sexta-feira, 10 de março de 2023

MELGAÇO: Padres, Monges e Frades. 

Por Joaquim A. Rocha

«Venham até mim as criancinhas»

// continuação de 6/12/2022.


ESTEVES, Manuel Joaquim (Padre). // Do lugar de Covelo. // A 15/2/1843, na igreja de São Paio, foi padrinho de José António, nascido no dia anterior, filho de Francisco José Alves de Macedo e de Maria Luísa de Carvalho. // A 1/5/1845, também na igreja de São Paio, foi padrinho de Rosa Maria, nascida a 29 de Abril daquele ano, filha de Francisco José Alves de Macedo e de Maria Luísa de Carvalho, rurais, moradores no lugar de Sante. // A 6/3/1850, na igreja de Paderne, batizou (com licença do padre Francisco António Soares Coutinho) e foi padrinho de José Joaquim, nascido dois dias antes, filho de Lourenço José Fernandes e de Joaquina Rosa Gonçalves.

 

ESTEVES, Manuel José (Padre). // Morou no lugar de Queirão, freguesia de Paderne. // Em Julho de 1823 era pároco da igreja de São Paio. // Ver, na Vila de Melgaço, Teresa de Jesus Nunes. // A 3/8/1840, na igreja de Paderne, foi padrinho de Manuel Joaquim, nascido no dia anterior, filho de Bento Rodrigues e de Rosa Maria Fernandes. // A 17/3/1865, na igreja de Paderne, foi padrinho de Cândida Durães, nascida no dia anterior. // A 28/6/1866, na igreja de Paderne, serviu de testemunha no casamento de Manuel Joaquim Alves e de Maria Joaquina Alves.

 

ESTEVES, --------- (Padre). // [ESTEVES, Maria Josefa. Nasceu no lugar do Paço. Neta paterna do padre Esteves e de Maria Gomes, viúva, de Surribas, Rouças; neta materna de --------------- Marques e de Maria Domingues. Nasceu em São Paio a 14/5/1803 e foi batizada no dia seguinte. Padrinhos: os seus avós paternos. // Sem mais notícias.] 

 

FAIÃO, Pedro Alves (Padre). // Foi vigário da freguesia de Paços no século XVII (ver “Obras Completas” de Augusto César Esteves, volume I, tomo I, página 309).

 

FALCÃO, António Luís Rosa (Padre). // Morreu na Vila de Melgaço a 10/6/1744. // Foi avô de Francisco da Rosa Falcão, que casou na igreja matriz de SMP com Maria Luísa Soares de Castro (ver O Meu Livro das Gerações Melgacenses, vol. I, página 124). // É provável que seja o padre António Soares Falcão, de quem fala o Dr. Augusto Esteves nas suas “Obras Completas”, volume I, tomo I, página 251: «A 26/8/1726 arrendou as dízimas e premissas da sua igreja e da anexa de Prado, e em Fevereiro do ano seguinte, na sua própria casa, se lavrou um contrato para se fazerem certas, e determinadas obras na matriz da vila.» O padre António Soares Falcão sucedera em Janeiro de 1724 ao padre João Dias Santos, na paróquia de SMP, o qual morreu a 21/12/1723, e permaneceu nessa paróquia até 1727.   

 

FARIA, Abílio Mariz (Padre). // Foi nomeado pároco de Cristóval a 3/9/1953. // A 4/9/1957 transitou para Barcelinhos, Barcelos. // No assento de casamento de João Evangelista Pires com Teresa de Jesus Lobo Maia, realizado a 19/7/1959, diz-se que ele morava em Cristóval, Melgaço!   

 

FARIA, Luís José (Padre). // A 14/5/1821, na igreja de SMP, foi padrinho de Rosa Teresa Gonçalves, nascida dois dias antes.

 

FARIA, Manuel Pinheiro (Padre). // Lê-se em Obras Completas de Augusto César Esteves, volume I, tomo I, página 250: «Era já abade em 1631 e três vezes foi eleito provedor da Santa Casa da Misericórdia de Melgaço: 1633 a 1640, e 1652. Foi também irmão fundador da Confraria das Almas ereta na vila. Em 1648 fez uma transação em causa própria com António de Castro de Sousa, da Casa e Quinta do Peso, e outra vez com João Lobato de Abreu e mulher, D. Leonor de Sousa, intervindo aí como procurador de D. Briolanja de Sousa Alvim, viúva de Dom João de Sousa, da Quinta do Fecho

 

