FERREIRA DA SILVA
(Um Melgacense do Coração)
Casa fidalga do Rio do Porto |
Ficha técnica
Título: Ferreira da Silva (um melgacense do coração)
Autor – Joaquim A. Rocha
Capa – foto extraída do Notícias de Melgaço
Execução gráfica –
Tiragem –
Depósito legal –
ISBN –
Data de edição – 2021
Correio eletrónico: joaquim.a.rocha@sapo.pt
Blogue: Melgaço, Minha Terra
Telemóvel: 965815648
*
Obras do autor
Obras a publicar
Poemas
do Vento
Sonetos
do Sol e da Lua
Quadras
ao deus dará
Escritos
Sobre Melgaço
Entre
Mortos e Feridos (romance)
Lembranças
Amargas (romance)
Gentes
do Concelho de Melgaço (biografias)
Dicionário
Enciclopédico de Melgaço
A
Minha Vida em Imagens
A
minha religião e outros escritos
Auto
da Palina
Frágeis
Elos (2.ª edição)
Melgaço:
padres, monges e frades
Escritores
e Investigadores Melgacenses (e afins)
Sob
o Signo do Azar
Obras publicadas
Livros
Frágeis
Elos (uma história familiar)
Dicionário
Enciclopédico de Melgaço (I e II volumes)
Lina
– Filha de Pã (romance)
Os
Meus Sonetos e os do frade
Os
Novos Lusíadas (…) - 2018
Melgacenses
na I Grande Guerra (…)
(em parceria com Walter Alves) - 2018
Separatas
A
Origem de Algumas Famílias Melgacenses
A
Febre Tifoide e os seus Protagonistas
Tomás
das Quingostas (200 anos do seu nascimento)
A
Provável Origem de Melgaço e Paderne
Prefácios nos seguintes livros de José A. Cerdeira e do Dr. Augusto
César Esteves:
Tomaz
das Quingostas (JAC)
O
Buraco da Serpe (JAC)
A
Adversidade por Madrasta (JAC)
O
Sonhador dos Montes da Aguieira (JAC)
Nas
Páginas do Notícias de Melgaço (ACE)
Colaborações
No
Boletim dos Serviços Sociais da CGD
No
Boletim Cultural da Câmara Municipal de Melgaço
No
jornal «A Voz de Melgaço»
No
jornal «Fronteira Notícias»
Artigo
sobre o santuário da Peneda no livro Lugares Sagrados
de Portugal I, editado pelo Círculo de
Leitores em 2016.
Prefácio
O que nos
surpreende em Ferreira da Silva é a sua versatilidade, a sua capacidade de se
movimentar em vários terrenos, arenosos ou cheios de pedregulhos, e em outros
menos agrestes; seu saber ou quase saber, o seu bom domínio da língua
portuguesa, tornam-no um pedagogo, um professor, um cientista. Debruça-se sobre
variadíssimos temas, aponta erros a técnicos ou candidatos a técnicos, escreve
sobre isto e aquilo, e salvo raras exceções não mete o pé na argola, isto é,
sai-se bem do assunto que descreve.
As suas
habilitações literárias não devem ultrapassar o antigo sétimo ano do liceu; no
entanto, adquiriu através de imensas leituras, e também da experiência,
conhecimentos que lhe permitiam escrever os seus artigos jornalísticos com um
à-vontade surpreendente. Criticava a Câmara Municipal pelos inúmeros erros que
ia cometendo, denunciava a demora na construção de escolas para o ensino
primário, a má remuneração dos professores, a falta de civismo, de higiene, de
falta de respeito; tentava defender os lavradores, cujos rendimentos eram
escassos tendo em conta tanto trabalho para produzir meia dúzia de pipas de vinho,
uns alqueires de milho, algum centeio, etc. Enfim, era um verdadeiro homem de
ação. Embora prudente, politicamente arriscava, mas ao mesmo tempo tinha a
noção de que escrever e publicar em um simples jornal concelhio não era a mesma
coisa que escrever e publicar em um jornal nacional. O que se dizia em Melgaço
raramente saía do concelho, o regime pouco ligava a isso; não é por acaso que
por aqui não havia presos políticos. Os antigos republicanos melgacenses,
defensores de uma certa democracia, não se metiam com o governo de Salazar,
pelo contrário, por vezes, até colaboravam! Os interesses pessoais e coletivos,
o bem-estar, inibem o ser humano; alguns arriscam, mas poucos.
