DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO DE MELGAÇO
Por Joaquim A. Rocha
// continuação de 15/03/2021
ROUBOS
(1962) – Lê-se no
Notícias de Melgaço n.º 1430, de 25/3/1962: «A
MALTA SAIU DE NOITE. No sábado de manhã, mal se começaram a abrir as portas das
casas, percorreram a vila com rapidez rumores consistentes de ladrões atrevidos
terem tentado assaltar o estabelecimento comercial do senhor José Maria
Pereira, na Rua da Calçada. Felizmente, porém, como alguém da família estivesse
acordado àquela hora, pressentisse os ratoneiros no seu trabalhinho e gritasse
contra eles, logo os da malta abandonaram o servicinho e fugiram. Soube-se
depois que um pequeno estabelecimento do Rio do Porto pagou as forças gastas na
corrida, pois foi a vítima sacrificada à sede do ouro por a malta aí ter feito
das suas já que se não pôde locupletar na Calçada. Ora aqui está um serviço que
a Guarda Nacional Republicana deve tomar a seu cargo: vigiar a área da Vila até
se restaurar a confiança do burgo pelo menos.
(1962) – Lê-se no
Notícias de Melgaço n.º 1444, de 19/8/1962: «Assaltos nocturnos. A Guarda Nacional Republicana do
posto da Vila de Melgaço já tomou conhecimento dos assaltos que atrevidos
gatunoides fizeram ao estabelecimento comercial do senhor José Domingues
Baptista, no lugar da Costa, freguesia de São Paio, e um pouco mais acima, à
casa do senhor Augusto Meixeiro, onde procuraram entrar por uma janela. Àquele
furtaram fazendas, mercearias e presuntos, tudo no valor aproximado a treze
contos de réis; e a este, por ter acordado no momento preciso do assalto, e os
haver interpelado, nada roubaram, mas mimosearam-no com uns quatro tiros de
arma de guerra. Aguarda-se e espera-se o bom resultado das diligências já
encetadas pela autoridade.»
No dito
número do “Notícias de Melgaço” podemos ler: «Declaração:
José Domingues Baptista, do lugar da Costa, da freguesia de São Paio, declara
que em virtude de sua casa ter sido assaltada por atrevidos meliantes, de onde
lhe furtaram diversos artigos, bem como o carimbo da sua casa comercial, não se
responsabiliza por qualquer documento que tenha o seu carimbo. São Paio,
13/8/1962.»
(1962) – Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 1445, de 26/8/1962: «No
passado dia 19 audaciosos larápios infiltraram-se na casa do senhor Amadeu
Rodrigues (Portela), morador no lugar da Pigarra, desta vila, e daí lhe
furtaram dois presuntos. Embora fosse apresentada queixa no posto da Guarda
Nacional Republicana ainda não foi possível descobrir-se o autor, ou autores,
da triste proza…» // continua...
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