terça-feira, 24 de maio de 2022

GENTES DO CONCELHO DE MELGAÇO 

Freguesia de Remoães

Por Joaquim A. Rocha


// continuação de 16/02/2022...


LOURENÇO, Maria Fernanda. Filha de Eduardo José Lourenço, natural de Prado, e de Florinda de Sousa e Castro, natural de Remoães, residentes em Remoães. // Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 1553, de 2/5/1965: «na igreja paroquial de Remoães realizou-se no passado domingo, 25 de Abril, o casamento de Carlos Alberto Ribeiro Antunes (…), desta vila, com Maria Fernanda de Castro Lourenço (…). Ao ato, que foi presidido pelo reverendo padre Justino Afonso, pároco da freguesia de Remoães, assistiram inúmeros convidados vindos de vários pontos do país e da vizinha Espanha. Foram padrinhos o senhor José Félix Igrejas Junior e sua esposa, Maria dos Prazeres Esteves. Findo o ato, na magnífica e acolhedora Pensão Gomes [sita na freguesia de Remoães], e sob a gerência do seu dinâmico proprietário, senhor Henrique de Castro Fernandes Pinto, foi oferecido aos numerosos convidados um magnífico almoço, no qual foram apreciados os variados pratos de magnífico paladar e o riquíssimo vinho que foi servido. Ao partir o bolo, foi servido a todos os convidados charutos e excelente champanhe, sendo feitos inúmeros brindes ao jovem casal. A seus pais os nossos parabéns e aos nubentes as maiores felicidades com votos de um lar muito venturoso.» // NOTA: o seu marido era emigrante no Canadá, para onde ela seguiu depois do casamento, filho de tendeiros, naturais de Cerdal, Valença do Minho; o Carlos, apesar de analfabeto, e depois de algumas tentativas falhadas, alguns meses de prisão, conseguiu emigrar, fugindo dessa maneira ao serviço militar e à terrível guerra colonial. Sem quaisquer habilitações literárias, teria sido difícil para ele arranjar emprego. // Não sei se o casal teve geração.      

 

LOURENÇO, Maria José. Filha de Manuel Lourenço e de Adelaide Monteiro, lavradores, residentes em Remoães. Neta paterna de Francisco Lourenço e de Maria José Gomes; neta materna de Ana Monteiro, solteira. Nasceu a 27/4/1880 e foi batizada a 29 desse mês e ano. Padrinhos: a sua tia paterna, Mariana Lourenço, e José Severo de Carvalho, solteiros.     

 

LOURENÇO, Maria Júlia. Filha de João Manuel Lourenço e de Escolástica Teresa Marques. N.p. de António Lourenço e de Maria Ventura, do Coto, Prado; n.m. de Joaquim Marques e de Maria Antónia Alves, de Remoães. Nasceu a 3/11/1824 e foi batizada três dias depois. Padrinhos: António de Castro (representado por seu filho, com o mesmo nome) e esposa, Maria Júlia da (Ribeira?), da Quinta do Peso, Paderne (representada por Maria Joaquina da Silva, sua criada). // Casou na igreja de Remoães a 2/11/1867 com Eugénio Pires, de 37 anos, solteiro, lavrador, da freguesia de Santiago da Vila de Ribadávia, Tui, filho de João Manuel e de Madalena Pires, galegos. Testemunhas: padre Manuel António Gonçalves e João António Mendes.   

 

LOURENÇO, Mariana. Filha de Francisco Manuel Lourenço e de Maria José Gomes, moradores no Rego, Remoães. N.p. de João Manuel Lourenço e de Escolástica Marques, do lugar da Igreja, Remoães; n.m. de Francisco Gomes e de Luísa de Abreu, de Ferreiros, Alvaredo. Nasceu a 14/4/1850 e foi batizada dois dias depois. Padrinhos: João Manuel Fernandes e sua esposa, Mariana Gonçalves, do Cruzeiro, Remoães. 

 

LOURENÇO, Paulina Carlota. Filha de João Manuel Lourenço e de Escolástica Teresa Marques, moradores no lugar da Igreja, Remoães. N.p. de António Lourenço e de Maria Ventura Fernandes, do Coto, Prado; n.m. de Joaquim Marques e de Maria Antónia Alves, de Remoães. Nasceu a 29/6/1819 e foi batizada a 3 de Julho desse ano. Padrinhos: Luís de Sousa e esposa Rita, da Quinta da Torre, Paderne. 

 

LOURENÇO, Recordino, ou Ricardino [Carlos]. Filho de -------- Lourenço e de ----------- Fernandes. Nasceu a --/--/19--. // Em 1914 frequentava a escola masculina de Remoães; era seu professor José Caetano Gomes. Nesse ano, a 2 de Julho, fez exame do 1.º grau na escola Conde de Ferreira, Vila, obtendo a classificação de «ótimo» (Correio de Melgaço n.º 106, de 7/7/1914). // A 13/8/1915 fez exame do 2.º grau na dita escola Conde de Ferreira, ficando distinto (ver Correio de Melgaço n.º 161). 

 

LOURENÇO, Rita. Filha de Francisco Manuel Lourenço e de Maria José Gomes, lavradores, residentes no lugar do Rego, freguesia de Remoães. Neta paterna de João Manuel Lourenço e de Escolástica Marques; neta materna de Francisco Gomes e de Luísa de Abreu. Nasceu na freguesia de Remoães a 9/11/1861 e foi batizada na igreja paroquial a 11 desse mês e ano. Padrinhos: João de Sá Sotomaior de Abreu Leones, morgado da Casa e Quinta do Reguengo, viúvo, e Rita Emília Barbosa Correia Pinto Feijó, casada, da Quinta do Pombal, Remoães. // Faleceu no lugar do Rego, Remoães, a 18/9/1940. // Com geração. 

 

LOURENÇO, Rita Luísa. Filha de Francisco Manuel Lourenço e de Maria José Gomes, moradores no Rego, Remoães. N.p. de João Manuel Lourenço e de Escolástica Marques; n.m. de Francisco Gomes e de Luísa de Abreu, de Ferreiros de Cima, Alvaredo. Nasceu a 31/7/1852 e foi batizada a na igreja 1 de Agosto desse ano. Padrinhos: João Manuel Fernandes e sua esposa, Mariana Gonçalves, do Cruzeiro de Remoães.

 

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LUÍS MANUEL. Filho de Pulquéria Exposta, solteira, jornaleira, moradora no lugar de Cima de Vila. Neto paterno e materno de avós desconhecidos. Nasceu em Remoães a 9/4/1908 e nesse mesmo dia foi batizado na igreja paroquial. Padrinhos: Luís Manuel Barreiros, solteiro, camponês, e Anaim do Carmo Esteves, solteira, camponesa. // Casou na igreja de Valença a 15/11/1941 (confirmar) com Margarida Barbosa ---------, natural da freguesia de Meinedo, concelho de Lousada. // Morreu na freguesia de Santa Isabel, Lisboa, a 18 de Janeiro de 1959. // Gémeo de Lícia. // Ver, na vila de Melgaço, SMP, Pulquéria do Patrocínio, exposta no dia 7/7/1882.

