A MINHA RELIGIÃO E OUTROS ESCRITOS
Por Joaquim A. Rocha
Prefácio
Um religioso não
pode ser humanista, porque não simpatiza com aqueles que não abraçam a sua crença; um
humanista gosta de todos, independentemente da religião que eles tenham.
Desde criança que
o tema me atrai, mas foi a partir de 1966, quando fui mobilizado para as matas
da Guiné-Bissau que esse interesse aumentou exponencialmente. Certo dia, em
Bolama, um padre católico incitava as tropas a combater ferozmente contra os
“turras”, ou seja, contra os guerrilheiros do PAIGC. O sacerdote tinha nos seus
braços uma metralhadora G3 e parecia disposto a usá-la. Eu fiquei a pensar
nisso. Quando eu era pequeno, na minha terra, Melgaço, quase todos os padres
católicos eram simpatizantes, e até militantes, do regime corporativista de
Salazar e Marcelo Caetano; a maior parte desses sacerdotes vestia a farda de
legionário, apesar de alguns serem miniatura de gente, como era o caso do padre
Justino Domingues, natural de Parada do Monte, pároco da Vila de Melgaço, sede do
concelho, a partir de 1944, que não chegava a metro e meio de altura. Não
tinham a noção do ridículo, e esqueciam-se de que um padre de uma qualquer
religião não deve tomar partido por este ou aquele regime.
Em
princípio todos nós somos ateus. Se eu perguntar a um católico se acredita em
Alá, certamente vai dizer-me que não, para ele só existe um deus: o pai de
Jesus Cristo. Logo, se não acredita no deus dos muçulmanos, para estes o
católico é um ateu.
As
religiões nasceram todas elas devido ao medo, ao receio que as pessoas têm do
que se vai passar depois da morte. Alguns oportunistas aproveitaram-se desse
facto e começaram a ganhar dinheiro e ter influência na sociedade.
Existem tantos deuses quantas as religiões. Quem leu a bíblia, antigo
testamento, verifica que Jeová se diz deus do povo judeu; mesmo hoje, século
XXI, os israelitas acreditam no seu deus, Jeová, e esperam pacientemente pelo
messias. Para os judeus, Jesus Cristo não passa de um profeta, um ser humano
com alguns dotes oratórios. O problema dos crentes é acreditarem em seres que
não existem, pois foram inventados pelos próprios humanos.
Se os seres humanos acreditassem a sério
na existência dos deuses não cometeriam tantos crimes, pois ficariam sujeitos a
penas severas. Há muita hipocrisia nestas crenças. As igrejas, a católica e
tantas outras, organizaram-se e hoje gerem grandes empresas financeiras, são donos de vários canais de televisão, rádios, jornais, revistas, etc.
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