.
AUSENTE DA PÁTRIA. Depois de um dia de intenso trabalho, a mistura de
contrariedades, que mais endurecem a missão que desempenho, maldizendo a sorte
que o destino me reservou, regresso a casa cheio de nostalgia e, a passos
lentos, faço o trajeto que me separa do escritório à casa onde resido, pisando
o escabroso calcetamento das ruas da cidade, que roe as solas dos sapatos, como
traça corta lã; vou desfolhando da memória as páginas de uma história que só de
longe, a longe, me mostram trechos coloridos, mas sempre envoltos em sombras a
abalarem-lhe o brilho que se perde a curta distância. // O relembrar o passado,
e pensar no futuro tão incerto, torna-me tedioso, macambúzio, produto de uma
neurastenia que este clima inóspito reserva aos seus hóspedes com que não
deseja familiariedade. E, então, uma ideia me acode à mente como único lenitivo
para o desfalecimento que estas agitações nervosas me causam. “Se eu
encontrasse alguém da minha terra com quem falasse”!... Não é possível
realizá-la; a distância é tamanha, e os atrativos tão poucos, que só forçados,
os meus patrícios, roubariam uns anos da sua vida, que pertence à sua terra
natal, para os deixarem nesta terra que nos recebe como enteados, armando-nos
ciladas em todas as esquinas, como fazem agora os etíopes aos italianos para os
expulsarem do seu território. // E, assim, passo o trajeto taciturno, só
sentindo um pouco de alívio ao chegar a casa, quando ao meu encontro vêm a
mulher e os filhos em saudação familiar. Mas este alívio é apenas um impulso do
sol que apanhou o fraco de uma nuvem e a rompeu para se mostrar, e se esconde
de repente como criança a jogar às escondidas. // A mulher retira-se, vai
cuidar do amanho da casa; as crianças vão jogar a macaca, saltar a corda, e eu
vejo-me de novo caído na solidão, entregue ao pensamento que me mortificou
durante todo o trajeto. Porém, há sempre um dia que a providência nos reserva
para nos dar força e coragem, para resistirmos às agruras com que a vida nos
brinda. O meu dia também chegou – foi ontem. // Entro em casa, recebo as boas
tardes da mulher, os costumados beijos da petizada, que em seguida desliza em
correrias pela varanda fora ao encontro de outros que os esperam à porta e os
vão recebendo de mãos dadas para entrarem no jogo da roda. A mulher, ao
contrário dos outros dias, fica junto de mim, sem se preocupar com os arranjos
da casa. Estranheza minha, que me arranca esta pergunta: - “Não tens hoje que
fazer”?! – “Tenho sim, mas também te vou dar entretenimento para ti”. Puxando
uma gaveta de uma velha mesa, tosca, feita de caixotes, estilo de mobília cá do
burgo, presenteia-me com três exemplares do semanário Notícias de Melgaço, que
um amigo, oriundo dessa encantadora vila minhota, fez o favor de me oferecer.
Os meus olhos ficam inertes por um momento, fixos no cabeçalho que encima o
semanário melgacense, para em seguida o percorrer do primeiro ao último
extremo, ávido das suas notícias. // É o mensageiro que me vai falar da terra
que me acolheu durante quatro anos, das pessoas com quem convivi, dos
acontecimentos, das oscilações da sua vida, etc. // 1.ª parte – Um artigo de
fundo intitulado “O FASCISMO NO MUNDO”. Revela a fé do seu autor no triunfo dos
povos, nas novas ideias que defende com entusiasmo, eloquência; é um artigo
onde se aprende, lendo com gosto. // Outra notícia: - “ É encontrada
carbonizada à porta da sua residência, pelo Dinis do Lau, a tia Maria do Coto.”
Conheço a vítima e o pouco feliz descobridor de tão triste achado macabro.
Triste notícia, mas nem por isso desanimo. Fala-se de nomes que conheço. //
Mais abaixo o falecimento do pai do senhor José Figueiroa; sinto-me pesaroso; é
o nome de um amigo com quem sempre mantive as melhores relações, amigo que
nunca mais posso esquecer, que está de luto pela perda de um dos seus entes
mais queridos, seu pai. Os meus pêsames sinceros e um grande abraço ao senhor
José Figueiroa. // Outra local – Típica – Elegante. – As tradicionais festas e
danças pelos aquistas e povo da terra! Um relâmpago de alegria me passa pela
memória, vendo passar na minha frente corpos que se requebram em todos os
sentidos, lábios que se riem, olhos fulgurantes que pedem … Am… (já fora dos meus
anos),
mas nem por isso esta notícia deixa de me deleitar. De repente sou invadido por
uma melancolia que me deixa desfalecido; lembro que estou longe, lembro o tempo
que vai e não volta, e quedo-me um pouco na leitura, a tomar fôlego para
recomeçar. // Como tristezas não é alimento para quem deseja viver, depressa
pus de parte tal aperitivo – recomecei a leitura. // Nós, quando estamos
ausentes da pátria, somos mais patriotas; já o diziam os grandes poetas antigos
nos seus versos, não é nova a afirmação. E, assim, gostamos de tudo quanto for
patriotismo. // Esbarro com um artigo da autoria do senhor José Maria de Sousa,
que não tenho a honra de conhecer, mas noto que é de um patriotismo digno de
admiração – enche-me a alma. O senhor Sousa atira-se aos contrabandistas, que
abundam naquela terra como aqui (…), e dá-lhes a eles e (…) que com eles
partilham do tráfico, uma carga de antipatriotas que os deixa (…). É assim
mesmo, senhor Sousa; só falta de patriotismo nos pode levar a valorizar o
artigo estrangeiro e a desvalorizar o nosso! Mas…, senhor Sousa! Eu não o
conheço, mas como sei que você é comerciante, dê-me licença que lhe ofereça um
conselho: - “é melhor outro que não tenha negócio a assinar esses artigos, porque
assim podem-lhe tomar o seu patriotismo pelo daquele sargento que depois de
cinco anos de licenciado pediu de novo a sua reintegração no exército, após
terminada a grande guerra, e quando os camaradas lhe perguntaram os motivos que
o apaixonaram outra vez pelas armas e pela farda, batia com as mãos ambas na
barriga, e dizia muito pesaroso: - “É que eu, [caros camaradas] via a pátria em
perigo!” É claro, você tem muita razão, mas isto aqui para nós, que ninguém nos
ouve: - esse povo do Peso é um má-língua, eu conheço-o… // Angola, Luanda,
Outubro de 1935.»