FEIJÓ, António Joaquim (Padre). Filho de Joaquim Tomaz Correia Pimenta Barbosa Feijó e de Caetana Delfina Lima de Sousa e Castro. Nasceu em Rouças, na Casa da Cordeira, a 15/4/1827, e foi batizado dois dias depois. Padrinhos: Jerónimo José Ribeiro Codesso e Margarida Clementina de Sousa e Castro, da Casa da Portela, couto de Paderne, termo de Valadares. // Em 1842 era ainda minorista. «Os bens do matrimónio para receber as ordens sacras foram-lhe doados pelos pais em escritura de 7/12/1847 e era já presbítero a 2 de Setembro de 1849 (Obras Completas de Augusto César Esteves, volume I, tomo I, página 201). // Foi reitor da freguesia de São Miguel da Facha, Ponte de Lima, cura de Vila Fria, Felgueiras, São Vicente de Sousa, Louzado, Famalicão… // A 5/5/1860 comprou em Ponte de Lima, a Santiago Garcia Y Mendonza e sua mulher, Emília Correia Leite Almada, a capela da Senhora da Graça, sita em Eiró, Rouças, a qual quatro anos depois (6/3/1864) vendeu a Manuel José Esteves “Melgaço”, natural de Chaviães. // Por escritura de 15/11/1885 foi-lhe doada por seu irmão Manuel a Quinta da Boa Vista, a qual ele vendeu a 16/10/1905 a Gaspar José Alves e sua esposa, Ana Pureza Pereira de Castro Feijó, pelo preço de seiscentos mil réis! (ver O Meu Livro das Gerações Melgacenses, volume I, página 172). // A 9/8/1903, na igreja de Rouças, foi padrinho de António Joaquim, nascido sete dias antes, filho de Gaspar José Alves e de Ana da Pureza Pereira de Castro, proprietários. A madrinha foi Maria Pia Pereira de Castro, solteira, proprietária, da Casa e Quinta de Galvão. Nota: o padrinho, devido a ser pároco colado de uma freguesia do concelho de Felgueiras, foi representado pelo padre Manuel Bento Gomes, abade de Rouças, Melgaço.  

 

FEIJÓ, Manuel Correia Pimenta (Padre). // Morou na Casa e Quinta da Cordeira, Rouças. // A 20/7/1843, na igreja de Remoães, foi padrinho de Manuel Joaquim, nascido dez dias antes, filho de António Cândido de Sousa e Castro e de Rita Emília Barbosa Correia Feijó. Também foi padrinho de Joaquim Tomás Correia Pimenta Feijó, irmão do padrinho padre, ambos da Quinta da Cordeira, sita na freguesia de Rouças.  

 

FELGUEIRAS, Francisco António Domingues (Padre). // Morou no lugar da Portela de Paderne, de onde era natural. // A 21/2/1801, na igreja de São Paio, foi padrinho de Josefa Luísa Rodrigues, nascida três dias antes. // A 20/2/1803, na igreja de Paderne, serviu de testemunha no casamento de Manuel Narciso Azevedo, natural de Chaviães, com Francisca Luísa Esteves Ribeira, natural de Paderne. Além dele, também foram testemunhas Francisco José Domingues Felgueiras e o padre Domingues Gonçalves de Caldas Mogueimes, do lugar do Pinheiro, freguesia de Paderne. 

 

FERNANDES, António (Padre). Filho de Adelino Fernandes, do lugar de Crastos, Paderne, e de -----------------------. Nasceu a --/--/19--. // Cantou missa nova a 19/7/1959. // Foi nomeado cura de Entre-os-Rios, Germil e Ermida, a 24/8/1959. // No verão de 2000 foi nomeado pároco de Fontoura, Valença (VM 1144). Permaneceu nesse posto até 2018 (VM 1422, de 1/11/2018).

 

FERNANDES, António Manuel (Padre). Filho de António Fernandes e de Luísa Fernandes. Nasceu no lugar de Ferreiros, Alvaredo, por volta de 1790. // Foi pároco de Alvaredo durante anos. // A 18/8/1825, na igreja de Remoães, foi padrinho de Maria Rosa, nascida no dia anterior, filha de João Caetano Simões e de Joaquina Rosa Gonçalves, residentes no lugar da Igreja, Remoães. A madrinha, Maria Fernandes, era irmã do padrinho. // A 17/5/1827, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de Maria Rosa de Sousa, nascida dois dias antes. // A 21/5/1827, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de seu sobrinho, José Joaquim Fernandes, nascido no dia anterior. // A 2/7/1828, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de sua sobrinha, Maria Luísa Fernandes, nascida nesse dito dia. // A 11/1/1831, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de sua sobrinha, Antónia Maria Domingues, nascida dois dias antes. // A 1 de Novembro de 1831, na igreja de SMP, foi padrinho de António Manuel, nascido no dia anterior, filho de João Manuel de Araújo e de Maria Teresa Gomes Calheiros. // A 22/5/1833, na igreja de SMP, foi padrinho de Emília da Ascensão da Cunha, que nascera três dias antes. // A 5/12/1835, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de António Rodrigues, nascido três dias antes. // A 24/4/1836 foi padrinho da sua sobrinha Rosa, filha de Manuel José Fernandes e de Violante da Gaia Torres. A madrinha era a sua irmã Maria Rosa Fernandes. // A 14 de Março de 1837, na igreja do mosteiro de Paderne, foi padrinho de seu sobrinho Manuel Joaquim Fernandes, nascido dois dias antes. // A 21/4/1842, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de António Esteves, nascido três dias antes. // A 26/3/1845, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de Manuel Gonçalves, nascido no dia anterior. // A 1/1/1846, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de Maria, nascida a 31/12/1845, filha de José Joaquim Rodrigues e de Francisca Esteves, residentes no lugar de Ferreiros, Alvaredo. A madrinha era Luísa Fernandes, solteira, do lugar de Ferreiros. // A 12/2/1851, na igreja de Alvaredo, batizou e foi padrinho de Albina, nascida dois dias antes, filha de João Besteiro e de Florinda Rosa de Araújo. // No dia 25/3/1852, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de António, nascido no dia anterior, filho de João Alves e de Maria do Carmo, moradores no lugar do Padreiro. A madrinha foi a sua sobrinha, Rosa Fernandes, solteira, do lugar de Ferreiros. // A 13/4/1853, na igreja de Remoães, serviu de testemunha no casamento de António Joaquim Domingues com Maria Rosa Simões. // A 20/8/1857, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de Mariana Durães, nascida no dia anterior. // A 20/2/1858, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de Rosa Gonçalves, nascida dois dias antes. // A 30/11/1858 na igreja de Alvaredo, foi padrinho de André, nascido quatro dias antes, filho de João Domingues e de Joana Rodrigues, galegos. // A 8/1/1869, na igreja de Remoães, foi padrinho da sua sobrinha Rita Joaquina, nascida no dia anterior, filha de José Joaquim Fernandes, natural de Alvaredo, e de Maria Josefa Fernandes, natural de Remoães (ou galega), lavradores, residentes no lugar do Cruzeiro, Remoães. // A 17/8/1869, na igreja de Alvaredo, foi padrinho de Antónia, nascida no dia anterior, filha de Joaquim Besteiro e de Camila Domingues, rurais. // A 29/9/1869 foi padrinho de Jerónimo, nascido em Alvaredo dois dias antes, filho de Vitorino de Sousa Lobato e de Maria Benedita Martins. // Morreu em sua casa, sita no lugar de Ferreiros, com oitenta anos de idade, a 3 de Novembro de 1870. // Deixou testamento.