Ferreira da Silva
foi de certo modo prejudicado com a ditadura militar e o Estado Novo, mas soube
sempre gerir a sua vida, vivendo bem, sem nada lhe faltar. Casou com uma jovem
melgacense, filha de comerciantes ricos, teve geração, a quem proporcionou um
belo futuro, morou em um solar de antigos fidalgos, os Cunha Araújo, foi considerado
por todos, a PIDE nunca o incomodou, que se saiba, conquistou a amizade e o
respeito da classe média e alta da Vila de Melgaço, e também de outras partes
onde residiu.
A este livro vai
faltar alguns dos artigos por ele escritos no jornal “Melgacense”; este jornal,
semanário salvo erro, dorme sossegado no Arquivo Municipal do Porto. Devido a
determinadas circunstâncias é-me quase impossível lá ir. Esperemos que algum
investigador se interesse por esta figura e complete este texto, deveras
importante para a história do concelho de Melgaço. A Câmara Municipal tem feito
algum trabalho nesta área, com a publicação de livros, ou apoiando
financeiramente a sua edição, o Boletim Cultural, já com dez números editados.
Ultimamente está mais concentrada em documentários cinematográficos, o que
também é útil e interessante. A Casa da Cultura, quanto a mim, devia situar-se
no Centro da Vila, na zona histórica talvez, perto do Museu do Cinema. O
edifício da antiga cadeia não é o ideal para tal fim; adaptou-se, é certo, mas
nunca satisfez completamente. O Arquivo Municipal tem o seu espaço no edifício
da Câmara; devido à afluência de documentos (da SCMM, etc.) é provável que
dentro de algum tempo os metros quadrados que ocupa sejam insuficientes. Façamos
votos para que Melgaço cresça em população e em cultura, pois um povo
semianalfabeto é como uma planta murcha.
Pequena biografia
SILVA, Ernesto Viriato (*). Filho de Maria Beatriz Ferreira
da Silva (**), solteira, doméstica, natural da freguesia de São Vítor, Braga,
moradora na freguesia da Sé Primaz, da mesma cidade. Nasceu na freguesia da Sé,
Braga, a 27/12/1893. // Estudou no liceu, filiando-se na Liga Académica
Republicana e no Centro Republicano Dr. Manuel Monteiro. // Veio para Melgaço,
transferido de Cabeceiras de Basto, a fim de chefiar a secção de finanças deste
concelho, substituindo assim Luís de Passos Viana, que fora transferido para
Valença, tomando posse a um sábado, -- de Março de 1918; essa posse foi-lhe
conferida pelo aspirante de finanças, Manuel José da Costa (ver Jornal de Melgaço n.º 1197, de 2/3/1918, e Jornal de Melgaço
n.º 1199, de 16/3/1918).
Aqui, no concelho
de Melgaço, casou a 21/9/1918 com Maria Margarida, de 23 anos de idade,
solteira, natural da Vila de Melgaço, filha de António Joaquim Esteves e de
Ludovina da Glória Álvares de Barros, comerciantes no lugar da Loja Nova.
Testemunhas: José dos Anjos Pereira Valente, casado, capitão do exército, e
Luciana Marcela, solteira, professora da instrução primária, ambos da capital
do Minho. // Em Melgaço moraram posteriormente no antigo solar dos fidalgos Cunha
Araújo, sito no Rio do Porto, que ele comprara (com dinheiro emprestado por seu
sogro, certamente). // Juntamente com Hermenegildo José Solheiro, Dr. António
José Joaquim Barros Durães, e professor Abel Nogueira Dantas, fundou, a
21/2/1926, o semanário “O Melgacense”, do qual assumiu a direção.
