quarta-feira, 15 de abril de 2020

     SONETOS DO SOL E DA LUA

                                                            Por Joaquim A. Rocha




EM PLENO VERÃO
 



Na hora árdega do meio-dia

Bate fortemente meu coração;

O cérebro mergulha em ilusão,

O meu peito absorve maresia.

 

Ouço ao longe estranha sinfonia,

Como lamentando antiga paixão;

Um vil pecador pedindo perdão,

Aves a voar, em plena harmonia.

 

Eis senão quando o céu escurece,

Um vendaval rompe pelos ares,

Um forte sismo deita abaixo tudo.

 

O povo ajoelha, e, em uma prece,

Reza ao senhor dos ventos e dos mares…

E eu ali: surdo, cego, e mudo!
 
 
 
 

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