Pai de Maria Orminda dos Prazeres, nascida
no Porto a 16/7/1927. Esta criança esteve em Melgaço, em casa da sua avó
materna, residente na freguesia de Remoães, e concorreu mais tarde para
telefonista dos CTT, tendo sido admitida. Estagiou seis meses na Batalha… (ver blogue de Ilídio de Sousa de 20/7/2019).
MARQUES
MARQUES,
Alberto Augusto. Filho de -------- Marques e de
---------------------------------. Nasceu a --/--/19--. // A 17/7/1931 fez
exame do 2.º grau, ficando aprovado (NM 119,
de 26/7/1931).
MARQUES,
Ana das Dores. Filha de Manuel Joaquim Marques e de Manuela Igrejas, lavradores,
residentes no lugar da Costa, Remoães. N.p. de Maria Benta Marques, de Remoães;
n.m. de João Igrejas e de Maria Marinho, da freguesia de Santa Maria de
(Sande?), Santiago, Galiza. Nasceu a 18/9/1878 e foi batizada a 22 desse mês e
ano. Madrinha: Leopoldina Marques.
MARQUES,
António Joaquim. Filho de Manuel Joaquim Marques, de Remoães, e de Manuela
Igrejas, galega, moradores no lugar da Costa, Remoães. N.p. de Maria Benta
Marques; n.m. de João Igrejas e de Maria Marinho. Nasceu a 24/7/1876 e foi
batizado três dias depois. Padrinhos: António Júlio Esteves e Mariana de Jesus
Araújo.
MARQUES,
António José. Filho de João Marques e de Maria Rodrigues, da Várzea, Paderne,
termo de Valadares, onde ele nascera. // Casou na igreja de Remoães a 9/5/1817,
com Maria Josefa, filha de Tomás Alves e de Antónia Maria Fernandes, de Leiros,
Rouças. Testemunhas: Francisco A. de Araújo, João Manuel Lourenço, do
lugar da Igreja, e João Francisco, de Cima de Vila.
MARQUES,
Benta (ou Maria Benta). Filha de Joaquim Marques e de Maria Antónia Alves,
lavradores. Nasceu em Remoães por volta de 1802. // Faleceu a 21/10/1862, em
sua casa do lugar da Costa, Remoães, com 60 anos, viúva, e foi sepultada na
igreja no dia seguinte, com ofício de corpo presente de assistência de dez
sacerdotes. // Deixou dois filhos e uma filha.
MARQUES,
Caetano. // Nasceu em Remoães no século XIX. // «Foi assassinado, julga-se, por dois
indivíduos que o assaltaram na estrada real, produzindo-lhe a morte por
sufocação. A opinião pública aponta-os, e a justiça procede nas devidas
averiguações», assim se pode ler no jornal “Valenciano” n.º 1226, de
21/2/1892.
MARQUES,
Caetano Joaquim. Filho de Maria Benta Marques, moradora em Cima de Vila,
Remoães. N.m. de Joaquim Marques e de Maria Antónia Alves, do dito lugar.
Nasceu a 31/5/1828 e foi batizado a 20 de Junho desse ano. Padrinhos: João
Caetano Simões e esposa, Rosa Gonçalves, da Corga, Remoães. // Escreveu o
pároco: «… e condenei a mãe do batizando
na forma da Constituição por não mandar batizar em tempo…»
MARQUES,
Duardina Teresa. Filha de Manuel Joaquim Marques e de Manuela Igrejas, moradora
no lugar da Costa, Remoães. N.p. de Maria Benta Marques, lavradeira, remoalense;
n.m. de João Igrejas e de Maria Marinho, galegos. Nasceu a 31/7/1881 e foi
batizada a 4 de Agosto desse ano. Padrinhos: António Manuel Pires Teixeira e
sua mãe, Teresa Pires Teixeira, residentes na Vila de Melgaço.
