domingo, 5 de julho de 2020

LEMBRANÇAS AMARGAS
 
romance
 
Por Joaquim A. Rocha




// continuação...




XXXIX

 
O sismo só precisa de um minuto para destruir o que se construiu em séculos

  
     O problema da virgindade nos meios pequenos era ainda gravíssimo nos anos sessenta do século XX. Muitos rapazes “despacharam” as noivas para casa dos pais na noite do casamento! Queriam-nas “puras”, honradas, pois de outro modo seriam apontados a dedo pelo “violador”, ou por outros a quem ele tivesse revelado o segredo. Por outro lado, sentir-se-iam a segunda escolha, o que para eles era deveras humilhante. As raparigas poderiam já ter namorado com outros, mas teriam de estar intactas para o futuro esposo, caso contrário corriam o risco de ficarem casadas sem marido. A Bera tinha cometido esse crime e vai pagá-lo bem caro. Ouçam a notícia:

 

- Ó Cândido!

- Quem me chama?  

- Sou eu, o Golias.

- Parece que vens fugido à guarda!

- Eh, pá! Corri que nem uma lebre para te vir dar a notícia.

- Que notícia?!

- Em primeira mão; olha que ainda poucas pessoas sabem.

- Estás a aguçar-me a curiosidade. Desembucha.

- É melhor ficares aí sentado no banquinho.

- É coisa grave? Aconteceu alguma coisa à minha velhota?

- Não, pá! Não tem nada a ver com a tua mãe, trata-se de…

- Diz logo; estou a ficar impaciente.

- Deixa-me tomar fôlego; um acontecimento destes rouba o ar ao mais pintado.

- Então descansa um pouco e parla, eu tenho mais o que fazer.

- Pois bem: a Bera está cá!

- Cá? Aonde?

- Na nossa terra; foi recambiada a pontapé!

- O que lhe aconteceu? Conta lá isso por miúdos.

- Escusas de ficar com essa cor; não morreu ninguém.

- O que aconteceu?

- Bem, segundo me disseram a Bera não estava virgem, tu afinal tinhas provado a coisa, e nós a chamar-te bobo, bem nos enganaste!

- Eu?! Nunca fiz nada com ela, respeitei-a sempre, só uns beijos, uns abraços, umas carícias, nunca passou disso. Não! Aí deve haver gato! Sabes bem que Deus escreve direito por linhas tortas.

- Eh, pá! Garantiram-me que foi por causa disso; ela já tinha pinado com outro e o Artur na noite do casamento apercebeu-se. O tipo já devia estar de pé atrás, três anos a namorar contigo…

- Então botou-a fora da cama e mandou-a para a santa terrinha! Bonito!

- E consta que lhe deu uma grande surra, o tipo não gostou nada de ser enganado; afinal de contas vingaste-te bem, aplausos.

- Juro-te, Golias, pela alma dos meus antepassados, por tudo que me é mais sagrado, que jamais passei do beijo e do abraço; se isso tivesse acontecido já estava casado com ela. Há aí um mal- entendido, algo que terá de ser esclarecido; a não ser…

- Que estás a pensar?

- Pode haver outro metido no assunto. Será que ela?

- Com uma rapariga assim – vistosa, sorridente, simpática para todos, tudo é possível. Não me digas…

- O Atílio?

- Talvez. O fulano já desvirgulou muita catraia; dá-lhes dinheiro para roupa, uns passeios de carro… E quem lhas arranja…

- Não digas mais. E por incrível que isso nos pareça nalguns casos os pais delas são coniventes!

- É voz corrente que eles também recebem algum!

- São autênticas bestas, uns bêbados perdidos, venderem assim as filhas!

- No caso da Bera…

- Se tu juras que não a papaste, alguém foi.

- Caramba! E era eu que ia ficar com ela! Não sei se teria coragem de fazer o que fez o Artur; o mais certo era calar-me, guardar para mim esse segredo.

