terça-feira, 6 de novembro de 2018

DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO DE MELGAÇO
 
Por Joaquim A. Rocha
 
 
 
 
desenho de Sílvia Neto
 
ROUBOS
 
 
     Uma das perguntas que nós devíamos fazer constantemente era a seguinte: Como é que um homem, ou uma mulher, se transforma num ladrão? A resposta não é nada fácil. Existem várias respostas, todas elas credíveis,  para esta pergunta. Diz-se: é a miséria que leva o ser humano a roubar; é ladrão, porque o pai já o era; não estuda, não trabalha, logo acaba em gatuno. Até consta que há quem roube por gosto, ou vício. Enfim, podíamos estar um dia inteiro a falar sobre o assunto e não esgotaríamos o tema.    

(1919) - ALMEIDA, Maria das Dores. Nasceu por volta de 1858. // Em 1918 a Câmara Municipal de Melgaço concedeu-lhe uma licença para ela vedar um seu quintal, sito à Feira Nova (Jornal de Melgaço n.º 1198, de 9/3/1918). // Tinha a profissão de forneira. // A 26/4/1906 foi madrinha de Paulo José de Sousa. // A 9/3/1919, enquanto ela estava na feira, assaltaram-lhe a casa, de onde furtaram um cordão de ouro e 81$50 (Jornal de Melgaço n.º 1242, de 13/4/1919). // Faleceu na Vila a --/--/1933, com 75 anos de idade. 
 

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(1919) - No Jornal de Melgaço n.º 1264, de 28/9/1919, lê-se, referindo-se o autor da notícia à freguesia de Penso: «A vindima por aqui este ano faz-se, com raras excepções, muito antes do tempo, porque o lavrador, vendo a desenfreada roubalheira que todos os dias se nota, resolveu fabricar vinho novo, a fim de evitar a continuação de tais abusos 
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(1933) - NUNES, Hilário. Filho de José Maria Nunes e de Maria Luísa Solha, lavradores, residentes no lugar de Pomar. Neto paterno de Manuel Joaquim Nunes e de Teresa Esteves; neto materno de Manuel António Solha e de Antónia Casimira Pereira. Nasceu em Penso a 29/1/1877 e foi batizado nesse dia. Padrinhos: José Joaquim Rodrigues, casado, rural, e Maria Ludovina Rodrigues, solteira, camponesa, ambos moradores no lugar das Lages. // Era solteiro, militar, quando casou na igreja de Penso a 23/8/1899 com Maria Pereira, de 21 anos de idade, solteira, camponesa, sua conterrânea, filha de Carolina Pereira. Testemunhas presentes: António Solha, casado, e Bernardino Pires, solteiro, rurais. // Em 1933 queixava-se de que lhe tinham furtado sete cestos de milho do canastro (Notícias de Melgaço n.º 197, de 11/6/1933). // Em 1936 morava no sobredito lugar de Pomar, quando os gatunos lhe roubaram duas cabras, das melhores que possuía no rebanho (Notícias de Melgaço n.º 333).
 
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(1934) - Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 224, de 4/3/1934: «Na noite de 22 para 23 do mês findo foram assaltadas algumas casas na freguesia de Remoães, mas felizmente os seus proprietários só apanharam o susto, devido à rápida intervenção dos habitantes daquela freguesia, que puseram os gatunos em debandada
 

 

 

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