MARQUES,
Escolástica Teresa. // Faleceu a 26/11/1843, no estado de casada, em consequência
de um tiro (!). Não morreu imediatamente, pois ainda teve tempo para se confessar
e receber a extrema-unção «porém não recebeu
o sagrado viático pelo não poder receber». Teve ofício de corpo presente
com assistência de oito sacerdotes.
MARQUES,
Guilherme Cândido. Filho de João Manuel Marques e de Teresa de Jesus Pires,
moradores em Cima de Vila, Remoães. N.p. de Joaquim Marques e de Rosa Antónia
Alves; n.m. de Matias Pires e de Maria Luísa Domingues, de Aldeia, Paderne.
Nasceu a 10/2/1826 e foi batizado a 12 desse mês e ano. Padrinhos: Guilherme
Cândido de Sousa e sua irmã, Miquelina de Sousa, da Quinta da Torre, Paderne.
MARQUES,
João Manuel. Filho de (Manuel Joaquim Domingues) e de Maria Benta Marques. Neto
materno de Joaquim Marques e de Maria Antónia Alves. Nasceu a 15/3/1824 e foi
batizado na igreja de Remoães a 17 desse mês e ano. Padrinhos: João Manuel Fernandes
e sua irmã, Maria Luísa Fernandes, do Cruzeiro de Remoães. // Morava na Vila
havia dois anos quando casou na igreja de SMP a 16/1/1859 com Plácida Antónia,
filha de Diogo Manuel Alves e de Rosa Maria Alves de Abreu, naturais de Chaviães.
Testemunhas da boda: Francisco Joaquim Alves, de Chaviães, irmão da noiva, e
Caetano Celestino de Sousa, da Vila, mordomo da igreja, ou sacristão. // Pai de
António César Marques, nascido em Chaviães em 1860, de Rosa Miquelina Marques,
nascida na Vila por volta de 1871, a qual casou com Manuel Maria Esteves, de
Chaviães, acabando seus dias no lugar do Escuredo, Chaviães, a 13/3/1923 (ver a
sua biografia na freguesia de Chaviães), de Arsénio, nascido em Chaviães em
1861, de Maria Joaquina, nascida em Chaviães em 1863, e também de Manuel
Joaquim (nascido na Vila – ver, na freguesia de Chaviães, António Joaquim Marques
e Cândida Augusta Alves). // Nota: João Manuel Marques antes de se casar gerara
em Teresa Pires Teixeira, de origem galega, salvo erro, mas moradora na Vila de
Melgaço, uma criança do sexo masculino, que nasceu a 26/7/1858, à qual deram o
nome de João Manuel (João Manuel Pires Teixeira), que em jovem emigrou para o
Brasil, onde conseguiu uma razoável fortuna; residia durante algum tempo na
Vila de Melgaço, chegando a ser algumas vezes presidente da Câmara Municipal de
Melgaço na I República, entre 1910 e 1926 (ver a sua biografia na Vila).
MARQUES,
Joaquim. // Faleceu a 4/3/1821, no estado de casado com Maria Antónia Alves, de
Remoães, e foi sepultado na igreja a seis desse mês.
MARQUES,
Joaquina. Filha de Ludovina Marques, doméstica, moradora em Cima de Vila,
Remoães. Nasceu por volta de 1862. // Faleceu a 18/5/1892, com 30 anos de idade,
no estado de solteira, no lugar da Lage, Remoães, e foi sepultada no cemitério
local.
MARQUES,
José Caetano. Filho de Leopoldina Rosa Marques, solteira, camponesa. Neto
materno de Manuel Joaquim Marques e de Ana Maria Monteiro, lavradores,
remoalenses. Nasceu em Remoães a 12/5/1891 e foi batizado na igreja paroquial a
16 desse mesmo mês e ano. Padrinhos: Caetano Marques (irmão do batizando?) e
Joana de Puga (Monteiro?), solteira, da freguesia de Santa Maria de Arbo,
Galiza. // Morreu a 6/8/1899.
MARQUES,
José Emídio. Filho de --------- Marques e de ---------------------------.
Nasceu em ----------, a --/--/192-. // Em 1938 fez exame do ensino primário na
escola de Remoães, com a professora Luísa Sampaio Fernandes, ficando aprovado
(NM 409).
MARQUES,
Júlia. // Casou com Eugénio, jornaleiro, natural de Valongo, Galiza. // O seu
marido morreu a 21/3/1903, no lugar da Igreja, Remoães, com todos os
sacramentos da igreja católica, no estado de casado, e foi sepultado no
cemitério desta freguesia de Melgaço.
MARQUES,
Júlio Augusto. Filho de Manuel Joaquim Marques e de Manuela Igrejas, moradores
no lugar da Costa, Remoães. N.p. de Maria Benta Marques, remoalense; n.m. de
João Igrejas e de Maria Marinho, da freguesia de Santa Maria de (Sande?),
(Santiago?), Espanha, todos rurais. Nasceu a 4/4/1874 e foi batizado na igreja
paroquial a 9 desse mesmo mês e ano. Padrinhos: António Júlio Esteves e esposa,
Mariana de Araújo, da Folia. // Casou na igreja de Alcântara, Lisboa, a 20 de
Novembro de 1904, com Gracinda dos Anjos, de 24 anos de idade, natural de
Lajeosa do Mondego, Celorico da Beira, filha de Maria Joaquina.