 

FERNANDES, Arnaldo Justino Rodrigues (Padre). // Nasceu na freguesia de Tangil, concelho de Monção, a --/--/19--. // Foi ordenado sacerdote a 15/8/1958 e cantou missa nova a 22 desse mês e ano. // Tomou posse como pároco da freguesia da Gave a 27/9/1958. // Transitou para a freguesia de Pias em Agosto de 1960. 

 

FERNANDES, Caetano (Padre). // Natural de Merufe, concelho de Monção. // Exerceu o seu múnus na Vila de Melgaço de 6/1/1895 a 31/8/1898.

 

FERNANDES, Carlos. // A 11/8/1776, na igreja de Remoães, com licença do cura da Vila, SMP, batizou Luís Caetano Rodrigues, nascido três dias antes, filho de Ana Maria Rodrigues, solteira. // A 29/3/1779, na igreja de Remoães, onde ele era vigário, batizou Agostinho, filho de Matias de Sousa e Castro Morais Sarmento (1750-1805), solteiro, fidalgo cavaleiro da Casa Real, da Casa e Quinta do Pombal, e de Maria Josefa da Rosa, solteira, natural de Prado. Os padrinhos da criança eram os seus tios paternos, Agostinho de Sousa e Castro e sua irmã, Damiana Teresa, da dita Casa do Pombal.   

 

FERNANDES, Constantino António (Padre). Filho de Manuel José Fernandes, natural de Lamas de Mouro, e de Maria do Carmo Domingues, natural de Fiães, camponeses, moradores no lugar de Pousafoles. Neto paterno de Luís Fernandes e de Isabel Maria Domingues; neto materno de Francisco Domingues e de Clara Domingues. Nasceu em Fiães a 3/8/1908 e foi batizado na igreja católica local a 8 desse mês e ano. Padrinhos: Constantino José Domingues e sua esposa, Rosa Marques, lavradores. // Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 20, de 7/7/1929: «Fez ato do primeiro ano de teologia Constantino Fernandes, que obteve a classificação de treze valores.» // O Notícias de Melgaço n.º 94, de 18/1/1931, informa-nos: «… A todos três damos as nossas felicitações, bem como ao senhor Constantino António Fernandes, que se ordenou como exorcista e acólito.» // Tornou-se sacerdote no seminário de Braga a 15 e cantou missa nova na capela da Senhora do Alívio de Pousafoles a 28/8/1932. // Em 1935 era pároco da freguesia de Cerdal, Valença (NM 296). // Na sobredita capela veio festejar as suas bodas de prata sacerdotais a 25/8/1957. // Morreu na citada freguesia de Cerdal, Valença do Minho, a 6/4/1977. // Tinha sete irmãos.

 

FERNANDES, Francisco (Padre). // Nasceu em Cristóval no século XVII e nessa freguesia morreu a 8/4/1724.  

 

FERNANDES, Francisco (Padre). // Morreu na freguesia de Paços a 21 de Novembro de 1721. // Sem mais notícias.

 

FERNANDES, Francisco (Padre). // Morreu na freguesia de Paderne a 18/7/1781. // Sem mais notícias.

