SONETOS DO SOL E DA LUA
Por Joaquim A. Rocha
Já
a tarde dormente a face inclina,
Ouve-se
o toque da ave-maria,
Anunciando
a noite, fim do dia…
Numa
eternidade, longa rotina.
O
mineiro, dentro da funda mina,
Sem
o sol, nem cheirando maresia,
Até
a brisa da tarde esquecia,
Paisagem
que se avista da colina.
Assim
decorre a minha existência,
Sem
luz, na escuridão permanente,
Numa
brava luta sem resistência…
Caminhando
num planeta fervente,
Esgotando
a pouca fé, paciência,
Num
frémito soluço que se expende.
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