quinta-feira, 4 de novembro de 2021

PARABÉNS, SENHORA D. MARIA TERESA ALVES PELO SEU CENTÉSIMO ANIVERSÁRIO.  


ALVES, Maria Teresa. Filha de Germano Alves (Carabel), castrejo, solteiro (antes do casamento com Aurora), e de Aurora Rodrigues, brasileira, viúva de João Batista Gonçalves. Neta paterna de Domingos António Alves e de Maria Teresa Gomes; neta materna de Francisco Rodrigues e de Ana Rosa d’Outeiro. Nasceu na Vila a 26/9/1921. // Foi para o Brasil com os pais, onde casou, mas como o marido lhe era infiel e até lhe batia, voltou para Melgaço, onde tem vivido sozinha. No Notícias de Melgaço n.º 691, de 25/6/1944 dizia-se que ela regressava de Pará, juntamente com seu irmão Germano Henrique. // Sem geração. // Consta que depois de vir do Brasil foi namorada durante muitos anos de um seu primo, professor do ensino primário. 




             Artigo do Padre Dr. Carlos Nuno Vaz, publicado em A Voz de Melgaço de 1/11/2021.  







Pais de Maria Teresa Alves 

ALVES, Germano. Filho de Domingos António Alves (Carabel) e de Maria Teresa Gomes, comerciantes, ela natural de Cristóval e ele do lugar de Dorna, moradores na vila de Castro. Neto paterno de António Alves e de Ana Rosa Esteves; neto materno de Francisco Gomes e de Clara Josefa Quintela. Nasceu a 31/3/1898 e foi batizado nesse dito dia. Padrinhos: José Alves, tio paterno, e Ana Rosa Esteves, avó paterna (o padrinho foi representado pelo padre João Domingues). // «… aos catorze anos conhecera um galego de Entrimo (…) que o influenciara a emigrar…» Como o pai não autorizou, porque precisava dele na fábrica, fugiu de casa. Ele mais o galego apanharam o comboio para Vigo e ali embarca, clandestinamente, para as Américas. O capitão do barco descobre-o no alto mar, mas deixa-o ir até Cuba. Dali parte para a América do Norte. Regressa em 1919 a Castro Laboreiro. Lê-se no Jornal de Melgaço n.º 1262, de 14/9/1919: «encontra-se há anos na América do Norte o senhor Francisco Fernandes, filho do Morgado de Pousafoles; e como lá se lembrasse de que na sua terra natal se realizava a festividade mais importante (a festa da Senhora do Alívio), no dia 24 do próximo passado, apesar de tão distante, não quis deixar de se associar aos festejos da sua terra querida, e na impossibilidade de cá vir, encarrega o nosso amigo, senhor Germano Alves, de Castro Laboreiro, que há pouco regressou daquelas paragens, de ir ocupar um lugar à mesa de seus pais, representando-o, visto não poder ele nesse dia abraçá-los pessoalmente, como era seu desejo.» Por essa altura, 1919, associa-se ao irmão Abílio. Abriram loja na sua terra natal, e a tudo botaram mão: «Entre tamancos, miudezas e fazendas, também arranjava tempo para tratar de caixões e de funerais» (ver Frontera Notícias, de 6/8/2004). Publicaram um jornal (A Neve), cujo diretor era o professor Abílio Domingues, cunhado do advogado Dr. José Joaquim de Abreu. // Casou a 25/12/1920 com Aurora, nascida em São Paulo, Brasil, a 9/5/1896, filha de Francisco Rodrigues, natural de Fiães, e de Ana Rosa d’Outeiro, natural de Cristóval, melgacenses, e viúva (enviuvara a 28/4/1917) do comerciante em Pará, Brasil, João Batista Gonçalves, nascido por volta de 1871 em Cristóval, Melgaço, já com uma filha, chamada Aurora de Nazaré Gonçalves. // Residiram em São Julião, Vila de Melgaço, na casa e quinta que ela herdara do primeiro marido, onde ele, Germano, juntamente com os irmãos, Abílio e José, funda, a 4/4/1927, uma filial da fábrica de chocolates de Castro Laboreiro. Tinham-se conhecido na Peneda, Gavieira, em Setembro de 1920. Ela fora lá pagar uma promessa e no regresso à Vila de Melgaço queria levar umas tabletes de chocolate para oferecer; dirigiu-se à banca dos manos Abílio e Germano e logo ficou pelo beicinho por este último! // Germano e Aurora foram padrinhos de Aurora Germana, nascida em SMP a 25/8/1925 e batizada a 10 de Novembro desse ano, filha de José Augusto Fernandes (Zé Borné) e de Isaulinda Augusta Colmeiro (Serôdia). // O Notícias de Melgaço n.º 146, de 17/4/1932, dá a notícia: «de Pará chegou à sua casa de São Julião, acompanhado da esposa e filhos, o senhor Germano Alves.» // Em 1934 foi padrinho de casamento da sua enteada; o noivo era Vitorino Alberto, filho de António Alberto Pires, natural de Paços, abastado proprietário e capitalista (NM 238, de 8/7/1934). // Em 1935 ainda mantinha negócios na sua freguesia de nascimento (NM 270, de 5/5/1935). // A sua esposa faleceu na Vila de Melgaço a 26 de Janeiro ou 26/11/1936. // Nesse ano de 1936 embarcou para o Brasil, a fim de tratar de assuntos relacionados com a defunta mulher (NM 330, de 25/10/1936). // A filha da Aurora e de João Batista morreu em Paços a 25/7/1994, com 78 anos de idade; o seu viúvo voltou a casar – desta vez com a empregada. // Germano e Aurora geraram dois filhos: - Maria Teresa (nasceu em SMP a 26/9/1921, embarcou para o Brasil, onde casou, mas o marido tratava-a mal e era-lhe infiel, por isso, ela veio para a sua terra natal e tem vivido “sozinha” estes anos todos); e Germano Henrique (nasceu no Brasil a 4/7/192-, casou a 26/8/1948 com Deolinda do Carmo, filha de Vitorino Esteves “Cabana” e de Carolina Júlia Lopes; tem uma filha, Maria de Fátima, batizada a 26/8/1951, e um filho, Ricardo Henrique, que nasceu em Niterói, Brasil, e em 1995 concluiu o Curso de Engenharia Eletrónica na Universidade do Minho, Guimarães; em 1990 o Germano Henrique e esposa venderam as suas propriedades da Assadura “Quinta da Corga” e “Tapada dos Pardieiros”; em 1997 foi operado aos instestinos no Porto).






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