domingo, 21 de maio de 2017

OS MEUS SONETOS
 
Por Joaquim A. Rocha

 




Corro em busca de coisa nenhuma,

Sabendo que não a vou encontrar;

Então porque a estou a procurar,

Rastejando na noite como o puma?

 

Tudo de mim foge, tudo se esfuma,

O quente sol, o noturno luar,

Até a sombra de um casto olhar,

Tudo se esvai como a frágil espuma!

 

Mesmo assim eu continuo, insisto,

Nessa procura incessante, sem fim;

Ninguém me convence, não desisto.

 

Sou como Ulisses, fui sempre assim…

Em coisas sem valor, aposto, invisto,

Fugindo do equilíbrio, de mim.

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