 

MAGALHÃES

 

MAGALHÃES, Eduardo José. Filho de Tomaz José de Magalhães, de Penso, e de Rosa Ermelinda Fernandes, de Remoães, proprietários, moradores no lugar de Crasto, Penso. N.p. de Caetano Manuel Alves de Magalhães e de Vitória Ventura de Castro, ou Vitória da Costa Pinto; n.m. de João Batista Fernandes e de Rosa Clara Vaz, lavradores, de Remoães. Nasceu em Cima de Vila, Remoães, a 17/1/1877, e foi batizado na igreja desta freguesia três dias depois, tendo por padrinhos os avós maternos. // Casou a 12/7/1911 com Teresa de Jesus Lopes, de Prado. // Faleceu na freguesia de Penso a 17 de Fevereiro de 1946.  

 

MAGALHÃES, Rosa Clara. Filha de José Joaquim de Magalhães e de Antónia Rodrigues, de São Gregório, Cristóval. Nasceu por volta de 1825. // Camponesa. // Faleceu solteira, a 16/4/1890, com 65 anos de idade, em sua casa de Cima de Vila, Remoães, e foi sepultada no cemitério local. // Fizera testamento.   

 

MALHEIRO

 

MALHEIRO, Joana. // Faleceu no estado de viúva, a 26/4/1849, em Cima de Vila, Remoães, e foi sepultada na igreja no dia seguinte, com ofício de corpo presente de assistência de dez sacerdotes.

 

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MANUEL JOAQUIM. Filho de Ana Enjeitada, moradora no lugar da Igreja, Remoães. Nasceu a 10/1/1827 e foi batizado a 15 desse mês e ano. Padrinhos: João António Simões e sua esposa, Rosa, do lugar da Corga, Remoães.

 

MANUEL JOSÉ. // Era criado de José Fernandes, de Cima de Vila, Remoães, quando faleceu; foi sepultado na igreja a 30/1/1817, amortalhado em vestido (branco?). Teve ofício de seis padres.

 

MARIA das DORES. // Apareceu à porta de Claudina Rosa, solteira, jornaleira, do lugar da Costa, Remoães, a 31/3/1866, às 11 horas da noite, e foi batizada na igreja a 1 de Abril desse ano. Madrinha: Maria Claudina Rodrigues, solteira, lavradora, residente em Canle, Remoães.  

 

MARIA FRANCISCA. // «Faleceu da vida presente com o sacramento da extrema-unção pelo tempo lhe não dar mais lugar, e lhe dar um ataque de estupor em que ficou sem fala, e se lhe fez um ofício de corpo presente com assistência de seis padres, de caridade, e foi sepultada pela tarde na igreja desta mesma freguesia.» // Morreu solteira, a 3/1/1828. // Residia em Remoães. 

 

MARIA JOANA. Nasceu na freguesia de Loeda, bispado de Tui, Galiza. // Faleceu em Remoães, solteira, a 14/2/1850, e foi sepultada na igreja no dia seguinte, com ofício de corpo presente de assistência de catorze sacerdotes, tudo de esmola.

 

MARIA JOANA (?). Nasceu em Alveios, Tui. // Faleceu solteira, a 9/1/1858, na freguesia de Remoães, Melgaço, onde residia há muitos anos, e foi sepultada na igreja no dia seguinte, com missa cantada e ofício de sepultura.  

 

MARIA JOAQUINA. Filha de Ana Enjeitada, moradora em Canle, Remoães. Nasceu a 24/7/1822 e foi batizada no dia seguinte. Padrinhos: Mateus Fernandes e sua esposa, Maria Luísa de Araújo, do dito lugar. // Lavradeira. // Faleceu a 2/2/1878, em sua casa de Canle, Remoães, casada, e foi sepultada no cemitério da Vila de Melgaço por ordem superior. // Deixou filhos. // Nota: o padre deixou escrito no assento de óbito que ela morrera com 60 anos de idade incompletos!  

 

MARIA DOS PRAZERES. Filha de Aurélia dos Prazeres, solteira, camponesa, natural de Remoães. Neta materna de Maria Claudina. Nasceu em Remoães a 17/11/1903 e nesse mesmo dia foi batizada na igreja paroquial. Padrinhos: Adjuto Esteves Domingues Barreiros e Anaim Esteves Domingues Barreiros, solteiros, lavradores. // Casou na CRCM no dia 11/5/1924 com Gualdino Fernandes, de vinte e quatro anos de idade, natural da vila e concelho de Monção, filho de Clara Fernandes. // Enviuvou a 13/9/1953. // Faleceu em França a 25/4/1991.   

 

MARIA ROSA. Nasceu em São João de Alveios, Tui. // Faleceu solteira, em Cima de Vila, Remoães, onde residia, a 21/10/1853, de repente, e foi sepultada na igreja no dia seguinte, com ofício de corpo presente de assistência de nove sacerdotes, tudo de caridade.  

 

MARIA TOMÁSIA. // Faleceu viúva, a 1/2/1842, em Cima de Vila, Remoães, e no dia seguinte foi sepultada na igreja, com ofício de sepultura «em razão da solenidade que se costuma fazer a Nossa Senhora nesta igreja.» // Era pobre miserável.

 

MARIA VITÓRIA. Filha de Maria Josefa, solteira, natural de Rouças, residente em Remoães, ao pé da igreja. Nasceu a 27/2/1815 e foi batizada pelo padre Luís Diogo de Sousa, natural de Prado, que serviu de padrinho. 

