AS ANEDOTAS DO TI JAQUIM
Por Joaquim A. Rocha
O presidente de um país da América do Sul, de
seu nome Pablo Verde, falou ao telefone com o primeiro-ministro português,
dizendo-lhe:
- Ó Cuesta, estou zangado contigo, hombre.
- Porquê, Pablo? Fiz-te algum mal?
- Fizeste e mucho; os meus patrícios estavam à
espera do pernil português para esta quadra e ainda não chegou cá; este ano
vamos passar um natal mui triste, por causa desse boicote.
- Ó homem, mas que tenho eu a ver com isso? Eu
não sou comerciante, nem exportador, sou apenas um simples político.
- E malo político, hombre. Vou encerrar la
vuestra embaixada, consulados, tudo; não quero mais conversas com os lusos.
- Ai hombre, que me está dando una cosa; non me
faças tal. Eu mando-te todo o pernil que tu quieras, tienes é de esperar algum
tiempo, vou mandar matar todos los porcos portugueses, nas ilhas e no
continente.
- Cierto, mas rapidamente; nós outros estamos
aguardando com ansiedade vuestro pernil, mui bueno, mui apetitoso.
- Bueno, bueno; mas não te esqueças de pagar.
Olha que a nossa balança comercial não está de buena salud.
- Vou ter de desligar, Cuesta. Me estan
aguardando muchos afazeres. Me manda lo pernil, depois hablamos.
- Adiós, muchacho.
- Não queres vir comigo?
- E onde vais tu?
- Vou à Pouparia do Novo Banco.
- Espera lá: como é que vais à Pouparia se não
tens dinheiro? Mal ganhas para comer!
- Precisamente por não ter dinheiro é que eu lá
vou; se o tivesse gastava-o; como não o tenho, é forçoso poupá-lo!
*
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