- Nem saberias provavelmente distinguir se ela estava virgem ou não, nunca tiraste o virgo a nenhuma – olha que não é fácil.

- Eu disso não percebo nada! Ouvi dizer que elas sangram!

- É verdade. Algumas até sujam os lençóis com sangue de galinha e o saloio pensa que lhe tirou os três! No dia seguinte come a ave – não pode ser é de cabidela!

- Quer dizer que não podemos confiar nas mulheres.

- Eu não quis dizer isso, ainda há raparigas honestas, respeitadoras, a minha mãe, por exemplo, diz que só dormiu com o meu pai; foi o primeiro namorado e o único. Mas estes casos podem-se contar pelos dedos das mãos.

- Meu Deus! E o que vai ser feito dessa rapariga agora?

- Tu voltas para ela, casam-se, fazes-lhe meia dúzia de ranhosos, e daqui a uns anos ninguém mais fala nisso.

- Achas que eu…

- Se não te conhecesse.

- Não; não me vou rebaixar; eu ainda tenho uma réstia de dignidade, isso é incompatível com o meu orgulho.

- Se não fores tu, será outro; com aquele corpo e aquela cara não lhe faltarão pretendentes.

- Não sei, nesta situação…

- Se tu não a quiseres não tarda muito está casada ou amigada com outro emigrante, vai para o estrangeiro e pronto.

- E daqui a uns anos regressa a Portugal, um bruto carro, roupas espampanantes, dois ou três filhos a falar francês… Ninguém ousará lembrar-lhe o passado.   

- Vês como chegaste lá! É assim a vida; se ela fosse um canastrão garanto-te que ninguém lhe olhava para a cara.

- Se fosse feia também o Artur não ma tinha roubado; e, pelo que me dizem agora, já outros andavam também com o olho nela. Eu confiava tanto na Bera que nem me apercebia disso.

- Isso é verdade; havia muitos rapazes de todo o concelho a cobiçá-la, tinham era medo da reação dela, o Artur arriscou e venceu, não contava era que o tiro lhe saísse pela culatra. Agora deixa passar uns dias, manda-lhe uns recadinhos pela tia, que é tua amiga e cliente, umas lágrimas, o arrependimento sincero ou fingido, vai-te jurar amor eterno, fidelidade, enfim, a reconciliação.

- Saíste-me um bom malandro, Golias; mas bem no fundo és capaz de ter razão – se não for eu, será outro. E eu já a conheço, continuo a gostar dela, claro que me sinto magoado «quem não se sente não é de boa gente», reza assim o ditado. Enfim, vou pensar. De qualquer modo, mais humilhado do que tenho sido ao longo destes anos pela minha velhota e agora pela Bera já não posso ser; toquei na lama, na caca que os outros expeliram. Sem pai, com uma mãe bêbada, enteado de um bruxo aciganado, engraxador, ladrão de fruta, aprendiz de tendeiro, vendedor de refrescos na feira, mercador de sonhos…

- E eu? E os outros? Pensas que somos diferentes? Ao fim-e-ao-cabo somos todos iguais: chafurdamos todos na mesma pocilga, pagamos na mesma moeda tributo ao amo e senhor, somos filhos da miséria e da ignorância… Tu, apesar de te queixares, és mais instruído do que nós, tens altos pensamentos, um grande crânio, nem pareces desta terra e desta gente! A única vantagem que levo sobre ti é ter um físico mais avantajado e uns pais dignos e bons.

- Não sei, Golias; às vezes imagino-me noutra época, noutro país, a residir numa cidade onde todo o indivíduo é alguém, sem fome, sem carências de espécie alguma, com liberdade para dizer e escrever o que pensa, com pessoas sérias a ouvir-me com atenção, sem ironia, sem aquele gozo que ofende, sem aquele sorriso de chacota que nos atordoa e nos derruba.