 

FERNANDES, Francisco (Padre). Filho de José Fernandes e de Isabel Maria Fernandes, ela do lugar de Cainheiras e ele do lugar de Mareco, onde moravam. Neto paterno de Manuel Fernandes e de Ana Rosa Esteves; neto materno de Sebastião Fernandes e de Anastácia Afonso. Nasceu em Castro Laboreiro a 28/3/1885 (*) e foi batizado a 29 desse mês e ano. Padrinhos: Francisco Alves e sua mulher, Isabel Gonçalves, de Dorna (assistiu ao ato, com procuração do padrinho, o padre-cura José António Afonso). // A 18/7/1905, sendo estudante do 2.º ano do Curso Teológico, no seminário de Braga, serviu de testemunha na boda de Bernardo António Pereira de Castro e de Ludovina Rosa Domingues, realizada na casa do noivo, em Eiró, Rouças. // A 5/9/1907, na igreja de Lamas de Mouro, ainda era estudante minorista, foi padrinho de Laura de Jesus Domingues (1907-1997). // Ainda em 1907 concluiu, em Braga, o 3.º ano do dito Curso (Jornal de Melgaço n.º 689). Tomou ordens de subdiácono nesse ano (Jornal de Melgaço n.º 702). Foram-lhe concedidas ordens sacras de presbítero em 1908 (Jornal de Melgaço n.º 753). Cantou missa nova na igreja da sua terra a 4/10/1908. Assistiram à missa, além de outros, o político João Pires Teixeira, da Vila de Melgaço, os párocos de Fiães, Lamas de Mouro, Rouças, Prado, Cubalhão, o Dr. Manuel Gonçalves, o comendador Matias de Sousa Lobato, os padres João Nepomuceno Vaz, Manuel José Rodrigues, Manuel José Esteves, José António Alves e José António Afonso. // A 15/4/1911, na igreja de SMP, foi padrinho de Lindalva, nascida a 8 de Janeiro desse ano, filha de Euclides Pinto e de Beatriz Mendes. // A 21/7/1912 foi preso; morava em Cavaleiros, Rouças. Informa-nos o Correio de Melgaço n.º 13, de 1 de Setembro desse ano: «Em harmonia com o disposto no § 1.º do art.º 337 do Código do Processo Criminal foi mandado constituir o tribunal marcial de Braga, a fim de no mesmo serem julgados os presos políticos, nossos conterrâneos, reverendos Francisco Fernandes, Manuel Joaquim Domingues, ausente em parte incerta, e o seminarista João Evangelista Rodrigues…» // Parece que tinham colaborado na intentona monárquica de Paiva Couceiro. Há quem afirme que cantaram: «E viva Paiva Couceiro/viva, viva, outra vez;/ele é que nos demonstra/ser um grande português.» // Mas a sua luta, para derrubar o regime republicano, continuou. // Juntamente com o seminarista João Evangelista Rodrigues, também de Castro Laboreiro, foi julgado no tribunal marcial de Braga, tendo sido ambos condenados no tempo em que permaneceram detidos; eram acusados de conspiração contra a República. Chegaram à Vila de Melgaço no dia 24/9/1912, comemorando o evento com os amigos no “Café Melgacense” (Correio de Melgaço n.º 17, de 29/9/1912). // O seu nome surgia de vez, em quando, nos jornais. Lê-se no Correio de Melgaço n.º 119, de 6/10/1914: «Quando é que o Sr. administrador [Dr.] António Francisco Sousa Araújo, oficia ao delegado do Procurador da República nesta comarca, acusando-se do crime de prevaricação, previsto e punível pelo art.º 287 do Código Penal, visto que, dolosamente, e a pedido do padre Francisco Fernandes, faltou às obrigações de seu cargo, mandando sustar o andamento de um processo de liquidação de legados pios, dando ao mesmo tempo ordem ao secretário (Maker), que agora enviou para juízo (acusado de peculato), para que dali em diante se não instaurassem processos daqueles, pois era mais conveniente avisar particularmente os devedores? Quando

     Lê-se no Correio de Melgaço n.º 166, de 19/9/1915: «Pela autoridade administrativa foram detidos dois indivíduos que deram os nomes de Manuel Esteves e José Maria Pereira, o primeiro de Viana e o segundo de Roças, Vieira; supõe-se que sejam conspiradores saídos das cadeias de Guimarães, ou pássaros bisnaus de olho vivo, avaliando pelas declarações contraditórias que prestaram ao administrador do concelho. Este, depois de inquirir também os reverendos Francisco Fernandes, de Cavaleiros, e João Evangelista Rodrigues, de Castro Laboreiro, que abonaram os presos numa hospedaria qualquer, requisitou dois agentes da Polícia Judiciária, a fim de procederem a averiguações e custodiarem os detidos até Viana, onde já se encontram de “perfeita saúde” e … sem liberdade   

