quarta-feira, 26 de junho de 2019

DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO DE MELGAÇO
 
Por Joaquim A. Rocha


desenho de Manuel Igrejas, salvo erro.

ROUBOS


(1937) - Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 353, de 16/5/1937: «Os gatunos têm roubado de noite algumas pesqueiras, chegando o atrevimento dos meliantes a ponto de apedrejarem os pescadores que se veem obrigados a vigiá-las. Também têm roubado alguns moinhos». Isto na freguesia de Penso, concelho de Melgaço. 

 

*

 

 (1937) - Lemos no Notícias de Melgaço n.º 354, de 23/5/1937, referindo-se a Fiães: «Foi descoberta nesta freguesia no dia 12 uma quadrilha de assaltantes de canastros, capitaneada por José António Domingues. Este arrastou ao crime dois inocentes a sua esposa, e Abílio Esteves. Foi encontrado na sua loja dois sacos, um de espigas e outro de milho debulhado, calculado em quatro alqueires, e já tinha vendido no mesmo dia uma carga de milho à arreeira Barreira. São protagonistas José António Domingues, sua mulher, Abílio Esteves e Luís Pinto, serrador. Foram todos presos e mandados ao senhor administrador// Ainda em 1937 responderam pelo crime de furto de espigas José António Domingues e Abílio Esteves. O primeiro ficou condenado a 70 dias de cadeia e o segundo a 25 dias. Tiveram ainda de pagar o milho ao senhor Manuel António Esteves, imposto de justiça, etc. (Notícias de Melgaço n.º 360). 

 

*

 

(1937) - SALGADO, José Manuel. Filho de José Joaquim Salgado e de Maria Joaquina Monteiro, moradores no lugar do Souto, Prado. Neto paterno de Maria Joana Salgado, solteira, do lugar de Raposos; neto materno de Matias José Monteiro e de Rosa Joaquina Gonçalves, do lugar de Cortinhas, todos lavradores. Nasceu em Prado a 7/4/1869 e foi batizado na igreja paroquial a 11 desse mês e ano. Padrinhos: Manuel José Vaz, casado, do lugar da Breia, e Manuel Joaquim Pereira de Castro, casado, do lugar do Coto, rurais. // Casou na Vila a 11/5/1893 com Claudina Rosa da Lama, de 29 anos de idade, filha de José Joaquim da Lama e de Maria Joaquina de Castro. Testemunhas presentes: Augusto Jaime e Caetano Celestino de Sousa. // Na noite de 7/6/1937 os ladrões penetraram na cozinha de sua casa, sita no lugar do Coto, freguesia de Prado, roubando-lhe alqueire e meio de feijão, farinha de milho, carne de porco, unto, pingue, duas dúzias de ovos, duas camisas, duas enxadas ainda novas, e outros objetos (NM 357, de 13/6/1937). // Ambos os cônjuges faleceram em Prado: a sua esposa a 24/7/1944 e ele a 22 ou 26/8/1945. // Com geração.  

desenho de Manuel Igrejas, salvo erro.


(1938) - Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 393, de 10/4/1938: «Audaciosos e desconhecidos gatunos tem assaltado casas de pessoas, que infelizmente pouco têm para roubar. Uma das noites do mês findo penetraram na casa de residência dum marinheiro, na Assadura, tendo roubado presunto, chouriços, arroz, açúcar, azeite, etc., não chegando a apoderar-se de mais coisas por se lhes ter afigurado que a dona do prédio havia acordado.» // «Na noite de segunda-feira da semana passada a mesma quadrilha praticou igual proeza na casa da pobre viúva Mariana Lourenço, a quem roubaram, além do montepio que mensalmente percebe por falecimento do marido, todo o mais dinheiro que junto àquele se encontrava, bem como uma caixa de madeira que continha diversos comestíveis e um garrafão com vinho. Os larápios, depois de praticarem o roubo, seguiram o itinerário da nova avenida, que circunda a vila, e próximo da casa que pertence aos bombeiros, e que está indicada para Casa do Povo, deixaram a caixa, na qual foram encontrados muitos pães espalhados…»        

Sem comentários:

Enviar um comentário