sexta-feira, 10 de novembro de 2017

A MINHA RELIGIÃO E OUTROS ESCRITOS
 
Por Joaquim A. Rocha
 
 
 
Prefácio
 

     Um religioso não pode ser humanista, porque não simpatiza com aqueles que não abraçam a sua crença; um humanista gosta de todos, independentemente da religião que eles tenham.

     Desde criança que o tema me atrai, mas foi a partir de 1966, quando fui mobilizado para as matas da Guiné-Bissau que esse interesse aumentou exponencialmente. Certo dia, em Bolama, um padre católico incitava as tropas a combater ferozmente contra os “turras”, ou seja, contra os guerrilheiros do PAIGC. O sacerdote tinha nos seus braços uma metralhadora G3 e parecia disposto a usá-la. Eu fiquei a pensar nisso. Quando eu era pequeno, na minha terra, Melgaço, quase todos os padres católicos eram simpatizantes, e até militantes, do regime corporativista de Salazar e Marcelo Caetano; a maior parte desses sacerdotes vestia a farda de legionário, apesar de alguns serem miniatura de gente, como era o caso do padre Justino Domingues, natural de Parada do Monte, pároco da Vila de Melgaço, sede do concelho, a partir de 1944, que não chegava a metro e meio de altura. Não tinham a noção do ridículo, e esqueciam-se de que um padre de uma qualquer religião não deve tomar partido por este ou aquele regime.       
     Em princípio todos nós somos ateus. Se eu perguntar a um católico se acredita em Alá, certamente vai dizer-me que não, para ele só existe um deus: o pai de Jesus Cristo. Logo, se não acredita no deus dos muçulmanos, para estes o católico é um ateu. 

     As religiões nasceram todas elas devido ao medo, ao receio que as pessoas têm do que se vai passar depois da morte. Alguns oportunistas aproveitaram-se desse facto e começaram a ganhar dinheiro e ter influência na sociedade.

       Existem tantos deuses quantas as religiões. Quem leu a bíblia, antigo testamento, verifica que Jeová se diz deus do povo judeu; mesmo hoje, século XXI, os israelitas acreditam no seu deus, Jeová, e esperam pacientemente pelo messias. Para os judeus, Jesus Cristo não passa de um profeta, um ser humano com alguns dotes oratórios. O problema dos crentes é acreditarem em seres que não existem, pois foram inventados pelos próprios humanos.
      Se os seres humanos acreditassem a sério na existência dos deuses não cometeriam tantos crimes, pois ficariam sujeitos a penas severas. Há muita hipocrisia nestas crenças. As igrejas, a católica e tantas outras, organizaram-se e hoje gerem grandes empresas financeiras, são donos de vários canais de televisão, rádios, jornais, revistas, etc.   



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