quinta-feira, 5 de novembro de 2015

SONETOS

Por Joaquim A. Rocha 



DESILUSÃO



Fui à lusa capital manhã fria,
Em busca dum certo e caro amigo;
Encontrei tanta gente sem-abrigo,
Vivendo em pura melancolia.

Custou-me a acreditar no que via:
Lisboa era a sede do mendigo,
Padecendo quiçá duro castigo
De crime que eu cometera um dia.

Voltei de lá triste, tão desolado,
Jurando nunca mais ali voltar;
Àquela cidade do velho fado...

De belas mouras por desencantar.
Pisando um trilho amaldiçoado,
D’onde o sol foge e não há luar. 

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