sábado, 24 de dezembro de 2016

SONETOS
 
Por Joaquim A. Rocha






O MEU LAR

(140)

 

Residi numa selva de betão,

Ali para os lados de Odivelas…

Tudo se assemelhava a favelas,

Do Rio de Janeiro ou Paquistão.

 

Pereceu ali minha ilusão,

A minha crença em coisas belas;

As serenatas à luz das mil velas,

O meu amor, minha religião! 

 

Fiquei vazio, isolado, sozinho,

Zangado com o mundo, com as gentes,

Bebi jeropiga, litros de vinho,

 

Afoguei a dor em aguardentes.

Regressei cansado ao velho Minho,

Onde jazo ao lado de descrentes.

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