quarta-feira, 5 de maio de 2021

A MORTE DE UM MELGACENSE ILUSTRE 



      A morte acontece a todos, mas mesmo assim lamentamos a partida daqueles que conhecemos; não posso afirmar que éramos amigos, isso não; no entanto éramos conterrâneos e já nos conhecíamos há bastantes anos. Admirava a sua escrita, apesar de ela ser mais direcionada para Valença do Minho, onde residia desde jovem. 

CASTRO, Alberto Magno. Filho de Gaspar Magno Pereira Castro e de Maria Fernanda de Lurdes Carvalho, proprietários, da Casa de Galvão. Neto paterno de Alberto Magno Pereira de Castro e de Maria José de Vasconcelos Mourão Passos; neto materno de João Cândido de Carvalho e de Carolina Augusta Gonçalves. Nasceu na Vila, SMP, a 16/8/1940 e foi batizado a 10 de Novembro desse ano. Padrinhos: José Maria Pereira e sua esposa, Rosa Rodrigues, comerciantes. // Depois do ensino secundário ingressa na vida militar. Em 1962 frequentou o curso de oficiais milicianos, na Escola Prática de Infantaria em Mafra. Em 1963 vai para Angola, no exército colonial, e ali permanece até 1965. Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 1575, de 14/11/1965: «Depois de cumprir o seu tempo em missão de soberania em Angola, regressou à metrópole, encontrando-se em casa de seus estremecidos pais no solar de Galvão, o nosso estimado conterrâneo alferes Alberto Magno Pereira de Castro.» // Depois do regresso entra para a GNR. É colocado em Valença, onde esteve vinte anos. Em 1986 é-lhe entregue, interinamente, o comando da Companhia, e muda para Viana do Castelo. Ao fim de quatro anos, em 1990, assume o comando efetivo, com o posto de capitão. Em 1991 e em 1992 frequentou o curso de promoção a oficial superior no Instituto de Altos Estudos Militares. Depois da promoção a major é colocado no Centro de Instrução da Ajuda, Lisboa. Por razões que se desconhecem, em Setembro desse ano passa à reserva. // Paralelamente à vida militar, vai-se dedicando às Letras. Desde novo que começa a publicar em «A Voz de Melgaço» vários poemas, que mais tarde editou em livro: «Poemas para a cidade» e «Notícias do Reencontro». Faz também investigação histórica e genealógica, tendo publicado em 1994 «A Praça-Forte de Valença do Minho». Em 1995 saíram a lume dois livros: «Valença na Guerra da Restauração» e «A Irmandade de Nossa Senhora do Carmo da Praça de Valença – a Capela e os Estatutos». Em 2008 saiu a público com subsídio da Câmara Municipal de Valença, «Gerações Valencianas», I volume. Além das obras mencionadas, vai escrevendo alguns artigos jornalísticos. // Politicamente, embora independente, está próximo do PSD e já foi, com o apoio desse partido, presidente da Câmara Municipal de Valença (eleito a 12/12/1993). Devido a querelas surgidas entretanto, não lhe renovaram o apoio. // Casou em Santa Luzia, Viana, a 20/2/1966, com a professora do ensino básico, Maria Armanda, filha de Gaspar de Oliveira Figueiredo e de Armanda de Jesus Dias, moradores em Galvão (ver em Notícias de Melgaço n.º 1588, de 27/2/1966. // Morreu no hospital de ------------------, no dia 4/5/2021. // Pai de ------------- (este filho de Alberto Magno morreu ainda jovem) e de Maria Eduarda (em 1991 terminou a licenciatura em Biologia e Geologia na Universidade do Minho, Braga – (ver "A Voz de Melgaço" n.º 947).           

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