- És um lírico, um sonhador, um verdadeiro poeta. Daqui a cinquenta anos ainda te vou contemplar nessa posição: a bater sola nesse seixo que trouxeste do rio, e meteres as mãos nessas botas a cheirar a bosta de gado e a chulé, e a dizeres, com esse teu ar passivo: «um dia vou mudar de vida

- Não sejas cruel, Golias; permite que eu sonhe, afinal de contas todos nós acabamos por criar um mundo aparte, no qual somente nós cabemos, um lugar paradisíaco, imaginado, mas aberto a outrem. É o único privilégio que nos resta.  

- Podias ter as portas escancaradas desse lugar que eu nele não entraria; os meus pés sempre pisaram chão firme, sei que se quiser melhorar a minha vida terei de sair desta fossa maldita, dar o litro na terra alheia, não posso passar o resto da minha vida como ajudante de eletricista, a carregar a escada de um lado para o outro, depois sobe e desce, nem sequer imaginas o peso que a cabra tem, fios e mais fios, para ganhar uns miseráveis dez escudos por dia.    

- O torrão onde nascemos, e onde um dia depositaremos os nossos velhos ossos, não tem culpa da nossa miséria; eu amo estremecidamente este rincão e jamais o renegarei, aconteça o que acontecer.

- Para mim, a minha terra é aquela que me dá de comer, de vestir, que me possibilita criar na abundância os meus filhos e a minha mulher, que me torne homem e não escravo; o resto é conversa fiada, sonho de poetas como tu.

- Como somos diferentes, Golias! Eu não defendo a exploração do homem pelo homem, nem rubrico a doutrina da resignação, mas também não aceito a ganância, a luta pela riqueza a qualquer preço; a passagem do ser humano por este pequeno planeta é tão curta!

- É com pessoas como tu que o mundo está como está: aceitam tudo, mau e bom, não se revoltam, não sabem dizer não à pobreza.

- Mas, Golias: o que é que eu posso fazer?!

- Lutar, lutar sempre. Temos de tentar sair deste lamaçal, deste esterco de vida.

- Para ti a saída está na emigração…

- É o primeiro passo. O Atílio, e outros, daqui a pouco não terão quem lhes cultive as quintas; os padrecas não terão quem os ouça nas igrejas; os carrascos não terão pescoços para cortar.

- E os emigrantes serão uma força…

- Terão dinheiro.

- O dinheiro produz o poder.

- A igualdade.

- Poderão comprar terras…

- Construir casa…

- Terão direito ao voto…

- Elegerão os seus representantes…

- Os seus filhos terão acesso às escolas secundárias e superiores…

- Sim, às universidades…

- Enfim, a revolução sem sangue. E dizes tu que eu sonho!

- Eu falo de coisas realizáveis.

- Golias: o emigrante é apenas um trabalhador. Aqui ou em França, no Canadá ou na Argentina, nos Estados Unidos da América, ou em outro país qualquer o trabalhador por conta de outrem será sempre explorado. Os poderosos têm uma arma infalível quando o povo trabalhador começa a dar sinais de ter alguma força financeira: atira-lhe para cima com a inflação… 

- O que é isso?

- Repara: tu tens vinte contos de réis e com eles podes comprar uma casita. Passados uns meses, e com uma inflação em flecha, os mesmos vinte contos não te darão para comprar um casebre. Em meses retiram-te o poder de compra e tu terás de trabalhar mais e mais para juntar novamente algum. É um ciclo vicioso.   

- Quem te disse essas coisas?

- Tudo isso está escrito nos livros sobre economia.

- Tu lês de mais!

- Talvez. E para reforçar a minha ideia digo-te outra coisa: quando os senhores desses países não precisarem de mão-de-obra de fora, escorraçarão do seu solo todos os estrangeiros, botá-los-ão no olho da rua.

- Sei de portugueses que se naturalizaram.