Foi governador
civil de Viana do Castelo de 1925 a 1926, mas devido a problemas de ordem
política, e por ser filiado no Partido Democrático, foi preso e julgado como
comparticipante do “Movimento de 3/2/1927”, demitido do cargo, sendo-lhe fixada
residência em Sines, de onde regressou a 17/6/1928. // Como perdeu o emprego
nas Finanças, em 1929 teve de ir trabalhar na Companhia Hidro Elétrica do
Varosa, onde foi delegado gerente (1939); em
1940 já era diretor.
*
Lê-se no Notícias
de Melgaço n.º 3, de 3/3/1929: «Paderne, 22/2/1929. De todos os leitores do Notícias de
Melgaço é sabido que terminou a sua publicação neste concelho o jornal
“Melgacense”, do qual foi muito digno diretor político o nosso amigo Sr.
Ernesto Viriato da Silva. Determinou a sua suspensão, ainda que
provisoriamente, a saída daquele nosso amigo do cargo que ocupava, para ir,
como já foi, exercer outro, não menos espinhoso, qual é o de diretor dos
serviços administrativos da Companhia Hidroelétrica do Varosa, fixando a sua
residência na Régua, como participou aos seus amigos, e aonde ofereceu os seus
serviços, que podem ser muito valiosos, como sempre. Àquele semanário
“Melgacense” deu aquele nosso amigo o melhor do seu esforço, do seu cérebro, da
sua atividade, enfim, da sua preclara e lúcida inteligência. Amigos como somos,
fui correspondente daquele semanário, a seu pedido, e por isso mesmo senti
muito a sua saída porque se nos confrange a alma sempre que vemos desaparecer
do convívio da sua família, que o adora, e dos seus numerosos amigos, que o
estimam, homens como Ferreira da Silva. Tivemos ocasião de conhecer muito de
perto os predicados que lhe exornam o seu caráter impoluto, a nobreza da sua
alma; e, porque lhe não foi possível despedir-se de nós pessoalmente, daqui lhe
enviamos um efusivo abraço, e as nossas mais sinceras saudações.» //
Manuel
N. do Outeiro.
*
Nos seus tempos
livres inscreveu-se no Clube dos Fenianos, chegando a presidente em 1939. //
Foi secretário do Ateneu Comercial do Porto de 1940 a 1944. // Por eleições
havidas em 1945, ascendeu ao lugar de presidente da Associação dos Bombeiros
Voluntários do Porto. // No “Notícias de Melgaço n.º 755, de 4/11/1945, pode
ler-se uma entrevista sua, concedida a Vasco Gama de Almeida.
Lê-se
no Notícias de Melgaço n.º 1427, de 25/2/1962: «Por a doença o ter enlaçado num
forte e inusitado amplexo de mau querer, recolheu ao leito já há dias o nosso
querido amigo, senhor EVPFS que, por conselhos da medicina, não pode nem deve
nesta altura ser incomodado pela visita afetuosa dos seus muitos amigos.
Sabemos contudo estarem-se acentuando as suas melhoras, e oxalá bem cedo seja
visto por todos nas ruas desta vila completamente bom.»
Lê-se
no Notícias de Melgaço n.º 1430, de 25/3/1962: «Completamente
restabelecido da doença de que foi acometido, há pouco tempo tivemos já o
prazer de ver numa das ruas desta vila o nosso prezado amigo senhor Ernesto dos
Passos Ferreira da Silva. Com os seus muitos amigos se congratula Notícias de Melgaço
pois este nosso amigo é dos tais que ainda faz muita falta à nossa terra.»