 

MARINHO

 

MARINHO, Abílio José. // Natural de Celorico de Basto. // Foi fiscal na empresa das Águas Minerais do Peso, Vidago, Melgaço & Pedras Salgadas. // Casou com Irene dos Prazeres, natural de Melgaço. // Em 1935 trabalhava em Luanda. // Era casado e com geração (Notícias de Melgaço n.º 295, de 22/12/1935). // Lê-se no Notícias de Melgaço citado:

     «Carta de Luanda. Senhor Diretor do jornal Notícias de Melgaço –> se a carta, que segue, lhe parecer digna de publicidade, à falta de assunto de melhor interesse, e lhe possa evitar o dispêndio de uns momentos de trabalho para preenchimento do seu conceituado jornal, muito gostaria que o fizesse, como única afirmação de que em todos os cantos do mundo há filhos de Portugal que lhe interessava a vida da sua pátria. Pois outro valor não tem a carta que vou escrever, após a leitura dos três números do jornal a que nela me refiro. AUSENTE DA PÁTRIA. Depois de um dia de intenso trabalho, a mistura de contrariedades, que mais endurecem a missão que desempenho, maldizendo a sorte que o destino me reservou, regresso a casa cheio de nostalgia e, a passos lentos, faço o trajeto que me separa do escritório à casa onde resido, pisando o escabroso calcetamento das ruas da cidade, que roe as solas dos sapatos, como traça corta lã; vou desfolhando da memória as páginas de uma história que só de longe, a longe, me mostram trechos coloridos, mas sempre envoltos em sombras a abalarem-lhe o brilho que se perde a curta distância. // O relembrar o passado, e pensar no futuro tão incerto, torna-me tedioso, macambúzio, produto de uma neurastenia que este clima inóspito reserva aos seus hóspedes com que não deseja familiariedade. E, então, uma ideia me acode à mente como único lenitivo para o desfalecimento que estas agitações nervosas me causam. “Se eu encontrasse alguém da minha terra com quem falasse”!... Não é possível realizá-la; a distância é tamanha, e os atrativos tão poucos, que só forçados, os meus patrícios, roubariam uns anos da sua vida, que pertence à sua terra natal, para os deixarem nesta terra que nos recebe como enteados, armando-nos ciladas em todas as esquinas, como fazem agora os etíopes aos italianos para os expulsarem do seu território. // E, assim, passo o trajeto taciturno, só sentindo um pouco de alívio ao chegar a casa, quando ao meu encontro vêm a mulher e os filhos em saudação familiar. Mas este alívio é apenas um impulso do sol que apanhou o fraco de uma nuvem e a rompeu para se mostrar, e se esconde de repente como criança a jogar às escondidas. // A mulher retira-se, vai cuidar do amanho da casa; as crianças vão jogar a macaca, saltar a corda, e eu vejo-me de novo caído na solidão, entregue ao pensamento que me mortificou durante todo o trajeto. Porém, há sempre um dia que a providência nos reserva para nos dar força e coragem, para resistirmos às agruras com que a vida nos brinda. O meu dia também chegou – foi ontem. // Entro em casa, recebo as boas tardes da mulher, os costumados beijos da petizada, que em seguida desliza em correrias pela varanda fora ao encontro de outros que os esperam à porta e os vão recebendo de mãos dadas para entrarem no jogo da roda. A mulher, ao contrário dos outros dias, fica junto de mim, sem se preocupar com os arranjos da casa. Estranheza minha, que me arranca esta pergunta: - “Não tens hoje que fazer”?! – “Tenho sim, mas também te vou dar entretenimento para ti”. Puxando uma gaveta de uma velha mesa, tosca, feita de caixotes, estilo de mobília cá do burgo, presenteia-me com três exemplares do semanário Notícias de Melgaço, que um amigo, oriundo dessa encantadora vila minhota, fez o favor de me oferecer. Os meus olhos ficam inertes por um momento, fixos no cabeçalho que encima o semanário melgacense, para em seguida o percorrer do primeiro ao último extremo, ávido das suas notícias. // É o mensageiro que me vai falar da terra que me acolheu durante quatro anos, das pessoas com quem convivi, dos acontecimentos, das oscilações da sua vida, etc. // 1.ª parte – Um artigo de fundo intitulado “O FASCISMO NO MUNDO”. Revela a fé do seu autor no triunfo dos povos, nas novas ideias que defende com entusiasmo, eloquência; é um artigo onde se aprende, lendo com gosto. // Outra notícia: - “ É encontrada carbonizada à porta da sua residência, pelo Dinis do Lau, a tia Maria do Coto.” Conheço a vítima e o pouco feliz descobridor de tão triste achado macabro. Triste notícia, mas nem por isso desanimo. Fala-se de nomes que conheço. // Mais abaixo o falecimento do pai do senhor José Figueiroa; sinto-me pesaroso; é o nome de um amigo com quem sempre mantive as melhores relações, amigo que nunca mais posso esquecer, que está de luto pela perda de um dos seus entes mais queridos, seu pai. Os meus pêsames sinceros e um grande abraço ao senhor José Figueiroa. // Outra local – Típica – Elegante. – As tradicionais festas e danças pelos aquistas e povo da terra! Um relâmpago de alegria me passa pela memória, vendo passar na minha frente corpos que se requebram em todos os sentidos, lábios que se riem, olhos fulgurantes que pedem … Am… (já fora dos meus anos), mas nem por isso esta notícia deixa de me deleitar. De repente sou invadido por uma melancolia que me deixa desfalecido; lembro que estou longe, lembro o tempo que vai e não volta, e quedo-me um pouco na leitura, a tomar fôlego para recomeçar. // Como tristezas não é alimento para quem deseja viver, depressa pus de parte tal aperitivo – recomecei a leitura. // Nós, quando estamos ausentes da pátria, somos mais patriotas; já o diziam os grandes poetas antigos nos seus versos, não é nova a afirmação. E, assim, gostamos de tudo quanto for patriotismo. // Esbarro com um artigo da autoria do senhor José Maria de Sousa, que não tenho a honra de conhecer, mas noto que é de um patriotismo digno de admiração – enche-me a alma. O senhor Sousa atira-se aos contrabandistas, que abundam naquela terra como aqui (…), e dá-lhes a eles e (…) que com eles partilham do tráfico, uma carga de antipatriotas que os deixa (…). É assim mesmo, senhor Sousa; só falta de patriotismo nos pode levar a valorizar o artigo estrangeiro e a desvalorizar o nosso! Mas…, senhor Sousa! Eu não o conheço, mas como sei que você é comerciante, dê-me licença que lhe ofereça um conselho: - “é melhor outro que não tenha negócio a assinar esses artigos, porque assim podem-lhe tomar o seu patriotismo pelo daquele sargento que depois de cinco anos de licenciado pediu de novo a sua reintegração no exército, após terminada a grande guerra, e quando os camaradas lhe perguntaram os motivos que o apaixonaram outra vez pelas armas e pela farda, batia com as mãos ambas na barriga, e dizia muito pesaroso: - “É que eu, [caros camaradas] via a pátria em perigo!” É claro, você tem muita razão, mas isto aqui para nós, que ninguém nos ouve: - esse povo do Peso é um má-língua, eu conheço-o… // Angola, Luanda, Outubro de 1935.»           

     Pai de Maria Orminda dos Prazeres, nascida no Porto a 16/7/1927. Esta criança esteve em Melgaço, em casa da sua avó materna, residente na freguesia de Remoães, e concorreu mais tarde para telefonista dos CTT, tendo sido admitida. Estagiou seis meses na Batalha… (ver blogue de Ilídio de Sousa de 20/7/2019).