     No Correio de Melgaço n.º 192, de 26/3/1916, lemos: «No tribunal desta comarca respondeu em audiência de polícia correcional, a 20/3/1916, o reverendo Francisco Fernandes, de Cavaleiros, por ter promovido a tal reunião (política) do Peso, de que já nos ocupámos. Não terminou, porém, em virtude da falta de tempo, sendo marcado o dia 27 para a continuação.» // Concluiu-se na segunda-feira, 27/3/1916, a audiência referida. O réu foi condenado em 30 dias de multa a $50/dia, e custas e selos do processo. O advogado de defesa, Dr. António Francisco de Sousa Araújo, do lugar do Granjão, Paderne, apelou da sentença para a Relação do Porto (Correio de Melgaço n.º 193, de 2/4/1916). // No Jornal de Melgaço n.º 1175, de 15/9/1917, lemos: «O (…) padre Francisco Fernandes, de Cavaleiros, foi encarregado de pastorear a freguesia de Couto de Gondufe, Ponte de Lima; sentimos a sua ausência, pois era capelão da Misericórdia de Melgaço, cargo que sempre desempenhou com toda a correção.» // Em Abril de 1919 era anunciada no jornal do concelho a sua visita à família e à terra natal. Morou no lugar de Cavaleiros, freguesia de Rouças, na Quinta que o seu irmão Manuel José ali comprara. Segundo consta, foi pai de três filhos: uma rapariga e um rapaz, gerados numa mulher, e de mais um rapaz, gerado noutra. Também consta que um certo dia foi apanhado por dois homens, numas mimosas, com uma rapariga de 17 anos de idade, órfã de pai, e com a mãe doente. Eles julgavam que era o “padre-nunca” (João Evangelista Rodrigues) e comentaram jocosamente: «Com que então, malandro!» Virou-se para eles, furioso, e disse-lhes: «Se tivesse aqui uma pistola matava-vos!» // No Jornal de Melgaço n.º 1298, de 25/7/1920, informava-se de que ele regressara de Braga. Deve lá ter ido falar com o arcebispo! // Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 11, de 5/5/1929, página 3: «Manifestos. (…) Ao mesmo tempo quero manifestar o meu profundo reconhecimento ao reverendo padre Francisco Fernandes, pároco de Castro Laboreiro, que tão bem soube encarnar os sentimentos do pobre povo, e manifestá-los ao Excelentíssimo Governador Civil. (…) a expressão do nosso profundo reconhecimento e um muito obrigado.» X - // No mesmo número do Notícias de Melgaço, página 4, lemos: «O reverendo pároco da freguesia de Castro Laboreiro matou, um destes dias, um lobo, que – segundo nos consta – era um belo exemplar. E não foi necessário montaria. Esta, feita há pouco, não deu resultado, apesar de serem vistos três.» E ainda na mesma página 4: «Regressou de Viana o reverendo padre Francisco Fernandes, digno pároco de Castro Laboreiro, que ali foi expressamente agradecer ao senhor Governador Civil o especial favor feito aos povos raianos, de acabar com os manifestosCorrespondente. Adedela, Fiães, 24/4/1929. // Em 1929 (ver NM 25, de 11/8/1929), como já se disse, e ainda em 1933, era pároco da freguesia de Castro Laboreiro (ver Notícias de Melgaço n.º 9, de 21/4/1929, e Notícias de Melgaço n.º 206, de 27/8/1933). Nesse ano de 1933 esteve em exercícios espirituais em Braga; com ele estiveram também o padre de Paderne, António Domingues “Amigo”, e o padre de Fiães, Manuel José Rodrigues (Notícias de Melgaço n.º 209, de 24/9/1933). // Morreu na vila de Castro Laboreiro a 20/2/1940. /// (*) No seu registo de óbito está escrito que ele morreu com 65 anos de idade; se estivesse correto, teria nascido em 1875.

 

FERNANDES, Francisco António (Padre). Filho de João António Fernandes e de Ana Maria Pires. Nasceu no lugar de Rabosa, freguesia de Penso, por volta de 1823. // A 7/5/1851, na igreja de Penso, serviu de testemunha no casamento de Luís Manuel Fernandes com Joaquina Rosa Rodrigues. // A 25/12/1855 batizou António Alves, nascido no dia anterior. // A 3/8/1885, na igreja de Penso, serviu de testemunha, juntamente com o padre António de Sousa Lobato, no casamento de Secundino Xavier Lima com Maria Luísa da Rocha, de 33 anos de idade, solteira, camponesa. // A 30/5/1884, na igreja de Penso, foi padrinho da sua sobrinha neta, Cecília, nascida nesse dito dia, filha de Manuel Rodrigues e de Maria Teresa Fernandes, rurais. // A 26/10/1885, na igreja de Penso, foi padrinho de Evaristo, nascido no dia anterior, filho de Francisco António Fernandes e de Maria Clemência Vilas, rurais. // A 3/12/1886, na igreja de Penso, foi padrinho de Francisco Xavier, nascido no dito dia, mês, e ano, filho de Manuel Rodrigues e de Maria Teresa Fernandes, lavradores, residentes no lugar de Felgueiras. // Morreu a 11/4/1897, no lugar de Canhotos, com todos os sacramentos da igreja católica, com setenta e quatro anos de idade, sem testamento, sem filhos, e foi sepultado na igreja paroquial.  

 

FERNANDES, Gonçalo (Padre). // Em 1609 era cura na freguesia de Rouças (Obras Completas de Augusto César Esteves, volume I, tomo II, página 486).

 

FERNANDES, Jerónimo José (Padre). Nasceu na freguesia de Paços. // A 8/2/1813, na igreja de Paços, serviu de testemunha no casamento de Manuel José Alves com Maria Luísa Rodrigues, moradores no lugar de Viladraque.

 

FERNANDES, Joaquim (Padre). Filho de Diogo Fernandes e de Marcelina Alves, lavradores, roucenses. Nasceu em Rouças por volta de 1795. // Presbítero secular. // A 21/3/1862, na igreja de Rouças, foi padrinho de Justiniano, nascido três dias antes, filho de Vitorino Manuel Meleiro e de Ana Meleiro. // Morreu no lugar da Corga, Rouças, a 26/3/1875, somente confessado e ungido, por não poder receber os demais sacramentos, com 80 anos de idade, com testamento, e foi sepultado na igreja.