MARQUES,
Leopoldina Rosa. Filha de Manuel Joaquim Marques e de Ana Maria Monteiro,
moradores no lugar da Costa, Remoães. Neta paterna de Maria Benta Marques; neta
materna de João António Monteiro e de Luísa Maria Rodrigues. Nasceu em Remoães a
10/5/1851 e foi batizada na igreja paroquial no dia seguinte. Padrinhos: o padre Luís José Vaz e Carlota Teresa Monteiro, tia da
batizanda, todos remoalenses. // Faleceu em Remoães a 30/12/1945, com 94 anos
de idade. // Com geração.
MARQUES,
Manuel Augusto. Filho de ------------ Marques e de
-------------------------------. Nasceu a --/--/1---. // Em 1914 frequentava a
escola do sexo masculino de Remoães, tendo por professor José Caetano Gomes;
nesse ano, a 2 de Julho, foi fazer exame do 1.º grau (3.ª classe) à escola
Conde de Ferreira, Vila, obtendo a classificação de «suficiente» (Correio de Melgaço n.º 106, de 7/7/1914).
MARQUES,
Manuel Caetano. Filho de Manuel Francisco de Carvalho e de Iracema Ferraz
Monteiro. Nasceu em Remoães a --/--/1939. // (NM 433).
MARQUES,
Manuel Francisco. Filho de ------------ Marques e de
-----------------------------. Nasceu em Remoães a --/--/19--. // Faleceu no
Lar Pereira de Sousa, pertencente à SCMM, a --/--/2000. // (VM 1130, de 15/1/2000).
MARQUES,
Manuel Joaquim. Filho de Maria Benta Marques, moradora em Cima de Vila,
Remoães. Neto materno de Joaquim Marques e de Maria Antónia Alves. Nasceu a
7/8/1821 e foi batizado no dia seguinte. Padrinhos: padre Manuel Afonso e
Teresa Monteiro, da Folia. // Lavrador. // Casou na igreja de Remoães a
21/10/1849 com Ana Maria, filha de João António Monteiro e de Luísa Maria
Rodrigues, do lugar da Costa, Remoães. Testemunhas: António José Gonçalves e
João Mendes, solteiro. // Voltou a casar, no estado de viúvo, na dita igreja, a
26/6/1870, com Manuela, de 22 anos de idade, solteira, costureira, filha de
João Igrejas e de Maria Marinho, do lugar (ou rua) das Chufas, freguesia de Santa
Maria ……, Santiago, Galiza. Testemunhas: JAM, solteiro, e Mariano Rei,
solteiro, lavradores, remoalenses. // Faleceu a 14/3/1890, em sua casa do lugar
da Costa, Remoães, e foi sepultado no cemitério local. Deixou filhos. // Nota: o padre escreveu no assento de
óbito que ele tinha 75 anos de idade, mas isso não corresponde à verdade.
MARQUES,
Margarida. Filha de Joaquim Marques e de Maria Antónia Alves, lavradores. Nasceu
em Remoães por volta de 1796. // Faleceu em sua casa de Cima de Vila, a
13/4/1874, viúva de António Batista Cardoso, com 78 anos, e foi sepultada na
igreja.
MARQUES,
Maria Custódia. Filha de João Manuel Marques e de Teresa de Jesus Pires,
moradores em Cima de Vila. N.p. de Joaquim Marques e de Maria Antónia Alves, de
Remoães; n.m. de Matias Pires e de Maria Luísa Domingues, de Além, Paderne
(termo de Valadares). Nasceu a 19/1/1825 e foi batizada no dia seguinte.
Padrinhos: avô materno e tia materna, Maria José Pires.
MARQUES,
Maria José. Filha de Maria Benta Marques, solteira, residente em Remoães. Neta materna
de Joaquim Marques e de Maria Antónia Alves, galegos. Nasceu a 22/1/1832 e foi
batizada a 27 desse mês e ano. Padrinhos: Bernardo Pereira e esposa Joana,
remoalenses.
MARQUES,
Mariana Gertrudes. Filha de Joaquim Marques e de Maria Antónia Alves. //
Faleceu a 9/5/1805, com apenas quatro anos e quatro meses de idade, em
consequência de uma doença chamada bexigas.
MARQUES,
Narcisa Cândida. Filha de Maria Joaquina Marques, lavradeira, moradora em Cima
de Vila. N.m. de António Batista Cardoso e de Margarida Joaquina Marques, do
dito lugar. Nasceu a 8/2/1854 e foi batizada no dia seguinte. Padrinhos:
António Manuel Gomes da Rosa, viúvo, de Gondomar, Remoães, e Narcisa Cândida,
solteira, de Prado. // Faleceu a 3/4/1867, no lugar de Cima de Vila, e
foi sepultada na igreja.
MARTINS
MARTINS,
João Artur. Filho de Manuel Martins, de São Pedro da Torre, Valença, e de Maria
Duarte Franco, de Remoães, Melgaço. N.p. de João Martins e de Teresa da Cunha
Sotomaior; n.m. de João Duarte Franco e de Virgínia Monteiro. Nasceu em Remoães
ou Prado a 26/1/1935. // Faleceu a 6/12/1952.
