quinta-feira, 12 de novembro de 2020

DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO DE MELGAÇO

Por Joaquim A. Rocha



// continuação...


AFOGAMENTOS 


Rio Minho, rio Minho,

porque és assim tão cruel?!

Damos-te amor e carinho,

tu dás-nos taças de  fel!

 

(1950) – // Rodrigues, Orlando. Filho de José Rodrigues e de Rosa Alves. // Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 938, de 9/7/1950: «Paderne, 2. Afogado no rio Minho. Quando no pretérito dia 29 do mês findo, pelas dezasseis (16) horas, juntamente com uns companheiros tomava banho no rio Minho, no local denominado “Coto da Garça”, pereceu afogado Orlando Rodrigues, solteiro, de dezanove anos de idade, filho de Rosa Alves e de José Rodrigues (o Zé do Ferreiro), já falecido, do lugar do Pinheiro, desta freguesia. Apesar dos deseperados esforços que os seus companheiros fizeram para o salvar, não o puderam conseguir em virtude das fortes cachoeiras que a água faz naquele local. O rio foi imediatamente cordeado para recolher o cadáver assim que aparecesse à superfície. Depois de muitas pesquisas, só ontem é que o cadáver foi visto a boiar e quem o avistou primeiro foi um seu irmãozito de nome Umberto, que em altos gritos pedia que lhe tirassem o irmão que ia pelo rio abaixo. Imediatamente um vizinho, de nome António Soutelo, corajosamente se atirou ao rio e arrastou o cadáver para terra, e depois de cumpridas todas as formalidades legais, realizou-se o funeral para o cemitério desta freguesia, o qual causou uma sincera manifestação de pesar. À família enlutada apresentamos os nossos sentidos pêsames.»             

(1950) - RIBEIRA, António Cândido. Filho de Joaquim José da Ribeira e de Arminda de Nazaré Alves. Nasceu em Chaviães a --/--/1933 (NM 205, de 20/8/1933). // Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 947, de 17/9/1950: «Quando no passado dia 9 tomava banho no rio Minho, pereceu afogado o menor António da Ribeira, do lugar da Igreja, freguesia de Chaviães, filho do senhor Joaquim da Ribeira e de Erminda Alves… O cadáver do desditoso rapaz apareceu dias depois, no mesmo sítio, onde foi conduzido para o cemitério da mesma freguesia.»

(1951) - // JESUS, Manuel. Filho de Salvador de Jesus e de Rosa Alves. Nasceu por volta de 1918. O seu cadáver foi encontrado a 28/3/1951, no rio Minho, por um pescador; tinha apenas trinta e três anos de idade e era solteiro; saíra de sua casa, sita no lugar da Granja, freguesia de Alvaredo, no dia 26.

(1951) - // AFONSO, Marcos Adão. Filho de Manuel Luís Afonso e de Maria Rosa Domingues. Nasceu a 26/3/1903. // A 12/7/1916 fez exame do 1.º grau na escola Conde de Ferreira, obtendo um «bem» (Correio de Melgaço n.º 207, de 16/7/1916). // Lavrador. // Casou na igreja de SMP a --/--/1929 com Maria Urbana Trancoso. // Morreu afogado no rio Minho, no sítio da Seixeira, a 11/6/1951. // Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 982, de 17/6/1951: «Naquele dia, foi na fatídica segunda-feira, às primeiras horas, correu veloz a notícia de ter afogado mais um homem no rio Minho. Era o foro devido neste ano, porque raro ano decorre que o rio Minho não faça pagar caro o peixe que nos oferece. Fora o Marcos! A notícia surpreendeu uns e não outros, que já tinham previsto o triste fim do infeliz Marcos. Marcos Adão Afonso era um lavrador, mas um lavrador dos antigos, dado ao trabalho, poupado, respeitador e amigo do seu amigo. As suas pouquíssimas terras distinguiam-se das dos vizinhos por andarem sempre bem tratadas. Porque o infeliz Marcos tinha os seus amores também: as terrinhas, que ele foi arredondando como pôde, o cinema e a sua pesqueira. E os seus amores, mataram-no! Ao desarmar naquela manhazinha a pesqueira, na costa de Prado, caiu à água. O balanço dado à rede para a lavar desequilibrou-o e fe-lo cair no rio. Levado pela corrente, foi sumir-se num cachão. Que triste fim! E como infeliz foi o Marcos! Paz à sua alma. À viúva, a seus filhos, a todos os seus parentes, o nosso cartão de condolências.» // Era sobrinho de Francisco José Afonso (Pito-Cego). // A sua viúva nascera a 11/2/1906 e faleceu na Vila a 2/8/1986. // Ambos os cônjuges estão sepultados no cemitério municipal de Melgaço.

(1951) - // Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 994, de 232/9/1951: «Há dias, em frente ao lugar dos Casais, freguesia de Paços, apareceu no rio Minho, no lado de Espanha, o cadáver de um indivíduo do sexo masculino, cuja identidade se desconhece

(1952) - // ALVES, Maria Rosa. Filha de Maria Alves. Neta de Teresa Alves (Rebela), natural da freguesia de Rouças. Nasceu -------------------, a --/--/1---. // Teve três filhos de Simão Luís de Sousa Araújo, natural de Paderne, emigrante no Brasil, com casa na Vila de Melgaço (Vivenda Iracema), que depois foi de Manuel Domingues “Mareco”, castrejo, aos quais deu os seguintes nomes: Amândio Luís, Maria Amélia, e Eugénia da Graça. // Maria Rosa Alves faleceu a 10/6/1952, afogada em um poço, em Santo Amaro, Prado, e constou nessa altura que fora suicídio.

(1953) - // FREITAS, Octávio José. Filho de António Cândido de Freitas e de Olívia de Jesus Soares. Nasceu na Vila de Melgaço a --/--/1944. // Faleceu por afogamento no rio Minho, no sítio designado Freixeira, a 20/8/1953. Andava a pescar em cima de uma pedra e escorregou. 

(1956) - // SOUTO, António Joaquim. Filho de José Arlindo Cruz do Souto e de Carolina Rosa Gonçalves. Nasceu em ----------------, a 16/10/1941. // Pereceu afogado no rio Minho a 22/7/1956. // continua...

Sem comentários:

Enviar um comentário