 

FERNANDES, José Maria (Padre). Filho de Francisco José Fernandes e de Teresa Caetana Gomes, rurais, sampaienses, moradores no lugar do Regueiro. Neto paterno de António Fernandes e de Maria Domingues, do lugar dos Lourenços; neto materno de Manuel José Gomes e de Ana Joaquina Freitas, lavradores. Nasceu em São Paio de Melgaço a 14/1/1867 e foi batizado na igreja no dia seguinte. Padrinhos: Manuel José Gomes, solteiro, e sua mãe Ana Joaquina de Freitas, ele tio e ela avó do bebé. // A 7/10/1894, na igreja de São Paio, foi padrinho de José Maria Fernandes, nascido nesse dito dia. // Em 1895 era encomendado da freguesia da Gave. // Foi pároco encomendado da Vila de Melgaço de 31/8/1898 a 2/4/1899, data em que faleceu, vitimado pela tuberculose. // Morreu a 2/4/1899, no lugar do Regueiro, com todos os sacramentos, sem testamento, e foi sepultado no adro da igreja paroquial. Tinha apenas trinta e dois anos de idade. // (verValenciano” n.º 1912, de 27/11/1898).   

 

FERNANDES, Manuel Caetano (Padre). // Lê-se em “Obras Completas” de Augusto César Esteves, volume I, tomo I, página 254: «Natural de Merufe, Monção. À sua posse, em 31 de Dezembro de 1893, assistiram muitos cavalheiros e a junta da paróquia solenizou o acto com música e foguetes. Aqui se conservou até princípios de 1898

 

FERNANDES, Manuel Joaquim (Padre). // Morou no lugar do Rego, Cristóval. // A 3/2/1836, na igreja de Cristóval, foi padrinho de Maria Joaquina, nascida três dias antes, filha de Luís Manuel de Abreu e de Maria Teresa Benito de Puga, residentes em São Gregório. // A 3/12/1837, na igreja de Cristóval, batizou Rosa Gonçalves, nascida dois dias antes. // A 5/8/1839, na igreja de Fiães, foi padrinho de Joaquim, nascido a 29 de Julho daquele ano, filho de Francisco Alves e de Teresa Fernandes, moradores no lugar de Candosa. // A 27/6/1844, na igreja de Cristóval, foi padrinho de Benta Monteiro, nascida dois dias antes. // A 15/11/1847, na igreja daquela freguesia de Cristóval, serviu de testemunha no casamento de Francisco Rodrigues com Rosa Esteves Pires. 

 

FERNANDES, Manuel Magalhães (Padre). // Foi nomeado pároco da freguesia de Paços a 4/9/1961; sucedeu ao padre Custódio José da Costa. 

 

FERNANDES, Prudêncio António (Padre). Pertencia ao bispado de Tui, mas residia no lugar da Cela, freguesia de Cousso, concelho de Melgaço. // A 24/6/1873, na igreja de Cousso, batizou Luís Rodrigues, nascido nesse dito dia. 

 

FERNANDES, Raul de Oliveira (Padre). // Nasceu na freguesia de Sampriz, Ponte da Barca. // «Padre César Manuel Araújo Maciel e padre Raul de Oliveira Fernandes são nomeados párocos “In Solidum” das paróquias de Divino Salvador da Gavieira, incluindo a capelania do Santuário (Arcos de Valdevez), Nossa Senhora da Visitação de Castro Laboreiro, Santa Maria de Cubalhão, São Tomé de Cousso, Nossa Senhora da Natividade da Gave, São João Batista de Lamas de Mouro, São Mamede de Parada do Monte, São Paio e Divino Salvador de Paderne, Arciprestado de Melgaço, sendo moderador o padre Raul de Oliveiros Fernandes. Agradecemos, aos sacerdotes que são dispensados dos serviços que têm prestado, a generosidade e dedicação com que os realizaram, e àqueles que assumem novos serviços, a disponibilidade com que os aceitaram. Viana do Castelo, 8/11/2017. Anacleto Cordeiro Gonçalves de Oliveira, bispo de Viana do Castelo.»   

 

FERNANDES, Sebastião (Padre). // Em 1837 foi ameaçado por João Ledo, do lugar dos Moinhos. Lê-se em Melgaço, Sentinela do Alto Minho, II parte, 1.º volume, página 159: «… ultimamente se lançou a um irmão do suplicante, por nome o reverendo Sebastião Fernandes, armado de uma foice, com a qual certamente o mataria se ele se não retirasse, o que teve lugar no dia de ontem, 12 do corrente, por três horas da tarde, pouco mais ou menos…» // A 8/11/1846, na igreja do mosteiro de Paderne, foi padrinho de Maria (confirmar), nascida dois dias antes, filha de José Joaquim Gonçalves e de Marcelina Rosa Rodrigues, moradores no lugar de Golães, Paderne. // Era irmão de Carlos Fernandes, do lugar de Golães.

 

FERREIRA, José (Padre). Nasceu em Remoães. // A 8/2/1829, na igreja de Prado, foi padrinho de José Maria, nascido dois dias antes, filho de Joaquim António de Sousa Araújo (Besteiro), natural de Prado, e de Ana Luísa Lopes Pinto, natural da Vila. A madrinha, Maria Ferreira, solteira, era irmã do padrinho. // Morreu a 29/10/1830, no lugar da Costa, Remoães, e foi sepultado na igreja. // Não deixou testamento.

