quarta-feira, 20 de julho de 2016

DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO DE MELGAÇO
 
Por Joaquim A. Rocha



Cartas de um castrejo 

18.ª - «Senhor Redactor: assim como a revolução francesa abalou e convulsionou, nos seus seculares alicerces, os velhos princípios que seguiam as nações, assim a criação de escolas nesta freguesia, de acordo com a população e os recenseamentos, há-de transformar e purificar, até, a nossa vida de sempre. Havemos de ser, porque assim o queremos e temos do nosso lado a Justiça, os cidadãos conscientes de que a Pátria necessita, os homens aptos para superar as maiores contrariedades da vida, tudo o que aspiramos, como membros duma nação livre e com foros de civilizada. Porém, o indispensável para a concretização destas aspirações é a luz que provém da instrução – e esta só nos pode vir da escola. Queremos escolas, pois, e não trepidaremos em afrontar as maiores contrariedades para adquiri-las. Não nos falha a esperança de que o Ministro da Instrução ouviu os nossos rogos justos da última carta e que, em breve, mandará saber das nossas necessidades, com relação às escolas a criar nesta freguesia. A paróquia não bole, a Câmara Municipal de Melgaço não ouve?! Nós não desanimaremos, enquanto o Correio de Melgaço receber as nossas cartas e as publicar, certos de que, tanto teimaremos, tanto levantaremos os brados da nossa incontestável justiça, que seremos (…) ouvidos. // As searas e os batatais conservam um aspecto regular; porém, estes precisavam o tratamento cúprico. Os nossos cultivadores não conhecem ainda esta vantagem: teriam melhores frutos e a conservação mais segura se aplicassem o sulfato nos seus batatais. Experimentem. / Castro Laboreiro, 2/6/1916.»

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