MARTINS,
José Januário. Filho de Maria José Martins, solteira. N.m. de António Martins e
de Maria Rodrigues, caseiros na Quinta do Reguengo, Paderne. Nasceu a
11/12/1816 e foi batizado a 15 desse mês. Padrinhos: padre Diogo de Sousa, de Prado,
que o batizou na igreja de Remoães, com licença do pároco de Paderne, e
Áurea de Sousa, moradora na Quinta da Torre, Paderne.
MARTINS,
Manuel. Filho de Francisca Martins, costureira, de Gial, Paderne. Nasceu
por volta de 1806. // Lavrador. // Faleceu solteiro, a 14/9/1875, com 69 anos
de idade, em sua casa da Portela de Remoães, e foi sepultado na igreja.
MARTINS,
Maria Angélica. Filha de --------------- Martins e de ---------------------------------.
Nasceu a --/--/18--. // Casou com
----------------------------------------------------------. // Lê-se no Jornal
de Melgaço n.º 1285, de 18/4/1920: «Por
este Juízo e cartório do escrivão do terceiro ofício, Soares, nos autos de Execução
Hipotecária em que é exequente Bernardo José da Cunha Gonçalves, casado, desta
vila, e executados Maria Angélica Martins, viúva, e seu filho, do lugar da
Portela, freguesia de Remoães, correm editos de quarenta dias, citando Manuel
José Lamas, casado, ausente em parte incerta no Brasil, para no decêndio posterior
ao prazo dos editos, pagar, com os demais executados, a quantia de dois mil e
setecentos escudos, e juros que se liquidarem, sob pena de se proceder
imediatamente à penhora nos bens hipotecados, seguindo-se os demais termos.
Melgaço, 15 de Março 1920. Verifiquei: o juiz de direito – Manuel Morato. O
escrivão: Honório de Almeida Soares.» // No Jornal de Melgaço n.º 1294, de
27/6/1920, dá-se a informação de que no dia 25 de Julho de 1920, pelas doze
horas, à porta do tribunal judicial da comarca de Melgaço, ir-se-ia proceder à
arrematação de uma casa de morada sita no lugar da Portela, Remoães, avaliada
em 3.500$00. Lê-se no referido jornal: «este
prédio foi penhorado aos executados, Maria Angélica Martins, viúva, e filhos,
do lugar da Portela, freguesia de Remoães, na execução hipotecária que lhes
move Bernardo José da Cunha Gonçalves, casado…» E mais à frente: «sobre o prédio acima referido incide um ónus
de servidão a favor do prédio descrito na Conservatória do Registo Predial
deste concelho (…), pertencente a Manuel Bento Monteiro e mulher,
proprietários, do lugar da Quinta da Torre, freguesia de Paderne.»
MARTINS,
Virgínia da Paz. Filha de Manuel Martins, de São Pedro da Torre, Valença, e de
Maria Duarte Franco, de Remoães, Melgaço. N.p. de João Martins e de Teresa da
Cunha Sotomaior; n.m. de João Duarte Franco e de Virgínia Monteiro. Nasceu em Remoães
ou Prado a 8/3/1931. // Faleceu a 20/2/1948.
MELEIRO
MELEIRO,
Alfredo Augusto. Filho de -------- Meleiro e de -------------------------. Nasceu
em -----------, a --/--/192-. // Fez exame do 2.º grau em 1937 na escola de
Remoães, ficando distinto. // (NM 364).
MENDES
MENDES,
Agostinho José. Filho de Manuel Mendes e de Teresa Fernandes. Nasceu por volta
de 1788. // Lavrador. // Casou na igreja de Remoães a 7/1/1810 com Luísa Maria,
filha de Maria Alves, solteira. Testemunhas: Manuel António Fernandes, José
Fernandes, Luís Manuel Vaz e Joaquim da Cunha, todos remoalenses. // Faleceu a
9/6/1860, em Canle, Remoães, com 72 anos, viúvo de Maria Luísa Alves. // Deixou
dois filhos e uma filha.
MENDES,
Ana Maria Fernandes. // Faleceu a 12/10/1845, no lugar de Canle Remoães, e foi
sepultada na igreja no dia seguinte, com ofício de assistência de dez
sacerdotes. No dia catorze fizeram por sua alma mais dois ofícios, cada um de
dez padres.
MENDES,
Anatólia. Filha de Maria de Jesus Mendes, jornaleira, natural da freguesia de
Badim, concelho de Monção. Nasceu em Remoães, Melgaço, por volta de 1898. //
Faleceu no lugar de Canle, Remoães, a 4/2/1901, com apenas três anos de idade,
e foi sepultada no cemitério da localidade.
MENDES,
Damiana Joaquina. Filha de Agostinho José Mendes e de Luísa Maria Alves,
moradores em Remoães. N.p. de Manuel Mendes e de Teresa Fernandes, de Ferreiros,
Alvaredo; n.m. de Maria Alves, solteira, de Penso (!). Nasceu a 4/11/1817
e foi batizada a (?). Padrinhos: Bernardo Pereira e esposa, Joana Lourenço, de
Remoães. // Faleceu solteira, a 9/3/1846, em Canle, Remoães, de um forte ataque
que de repente lhe deu, e no dia seguinte foi sepultada na igreja, com ofício
de sete padres.