«O
abaixo-assinado, na impossibilidade de o fazer pessoalmente e, ainda, no bom
desejo de suprir faltas inevitáveis, usa deste meio para exprimir o seu
profundo e indelével agradecimento às inúmeras pessoas e amigos que se dignaram
significar-lhe a sua amizade e estima, informando-se, visitando-o, ou
interessando-se, de qualquer modo, pelo seu estado de saúde durante o período
evolutivo da sua doença. Melgaço, 23/3/1962.» EVPFS
*
A partir do
número 1460, de 3/2/1963, torna-se diretor do “Notícias de Melgaço”. Escreveu
então o artigo, ao qual deu o nome de APRESENTAÇÃO: «É de uso no exercício de qualquer
cargo ou função diretiva pronunciar ou escrever algumas palavras ao jeito de
apresentação. Ao assumir a direção do Notícias de Melgaço, missão para a
qual fomos solicitados, insistentemente, por amigo muito querido (*), quase
irmão, dedicado e fanático defensor dos interesses desta linda terra, cultor e
cantor autorizado das suas belezas e fastos notáveis, não deixaremos de seguir
a tradição: dizer aos nossos estimados e amáveis assinantes e leitores quem
somos e ao que vimos. // Não nos parece descabido, neste momento, lembrar a uns
e informar a outros que, durante largo período de tempo, orientamos e dirigimos
o semanário Melgacense, antecessor de Notícias de Melgaço, ao qual imprimimos
um aspeto gráfico moderno e nas suas colunas tratamos, o melhor que soubemos,
dos problemas e das questões mais urgentes ligadas a este concelho. // De entre
outros recordamos a campanha sobre a extensão da linha do Minho e consequente
ligação ferroviária a Melgaço, libertando o nosso concelho da dependência
vexatória e intolerável do vizinho concelho de Monção. Vão passados cerca de
trinta e oito anos! Valerá a pena recordar?! Por agora diremos simplesmente que
estamos satisfeitos, cumprimos o nosso dever; tratamos com firmeza, emoção e
bairrismo dos assuntos de atualidade e interesse melgacense. Com paixão ou fria
determinação e sempre com elegância e boa educação. As questões gerais ou
locais, mesmo quando levadas ao terreiro da polémica, tratam-se com boas razões
e inteligente argumentação; no fim e ao cabo todos temos o dever de pugnar,
obstinadamente, pela grandeza material e moral da terra a que estamos ligados
pelo nascimento ou pelo coração. «A missão é de paz e união.» Isto não
significa renúncia, vistas as coisas sob qualquer ângulo e em todas as
dimensões. Todos os que nos conhecem sabem que por temperamento e por
dignidade, nunca viramos a cara a quem quer que seja; somos dotados de espírito
combativo e ânimo de lutador. Porém, só compreendemos a luta quando servida
pelo mais puro idealismo, por tudo quanto é digno, por tudo quanto é nobre, por
tudo quanto de direito e de justiça nos cabe reclamar e defender. Todos juntos
somos poucos para desenraizar a nossa terra do entorpecimento, do marasmo e do
atraso em que vive, e para a encaminhar na senda do progresso e do
engrandecimento a que tem direito incontestável. Ninguém se ofenda com a
crítica que reputamos indispensável na campanha que se impõe; crítica
construtiva, evidentemente, ao que está mal, aos que não sirvam com
honestidade, acerto e dedicação, a tudo o que por preguiça, incompetência,
imprevidência ou por medo deixe de fazer-se. // Somos contra o comodismo, a
imoralidade, o devorismo, o não te rales, os avanços e recuos de caracol, as
inversões de caranguejo; somos contra os interesses particulares quando lesem
ou prejudiquem o bom andamento do interesse geral e contra as manifestações da
vaidade, da teimosia e da inconsciência criminosa dos que não fazem nem deixam
fazer. Nisto somos um inconformista. Um inconformista sem medo. Por outro lado,
não regatearemos aplausos a toda a atuação útil, venha de que setor vier, a
toda a obra generosa de humanidade, de beneficência e de caridade, a todas as
iniciativas ponderadas e detidamente estudadas em prol do progresso material e
do bem-estar dos melgacenses. E ficamos por aqui; para apresentação o que
deixamos dito, basta. Resta-nos saudar muito fraternalmente todos os
melgacenses, sem distinção, a imprensa de todo país e sobretudo a do nosso
concelho.» // F.S. /// (*) Trata-se do Dr. Augusto César Esteves.
