sábado, 13 de janeiro de 2018

GENTES DE MELGAÇO
 
Por Joaquim A. Rocha





Dia de nevoeiro; ao fundo, o rio Minho


     A morte de um conterrâneo entristece-me sempre. Embora o destino lhe tenha pregado uma partida, pois nasceu quando a sua mãe estava de férias na praia, ele é - e será sempre - um melgacense. É certo que eu não tinha uma grande intimidade com o Dr. Elpídio, mas respeitava-o muito. Era um homem de caráter, culto, responsável, bom conversador. O seu nome é raríssimo no país. Ensina-nos o Dr. José Pedro Machado: «... do latim tardio Elpidius, nome de santos, um bispo de Lião (século V)...) A seguir vou publicar alguns dados da sua biografia:  


GONÇALVES, Elpídio (Dr.) Filho de Manuel Batista Gonçalves, natural do lugar de Lobiô, freguesia de Rouças, emigrante na Argentina, e de Júlia Rosa Domingues, natural do lugar de Soutomendo de Baixo, freguesia de Fiães. Neto paterno de Manuel José Gonçalves, natural de Rouças, e de Ana Rosa Domingues, natural de Fiães; neto materno de António Manuel Domingues e de Maria Marques, naturais da freguesia de Fiães. Nasceu em Vila Praia de Âncora (*) a 10/9/1928 e foi registado na Conservatória do Registo Civil de Melgaço, como sendo natural da freguesia de Fiães, concelho de Melgaço. // Depois da instrução primária continuou a estudar; após o ensino secundário ingressou na Universidade de Coimbra, onde tirou o Curso de Direito. // Em Dezembro de 1961, ano em que concluiu o Curso, foi nomeado Notário e Conservador do Registo Civil de Castro Marim, Algarve. // Foi também advogado, além de subdelegado do Procurador da República em Carrazeda de Ansiães e Ponte da Barca. // Permaneceu catorze anos em Guimarães como notário, e alguns anos em Vila Verde. // Aposentou-se em 1996. // Casou com a professora Maria da Paz Dias Figueiredo. // Residiram em Braga. // Morreu na capital da província do Minho a 10/1/2018 e foi sepultado no cemitério da cidade.
 
 
Cruzeiro de São Julião - Melgaço
   Pai da Dr.ª Helena Maria (professora do Ensino Secundário, casada com Luís Miguel, engenheiro eletrotécnico da Empresa Philips no Porto, filho do coronel António de Oliveira Pena e de Maria Antónia Figueiredo); e do Dr. Octávio Manuel (tirou a licenciatura em 1987 na Faculdade de Economia do Porto, onde lecionou ano e meio; foi bolseiro da Junta de Investigação Científica e Tecnológica; em 1992 fez o doutoramento na Universidade de Grenoble, França, com a classificação de «très honorable»; julgo que foi professor na Universidade do Porto; casou com a Dr.ª Eliseth Angelina, professora do Ensino Secundário, filha do Dr. Luís Miranda e da Dr.ª Maria Eliseth Moutinho da Silva, professores do Ensino Secundário, naturais de Montalegre, tendo por padrinhos da boda o major da GNR Alberto Magno Pereira de Castro e esposa, professora Maria Armanda Dias Figueiredo, tios do noivo, e o engenheiro João Luís Miranda, irmão da noiva, e a professora Ana Maria Moutinho, prima da noiva, cujo acto religioso teve lugar no Bom Jesus de Braga). Pai também de Ana Rosa e de Maria José. 
 
     (ver Notícias de Melgaço n.º 1416, de 12/11/1961; NM 1421, de 24/12/1961; VM 963; A Voz de Melgaço n.º 984, de 1/5/1993; VM 990, de 1/8/1993; e VM 1056). /// (*) Os seus pais estavam a gozar férias na praia quando ele nasceu.

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