domingo, 25 de julho de 2021

 OS NOVOS LUSÍADAS

Por Joaquim A. Rocha





A Morte de Otelo 




87

 

Graças ao rijo, valente Otelo,

Na altura um militar de carreira,

Pedindo ao deus Thor o seu martelo,

A Hércules a sua força inteira,

O vil regime cai como farelo,

Ou bêbado depois da bebedeira.

Gizara plano com arte, ciência,

Revelando alta inteligência.

 

87-A

 

Da “toca” traça o rumo da nação,

Dá instruções, assume alto comando,

Tal Júlio César, Napoleão,

Seu cérebro em ondas fervilhando,

Envolto em fúrias de furacão,

Pelo bem do seu povo vai lutando.

Seu exemplo não será esquecido,

Pois tal como um rei já foi ungido.

 

87-B

 

Expulsou do trono o vil tirano,

Um regime cruel, sem liberdade,

Filho de Salazar e de Caetano,

Alimentado de ódio, não verdade;

 Montado num fortíssimo garrano,

Voando no tempo-eternidade.

Chamar-lhe-emos o libertador

Da pátria, da guerra, e da dor.

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