 

MARQUES

 

MARQUES, Alberto Augusto. Filho de -------- Marques e de ---------------------------------. Nasceu a --/--/19--. // A 17/7/1931 fez exame do 2.º grau, ficando aprovado (NM 119, de 26/7/1931).

 

MARQUES, Ana das Dores. Filha de Manuel Joaquim Marques e de Manuela Igrejas, lavradores, residentes no lugar da Costa, Remoães. N.p. de Maria Benta Marques, de Remoães; n.m. de João Igrejas e de Maria Marinho, da freguesia de Santa Maria de (Sande?), Santiago, Galiza. Nasceu a 18/9/1878 e foi batizada a 22 desse mês e ano. Madrinha: Leopoldina Marques.

 

MARQUES, António Joaquim. Filho de Manuel Joaquim Marques, de Remoães, e de Manuela Igrejas, galega, moradores no lugar da Costa, Remoães. N.p. de Maria Benta Marques; n.m. de João Igrejas e de Maria Marinho. Nasceu a 24/7/1876 e foi batizado três dias depois. Padrinhos: António Júlio Esteves e Mariana de Jesus Araújo.  

 

MARQUES, António José. Filho de João Marques e de Maria Rodrigues, da Várzea, Paderne, termo de Valadares, onde ele nascera. // Casou na igreja de Remoães a 9/5/1817, com Maria Josefa, filha de Tomás Alves e de Antónia Maria Fernandes, de Leiros, Rouças. Testemunhas: Francisco A. de Araújo, João Manuel Lourenço, do lugar da Igreja, e João Francisco, de Cima de Vila.

 

MARQUES, Benta (ou Maria Benta). Filha de Joaquim Marques e de Maria Antónia Alves, lavradores. Nasceu em Remoães por volta de 1802. // Faleceu a 21/10/1862, em sua casa do lugar da Costa, Remoães, com 60 anos, viúva, e foi sepultada na igreja no dia seguinte, com ofício de corpo presente de assistência de dez sacerdotes. // Deixou dois filhos e uma filha.

 

MARQUES, Caetano. // Nasceu em Remoães no século XIX. // «Foi assassinado, julga-se, por dois indivíduos que o assaltaram na estrada real, produzindo-lhe a morte por sufocação. A opinião pública aponta-os, e a justiça procede nas devidas averiguações», assim se pode ler no jornal “Valenciano” n.º 1226, de 21/2/1892. 

 

MARQUES, Caetano Joaquim. Filho de Maria Benta Marques, moradora em Cima de Vila, Remoães. N.m. de Joaquim Marques e de Maria Antónia Alves, do dito lugar. Nasceu a 31/5/1828 e foi batizado a 20 de Junho desse ano. Padrinhos: João Caetano Simões e esposa, Rosa Gonçalves, da Corga, Remoães. // Escreveu o pároco: «… e condenei a mãe do batizando na forma da Constituição por não mandar batizar em tempo…»    

 

MARQUES, Duardina Teresa. Filha de Manuel Joaquim Marques e de Manuela Igrejas, moradora no lugar da Costa, Remoães. N.p. de Maria Benta Marques, lavradeira, remoalense; n.m. de João Igrejas e de Maria Marinho, galegos. Nasceu a 31/7/1881 e foi batizada a 4 de Agosto desse ano. Padrinhos: António Manuel Pires Teixeira e sua mãe, Teresa Pires Teixeira, residentes na Vila de Melgaço. 

 

MARQUES, Escolástica Teresa. // Faleceu a 26/11/1843, no estado de casada, em consequência de um tiro (!). Não morreu imediatamente, pois ainda teve tempo para se confessar e receber a extrema-unção «porém não recebeu o sagrado viático pelo não poder receber». Teve ofício de corpo presente com assistência de oito sacerdotes.

 

MARQUES, Guilherme Cândido. Filho de João Manuel Marques e de Teresa de Jesus Pires, moradores em Cima de Vila, Remoães. N.p. de Joaquim Marques e de Rosa Antónia Alves; n.m. de Matias Pires e de Maria Luísa Domingues, de Aldeia, Paderne. Nasceu a 10/2/1826 e foi batizado a 12 desse mês e ano. Padrinhos: Guilherme Cândido de Sousa e sua irmã, Miquelina de Sousa, da Quinta da Torre, Paderne.

 

MARQUES, João Manuel. Filho de (Manuel Joaquim Domingues) e de Maria Benta Marques. Neto materno de Joaquim Marques e de Maria Antónia Alves. Nasceu a 15/3/1824 e foi batizado na igreja de Remoães a 17 desse mês e ano. Padrinhos: João Manuel Fernandes e sua irmã, Maria Luísa Fernandes, do Cruzeiro de Remoães. // Morava na Vila havia dois anos quando casou na igreja de SMP a 16/1/1859 com Plácida Antónia, filha de Diogo Manuel Alves e de Rosa Maria Alves de Abreu, naturais de Chaviães. Testemunhas da boda: Francisco Joaquim Alves, de Chaviães, irmão da noiva, e Caetano Celestino de Sousa, da Vila, mordomo da igreja, ou sacristão. // Pai de António César Marques, nascido em Chaviães em 1860, de Rosa Miquelina Marques, nascida na Vila por volta de 1871, a qual casou com Manuel Maria Esteves, de Chaviães, acabando seus dias no lugar do Escuredo, Chaviães, a 13/3/1923 (ver a sua biografia na freguesia de Chaviães), de Arsénio, nascido em Chaviães em 1861, de Maria Joaquina, nascida em Chaviães em 1863, e também de Manuel Joaquim (nascido na Vila – ver, na freguesia de Chaviães, António Joaquim Marques e Cândida Augusta Alves). // Nota: João Manuel Marques antes de se casar gerara em Teresa Pires Teixeira, de origem galega, salvo erro, mas moradora na Vila de Melgaço, uma criança do sexo masculino, que nasceu a 26/7/1858, à qual deram o nome de João Manuel (João Manuel Pires Teixeira), que em jovem emigrou para o Brasil, onde conseguiu uma razoável fortuna; residia durante algum tempo na Vila de Melgaço, chegando a ser algumas vezes presidente da Câmara Municipal de Melgaço na I República, entre 1910 e 1926 (ver a sua biografia na Vila).     

 

MARQUES, Joaquim. // Faleceu a 4/3/1821, no estado de casado com Maria Antónia Alves, de Remoães, e foi sepultado na igreja a seis desse mês.

 

MARQUES, Joaquina. Filha de Ludovina Marques, doméstica, moradora em Cima de Vila, Remoães. Nasceu por volta de 1862. // Faleceu a 18/5/1892, com 30 anos de idade, no estado de solteira, no lugar da Lage, Remoães, e foi sepultada no cemitério local.   