MENDES,
João. // Morreu a 25/3/1809, no estado de viúvo de Maria Gonçalves, de Canle,
Remoães, e foi sepultado na igreja no dia seguinte, em túnica de São Francisco.
// Fizera testamento. // Deixou cem missas pagas: dez por sua alma; vinte pelas
suas obrigações; cinco pelas almas das confrarias…
MENDES,
João António. Filho de Agostinho José Mendes e de Luísa Maria Alves, camponeses,
moradores em Remoães. N.p. de Manuel Mendes e de Teresa Fernandes, de Ferreiros,
Alvaredo; n.m. de Manuel Alves, de Prado, e de Maria Alves,
solteira, de Canle, Remoães. Nasceu a 30/3/1815 e foi batizado a 1 de Abril
desse ano. Padrinhos: João Ventura de Sousa e sua filha, Maria Inácia, de Cima
de Vila, Remoães. // Lavrador. // Faleceu solteiro, a 3/11/1893, em sua casa de
Canle, Remoães, e foi sepultado no cemitério. // Fizera testamento.
MENDES,
Manuel Joaquim. Filho de Agostinho José Mendes e de Luísa Maria Alves (*),
moradores em Remoães. N.p. de Manuel Mendes e de Teresa Fernandes, de Ferreiros,
Alvaredo; n.m. de Maria Alves, solteira, de Remoães. Nasceu a 30/1/1811
e foi batizado no dia seguinte. Padrinhos: Manuel Aires da Rocha, solteiro, e
sua irmã, Ana Joaquina, solteira, da freguesia de Alvaredo, termo de
Valadares. // Casou na igreja de Remoães, a 2/7/1846, com Maria Isabel Frei,
filha de Agostinha Garcia, da freguesia de Melão, bispado de Tui. Testemunhas:
A.M.G. da Rosa, viúvo, de Gondomar, Remoães, e José Luís de Sousa, viúvo, de
Cima de Vila. // Finou-se a 29/12/1864, em sua casa de Canle, Remoães, e foi
sepultado na igreja. // Não deixou filhos. /// (*) Essa senhora faleceu antes
do filho se casar.
MENDES,
Matias Joaquim. Filho de Agostinho José Mendes e de Luísa Alves, residentes na
Casa da Barronda, Remoães. N.p. de Manuel Mendes e de Teresa Alves, de Alvaredo;
n.m. de Manuel Alves, de Prado, e de Maria Alves. Nasceu em Remoães a
6/3/1824 e foi batizado na igreja a 12 desse mês e ano. Padrinhos: Matias de
Sousa, de Remoães, e sua esposa, Rosa, nessa altura a residirem na Vila de
Valadares.
MENDES,
Rosa Joaquina. Filha de Agostinho José Mendes e de Luísa Maria Alves, rurais, moradores
na Barronda, Remoães. N.p. de Manuel Mendes e de Teresa Fernandes, de Ferreiros,
Alvaredo; n.m. de Manuel Alves, da Breia, Prado, e de Maria
Alves, de Remoães. Nasceu a 7/6/1821 e foi batizado no dia seguinte. Padrinhos:
Joaquim Fernandes e Rosa Joaquina Mendes, ambos de Alvaredo. // Faleceu
solteira, a 7/10/1891, de repente, em sua casa de Canle, Remoães, e foi sepultada
no cemitério. // Sem geração.
MENESES
MENESES,
Joana. // Faleceu a 5/9/1818, casada com Agostinho de Sousa e Castro, morgado
da Quinta do Pombal, Remoães, e foi sepultada na igreja no dia seguinte, em
hábito de São Francisco. // Fizeram por sua alma três ofícios de vinte padres
cada um. // Deixou testamento.
*
MIGUEL
JOSÉ. // Apareceu na Ponte da Folia, Remoães, a 7/9/1820, e foi batizado na igreja
de Remoães no dia seguinte. Padrinhos: Miguel Rocha e sua cunhada, Ana
Gonçalves, de Gondomar.
MOLOGÃO
MOLOGÃO,
Bento. Nasceu na província das Astúrias, Espanha. // Faleceu viúvo, a 8/8/1856,
em Remoães, onde morava há anos, na classe de mendigo. // Foi sepultado na
igreja no dia seguinte, com ofício de sepultura.
MONTEIRO
MONTEIRO,
Adelaide Procópia. Filha de Ana Joaquina Monteiro, jornaleira, moradora no
lugar da Portela, Remoães. Neta materna de Agostinho José Monteiro e de Isabel Maria
Domingues, do dito lugar. Nasceu a 28/12/1844 e foi batizada a 31 desse mês e
ano. Padrinhos: o padre Manuel António Gonçalves, da Lage, e Teresa Teixeira,
do lugar da Costa. // Lavradeira. // Faleceu a 27/12/1908, em sua casa de
morada, sita no lugar da Portela, freguesia de Remoães, com todos os
sacramentos da igreja católica, no estado de casada com Manuel Joaquim
Lourenço, sem testamento, com filhos, e foi sepultada no cemitério local.