 

FERREIRA, José Augusto (Padre). Filho de Justino Augusto Ferreira e de Francisca Maria Teixeira, de Merufe, Monção. // Tomou posse de reitor de Parada do Monte a 8 de Dezembro de 1874. Substituiu o padre Manuel Vicente Pereira. Foi ele que criou nesta freguesia de Parada do Monte a escola primária. // Em Dezembro de 1879 era abade da freguesia de São Paio. // A 10/11/1887, na igreja de Cousso, batizou Joaquim Daniel, nascido oito dias antes, filho de António José Pereira de Araújo e de Felicidade Rodrigues Barreiros, moradores no lugar da Cela. // Em 1888 ainda era pároco de São Paio. // Era tio do escritor melgacense Miguel Ângelo Ferreira, autor de «Maria dos Tojos» ou «Serra Brava».

 

FERREIRA, Manuel (Padre). // Em 1902 era colado na freguesia de Chaviães; transitara de Lamas de Mouro, onde exercera as mesmas funções.  

 

FERREIRA, Miguel José (Padre). // Nasceu em Remoães (confirmar). // A 11/4/1790, na igreja de SMP, foi padrinho de Vitória Joaquina Pinto, nascida a 7 desse mês e ano. // A 27/12/1803, na igreja de São Paio, batizou uma criança, filha de António José Lopes e de Maria Rosa Álvares, residentes no lugar da Granja de Baixo. // A 27/6/1805, na igreja de Remoães, batizou António Vicente, nascido no dia anterior, filho de Joaquim Leiras e de Tomásia Maria Fernandes, moradores em Remoães. // A 2/1/1808, na igreja de Remoães, batizou Luís Augusto, nascido a 25/12/1807, filho de Bernardo Gonçalves e de Rita Joaquina de Sousa e Castro. // A 19/4/1810, na igreja de Remoães, foi padrinho de Manuel, nascido a 6 do dito mês e ano, filho de Rosa Conde, solteira. // Morreu a 1/1/1830, no lugar da Costa, Remoães, e foi sepultado na igreja a três desse mês e ano, amortalhado em vestimenta adequada à sua atividade religiosa. // Fizeram por sua alma três ofícios, cada um de assistência de vinte padres. 

 

FIGUEIREDO, Celestino (Padre). Filho de José Oliveira de Figueiredo e de Rosa Gomes Vilarinho. Nasceu em Barbeita, Monção, a --/--/18--. // Foi abade da Vila de Melgaço de 1921 a 1923. A 10/6/1923 já não paroquiava a freguesia de SMP, pois nesse dia chegou a Melgaço D. Manuel Vieira de Matos, a fim de fazer uma visita pastoral ao arciprestado melgacense, e ele já não esteve presente; tinha partido dias antes. // Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 5, de 17/3/1929: «Têm sido muito concorridas as conferências realizadas na Sé [de Braga] pelo digníssimo abade Celestino de Figueiredo, ex-pároco dessa Vila.» // Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 26, de 18/8/1929: «Para celebrar este ato (batizado de Maria Ester, filha de José Figueiroa, dono de um hotel no Peso, e de Maria Piano Figueiroa) veio expressamente de Braga o reverendo padre C.F., muito digno abade da Sé Primacial daquela cidade, que celebrou a missa e administrou a comunhão, não só à menina indicada como à restante família e mais pessoas que se acercaram da sagrada mesa. Pelo referido padre Celestino foi feita uma adequada alocução que muito sensibilizou a numerosa assistência presente a este piedoso ato, tendo-se visto lágrimas na totalidade dos assistentes, o que não é para admirar atendendo às suas mais conhecidas qualidades de orador sagrado 

 

FIGUEIREDO, Domingos (Padre). Filho de António Gonçalves de Figueiredo e de Maria Rodrigues, naturais de Mozelos, concelho de Paredes de Coura. Nasceu no século XVII. // Foi cura da freguesia de Cristóval e provedor da Santa Casa da Misericórdia de Melgaço em 1702. 

 

FIGUEIREDO, Henrique Osório (Padre). Filho de Arnaldo Osório de Figueiredo e de Isaura da Purificação Ribeiro. Nasceu em Requião, Famalicão, por volta de 1925. // Foi pároco de Alvaredo, Melgaço, de 1947 a 1949 «… e desde 1958, por mais de quarenta anos, foi reitor do famoso Santuário do Bom Jesus do Monte, em Braga.» // Morreu em São José de São Lázaro, Braga, a 24/7/2007, com oitenta e dois anos de idade, e foi sepultado no cemitério de Vermoim, Famalicão. 

 

FIGUEIREDO, José (Padre). Filho de António Gonçalves de Figueiredo e de Maria Rodrigues, naturais de Mozelos, Paredes de Coura. Nasceu no século XVII. // Tal como seu irmão padre Domingos, também ele foi pároco de Cristóval, Melgaço. // Para que sua irmã Guiomar casasse com o capitão Jerónimo Ribeiro, da Vila de Melgaço, dotou-a com uns bons milhares de cruzados. No caso de os noivos aceitarem viver com ele em Cristóval dar-lhes-ia, além do dinheiro, dois criados, uma criada e um cavalo, tudo pago de seu bolso. // Lê-se em “O Meu Livro das Gerações Melgacenses”, I volume, página 504: «… por o benefício e abadia de que é abade ser de bastante rendimento, que passa de trezentos e cinquenta mil réis…» // O seu rendimento era tanto que se deu ao luxo de arranjar uma namorada, Maria do Souto, solteira, filha de Francisco do Souto e de Antónia Pires, do lugar do Ranhado, Cristóval, em quem gerou quatro filhos: Jerónimo, Agostinho, Narciso e Francisco. // Como não podia casar com ela, arranjou-lhe um marido, Manuel, filho de Domingos Marques, do lugar do Sobreiro, e deu-lhe dinheiro suficiente para eles viverem sem grandes preocupações financeiras. // (obra citada, página 505).  