 

MARQUES, José Caetano. Filho de Leopoldina Rosa Marques, solteira, camponesa. Neto materno de Manuel Joaquim Marques e de Ana Maria Monteiro, lavradores, remoalenses. Nasceu em Remoães a 12/5/1891 e foi batizado na igreja paroquial a 16 desse mesmo mês e ano. Padrinhos: Caetano Marques (irmão do batizando?) e Joana de Puga (Monteiro?), solteira, da freguesia de Santa Maria de Arbo, Galiza. // Morreu a 6/8/1899.

 

MARQUES, José Emídio. Filho de --------- Marques e de ---------------------------. Nasceu em ----------, a --/--/192-. // Em 1938 fez exame do ensino primário na escola de Remoães, com a professora Luísa Sampaio Fernandes, ficando aprovado (NM 409).

 

MARQUES, Júlia. // Casou com Eugénio, jornaleiro, natural de Valongo, Galiza. // O seu marido morreu a 21/3/1903, no lugar da Igreja, Remoães, com todos os sacramentos da igreja católica, no estado de casado, e foi sepultado no cemitério desta freguesia de Melgaço. 

 

MARQUES, Júlio Augusto. Filho de Manuel Joaquim Marques e de Manuela Igrejas, moradores no lugar da Costa, Remoães. N.p. de Maria Benta Marques, remoalense; n.m. de João Igrejas e de Maria Marinho, da freguesia de Santa Maria de (Sande?), (Santiago?), Espanha, todos rurais. Nasceu a 4/4/1874 e foi batizado na igreja paroquial a 9 desse mesmo mês e ano. Padrinhos: António Júlio Esteves e esposa, Mariana de Araújo, da Folia. // Casou na igreja de Alcântara, Lisboa, a 20 de Novembro de 1904, com Gracinda dos Anjos, de 24 anos de idade, natural de Lajeosa do Mondego, Celorico da Beira, filha de Maria Joaquina.

 

MARQUES, Leopoldina Rosa. Filha de Manuel Joaquim Marques e de Ana Maria Monteiro, moradores no lugar da Costa, Remoães. Neta paterna de Maria Benta Marques; neta materna de João António Monteiro e de Luísa Maria Rodrigues. Nasceu em Remoães a 10/5/1851 e foi batizada na igreja paroquial no dia seguinte. Padrinhos: o padre Luís José Vaz e Carlota Teresa Monteiro, tia da batizanda, todos remoalenses. // Faleceu em Remoães a 30/12/1945, com 94 anos de idade. // Com geração.          

 

MARQUES, Manuel Augusto. Filho de ------------ Marques e de -------------------------------. Nasceu a --/--/1---. // Em 1914 frequentava a escola do sexo masculino de Remoães, tendo por professor José Caetano Gomes; nesse ano, a 2 de Julho, foi fazer exame do 1.º grau (3.ª classe) à escola Conde de Ferreira, Vila, obtendo a classificação de «suficiente» (Correio de Melgaço n.º 106, de 7/7/1914). 

 

MARQUES, Manuel Caetano. Filho de Manuel Francisco de Carvalho e de Iracema Ferraz Monteiro. Nasceu em Remoães a --/--/1939. // (NM 433).

 

MARQUES, Manuel Francisco. Filho de ------------ Marques e de -----------------------------. Nasceu em Remoães a --/--/19--. // Faleceu no Lar Pereira de Sousa, pertencente à SCMM, a --/--/2000. // (VM 1130, de 15/1/2000).  

 

MARQUES, Manuel Joaquim. Filho de Maria Benta Marques, moradora em Cima de Vila, Remoães. Neto materno de Joaquim Marques e de Maria Antónia Alves. Nasceu a 7/8/1821 e foi batizado no dia seguinte. Padrinhos: padre Manuel Afonso e Teresa Monteiro, da Folia. // Lavrador. // Casou na igreja de Remoães a 21/10/1849 com Ana Maria, filha de João António Monteiro e de Luísa Maria Rodrigues, do lugar da Costa, Remoães. Testemunhas: António José Gonçalves e João Mendes, solteiro. // Voltou a casar, no estado de viúvo, na dita igreja, a 26/6/1870, com Manuela, de 22 anos de idade, solteira, costureira, filha de João Igrejas e de Maria Marinho, do lugar (ou rua) das Chufas, freguesia de Santa Maria ……, Santiago, Galiza. Testemunhas: JAM, solteiro, e Mariano Rei, solteiro, lavradores, remoalenses. // Faleceu a 14/3/1890, em sua casa do lugar da Costa, Remoães, e foi sepultado no cemitério local. Deixou filhos. // Nota: o padre escreveu no assento de óbito que ele tinha 75 anos de idade, mas isso não corresponde à verdade.     

 

MARQUES, Margarida. Filha de Joaquim Marques e de Maria Antónia Alves, lavradores. Nasceu em Remoães por volta de 1796. // Faleceu em sua casa de Cima de Vila, a 13/4/1874, viúva de António Batista Cardoso, com 78 anos, e foi sepultada na igreja.

 

MARQUES, Maria Custódia. Filha de João Manuel Marques e de Teresa de Jesus Pires, moradores em Cima de Vila. N.p. de Joaquim Marques e de Maria Antónia Alves, de Remoães; n.m. de Matias Pires e de Maria Luísa Domingues, de Além, Paderne (termo de Valadares). Nasceu a 19/1/1825 e foi batizada no dia seguinte. Padrinhos: avô materno e tia materna, Maria José Pires.   

 

MARQUES, Maria José. Filha de Maria Benta Marques, solteira, residente em Remoães. Neta materna de Joaquim Marques e de Maria Antónia Alves, galegos. Nasceu a 22/1/1832 e foi batizada a 27 desse mês e ano. Padrinhos: Bernardo Pereira e esposa Joana, remoalenses.

 

MARQUES, Mariana Gertrudes. Filha de Joaquim Marques e de Maria Antónia Alves. // Faleceu a 9/5/1805, com apenas quatro anos e quatro meses de idade, em consequência de uma doença chamada bexigas.

 

MARQUES, Narcisa Cândida. Filha de Maria Joaquina Marques, lavradeira, moradora em Cima de Vila. N.m. de António Batista Cardoso e de Margarida Joaquina Marques, do dito lugar. Nasceu a 8/2/1854 e foi batizada no dia seguinte. Padrinhos: António Manuel Gomes da Rosa, viúvo, de Gondomar, Remoães, e Narcisa Cândida, solteira, de Prado. // Faleceu a 3/4/1867, no lugar de Cima de Vila, e foi sepultada na igreja.    

 

MARTINS

 

MARTINS, João Artur. Filho de Manuel Martins, de São Pedro da Torre, Valença, e de Maria Duarte Franco, de Remoães, Melgaço. N.p. de João Martins e de Teresa da Cunha Sotomaior; n.m. de João Duarte Franco e de Virgínia Monteiro. Nasceu em Remoães ou Prado a 26/1/1935. // Faleceu a 6/12/1952.