- Meia dúzia. No conjunto nada significa. E esses terão de fazer vida de francês ou de americano, conforme o país onde estejam, não poderão morar em bairros de lata ou casas arruinadas, não poderão vestir as roupas que os naturais deitam fora – (sabes que muitos conterrâneos nossos, emigrantes, vão buscar as roupas e o calçado aos caixotes de lixo? Não sabes, pois não, pergunta-lhes quando vierem passar as suas férias, eles te contarão toda a verdade); não poderão comprar nos talhos as miudezas dos animais para com elas fazerem as suas magras refeições, pelo que seriam logo criticados pelos naturais. Não te iludas, Golias: quem vive exclusivamente do trabalho não medra nunca!

- És um pessimista, um bota-abaixo. Eu penso ganhar muito dinheiro na França, ou no Canadá, quando para lá for. Se não tivesse tomado a decisão de fazer a tropa já tinha nesta altura uns contos de réis no banco; mas quando tiver o serviço militar cumprido não estarei aqui nem dois meses, pisgo-me logo, é só tempo de tratar da papelada. Porque, garanto-te, se todos fossem como tu não haveria progresso – o mundo inteiro paralisava!

- Se todos agissem como eu não haveria exploração, ganância, aquela ânsia de grandeza e poderio; não reparaste como vivem os pássaros e os grilos, e outros animais, sempre em harmonia. E as árvores? Por acaso reparaste que todos os anos, se o tempo e o clima as ajudar, dão maçãs, peras, nozes… A ambição desmedida leva ao caos.   

- Os humanos não se comportam todos da mesma maneira.

- Daí os conflitos, as guerras, o ódio e a inveja.

- Tu queres ser santo!

- Só quero ser o que sou, nada mais.

 

 
 
CAPÍTULO XL
   Na hora da despedida até as pedras choram




 

     A hora da partida é sempre tristonha, chorosa. Eis-me a olhar para o céu, para as árvores, para a minha mesinha de trabalho, para os meus amores. Será que um dia voltarei ao meu tão amado rincão? E a Bera? Será que casarei mais tarde com ela? Talvez um dia o saibam. Ouçam, por favor, e agora já para dar fim à minha história, este pungente monólogo:    

 

 

- Minha querida terra, vou deixar-te; vou envergar a farda do exército português. Não penses, não, que te abandono; nesta pequena mala de cartão levo o teu cheiro, o teu inebriante perfume. Jamais deixarei de pensar em ti, de falar de ti; aqui estão as minhas raízes, os meus sonhos, as minhas lágrimas; aqui nasceu o meu primeiro amor. Parto quase feliz, pois não conheci eu o meu progenitor, o meu avô, os meus irmãos espanhóis? Agora já posso dizer que tenho pai, apesar de no bilhete de identidade constar o contrário - «filho de pai incógnito.» Que importa: dentro do meu peito está gravado o seu nome, o afeto inventado, do avô não, esse é seguro, ninguém mo tira, é real, do pai… quem sabe, um dia, quando regressar da tropa, da guerra (duvido que possa voltar, quem me dera não ir), ele possa partilhar comigo um pouco desse amor paternal, chamar-me filho (que sensação agradável: «meu filho»), nunca ouvi esse doce canto: «meu filho!)

     Não chores, minha adorada terra; e vós, árvores e flores, ruas e avenida, pedras da calçada, aves dos campos, vós, rouxinóis, que com o vosso estrénuo trinar suavizaram o meu viver, não choreis também; vós, seixos do rio, que me entretínheis as horas de lazer; vós, enfim, galos de crista vermelha, que com o vosso madrugador canto me servíeis de relógio; e tu, minha querida oficina – foste confidente, minha amiga, minha irmã, contigo passei alguns bons e maus momentos, alegrias e tristezas; minhas formas, sovelas, escovas de macio pelo, martelos – que dizer-vos? Talvez nunca mais vos acaricie, vos conte as minhas angústias e mágoas; e finalmente vós, meus conterrâneos, meus irmãos na miséria, que poderei eu transmitir-vos? Apenas uma promessa: jamais vos esquecerei.