 

FIGUEIREDO, Lopo de Castro (Padre). Filho de João Figueiredo Ferreira, senhor da Quinta de São Cibrão, no termo de Valadares, e de Gregória de Castro, da Casa do Fecho, termo de Melgaço. Neto paterno de Bernardo de Ataíde, comendatário do mosteiro de Fiães, descendente dos condes de Castanheira, e de Catarina Figueiredo Ferreira Vale; neto materno de Lopo de Castro (e Azevedo) e de Leonor Veloso Bacelar. Nasceu no século XVI. // Foi durante anos presbítero e reitor de Tangil, termo de Valadares, e depois abade de Monços, junto a Vila Real (ver O Meu Livro das Gerações Melgacenses, de Augusto César Esteves, volume I, página 205). // Era irmão do padre João de Figueiredo de Castro e tio dos padres Alberto de Castro e António de Sousa de Castro.  

 

FIGUEIROA, Francisco Aires (Padre). // Na primeira metade do século XVIII residia no lugar do Louridal. A 12/12/1745 ia receber da Confraria, por empréstimo, pagando juros, 10$000 réis; para isso teria de hipotecar o seu campo de Babusães, sito nos limites da freguesia de Rouças (ver “Obras Completas” de ACE, volume I, tomo I, página 315).

 

FIGUEIROA, Manuel António Pinheiro (Padre). Filho do sargento-mor Francisco Pinheiro Figueiroa, de Cavaleiros, Rouças, e de Ângela Sarmento Falcão. Neto materno de António Rosa Marinho e de Mariana Sarmento Quiroga. // A 1/8/1759, na igreja de SMP, batizou e foi padrinho de Domingas da Silva, nascida a 29 de Julho desse mês e ano. // Em 1761 era síndico apostólico da comunidade franciscana em Melgaço (Obras Completas de ACE, volume I, tomo II, página 372). // Foi cura da freguesia de Rouças (em 1759 já o era) e provedor da SCMM nos anos de 1763 e 1764. // Morreu a 14/6/1775. // Foi sua herdeira universal a prima, Luísa Caetana Nistroza Sotomaior, casada com Agostinho, filho de Bernardo Pereira Sotomaior e de Maria Luísa de Castro, da Casa de Eiró de Baixo, sita na freguesia de Rouças. // Nota: deve ter sido ele o principal obreiro da capela de São Mamede de Cavaleiros. 

 

FONSECA, Raul (Padre). // Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 177, de 18/12/1932: «Realizou-se nesta freguesia (de Chaviães), no dia oito do corrente, a festa do Sagrado Coração de Jesus. Foi precedida de um tríduo de práticas, confiadas ao apostólico e ilustrado orador, reverendíssimo padre Raul da Fonseca, digno pároco da freguesia de Rendufe, Amares. Iniciou-as no dia cinco, às dezasseis horas, quando aqui chegou, apesar de vir cansado da viagem que fez debaixo de chuva, pregando nos dias seguintes duas vezes por dia. // A todas as pregações assistiu muito povo desta freguesia e limítrofes, que o ouviu com o maior respeito e geral agrado. // No dia sete houve confessores, sendo grande o número de pessoas que se aproximaram do tribunal da penitência, como se viu pelas que se abeiraram da mesa eucarística, havendo mais de oitocentas comunhões. // Teve lugar também a tocante cerimónia da comunhão solene das crianças que se apresentaram lindamente vestidas, principalmente as meninas. // A igreja limpa, os altares adornados e asseados a capricho pelas briosas zeladoras que o nosso zelosíssimo pároco nomeou para cada um. // Ninguém diria que em tão pequeno prazo de tempo esta freguesia passasse por tão grande transformação espiritual. Há um ano havia aqui uma associação sem associados (trinta, apenas) e sem vida; foi-nos dado um novo pároco e já conta algumas centenas, comungando alguns diariamente, e a maior parte nas primeiras sextas-feiras de cada mês, o que fez com que fosse levada a efeito esta festa tão encantadora, que a todos deixou as mais gratas recordações. // Foi o primeiro tríduo que houve nesta freguesia; e as pessoas idosas, que nele tomaram parte, com a alma a transbordar de alegria e as lágrimas nos olhos, diziam nunca ter visto festa igual na sua igreja. // Foi uma festa cheia, toda do céu, e muito do agrado do coração de Jesus. // Merecem os maiores elogios e louvores, não só as dignas zeladoras da associação, como as dos altares, que não se pouparam a trabalhar para que esta festa revestisse tão grande brilhantismo, e - de um modo especial - o nosso bom e exemplar pastor, que é incansável no cumprimento dos seus deveres, e que foi a alma de tudo. Não devemos esquecer o ilustrado pregador, que aqui conquistou geral simpatia, e a todos deixou as melhores impressões.» // Correspondente.     // continua...      

 

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