 

MARTINS, José Januário. Filho de Maria José Martins, solteira. N.m. de António Martins e de Maria Rodrigues, caseiros na Quinta do Reguengo, Paderne. Nasceu a 11/12/1816 e foi batizado a 15 desse mês. Padrinhos: padre Diogo de Sousa, de Prado, que o batizou na igreja de Remoães, com licença do pároco de Paderne, e Áurea de Sousa, moradora na Quinta da Torre, Paderne.

 

MARTINS, Manuel. Filho de Francisca Martins, costureira, de Gial, Paderne. Nasceu por volta de 1806. // Lavrador. // Faleceu solteiro, a 14/9/1875, com 69 anos de idade, em sua casa da Portela de Remoães, e foi sepultado na igreja. 

 

MARTINS, Maria Angélica. Filha de --------------- Martins e de ---------------------------------. Nasceu a --/--/18--. // Casou com ----------------------------------------------------------. // Lê-se no Jornal de Melgaço n.º 1285, de 18/4/1920: «Por este Juízo e cartório do escrivão do terceiro ofício, Soares, nos autos de Execução Hipotecária em que é exequente Bernardo José da Cunha Gonçalves, casado, desta vila, e executados Maria Angélica Martins, viúva, e seu filho, do lugar da Portela, freguesia de Remoães, correm editos de quarenta dias, citando Manuel José Lamas, casado, ausente em parte incerta no Brasil, para no decêndio posterior ao prazo dos editos, pagar, com os demais executados, a quantia de dois mil e setecentos escudos, e juros que se liquidarem, sob pena de se proceder imediatamente à penhora nos bens hipotecados, seguindo-se os demais termos. Melgaço, 15 de Março 1920. Verifiquei: o juiz de direito – Manuel Morato. O escrivão: Honório de Almeida Soares.» // No Jornal de Melgaço n.º 1294, de 27/6/1920, dá-se a informação de que no dia 25 de Julho de 1920, pelas doze horas, à porta do tribunal judicial da comarca de Melgaço, ir-se-ia proceder à arrematação de uma casa de morada sita no lugar da Portela, Remoães, avaliada em 3.500$00. Lê-se no referido jornal: «este prédio foi penhorado aos executados, Maria Angélica Martins, viúva, e filhos, do lugar da Portela, freguesia de Remoães, na execução hipotecária que lhes move Bernardo José da Cunha Gonçalves, casado…» E mais à frente: «sobre o prédio acima referido incide um ónus de servidão a favor do prédio descrito na Conservatória do Registo Predial deste concelho (…), pertencente a Manuel Bento Monteiro e mulher, proprietários, do lugar da Quinta da Torre, freguesia de Paderne    

 

MARTINS, Virgínia da Paz. Filha de Manuel Martins, de São Pedro da Torre, Valença, e de Maria Duarte Franco, de Remoães, Melgaço. N.p. de João Martins e de Teresa da Cunha Sotomaior; n.m. de João Duarte Franco e de Virgínia Monteiro. Nasceu em Remoães ou Prado a 8/3/1931. // Faleceu a 20/2/1948.

 

MELEIRO

 

MELEIRO, Alfredo Augusto. Filho de -------- Meleiro e de -------------------------. Nasceu em -----------, a --/--/192-. // Fez exame do 2.º grau em 1937 na escola de Remoães, ficando distinto. // (NM 364). 

 

MENDES

 

MENDES, Agostinho José. Filho de Manuel Mendes e de Teresa Fernandes. Nasceu por volta de 1788. // Lavrador. // Casou na igreja de Remoães a 7/1/1810 com Luísa Maria, filha de Maria Alves, solteira. Testemunhas: Manuel António Fernandes, José Fernandes, Luís Manuel Vaz e Joaquim da Cunha, todos remoalenses. // Faleceu a 9/6/1860, em Canle, Remoães, com 72 anos, viúvo de Maria Luísa Alves. // Deixou dois filhos e uma filha. 

 

MENDES, Ana Maria Fernandes. // Faleceu a 12/10/1845, no lugar de Canle Remoães, e foi sepultada na igreja no dia seguinte, com ofício de assistência de dez sacerdotes. No dia catorze fizeram por sua alma mais dois ofícios, cada um de dez padres.

 

MENDES, Anatólia. Filha de Maria de Jesus Mendes, jornaleira, natural da freguesia de Badim, concelho de Monção. Nasceu em Remoães, Melgaço, por volta de 1898. // Faleceu no lugar de Canle, Remoães, a 4/2/1901, com apenas três anos de idade, e foi sepultada no cemitério da localidade. 

 

MENDES, Damiana Joaquina. Filha de Agostinho José Mendes e de Luísa Maria Alves, moradores em Remoães. N.p. de Manuel Mendes e de Teresa Fernandes, de Ferreiros, Alvaredo; n.m. de Maria Alves, solteira, de Penso (!). Nasceu a 4/11/1817 e foi batizada a (?). Padrinhos: Bernardo Pereira e esposa, Joana Lourenço, de Remoães. // Faleceu solteira, a 9/3/1846, em Canle, Remoães, de um forte ataque que de repente lhe deu, e no dia seguinte foi sepultada na igreja, com ofício de sete padres.     

 

MENDES, João. // Morreu a 25/3/1809, no estado de viúvo de Maria Gonçalves, de Canle, Remoães, e foi sepultado na igreja no dia seguinte, em túnica de São Francisco. // Fizera testamento. // Deixou cem missas pagas: dez por sua alma; vinte pelas suas obrigações; cinco pelas almas das confrarias… 

 

MENDES, João António. Filho de Agostinho José Mendes e de Luísa Maria Alves, camponeses, moradores em Remoães. N.p. de Manuel Mendes e de Teresa Fernandes, de Ferreiros, Alvaredo; n.m. de Manuel Alves, de Prado, e de Maria Alves, solteira, de Canle, Remoães. Nasceu a 30/3/1815 e foi batizado a 1 de Abril desse ano. Padrinhos: João Ventura de Sousa e sua filha, Maria Inácia, de Cima de Vila, Remoães. // Lavrador. // Faleceu solteiro, a 3/11/1893, em sua casa de Canle, Remoães, e foi sepultado no cemitério. // Fizera testamento.   

