terça-feira, 29 de maio de 2018

GENTES DO CONCELHO DE MELGAÇO

                                                              (Micro biografias)

                                                                Por Joaquim A. Rocha





BARROS, Agostinho. Filho de Henrique Benedito de Barros (nascido em SMP a 5/9/1818 e comerciante em Castro Laboreiro) e de Joaquina Rosa Fernandes (natural dos Cabreiros, Rouças). Nasceu em Castro Laboreiro em 1859. // Casou em SMP a 16/9/1882 com Filomena Rosa, de 25 anos de idade, filha de José Maria de Sousa, negociante, e de Rosa Margarida Gonçalves. Testemunhas: José Cândido Gomes de Abreu, solteiro, comerciante, e Manuel José Esteves, casado, escrivão da Fazenda, ambos da Vila de Melgaço. // A sua esposa esteve doente, com um ataque de influenza, em 1914 (CM 86, de 8/2). Melhorou bastante, pois em Agosto ou Setembro do mesmo ano partia para Âncora «fazer uso de banhos de mar». // Morou na Rua Direita (perto do Solar do Alvarinho), e dava explicações a alunos do ensino primário. // Em 29/10/1919 respondeu em processo de polícia correcional pelo crime de dano, tendo sido absolvido; era seu advogado de defesa o Dr. José Joaquim de Abreu (JM 1269, de 2/11/1919). // Faleceu a 27/4/1937, nos Carvalhos, Vila Nova de Gaia, onde residia com a esposa e netos (ver NM 353, de 16/5/1937). // Viveu muitos anos na Vila de Melgaço, onde lhe puseram a alcunha «Cobra». // Pai de Armando (em 1912 era negociante e proprietário do Seringal Empresa, no Acre) e de Alice, e avô de Maria Alice, Armanda e de Ângelo Augusto (escritor); irmão de Ladislau (emigrante no Brasil), de José (comerciante no Porto), de Jerónimo (proprietário em Ermezinde), de Delfina e de Ana Maria de Jesus, residentes em Prado, Melgaço. // Foi graças a ele que o seu neto escreveu o extraordinário romance «Maria dos Tojos» ou «Serra Brava»: contou-lhe todas as histórias, ensinou-lhe a geografia e a maneira de ser, os ancestrais costumes do castrejo autêntico; as saídas temporárias para Espanha e França, para Trás-os-Montes, e outras terras portuguesas, as mudanças de residência de acordo com as estações do ano, os trajes, o perfil psicológico, as perseguições levadas a cabo pelos carabineiros e soldados da Guarda-Fiscal aos pequenos contrabandistas, a agressividade da serra, enfim, tudo! // (ver Correio de Melgaço n.º 30, de 29/12/1912).  










 


































 









 





























 

 

  



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