MONTEIRO,
Adriano Augusto. Filho de Constantino Monteiro e de Mariana Moure, lavradores.
N.p. de Maria Rita Monteiro, solteira, da Portela de Remoães; n.m. de António Francisco
Moure e de Maria Joaquina Exposta, de Canle. Nasceu a 18/11/1884 e foi batizado
a 22 desse mês. Padrinhos: Bento Manuel Monteiro, casado, da Quinta da Torre, Paderne,
e Aurélia Mosqueira, solteira, moradora na Lage, Remoães.
MONTEIRO,
Agostinho José. // Morreu a 5/7/1820, na Portela de Remoães, e foi sepultado na
igreja no dia seguinte, em hábito de São Francisco.
MONTEIRO,
Amália de Jesus. Filha de Constantino Inácio Monteiro, lavrador, e de Mariana
Moure, ambos remoalenses, moradores no lugar de Canle. Neta paterna de Maria
Rita Monteiro, solteira; neta materna de António Francisco Moure e de Maria
Joaquina Exposta, lavradores. Nasceu em Remoães a 26/8/1900 e no dia seguinte
foi batizada na igreja paroquial. Padrinhos: Francisco Luís Monteiro, solteiro,
lavrador, e Amália de Jesus, solteira, costureira, ambos remoalenses. // Casou na
CRCM a 10/7/1925 com Lindolfo Gonçalves, de 24 anos de idade, natural de
Paderne, filho de Justino Gonçalves e de Angelina Rodrigues. // Faleceu na
sua freguesia de nascimento a 19 de Dezembro de 1975.
MONTEIRO,
Ana Joaquina. Filha de Agostinho José Monteiro e de Isabel Maria Domingues, rurais,
moradores em Remoães. N.p. de Manuel Monteiro e de Catarina Domingues, da Lage;
n.m. de Josefa Antónia de Passos, da Portela de Remoães. Nasceu a 13/6/1815 e
foi batizada a 16 desse mês. Padrinhos: João Ventura de Sousa, de Remoães,
residente em Prado (por ali ter comprado uma casa), e a Senhora da
Conceição. // Camponesa. // Faleceu solteira, a 14/4/1882, em sua casa da Portela
de Remoães, e foi sepultada no cemitério local. // Deixou filhos. // Nota: lê-se no assento de óbito que ela
morreu com 60 anos de idade (!).
MONTEIRO,
Ana Maria. Filha de João António Monteiro e de Luísa Maria Rodrigues, moradores
no lugar da Costa. N.p. de António Monteiro e de Luísa Vaz, de Remoães; n.m. de
Estêvão Rodrigues e de Rosa Soares, do Cruzeiro, S. João de Sá, Valadares.
Nasceu a 27/8/1822 e foi batizada a 30 desse mês. Padrinhos: Miguel Caetano Vaz
Torres, de Remoães, e Ana Maria Rodrigues, do Cruzeiro, São João de Sá. //
Lavradeira. // Faleceu a 3/5/1868, em sua casa do lugar da Costa, Remoães,
casada com Manuel Joaquim Marques, e foi sepultada na igreja. // Deixou filhos.
MONTEIRO,
Antónia. // Faleceu viúva, a 26/11/1840, sem fala, em Gondomar, Remoães, e foi
sepultada na igreja a 27, com ofício de dez padres, conforme o deixou
determinado em seu testamento.
MONTEIRO,
António. // Faleceu a 30/1/1813, no lugar da Costa, Remoães, viúvo de Luísa
Vaz, e foi sepultado na igreja no dia seguinte, em hábito de S. Francisco.
MONTEIRO,
António. // Morreu no estado de solteiro, a 17/10/1851, subitamente, privado de
todos os sentidos, no lugar da Costa, Remoães, e foi sepultado na igreja no dia
seguinte, com ofício de corpo presente de 32 sacerdotes; no dia 20 fizeram, por
sua alma, mais dois ofícios, cada um de quinze eclesiásticos.
MONTEIRO,
António. Filho de Maria Albina Monteiro, solteira, do lugar da Portela de
Remoães. Neto materno de Ana Monteiro, do dito lugar e freguesia. Nasceu em
Remoães a 10/4/1896 e foi batizado na igreja paroquial a 14 desse dito mês e
ano. Padrinhos: Luís Monteiro e Virgínia Monteiro, solteiros, irmãos do
batizando.
MONTEIRO,
António Joaquim. Filho de Domingos (Dumas?) e de Clara Maria Monteiro,
lavradores, residentes em Remoães. Nasceu em Santa Marta, Viana do Castelo, por
volta de 1802. // Lavrador. // Morreu no estado de solteiro, em sua casa do
lugar da Costa, Remoães, a 24/7/1870, com cerca de 68 anos de idade. // Fizera
testamento.
