domingo, 9 de fevereiro de 2020

DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO DE MELGAÇO
 
Por Joaquim A. Rocha




Afogamentos
 
 
     Quando surgiu no universo a vida, há milhões e milhões de anos, logo a seguir, inesperadamente, nasce a morte. Com a sua foice comprida, sempre bem afiada, vai ceifando vidas sem conta; a maldita jamais se sacia, tem uma fome permanente e voraz. Ninguém até hoje a conseguiu vencer. Aparece-nos a qualquer hora do dia e zás! Leva-nos com ela, adormece-nos para sempre. O ser humano, com um cérebro pensante, e a fim de suavizar esta realidade atroz, cria as religiões, cujos deuses nunca morrem. Cria-se um céu para os bons, um purgatório para os assim-assim, e um terrível inferno para os maus. Acontece que a maldade é tanta que os humanos ruins já não cabem no inferno; daí, espalharem-se por toda a parte, praticando o mal vinte e quatro horas por dia. Como combater esta praga?    


(1917) - // MONTEIRO, Aureliano Augusto. Filho de Bento Manuel Monteiro e de Maria José de Sousa Lobato, lavradores, domiciliados na Quinta da Torre, freguesia de Paderne. Neto paterno de Ana Joaquina Monteiro, solteira; neto materno de Vitorino José de Sousa Lobato e de Maria Benedita Durães. Nasceu em Paderne a 28/3/1904 e foi batizado na igreja católica a 2 de Abril desse ano. Padrinhos: José Maria de Sousa Pinto, casado, proprietário, e Marcelina Rosa Monteiro, solteira, doméstica, irmã do batizando. // No verão de 1915 fez exame do 1.º grau na escola do sexo masculino de Remoães, obtendo a classificação de «ótimo» (Correio de Melgaço n.º 158, de 25/7/1915). // Morreu afogado no rio Minho, no sítio do Moinho do Rio, limites do lugar da Costa, freguesia de Remoães, a 3/8/1917, com apenas treze anos de idade, e foi sepultado no cemitério de Remoães. 

 

(1921) - // RODRIGUES, Clementina Rosa (Loba). Filha de --------------- Rodrigues e de ------------------. Nasceu em ------------, por volta de 1862. // No Notícias de Melgaço n.º 1, de 6/2/1921, pode ler-se: «Suicídio: – na manhã de 25/2/1921 foi encontrada afogada na “Poça Fontão”, no lugar de Santo Amaro, freguesia de Prado, Clementina Rosa Rodrigues, “Loba”, solteira, de cinquenta e nove anos de idade, do referido lugar e freguesia. Trata-se de um suicídio, pois a infeliz “Loba”, que há tempos vinha sofrendo de desarranjos mentais, vivia na melhor harmonia com a sua família, e nunca teve questões com qualquer pessoa

 

(1921) - DANTAS, Manuel Joaquim. Filho de Delfina da Ascensão Dantas, solteira, doméstica, moradora no lugar de Fontes. Neto materno de Manuel Joaquim Dantas e de Teresa de Jesus Vaz. Nasceu em Paderne a 28/9/1906 e foi batizado na igreja a 30 desse mês e ano. Padrinhos: o seu avô materno, viúvo, alfaiate, e Claudina Rosa Dantas, solteira, doméstica. // A 12/7/1918 fez exame do 1.º grau na escola Conde de Ferreira, obtendo a classificação de ótimo; era seu professor António Dâmaso Lopes (Jornal de Melgaço n.º 1216, de 27/7/1918). // Faleceu por afogamento a 13 de Julho de 1921. 

 

(1928) - SARANDÃO, Artur César. Filho de Serafim Francisco Sarandão e de Rosa Maria Esteves, lavradores, de SMP (Vila de Melgaço). Neto paterno de Constantino Manuel Sarandão e de Ana Luísa Domingues; neto materno de Vitorino Lourenço Esteves e de Maria Benedita Esteves. Nasceu no lugar de Galvão a 10/5/1908 e foi batizado a 17 desse mês e ano. Padrinhos: António Esteves, solteiro, proprietário, e Belarmina da Glória Esteves, solteira, camponesa. // Morreu a 10/8/1928, com apenas vinte anos de idade, afogado no rio Minho, no sítio da Freixeira, na pesqueira Santa Joaneira.
 
 


 
 
 
 

Sem comentários:

Enviar um comentário