OS NOVOS LUSÍADAS
Por Joaquim A. Rocha
A Morte de Otelo
87
Graças
ao rijo, valente Otelo,
Na
altura um militar de carreira,
Pedindo
ao deus Thor o seu martelo,
A
Hércules a sua força inteira,
O
vil regime cai como farelo,
Ou
bêbado depois da bebedeira.
Gizara
plano com arte, ciência,
Revelando
alta inteligência.
87-A
Da
“toca” traça o rumo da nação,
Dá
instruções, assume alto comando,
Tal
Júlio César, Napoleão,
Seu
cérebro em ondas fervilhando,
Envolto
em fúrias de furacão,
Pelo
bem do seu povo vai lutando.
Seu
exemplo não será esquecido,
Pois
tal como um rei já foi ungido.
87-B
Expulsou
do trono o vil tirano,
Um
regime cruel, sem liberdade,
Filho
de Salazar e de Caetano,
Alimentado
de ódio, não verdade;
Montado num fortíssimo garrano,
Voando
no tempo-eternidade.
Chamar-lhe-emos
o libertador
Da
pátria, da guerra, e da dor.
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