MONTEIRO,
António Joaquim. Filho de Constantino Monteiro e de Mariana de Francisco Moure,
residentes em Canle. N.p. de Maria Rita Monteiro; n.m. de António Francisco
Moure e de Maria Joaquina Exposta, todos lavradores. Nasceu a 30/1/1879 e foi
batizado a 4 de Fevereiro desse ano. Padrinhos: o avô materno e Maria Joaquina
da Armada, solteira, camponesa, de Remoães. // Morreu a 2/6/1884, com apenas
cinco anos de idade, em casa dos pais, sita em Canle, Remoães.
MONTEIRO,
António Joaquim. Filho de ----------- Monteiro e de ------------------------------.
Nasceu em Remoães a --/--/189-. // Fez exame do 1.º grau a 18/7/1908, obtendo
um «ótimo».
MONTEIRO,
António Luís. Filho de Agostinho José Monteiro e de Isabel Maria Domingues. Nasceu
em Remoães por volta de 1802. // Faleceu em casa dos pais, a 15/8/1805, com
apenas três anos de idade.
MONTEIRO,
António Luís. Filho de Agostinho José Monteiro e de Isabel Maria Domingues,
moradores em Remoães. N.p. de Manuel Monteiro e de Catarina Domingues; n.m. de
Josefa Antónia de Passos. Nasceu a 6/8/1806 e foi batizado a 10 desse mês e ano.
Padrinhos: António Luís de Araújo e esposa, Maria Rosa Rodrigues, da Gaia, São
Paio. // Lavrador. // Faleceu solteiro, a 23/9/1863, na sua casa do lugar
da Costa, Remoães, e foi sepultado na igreja no dia seguinte, com ofício de
corpo presente, de assistência de oito sacerdotes.
MONTEIRO,
Armando José Ferraz. // Casou na igreja de Remoães a --/--/1932 com Alinda do
Céu Silva (NM 175, de 4/12/1932).
MONTEIRO,
Augusto Cândido. Filho de Maria Albina Monteiro, solteira, camponesa, moradora
em Remoães. Neto materno de Ana Joaquina Monteiro, solteira, rural, remoalense.
Nasceu a 27/9/1871 e foi batizado dois dias depois. Padrinho: padre Aureliano Augusto de Sousa, da Quinta da Torre, Paderne.
// Era solteiro, jornaleiro, morava no lugar da Quinta da Torre, quando casou na
igreja do mosteiro de Paderne a 25/7/1897 com Maria de Jesus Gonçalves Ferraz, de
23 anos de idade, solteira, doméstica, natural de Paderne, onde residia,
no lugar da Portela, filha de José Bento Gonçalves Ferraz, sapateiro, e de
Maria do Rosário da Mota Manso. Testemunhas: Francisco Manuel Fernandes,
casado, lavrador, residente no lugar da Igreja, e Francisco António Rodrigues
de Morais, casado, oficial de diligências, morador no lugar da Portela, ambos
os lugares da freguesia de Paderne. // Morou no lugar de Gondomar, Remoães. // Foi
nomeado para servir nas causas-crime durante o segundo semestre de 1913 (Correio de Melgaço n.º 56, de 6/7/1913). // Morreu a 6/1/1918; por sua morte foi citado seu filho
José, solteiro, menor, púbere, ausente em parte incerta do Brasil (Jornal de Melgaço n.º 1216, de 27/7/1918). // A sua viúva finou-se a 15 de Abril de 1957, com 83
anos de idade. // Pai de Prazeres da Ascenção (nasceu em 1909 e faleceu a
27/11/1919); de Armando José (nasceu em 1910 e casou a 12/12/1932 com Arlinda
do Céu, filha de António da Silva e de Ludovina Rosa Dantas); de Iracema (casou
a 5/9/1947 com Manuel Francisco, filho de Caetano Carvalho Marques e de Carmen
Gonçalves); de Maria da Glória (nasceu em 1914); e de Eduardo Augusto (nasceu a
20/9/1916). // Irmão do sargento Luís Monteiro.
MONTEIRO,
Bento Manuel. Filho de Ana Joaquina Monteiro, camponesa, moradora na Portela de
Remoães. Neto materno de Agostinho José Monteiro e de Isabel Maria Domingues.
Nasceu a 15/10/1848 e foi batizado três dias depois. Padrinho: Vitorino Inácio
Monteiro, solteiro, primo do neófito, do dito lugar. // Professor. // Casou na
igreja de Remoães a 22/1/1874 com Esménia Petronila, de 31 anos de idade,
costureira, filha de Francisco José Gonçalves e de Miquelina Luísa de Sousa e Castro,
da Quinta da Torre, Paderne. Testemunhas presentes: Bernardo António de
Sousa e Castro, casado, rural, e JAM, solteiro. // Tinha 32 anos de idade,
estava viúvo de Esménia Petronila, quando voltou a casar, na igreja de Remoães,
a 9/1/1881, com Maria José, de 21 anos de idade, filha de Vitorino José de
Sousa Lobato, de Paderne, e de Maria Benedita Durães, de Gondomar, Remoães,
lavradores. Testemunhas presentes: JAM e João Batista Gonçalves, casado. //
Gerou filhos em ambas as esposas (ver a sua descendência em Paderne). // Morreu
a 3/2/1925, repentinamente. // Nota:
deve ser o mesmo senhor que foi jurado pela freguesia de Paderne no 2.º semestre
de 1907. // continua...
Sem comentários:
Enviar um comentário