quinta-feira, 26 de março de 2015



FIGURAS MELGACENSES


Frei Francisco Melgaço

      Nasceu no concelho de Melgaço no ano de …? (não descobri até agora a data de seu nascimento). Foi religioso da Ordem de São Bernardo. Escreveu várias obras, relacionadas com a doutrina cristã, as quais não foram impressas. Os seus manuscritos (escritos em latim) conservam-se na livraria do Convento de Alcobaça, à espera de um especialista que os analise e divulgue.

(ver Dicionário Histórico, Biográfico, Bibliográfico, Heráldico, Corográfico, Numismático e Artístico. João Romano Torres – Editor. Lisboa – 1903. Página 960).    

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 Frei António de Santa Maria dos Anjos Melgaço

      Nasceu no concelho de Melgaço a 17 de Junho de 1718. Foi frade franciscano. Professou no Convento de São Francisco de Lisboa a 22 de Janeiro de 1731. Fez os estudos de Filosofia e Teologia no Colégio de São Boaventura da Feira, em Coimbra, entre 1731 e 1737. Foi professor nos Estudos de Mafra (fundados por D. João V) nos anos de 1737 a 1752.
      Devia ser uma pessoa deveras inteligente e curiosa, pois o próprio rei o incita a prosseguir os estudos. Segue os conselhos do monarca, e em 1743 adquire um doutoramento em Teologia na Universidade de Coimbra, talvez o primeiro melgacense a conseguir tal feito.
     Como escritor, deixou várias obras, todas elas redigidas em latim. Uma delas tem por título «SCOTUS ACADEMICUS, seu Philosophia Peripatetica ad commodiorem regalis Academiae Mafrensis usum, juxta mentem venerabilis, subtilisque Magistri Joannis Duns Scoti.» (Tomo I, Lisboa, 1747).
     Por ter sido eleito provincial «da sua província», em 1751, viu-se obrigado a suspender por algum tempo a continuação da obra. O segundo volume estava em impressão apenas no ano de 1755, o qual se queimou aquando do grande terramoto. No Convento de São Francisco arderam também, nessa altura, outros escritos da sua autoria, que tinha prontos para publicação.      
     Em 1759 publicou, completamente revisto, o tomo II do «SCOTUS ARISTOTELICUS». Os dois volumes debruçam-se sobre a «logica parva», ou seja, pequena lógica, e a «logica magna», que significa grande lógica, «e interessam para o conhecimento do movimento de ideias em Portugal no século XVIII e dos estudos na escola de Mafra».
     Faleceu em Vila do Conde a 14 de Agosto de 1780, com 62 anos de idade.  
     Quem desejar consultar a bibliografia pode fazê-lo em {Frei António do Sacramento, História Seráfica, sexta parte, manuscrito 703, da Torre do Tombo. / Memória da forma com que Dom João o Quinto mandou para Mafra religiosos para Lentes de Faculdade, manuscrito 801, folhas 682 e seguintes, do arquivo da casa Cadaval (Muge). / A. A. Andrade, A Orientação do Estudo da Filosofia dos Franciscanos, in Brotéria 43 (1946), páginas 43 a 45.}  


                                                (Verbo – Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura, páginas 648 e 649).    

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