 

MENDES, Manuel Joaquim. Filho de Agostinho José Mendes e de Luísa Maria Alves (*), moradores em Remoães. N.p. de Manuel Mendes e de Teresa Fernandes, de Ferreiros, Alvaredo; n.m. de Maria Alves, solteira, de Remoães. Nasceu a 30/1/1811 e foi batizado no dia seguinte. Padrinhos: Manuel Aires da Rocha, solteiro, e sua irmã, Ana Joaquina, solteira, da freguesia de Alvaredo, termo de Valadares. // Casou na igreja de Remoães, a 2/7/1846, com Maria Isabel Frei, filha de Agostinha Garcia, da freguesia de Melão, bispado de Tui. Testemunhas: A.M.G. da Rosa, viúvo, de Gondomar, Remoães, e José Luís de Sousa, viúvo, de Cima de Vila. // Finou-se a 29/12/1864, em sua casa de Canle, Remoães, e foi sepultado na igreja. // Não deixou filhos. /// (*) Essa senhora faleceu antes do filho se casar.    

 

MENDES, Matias Joaquim. Filho de Agostinho José Mendes e de Luísa Alves, residentes na Casa da Barronda, Remoães. N.p. de Manuel Mendes e de Teresa Alves, de Alvaredo; n.m. de Manuel Alves, de Prado, e de Maria Alves. Nasceu em Remoães a 6/3/1824 e foi batizado na igreja a 12 desse mês e ano. Padrinhos: Matias de Sousa, de Remoães, e sua esposa, Rosa, nessa altura a residirem na Vila de Valadares. 

 

MENDES, Rosa Joaquina. Filha de Agostinho José Mendes e de Luísa Maria Alves, rurais, moradores na Barronda, Remoães. N.p. de Manuel Mendes e de Teresa Fernandes, de Ferreiros, Alvaredo; n.m. de Manuel Alves, da Breia, Prado, e de Maria Alves, de Remoães. Nasceu a 7/6/1821 e foi batizado no dia seguinte. Padrinhos: Joaquim Fernandes e Rosa Joaquina Mendes, ambos de Alvaredo. // Faleceu solteira, a 7/10/1891, de repente, em sua casa de Canle, Remoães, e foi sepultada no cemitério. // Sem geração.  

 

MENESES

 

MENESES, Joana. // Faleceu a 5/9/1818, casada com Agostinho de Sousa e Castro, morgado da Quinta do Pombal, Remoães, e foi sepultada na igreja no dia seguinte, em hábito de São Francisco. // Fizeram por sua alma três ofícios de vinte padres cada um. // Deixou testamento.

 

*

 

MIGUEL JOSÉ. // Apareceu na Ponte da Folia, Remoães, a 7/9/1820, e foi batizado na igreja de Remoães no dia seguinte. Padrinhos: Miguel Rocha e sua cunhada, Ana Gonçalves, de Gondomar. 

 

MOLOGÃO

 

MOLOGÃO, Bento. Nasceu na província das Astúrias, Espanha. // Faleceu viúvo, a 8/8/1856, em Remoães, onde morava há anos, na classe de mendigo. // Foi sepultado na igreja no dia seguinte, com ofício de sepultura. 

 

MONTEIRO

 

MONTEIRO, Adelaide Procópia. Filha de Ana Joaquina Monteiro, jornaleira, moradora no lugar da Portela, Remoães. Neta materna de Agostinho José Monteiro e de Isabel Maria Domingues, do dito lugar. Nasceu a 28/12/1844 e foi batizada a 31 desse mês e ano. Padrinhos: o padre Manuel António Gonçalves, da Lage, e Teresa Teixeira, do lugar da Costa. // Lavradeira. // Faleceu a 27/12/1908, em sua casa de morada, sita no lugar da Portela, freguesia de Remoães, com todos os sacramentos da igreja católica, no estado de casada com Manuel Joaquim Lourenço, sem testamento, com filhos, e foi sepultada no cemitério local.

 

MONTEIRO, Adriano Augusto. Filho de Constantino Monteiro e de Mariana Moure, lavradores. N.p. de Maria Rita Monteiro, solteira, da Portela de Remoães; n.m. de António Francisco Moure e de Maria Joaquina Exposta, de Canle. Nasceu a 18/11/1884 e foi batizado a 22 desse mês. Padrinhos: Bento Manuel Monteiro, casado, da Quinta da Torre, Paderne, e Aurélia Mosqueira, solteira, moradora na Lage, Remoães. 

 

MONTEIRO, Agostinho José. // Morreu a 5/7/1820, na Portela de Remoães, e foi sepultado na igreja no dia seguinte, em hábito de São Francisco.

 

MONTEIRO, Amália de Jesus. Filha de Constantino Inácio Monteiro, lavrador, e de Mariana Moure, ambos remoalenses, moradores no lugar de Canle. Neta paterna de Maria Rita Monteiro, solteira; neta materna de António Francisco Moure e de Maria Joaquina Exposta, lavradores. Nasceu em Remoães a 26/8/1900 e no dia seguinte foi batizada na igreja paroquial. Padrinhos: Francisco Luís Monteiro, solteiro, lavrador, e Amália de Jesus, solteira, costureira, ambos remoalenses. // Casou na CRCM a 10/7/1925 com Lindolfo Gonçalves, de 24 anos de idade, natural de Paderne, filho de Justino Gonçalves e de Angelina Rodrigues. // Faleceu na sua freguesia de nascimento a 19 de Dezembro de 1975.  

 

MONTEIRO, Ana Joaquina. Filha de Agostinho José Monteiro e de Isabel Maria Domingues, rurais, moradores em Remoães. N.p. de Manuel Monteiro e de Catarina Domingues, da Lage; n.m. de Josefa Antónia de Passos, da Portela de Remoães. Nasceu a 13/6/1815 e foi batizada a 16 desse mês. Padrinhos: João Ventura de Sousa, de Remoães, residente em Prado (por ali ter comprado uma casa), e a Senhora da Conceição. // Camponesa. // Faleceu solteira, a 14/4/1882, em sua casa da Portela de Remoães, e foi sepultada no cemitério local. // Deixou filhos. // Nota: lê-se no assento de óbito que ela morreu com 60 anos de idade (!).   

 

MONTEIRO, Ana Maria. Filha de João António Monteiro e de Luísa Maria Rodrigues, moradores no lugar da Costa. N.p. de António Monteiro e de Luísa Vaz, de Remoães; n.m. de Estêvão Rodrigues e de Rosa Soares, do Cruzeiro, S. João de Sá, Valadares. Nasceu a 27/8/1822 e foi batizada a 30 desse mês. Padrinhos: Miguel Caetano Vaz Torres, de Remoães, e Ana Maria Rodrigues, do Cruzeiro, São João de Sá. // Lavradeira. // Faleceu a 3/5/1868, em sua casa do lugar da Costa, Remoães, casada com Manuel Joaquim Marques, e foi sepultada na igreja. // Deixou filhos.

 

MONTEIRO, Antónia. // Faleceu viúva, a 26/11/1840, sem fala, em Gondomar, Remoães, e foi sepultada na igreja a 27, com ofício de dez padres, conforme o deixou determinado em seu testamento.

