sábado, 26 de maio de 2018

SONETOS DO SOL E DA LUA
 
Por Joaquim A. Rocha




Já a tarde dormente a face inclina,

Ouve-se o toque da ave-maria,

Anunciando a noite, fim do dia…

Numa eternidade, longa rotina.

 

O mineiro, dentro da funda mina,

Sem o sol, nem cheirando maresia,

Até a brisa da tarde esquecia,

Paisagem que se avista da colina.

 

Assim decorre a minha existência,

Sem luz, na escuridão permanente,

Numa brava luta sem resistência…

 

Caminhando num planeta fervente,

Esgotando a pouca fé, paciência,

Num frémito soluço que se expende.
 

 

 
 


 

 



 


 




 



 
 
 
 
 

 

Sem comentários:

Enviar um comentário