     A ti, Bera, anjo e demónio, desejo-te todo o bem do mundo: a tua culpa é a culpa de nós todos; o teu erro é reflexo deste tempo, desta frágil sociedade feudal, apodrecida; não sei se me esperarás, essa incondicional confiança em ti esboroou-se; se me esperares, e se eu sobreviver às balas mortíferas, juro que te farei esquecer o passado, terás em mim um marido carinhoso, amante, fiel; procurarei dar-te todo o bem-estar, todo o conforto a que aspiras e a que tens pleno direito; o mundo não será sempre ruim, vais ver. Criaremos os nossos pequerruchos, dar-lhe-emos todo o carinho, estudos, uma carreira – acredita em mim, tem esperança no devir.

     E a vós, minha querida mamã, que poderei eu dizer-vos? Entre nós interpôs-se uma enorme muralha; um fundo poço de águas envenenadas isolou-nos para todo o sempre; separam-nos abismos profundos, obstáculos incontornáveis, altas serras, universos e mais universos de distância. Eu sei! Mas o amor entre filho e mãe, entre aquela que nos trouxe a este mundo, nos pariu, nos deu a ver e sentir as tristezas e misérias que por aqui existem, é maior, é mais alto, é mais forte e duradouro do que todos os abismos, todas as montanhas e serras, todas as distâncias que existem ou se possam imaginar. Não, mamã, apesar de tudo, apesar dos gigantescos erros, dos vícios, da fragilidade e da incapacidade para modificar o estado das coisas, apesar disso tudo, o amor vence, ultrapassa as invencíveis barreiras, galga todas as nuvens letais.                 

 

 

 

FIM

 

 

                                           *

 

 










ÍNDICE
 





Prólogo
O sol só brilha quando as nuvens se afastam.
As virtudes vegetam no sofrimento.
O amor é como a fruta: quando amadurece cedo de mais apodrece!
As recordações são como os venenos: ou matam ou purificam!
O saber é a fonte de todos os sofrimentos.
A curiosidade é como uma doença: umas vezes cura-se, outras não!
O amor e uma cabana são coisas do passado.
Recuar no tempo é como viver duas vezes.
Os túneis da alma também podem ser iluminados.
A denúncia virtuosa e a virtude enxovalhada.
As formigas também descansam.
As surpresas são o prazer do quotidiano.
Por aquele lugar da traição uma víbora deslizava.
Hesitei em dizer-to; agora já sabes!
Em busca do meu pai perdi o meu rasto.
No vício chafurdam alma e corpo.
Entre dois fogos beijei a sereia.
As vias sinuosas encaminham-se para o cais.
Privilégios de macho cavalgam sábias fêmeas. Caminhando sereno lambia as chagas de mórbidos prazeres.
O homem não nasceu para o trabalho; foi a preguiça que o inventou para ele!
Enquanto a chuva cai o carrasco aguarda, impaciente, o condenado.
Na alcateia o lobo uiva e a presa geme.
Todos os passos do condenado o conduzem ao patíbulo.
Na toca do lobo a raposa ri e dança.
Entre o óbvio e o obscuro cresce a quimera.
Nas rotundas escabrosas também há encontros.
Ele imaginou a realidade e saiu do lodaçal.
Aliada de Satanás por sentença do Homem.
A religião é mel para os que dela se alimentam.
Falha o alvo, acerta-se na nuvem!
Depois do naufrágio qualquer tábua serve.
Correr não adianta: a forca espera!
Nem sempre é princípio o fim.
Nas entranhas do animal coabitam o bem e o mal.
Não busques, se não queres encontrar.
O regresso às origens por ínvios processos.
Com palavras também se constrói o futuro.
O sismo só precisa de um minuto para destruir o que se construiu em séculos.
Na hora da despedida até as pedras choram.  

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