*
Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 1460, de
3/2/1963: «Está de parabéns a redação do Notícias de Melgaço
por haver escolhido para diretor do semanário o senhor Ernesto Viriato P.
Ferreira da Silva, esse homem que é melgacense pelo coração e já ganhou as
esporas de ouro do jornalismo local à frente do “Melgacense”. Isso é garantia
do programa do Notícias ainda hoje se cifrar nas poucas palavras escritas em
1961, razão bastante para as não recordar aqui.»
*
Lê-se no Notícias
de Melgaço n.º 1460, página 4, o seguinte artigo do professor Ascensão Afonso: «NOVO DIRETOR. Apresenta hoje “Notícias de Melgaço” novo nome no seu cabeçalho. É o
nome prestigioso de um homem a quem sobra a experiência e em quem abundam a
inteligência e todas as outras qualidades capazes de darem prestígio a uma
instituição ou a um jornal. Não comungamos de todas as ideias do novo Diretor do
“Notícias” mas nem por isso deixamos de tributar-lhe toda a estima e toda a
admiração que nos merece uma pessoa que, sem abdicar dos seus sentimentos, sabe
respeitar os dos outros. A tolerância e a compreensão são qualidades que muito
se apreciam e que distinguem as pessoas superiores. A nova etapa que “Notícias
de Melgaço” hoje inicia há de ser, sem dúvida, benéfica para esta terra, tão
falha de valores e tão rica de maldizentes. Confiamos no amor bairrista do
Senhor Ernesto Viriato dos Passos Ferreira da Silva e felicitamos “Notícias de
Melgaço” pela feliz escolha do novo Diretor. Ao querido Amigo desejamos os
maiores triunfos e que estes redundem também em benefício da terra.» // Ascensão Afonso.
*
Notícias
de Melgaço n.º 1462, de 17/2/1963: «Na Alvorada de um Novo Ano. Com o presente
número o Notícias de Melgaço entra festivamente no 35.º ano da sua existência.
Mais um ano se inicia com este número; de harmonia com a praxe estabelecida, aqui
vimos saudar os nossos queridos conterrâneos e prezados assinantes em especial,
os leitores em geral, os dedicados colaboradores, enfim, todos quantos têm
auxiliado desinteressadamente a regular publicação deste semanário que, de
cabeça erguida, progride e vive honradamente dos seus próprios meios. Ao
acolhimento e simpatia do público melgacense, sobretudo dos nossos assinantes,
se deve, apesar de todas as dificuldades, o triunfo da sobrevivência do nosso
jornal. É pois com grande júbilo que saudamos a alvorada de mais um ano de
existência e, com o mesmo entusiasmo, a mesma confiança e a mesma fé de sempre
prosseguiremos na rota vitoriosa de converter o Notícias de Melgaço em elo da
cadeia que une o passado ao presente e ao futuro deste lindo rincão, em ordem a
fomentar o amor que todos os melgacenses têm à sua terra – segredo e fonte do
nosso sadio bairrismo. Neste dia de aniversário, sem reclamos, sem barulho,
modesta mas devotadamente, cumprimos com alegria o dever que nos cabe de
exprimir os mais ardentes votos para que aqui se continue a enaltecer e a
honrar a terra de Santa Maria, prezando a sua história, prestando homenagem e
culto aos seus homens ilustres, e dando o devido valor aos bens superiores do
espírito. Manteremos, pois, acesa em nossas mãos este FACHO de amor bairrista
melgacense e esperamos um dia transmiti-lo, assim bem vivo, a quem mais
exaltada e firmemente possa e queira empunha-lo. // F.S.
*
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