 

MONTEIRO, António. // Faleceu a 30/1/1813, no lugar da Costa, Remoães, viúvo de Luísa Vaz, e foi sepultado na igreja no dia seguinte, em hábito de S. Francisco.

 

MONTEIRO, António. // Morreu no estado de solteiro, a 17/10/1851, subitamente, privado de todos os sentidos, no lugar da Costa, Remoães, e foi sepultado na igreja no dia seguinte, com ofício de corpo presente de 32 sacerdotes; no dia 20 fizeram, por sua alma, mais dois ofícios, cada um de quinze eclesiásticos.

 

MONTEIRO, António. Filho de Maria Albina Monteiro, solteira, do lugar da Portela de Remoães. Neto materno de Ana Monteiro, do dito lugar e freguesia. Nasceu em Remoães a 10/4/1896 e foi batizado na igreja paroquial a 14 desse dito mês e ano. Padrinhos: Luís Monteiro e Virgínia Monteiro, solteiros, irmãos do batizando. 

 

MONTEIRO, António Joaquim. Filho de Domingos (Dumas?) e de Clara Maria Monteiro, lavradores, residentes em Remoães. Nasceu em Santa Marta, Viana do Castelo, por volta de 1802. // Lavrador. // Morreu no estado de solteiro, em sua casa do lugar da Costa, Remoães, a 24/7/1870, com cerca de 68 anos de idade. // Fizera testamento.        

 

MONTEIRO, António Joaquim. Filho de Constantino Monteiro e de Mariana de Francisco Moure, residentes em Canle. N.p. de Maria Rita Monteiro; n.m. de António Francisco Moure e de Maria Joaquina Exposta, todos lavradores. Nasceu a 30/1/1879 e foi batizado a 4 de Fevereiro desse ano. Padrinhos: o avô materno e Maria Joaquina da Armada, solteira, camponesa, de Remoães. // Morreu a 2/6/1884, com apenas cinco anos de idade, em casa dos pais, sita em Canle, Remoães.

 

MONTEIRO, António Joaquim. Filho de ----------- Monteiro e de ------------------------------. Nasceu em Remoães a --/--/189-. // Fez exame do 1.º grau a 18/7/1908, obtendo um «ótimo». 

 

MONTEIRO, António Luís. Filho de Agostinho José Monteiro e de Isabel Maria Domingues. Nasceu em Remoães por volta de 1802. // Faleceu em casa dos pais, a 15/8/1805, com apenas três anos de idade.  

 

MONTEIRO, António Luís. Filho de Agostinho José Monteiro e de Isabel Maria Domingues, moradores em Remoães. N.p. de Manuel Monteiro e de Catarina Domingues; n.m. de Josefa Antónia de Passos. Nasceu a 6/8/1806 e foi batizado a 10 desse mês e ano. Padrinhos: António Luís de Araújo e esposa, Maria Rosa Rodrigues, da Gaia, São Paio. // Lavrador. // Faleceu solteiro, a 23/9/1863, na sua casa do lugar da Costa, Remoães, e foi sepultado na igreja no dia seguinte, com ofício de corpo presente, de assistência de oito sacerdotes.   

 

MONTEIRO, Armando José Ferraz. // Casou na igreja de Remoães a --/--/1932 com Alinda do Céu Silva (NM 175, de 4/12/1932).

 

MONTEIRO, Augusto Cândido. Filho de Maria Albina Monteiro, solteira, camponesa, moradora em Remoães. Neto materno de Ana Joaquina Monteiro, solteira, rural, remoalense. Nasceu a 27/9/1871 e foi batizado dois dias depois. Padrinho: padre Aureliano Augusto de Sousa, da Quinta da Torre, Paderne. // Era solteiro, jornaleiro, morava no lugar da Quinta da Torre, quando casou na igreja do mosteiro de Paderne a 25/7/1897 com Maria de Jesus Gonçalves Ferraz, de 23 anos de idade, solteira, doméstica, natural de Paderne, onde residia, no lugar da Portela, filha de José Bento Gonçalves Ferraz, sapateiro, e de Maria do Rosário da Mota Manso. Testemunhas: Francisco Manuel Fernandes, casado, lavrador, residente no lugar da Igreja, e Francisco António Rodrigues de Morais, casado, oficial de diligências, morador no lugar da Portela, ambos os lugares da freguesia de Paderne. // Morou no lugar de Gondomar, Remoães. // Foi nomeado para servir nas causas-crime durante o segundo semestre de 1913 (Correio de Melgaço n.º 56, de 6/7/1913). // Morreu a 6/1/1918; por sua morte foi citado seu filho José, solteiro, menor, púbere, ausente em parte incerta do Brasil (Jornal de Melgaço n.º 1216, de 27/7/1918). // A sua viúva finou-se a 15 de Abril de 1957, com 83 anos de idade. // Pai de Prazeres da Ascenção (nasceu em 1909 e faleceu a 27/11/1919); de Armando José (nasceu em 1910 e casou a 12/12/1932 com Arlinda do Céu, filha de António da Silva e de Ludovina Rosa Dantas); de Iracema (casou a 5/9/1947 com Manuel Francisco, filho de Caetano Carvalho Marques e de Carmen Gonçalves); de Maria da Glória (nasceu em 1914); e de Eduardo Augusto (nasceu a 20/9/1916). // Irmão do sargento Luís Monteiro.      

 

MONTEIRO, Bento Manuel. Filho de Ana Joaquina Monteiro, camponesa, moradora na Portela de Remoães. Neto materno de Agostinho José Monteiro e de Isabel Maria Domingues. Nasceu a 15/10/1848 e foi batizado três dias depois. Padrinho: Vitorino Inácio Monteiro, solteiro, primo do neófito, do dito lugar. // Professor. // Casou na igreja de Remoães a 22/1/1874 com Esménia Petronila, de 31 anos de idade, costureira, filha de Francisco José Gonçalves e de Miquelina Luísa de Sousa e Castro, da Quinta da Torre, Paderne. Testemunhas presentes: Bernardo António de Sousa e Castro, casado, rural, e JAM, solteiro. // Tinha 32 anos de idade, estava viúvo de Esménia Petronila, quando voltou a casar, na igreja de Remoães, a 9/1/1881, com Maria José, de 21 anos de idade, filha de Vitorino José de Sousa Lobato, de Paderne, e de Maria Benedita Durães, de Gondomar, Remoães, lavradores. Testemunhas presentes: JAM e João Batista Gonçalves, casado. // Gerou filhos em ambas as esposas (ver a sua descendência em Paderne). // Morreu a 3/2/1925, repentinamente. // Nota: deve ser o mesmo senhor que foi jurado pela freguesia de Paderne no 2.º semestre de 1907. // continua...    

 

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